ZÉ PINTO - 2

"Não se pode aceitar que ele tenha falecido, de fato, em 2004, em Fortaleza, porque até hoje, quando se vê o Dom Quixote feito por ele, fica-se a imaginar, que o grande Zé Pinto continue pedalando sua bicicleta, em busca de moinhos de vento, para verificar, talvez, se há alguma sucata de aço e de sonho sobrando, que ele possa transformar em arte." Marcelo Gurgel
Imagem; Blog do Eliomar
Zé Pinto era o nome artístico do escultor cearense Francisco Magalhães Barbosa (1925-2004). Até 1996, ano em que parou de transformar sucata em arte, ele criou um grande número de esculturas. Muitas delas ainda estão expostas em museus e prédios no Brasil e no exterior.
Tinha o seu ateliê nas proximidades do antigo CPOR, na Avenida Bezerra de Menezes. Num trecho do canteiro central desta avenida, defronte ao ateliê, ficava o "Pintódromo", onde ele exibia suas peças de grande porte.
As peças menores ficavam em exposição em seu ateliê-restaurante. Onde se podia tomar uma cerveja gelada, saborear um tira-gosto regional e atualizar-se sobre o "zepintismo".
O "zepintismo" era o costume que ele tinha de explorar os trocadilhos para criar frases espirituosas. Como estas que se tornaram populares no Ceará:
O humilde não tem hum mil de jeito nenhum.
O martelo prega religião?
Quem tem pouca fé não bebe café.
A mulher quando pede biscoito ela está querendo de novo?
Quem anda na linha o trem pega?
Pegar devia ser com os pés e não com as mãos.
A agulha falou para a linha: ô coisa comprida!     
PGCS
Referências
Revista ARSENAL de Literatura, novembro de 1980
Oboé - Dicionário de Artes Plásticas do Ceará
Wikipédia
ZÉ PINTO, Blog "Linha do Tempo"
O ZÉ PINTO DA SUCATA, "Blog do Marcelo Gurgel" (sendo esta referência, a partir de agora, a fonte de informação mais completa a respeito do artista)

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