ÍNDIOS TABAJARAS

Há 10 anos no blog EM:
Muçaperê (Tianguá - CE) e Erundi (1918, Crato - CE) eram índios da tribo Tabajara. Em 1933, esses dois irmãos cearenses migraram a pé para o Rio de Janeiro. E, numa caminhada que durou três anos, a dupla entrou em contato com violeiros e cantadores das regiões pelas quais passaram. No Rio de Janeiro, onde a seguir fixaram residência, eles se registraram com os nomes de Antenor e Natalício, respectivamente. Mantiveram, porém, o nome de "Índios Tabajaras" para suas apresentações e gravações de discos.
O repertório da dupla ia do gênero popular (apresentado em trajes indígenas) ao erudito (apresentado de smokings). Os "Índios Tabajaras" residiram por alguns anos nos Estados Unidos, onde alcançaram grande sucesso, e fizeram excursões musicais em diversos países da América Latina, da Europa e Japão.
Ouvidos pelo violonista espanhol Andrés Segovia (1893 - 1987), receberam do pai do violão erudito moderno o seguinte elogio:
"Os Índios Tabajaras tocam vertiginosamente com dedos ligeiros e obedientes."
Vídeo: os irmãos "Índios Tabajaras" em "Hora Staccato", do violinista romeno Grigoras Dinicu
O assunto entrou na pauta de EntreMentes assim que recebi um CD com 24 músicas gravadas pelos "Irmãos Tabajaras". Enviou-me o CD o colega Nelson José, um mineiro que é filho de pai cearense. E, ao publicar esta nota, eu rendo minha homenagem a seu pai (que nasceu na mesma região do índio Muçaperê), o Sr. Cunha, o inesquecível pai do colega Nelson.

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