O GOL DE MÃO DE HONORATO

Campeonato Cearense de Futebol de 1957.
O América conquistou o Torneio Início em 26 de março. O Ceará e o Usina Ceará, vencedores dos dois turnos, partem para uma melhor de 3, com o Ceará vencendo a 1ª.
Na semana que antecede o 2º jogo, o Ceará pede o adiamento da partida, alegando que 9 atletas haviam pegado a famosa (na época) gripe asiática. Na verdade, o interesse do Ceará era ganhar tempo para recuperar 3 atletas que estavam contundidos
Com a negativa da Federação Cearense de Desportos (FCD), que levou em consideração os boatos que circulavam, o Ceará teve que entrar em campo sem os "asiáticos", contando inclusive com o Bira e o goleiro Ivan, com este escalado como atacante. Resultado: Usina 1x0 Ceará.
Na 3ª e decisiva partida, vence o Ceará com o famoso gol de mão de Honorato.
Correspondência
Caro Paulo,
Atualizei-me com sua Linha do Tempo hoje, com seus escritos, com os do Marcelo, c= os do Fernando e de tantos outros.
As histórias do Usina Ceará acolho-as com atenção.
Explico porquê:
Em Fortaleza, só torci pelo Usina Ceará.
Não tenho nenhuma afeição pelo Ceará e pelo Fortaleza, clubes das multidões cearenses.
Não gosto da forma como o futebol é conduzido pelos cearenses.
Técnicos e jogadores não têm nenhuma identidade com os dois clubes, daí a agonia que estes padecem nos campeonatos nacionais.
Além do que geralmente param nos clubes de Fortaleza técnicos vencidos (no prazo, no tempo, sem história, sem ter bagagem) e jogadores rodados que acabam se envolvendo com cachaça e rapariga, dois infortúnios dos jogadores de futebol.
No passado, tinha o campeonato de seleções e eu torcia pela seleção do Ceará.
Há 52 anos fora do Ceará, só torço pelo América, do Rio de Janeiro, clube das pequenas multidões, que tem o melhor hino de autoria do Lamartine Babo, que também escreveu hinos de outros clubes.
O do América é o mais bonito.
Sofro muito por ser americano, clube sempre roubado pela corja de apitadores do futebol inclusive ***  que é torcedor fanático do Fluminense e que já roubou o América em diversas partidas.
Gosto das histórias de Otávio Bonfim, hoje muito mudado.
Na minha próxima visita a Fortaleza, irei ao vosso encontro.
Abraço.
JB Serra e Gurgel

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