Diogo Fontenelle
para Sandra Veloso, amiga dos tempos escolares
Em nome da construção de um invasivo condomínio de apartamentos.
A paisagem da janela foi amputada, agora resta apenas desvão pelo ar,
A aquarela da minha infância, em sangria, reflui os velhos sentimentos.
O Grupo Escolar demolido a acenar da janela qual caprichosa miragem
Era uma risonha parte de mim, sinto-me desolado com a alma mutilada.
A quem deverei reclamar pelo meu direito visual-amoroso da paisagem?
Em qual delegacia-distrito policial lavrarei o meu boletim de ocorrência?
Ante o inusitado sombrio luto por mim mesmo, é preciso seguir viagem!
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