MEMÓRIA - USINA CEARÁ (5)

O Usina Ceará também fazia as vezes de clube social para os funcionários da fábrica Siqueira Gurgel. Em suas dependências, aconteciam festas e reuniões de congraçamento e, obviamente, as comemorações dos títulos esportivos conquistados por seus atletas.
Quando adolescente, brinquei num dos bailes de Carnaval que o clube anualmente promovia para o público infanto-juvenil.
Esta fotografia, que faz parte do acervo de Edmar Gurgel, foi tirada no decorrer de uma festa de São João, na quadra do Usina Ceará:
Ano: 1957. "Noivos": Edmar e Glafira. Almir Gurgel (atrás)
Dissertação
Ex-jogador do Usina Ceará, tio Edmar foi uma das pessoas entrevistadas pelo historiador Pedro Paulo Martins. O entrevistador prepara uma dissertação de mestrado pela UFC, cujo tema central é o time fabril.

O MÚSICO CEARENSE SÁTIRO BILHAR

por PAULO GURGEL
"Onde o senhor estudou?"
(Pergunta num workshop na França.)
"Na Universidade de Cascadura."
Nova pergunta: "E quem foram seus mestres?"
Silêncio. Responde sério:
"Pixinguinha, Donga, Sátiro Bilhar."

– Villa-Lobos
Sátiro Lopes de Alcântara Bilhar
 04/04/1862, Crato, CE
 23/10/1926 Rio de Janeiro, RJ
Funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, onde foi telegrafista. Sátiro Bilhar (foto) era muito querido pelos colegas de trabalho. Boêmio inveterado, atribui-se a ele a seguinte frase:
"No dia em que eu deixar de beber, tomo uma bebedeira de satisfação".
Tendo sido uma das figuras mais conhecidas e queridas no meio musical, Sátiro Bilhar pertenceu à geração de chorões antigos, ao lado de músicos como João Pernambuco, Catulo da Paixão Cearense, Heitor Villa-Lobos e Ernesto dos Santos, o Donga, entre outros. Embora não fosse um virtuose do violão, sua execução peculiar chamava mais a atenção do que o próprio repertório. O compositor Heitor Villa-Lobos dizia que não era o que ele tocava, mas como ele tocava que o fazia genial.
Diz-se que interpretava sempre as mesmas obras, imprimindo-lhes porém as mais diversas possibilidades de variação em sua execução. A esse respeito dizia o compositor Donga: "O Sátiro era um sujeito formidável. Ele tinha duas ou três composições, e só tocava aquilo".
Na verdade, Sátiro Bilhar deixou uma obra musical um pouco mais extensa. Cravo Albin, em seu "Dicionário da Música Popular Brasileira", e Jorge Mello, em seu artigo "Satyro Bilhar", relacionam as seguintes composições:

  • As ondas são anjos que dormem no mar (c/ Catulo da Paixão Cearense)
  • Estudos de harpa (para violão)
  • Gosto de ti porque gosto
  • O que vejo em teus olhos
  • Quem te fez tão bela e pura
  • Quero-te bem porque quero
  • Tira poeira
  • Tu és uma estrela

Sua polca "Tira poeira", gravada por Jacob do Bandolim, chegou aos chorões atuais e pode ser apreciada no acervo do YouTube.
Sátiro Bilhar participou da serenata organizada por Eduardo das Neves em homenagem a Santos Dumont, realizada em 7 de setembro de 1903. No final de dezembro de 2013, retribuindo uma homenagem, Sinhô executou e ofereceu ao amigo o tango "Está errado", que era um dos bordões do Bilhar.
O musicólogo Jorge Mello, em seu artigo para o Acervo Digital do Violão Brasileiro, observa que "o caráter pitoresco de sua vida e a histórias lendárias na vida social são bem mais lembradas do que as atividades de músico, além das dedicatórias de amigos compositores, que depois se tornariam gênios da música". Ernesto Nazareth, por exemplo, dedicou o choro "Tenebroso", editado pela primeira vez em 1913, ao "bom e velho amigo Satyro Bilhar". Villa-Lobos afirmou que o movimento "Fuga, da Bachiana nº 1 para Orquestra de Violoncelos" devia ser ser tocado "à maneira de Satyro Bilhar". E Catulo da Paixão Cearense dedicou-lhe a letra de sua composição "Perdoa", em parceria com Anacleto de Medeiros, e também o poema "Tu, Bilhar, boêmio eterno".
Sátiro era irmão de Ana Bilhar (que empresta o nome a uma das ruas em Fortaleza) e tio da pianista Branca Bilhar (1886–1928), autora do "Samba sertanejo". A sobrinha Branca , por duas vezes, foi agraciada com a medalha do Instituto Nacional de Música.
Alexandre Gonçalves Pinto escreveu em 1936: "O Bilhar era um chorão que tinha primazia entre outros chorões nos acordes, nas harmonias e no mecanismo da dedilhação com que manejava agradavelmente o seu violão" (apud Isabella Giordano).
Referências
CD duplo "Pixinguinha 100 Anos", projeto artístico de Hermínio Bello de Carvalho, 1997, Som Livre
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
Satyro Bilhar, por Jorge Carvalho de Mello, Acervo Digital do Violão Brasileiro
Sátiro Bilhar, violão boêmio, por Isabella Giordano, Samba na Rede
Vídeo "Tira poeira" c/ Jacob do Bandolim, Gravação RCA Victor, de 13 de janeiro de 1956, lançada em março seguinte no 78 rpm 80-1565-A, matriz BE6VB-0941. Disponível no YouTube
Vídeo "Samba sertanejo", gravado em 21 de agosto de 2014 pela pianista Monique Rasetti, no Museo Iconográfico del Quijote, em Guanajuato, México, Disponível no YouTube

LANÇAMENTO DE DOIS LIVROS DE DIOGO FONTENELLE: MIRAGENS E ENCANTARES

19 de janeiro, às 19:30 horas
Auditório da Associação Brasileira de Odontologia - Seção Ceará
Rua Gonçalves Ledo, 1630

Breve texto sobre a gestação dos dois livros.

NOTA DE FALECIMENTO: PROF. ANTERO COELHO NETO

 11/06/1931
 18/01/2016
Faleceu, na madrugada desta segunda-feira (18), o Prof. Antero Coelho Neto, médico geriatra e professor aposentado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFC. Antero Coelho tinha formação na área de transplante renal e foi um dos pioneiros na pesquisa nesta área na UFC.
O Prof. Antero atuou ainda como educador na criação e no planejamento de várias faculdades no Ceará e em outros estados. Foi planejador e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB) e Reitor da Universidade de Fortaleza (Unifor). Exerceu cargo de Superintendente do extinto INAMPS no Estado do Ceará, no período de 1982 a 1984, e viveu por 11 anos no exterior como membro da Organização Mundial da Saúde.
Segundo o Reitor da UFC, Prof. Henry Campos, o falecimento do Prof. Antero representa uma grande perda. "Extraordinária figura humana, médico e professor brilhante", disse.
Nos últimos anos, o médico atuava com destaque na área de promoção de saúde e qualidade de vida. Em 1999, ele criou e passou a apresentar um programa na Rádio AM do Povo, que foi levado para a Universitária FM. O programa Novas Dimensões, que continua sendo transmitido aos sábados, das 11h às 12h.
Fonte: Prof. João Macedo, Portal da UFC
Foto: Reprodução da que existe na página de Antero Coelho Neto, no Jornal da Poesia. Antero era membro da Academia Cearense de Medicina e da Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores - Regional do Ceará, e tinha uma vasta obra publicada em livros, revistas e jornais sobre educação, saúde, gerontologia, política educacional e da saúde, participação comunitária, qualidade de vida e literatura.

A ROTA DO CAFÉ VERDE

Desfrutar do clima do Maciço de Baturité, caminhar por trilhas em meio a Mata Atlântica, conhecer as plantações de café, o processo de colheita, a torra e moagem dos grão e provar esta iguaria, além de visitar as fazendas e seus casarões antigos. Estes são alguns dos atrativos da Rota do Café Verde, projeto desenvolvido pelo Sebrae em parceria com empresários e gestores públicos dos municípios de Baturité, Mulungu, Guaramiranga e Pacoti que pretende promover a integração entre a produção cafeeira e a atividade turística, através de ações de promoção do destino, capacitação dos empresários e estruturação de um roteiro.
Sebrae apresenta Rota do Café a operadores de turismo e jornalistas
Principais pontos da rota
Baturité: Museu Ferroviário de Baturité (foto) e Mosteiro dos Jesuítas
Guaramiranga: Sítio Águas Finas, Chocoberry, Sítio Rio Negro e Fazenda Floresta
Mulungu: Pousada Le Rêve e Sítio São Roque
Pacoti: Sítio São Luís
Serviço
Venda nas lojas Chocoberry, de Fortaleza e Guaramiranga
Passeios de meio a um dia
Valores: entre R$ 40,00 a R$ 60,00 por pessoa.
As saídas acontecerão da cidade de Guaramiranga e os pacotes poderão ser comprados com pelo menos um dia de antecedência.
Ver também:
https://pt-br.facebook.com/cafeverdedoceara/
http://www.rodandopeloceara.com.br/2015/11/rota-do-cafe-verde-historias-e-aromas.html
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2015/11/20/noticiasjornaleconomia,3537165/sebrae-lanca-rota-do-cafe-verde.shtml
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/suplementos/tur/turismo-sustentavel-em-cena-no-macico-de-baturite-1.1420217

AVISO AOS NAVEGANTES PELO VIVER-SONHAR

Paulo,
Muito em breve, estarei lançando dois livros de Poesia. Você é um dos homenageados com o poema sobre o Frei Lauro, sim? Conto com sua presença de luz maior! O convite seguirá assim que tudo esteja firmado. Veja o seguinte texto, por favor!
AVISO AOS NAVEGANTES PELO VIVER-SONHAR
Desde o Lapidário do Lápis (1999), não publico livro em Poesia, o gênero que mais me seduz. Foram-se 16 anos voltados para a construção de uma trajetória acadêmica permeada por especialização, mestrado, e doutorado. Foram tempos de pesquisa pelo garimpar dos meandros da Odontologia a desaguar nos reinos da Saúde Pública e da Sociologia. Tempos que não calaram meu pacto de vida e morte – de sangue e sonho! – com a aprendizagem do Ser Pequeno Poeta.
Cabe confessar que eu não sou eu sem o tremeluzir do horizonte azul da Poesia. Esses 16 anos de aparente silêncio criativo, foram férteis de tecelagem poética, a vida acadêmica foi dedilhada entre o dialogar das Miragens e dos Encantares ao dobrar dos sinos do Milagre Poético. Ser Poeta ou mesmo o simples “Sonhar em Ser Poeta” que é o meu caso, é missão anterior a qualquer profissão.
Na dimensão profunda do Mais Além, plasmaram-se os livros Miragens (prêmio Osmundo Pontes de Literatura 2014 – Academia Cearense de Letras) e Encantares. Assim, venho avisar e apelar para em breve convocar a todos a ler meus (nossos!) livros. Refiro-me a todos que ainda acreditam que esse “Mundão de Meu Deus” possa ser salvo pelas asas da Poesia, pelo reflorir do sonho feito esperança.
Portanto, anuncio o nascimento dos citados livros a serem batizados (lançados) ao alvorecer do ano da graça de 2016. Muito em breve este anúncio vai virar convite, tal qual nos contos de fada em que o príncipe vira sapo e o sapo vira príncipe.
Poetar é dialogar, é ser cúmplice. Poesia sempre existirá, é coisa de Deus! Porém, sem leitor não existe livro de poesia. Leitor é também poeta. Nesse sentido, dependo de vocês que estão dispostos a ser Irmão de Sonho.
Diogo Fontenelle.
Aprendiz de Pequeno Poeta

CASAMENTO DE ÉRICO E ALINE




Ontem, dia 5, foi celebrado no Cartório Botelho o casamento civil de Érico de Macedo Gurgel e Aline Pessoa Viana.
Após a cerimônia, os recém-casados (foto) receberam os familiares para uma confraternização na Casa de Chá do Marina Park Hotel.
Érico e Aline viajam ainda hoje com destino a praias pernambucanas onde passarão uma temporada.

RÉVEILLON DE 2016 EM BATURITÉ

Andreas, Mirna, Elba e eu passamos a virada do ano em Baturité.
Nossa ida ao Maciço foi pela CE-060. Pouco mais de 100 quilômetros, que foram percorridos de automóvel em cerca de duas horas. No trecho de Pacatuba a Acarape, a estrada continua em obras de restauração e alargamento.
Almoçamos no "Tempero Caseiro", um restaurante que fica na Avenida 7 de Setembro, no centro de Baturité. Em seguida, nos dirigimos ao "Hotel Colonial", onde tínhamos suítes reservadas.
Ao entardecer, fizemos um passeio a pé pela cidade.
Casualmente, encontramos com Edson Gurgel e Ivana em uma das praças de Baturité. Sempre bem humorado, o tio exibe um corpo esguio para os seus 79 anos. Naquele dia, o casal estava recebendo pessoas da família para a virada do ano na casa que eles possuem em Baturité.
Nosso réveillon, que transcorreu no restaurante "Parque Rodeio", correspondeu às melhores expectativas. Do serviço de buffet à música ao vivo, esta última a cargo da banda Pedro Lemos. A propósito da festa, nossos encômios ao gerente Vavá e sua equipe.
Andreas e Mirna Heger, Paulo e Elba Gurgel, no réveillon.
Um garçom do Parque Rodeio nos fotografou
No dia seguinte, à tarde, voltamos para Fortaleza pela CE-065, a Rodovia Carlos Jereissati, que passa por Guaramiranga, Pacoti e Palmácia.
Em Guaramiranga, que estava repleta de turistas e com a rua principal bloqueada para veículos, demoramo-nos um pouco. Na Chocoberry, pedimos algumas informações sobre a "Rota do Café Verde", quiçá para realizarmos adiante esse passeio. E não paramos em Pacoti, Palmácia e Maranguape, municípios na rota de nosso regresso para Fortaleza.
Podemos observar que a paisagem serrana já começa a melhorar com algumas chuvas que caíram na região. Tomara que assim prossiga nos meses vindouros.
Marcava 16 horas quando paramos no Paulinho da Maraponga para matar a fome. Um garçom por lá nos deu notícia de José Wilson, primo de Elba, excelente cantor e que mora na vizinhança da churrascaria.
Duas horas depois, já estávamos todos postos no sossego do lar.