VIÑA DEL MAR E VALPARAÍSO

13/11 - segunda-feira
Partindo de Santiago, a principal via de acesso a Viña del Mar e Valparaíso é a Ruta 68, a qual também  passa pela comuna de Casablanca. Mas antes de chegarmos a esta rodovia, tivemos de percorrer algumas avenidas de Santiago do Chile, como a Los Conquistadores, e de passar pelo túnel de San Cristóbal, um sistema de dois túneis que cruzam no sentido norte-sul o Parque Metropolitano da cidade.
A construção da Ruta 68 teve um grande impacto na forma de viver de grande parte dos chilenos. Esta rodovia liga duas das três áreas urbanas mas populosas do país: a Grande Santiago e a Grande Valparaíso, sendo a rota terrestre mais transitada do Chile.
Em certa altura da viagem vimos uma massa de névoa a se deslocar no rumo de Santiago. A guia turística Miriam explicou que esse tipo de névoa surge no oceano, passa por sobre a Cordilheira da Costa e, sem trazer algum benefício direto à poluída Santiago, vai esfriar a Cordilheira dos Andes.
Entre os quilômetros 69 e 72 da Ruta 68 fica Casablanca, uma região de vinhedos. Em alguns deles, a gente vê cultivos de rosas brancas e vermelhas. Os rosais, que costumam ser atacados por parasitas antes das parreiras, servem para alertar os vinicultores da iminência de uma praga nas parreiras. As rosas brancas sinalizam as parreiras de uvas brancas e as rosas vermelhas, as parreiras de uvas para vinhos tintos. Faz sentido.
No Rio Tinto, uma tienda de vinos, o nosso grupo parou para uma sessão de degustação de produtos da casa.
Elba, fotografada no Rio Tinto, no Valle Casablanca
Viña del Mar
Conhecida como a "cidade jardim", Viña del Mar encanta por suas belezas naturais, o que inclui a sua longa orla no Oceano Pacífico. Sua estética urbana mistura prédios modernos com mansões e castelos que adornam a cidade. Pertenceram a ricas famílias de antanho e alguns destes foram transformados em museus e centros de diversão. Como o glamoroso Casino Municipal, imperdível para quem gosta de jogos de azar (não é o meu caso).
O blogueiro, fotografado em frente ao relógio das flores de Viña del Mar
Em frente ao Museo Fonck há uma estátua da Ilha de Páscoa. É o único moai que existe fora do local em que foi esculpido.
A gastronomia da cidade é baseada em peixes e frutos do mar. Fomos conferi-la no restaurante Chez Gerald.
Viña del Mar é, por excelência, a comuna chilena que aloca mais recursos para o turismo em termos de hotéis, festivais, embelezamento urbano etc. Seja graças à sua proximidade com Santiago (120 km) ou por sua localização privilegiada dentro do Grande Valparaíso e da área portuária, é um dos locais mais importantes para a economia chilena. Em fevereiro, acontece anualmente o Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, um dos mais importantes da América Latina.
Valparaíso
Após o almoço, fomos a Valparaíso.  A cidade se caracteriza por morros (42) com vistas para o Oceano Pacífico. Tivemos a impressão de que ali estávamos num imenso anfiteatro A distribuição geográfica peculiar de Valparaíso, em que as colinas invadem a costa, possibilita que de uma colina se consiga visualizar as demais. E a cidade possui diversos funiculares, um dos quais (o da foto ao lado) foi por nós utilizado para o desfrute de uma visão panorâmica de Valparaíso, inclusive de sua área portuária.
A Joia do Pacífico, como também é conhecida a cidade, é a capital da V Região do Chile. Também é sede do Poder Legislativo da nação (Congresso), do Ministério da Cultura, do Serviço Nacional de Pesca e do Comando da Armada Chilena. Tem uma população de cerca de 300 mil habitantes. Boêmia e multicolorida, Valparaíso foi declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, em 2003. La Sebastiana, uma das três casas transformadas em museus do poeta e diplomata Pablo Neruda está em Valparaíso (as outras duas, La  Chascona e Isla Negra estão em Santiago e El Quisco, respectivamente).
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