DRAGÃO DO MAR

A abolição da escravatura entre nós foi decretada em 25/03/1884, começando por Acarape (então distrito de Redenção), Ceará, no ano anterior, e precedendo por cinco anos a Lei Áurea, sancionada no Paço Imperial por Dona Isabel, em 13/05/1888.[1] [2] [3]
Tal pioneirismo nos faz recordar o jangadeiro cearense Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, que foi o maior herói na luta por libertar os escravos em nosso Estado.
Nascido em Canoa Quebrada (CE), ele era um prático da Capitania dos Portos.
Em 1881, uma de suas atitudes foi fechar o porto de Fortaleza ao tráfico dos escravos que vinham de outras localidades. E isso lhe valeu a demissão do cargo.
Francisco José do Nascimento, que também ficou conhecido pelo epíteto de Dragão do Mar, faleceu em Fortaleza, em 1914.
Em homenagem a ele, símbolo do movimento abolicionista em nosso Estado, foi batizado de Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura um complexo que, tendo surgido das pranchetas dos arquitetos Delberg Ponce de Leon e Fausto Nilo, ocupa uma antiga área portuária de Fortaleza.
Bem no centro do complexo está uma escultura (imagem) que representa o Dragão do Mar.
Fonte: Museus do Brasil. Empresa das Artes, 2010. ISBN 978 857910 041 3
08/09/2017 - Atualizando ...
Sancionada a lei que inscreve o nome do líder jangadeiro abolicionista Francisco José do Nascimento (Dragão do Mar), no livro dos Heróis da Pátria, mantido no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. O texto (PLS 184/2014) que deu origem a esta Lei (13.468/2017) aprovada pelo Congresso é de autoria do senador José Pimentel (PT-CE).
Fonte: Jornal Ceará em Brasília, de agosto de 2017

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