FAMÍLIA COELHO – DE LUTO

Edmar Gurgel Coelho sempre me surpreende com as reproduções fotográficas que frequentemente me envia. O tio deve possuir um acervo de época dos mais providos, em se tratando da família, do time Usina Ceará (em que jogou) e do bairro Otávio Bonfim.
Na última remessa, constava esta foto – FAMÍLIA COELHO DE LUTO –, acrescida da seguinte anotação:
"Não sei precisar se a família estava de luto do papai ou do avô (velho Xixico)".
Tias: Talia, Maria José (Dedé) e Cinda
Irmãs: Elza, Elma e Elda
A primeira da direita, na fila anterior, era a adolescente Elda, que viria a ser minha mãe. E o luto da família estava relacionado com a morte do velho Xixico (Elma tirou essa dúvida de Edmar). [PGCS]
OS PERÍODOS DO LUTO
Na maior parte da cultura ocidental, inclusive no Brasil, quando uma pessoa morria era comum a família usar roupas pretas, durante um determinado período, para mostrar seus sentimentos de perda e respeito pela pessoa falecida.
Havia distinções a respeito do tempo correto para cada luto:
O luto pelo pai ou mãe devia durar um ano. Pelo avô ou avó, seis meses. Pelo cônjuge, o tempo do luto devia durar dois anos, se o falecido era o marido, e um ano, se era a esposa. Pela morte de um filho, um ano. Pelo falecimento de um irmão, quatro meses, e pela partida de um tio, três meses.
Caso a viúva, ao contrário do que recomendava a decência, se casasse de novo, antes de expirar o prazo do luto pelo primeiro marido, ela não devia convidar ninguém para o casamento.
Mas todos estes prazos podiam ser reduzidos ou aumentados, em razão de alguma manifestação prévia do ente querido para aqueles que ficavam.
Apesar de que não era raro uma viúva vestir preto para o resto da vida.

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