JORGE HELDER (BOLERO BLUES)

NO TÚNEL DO TEMPO

Fiz esta foto em dezembro de 2007, no Restaurante Manjericão, em Guaramiranga-CE. Numa noite serrana (como são todas as noites de lá) em que rolou na cidade o melhor da MPB. (Paulo Gurgel)
Saibam quem são estas "feras" (da esquerda para a direita):
Márcio Rezende (flauta e sax)
Amaro Penna (voz e violão)
Jorge Helder (baixo)
Manassés de Sousa (violão)
Edson Filho (órgão)
Márcio Senise é flautista e saxofonista, Mestre em música pelo New England Conservatory of Music, EUA ; Amaro Penna, o Peninha, é cantor, violonista e compositor; Jorge Helder, o baixista, integra a banda de Chico Buarque; Manassés, que é um exímio violonista; Edson, o tecladista, que é filho de outro grande tecladista, o Edson Távora.

BOLERO BLUES, de Chico Buarque e Jorge Helder

"Jorge Helder me deu uma música que é impossível de se fazer a letra e eu fiz. Ele não sabe que eu fiz. É... Acho que deve ser a primeira música letrada dele." (Chico Buarque)


24/09/2024 - ATUALIZAÇÃO

Além de companheiros de palco e de estúdio, Chico Buarque e Jorge Helder já são parceiros em três canções – "Bolero blues" (2006), "Rubato" (2010) e "Casualmente" (2017).

ERIC MORAES GURGEL

Filho de brasileiros do Ceará, o estadunidense Eric Moraes Gurgel, de 11 anos, faz versão para o inglês das gírias e expressões brasileiras que ele aprende em casa com os pais Felipe e Anna. Ou quando ele vem com os pais ao Brasil para curtir as suas preferências (banho de mar, água de coco e brigadeiro). 
Em seu canal Aprenda Inglês com Eric, o garoto bilíngue posta vídeos sobre o tema para os seus atuais 31 mil seguidores no Instagram.
Hoje (17), às 14h30, ele é assunto de uma reportagem no programa Se Liga VM, da TV Verdes Mares.
Neto mais velho de meu irmão médico, escritor e professor Marcelo Gurgel, o professor-mirim Eric é per via consequentiae meu sobrinho-neto.

EDÍSIO MACHADO CARNEIRO (06/04/1947 - 07/08/2024)

Por mensagem que me foi enviada pelo amigo Edmilson Nascimento Silva, tomo conhecimento da morte do colega Dr. Edísio Machado Carneiro, no dia 7 do mês em curso.

Edísio era cardiologista do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), em Fortaleza. Durante longos períodos, exerceu a função de médico intensivista e ocupou o cargo de chefe da Seção de Pacientes Externos (SPE) desta instituição.

Profissional conceituado, era muito benquisto pelos colegas, funcionários e pacientes.

Descanse em paz, meu bom Edísio. Meus sentimentos a seus familiares.

PRAÇA ESTRIGAS & NICE

Eu não conhecia esta simpática praça de Fortaleza. Fica no bairro do Papicu, com um dos seus lados dando para a rua Ari Barroso.
Há inclusive um acesso a este logradouro por uma saída lateral do RioMar (de onde eu fui até a referida praça).
É uma praça bonita, arborizada e bem cuidada. Ocupa um espaço de cerca de 10 mil metros quadrados. Como qualquer praça tem gramado, canteiros, bancos e passeios, mas a Praça Estrigas e Nice apresenta um laguinho com ponte e uma academia de ginástica ao ar livre.
Foto: PGCS
Num dos pontos da praça funciona uma base fixa da Polícia Militar, o que deve tornar o local mais seguro àqueles que o frequentam.
O nome do logradouro é uma homenagem ao pintor e escritor Nilo de Brito Firmeza, o Estrigas, e à esposa dele, Nice, também pintora.
Em sua inauguração (24/01/2015), o Prefeito Roberto Claudio destacou a trajetória do Estrigas e Nice e, ao lado de familiares do casal, plantou uma muda de baobá originada do baobá plantado por Estrigas no sítio em que morou grande parte da vida e, aos pés do qual, estão depositadas suas cinzas. Esta árvore, por sua vez, consta que descende do velho baobá do Passeio Público, tombado pelo Patrimônio Histórico-Cultural.
Nice faleceu em 13/04/2013 e Estrigas, como era seu sonho, dormiu e não acordou mais em 02/10/2014.

COM O EXÉRCITO NÃO DÓI

por Marcos Gurgel (*)
Como 2º Tenente R/2, do quadro de saúde, lotado no Hospital do Exército em Fortaleza, cedido ao quartel do 23º Batalhão de Caçadores, participei de uma ação cívico-social em um pequeno distrito de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.
Consultório de campanha montado, iniciei o meu trabalho no começo de uma bela manhã. Primeiro paciente, um falante que foi logo dizendo:
"Toda vez que o Exército vem aqui em extraio um dente; todo mundo aqui sabe que eu só extraio dente com o Exército, porque com o Exército não dói!". Posicionei o saltitante paciente na cadeira odontológica (de campanha, sem conforto), e comecei a trabalhar.
De cara, fraturei a corroa de um primeiro molar inferior, e então ouvi: "É sempre assim. Vá em frente Tenente, que eu sou descendente de índios e tenho os dentes muito duros".
Início de carreira, pouca experiência, corria o ano de 1978. Então pensei em me valer do Capitão-Chefe, mas não o encontrei... Convoquei então um esforçado soldado para me dar apoio e comecei o quebra-quebra, com cinzel e martelo.
Dava sempre uma paradinha e, preocupado, perguntava:
– Dói? – e lá vinha a resposta, incontinenti:
– Como Tenente, se com o Exército não dói?
Duas horas de luta, consegui o intento, mediquei e dispensei o paciente.
À noite, no acampamento, eu já deitado, eis que ouço o índio falante procurando o Tenente Gurgel. Pensei: meu Deus, o coitado deve estar morrendo de dor...
Com o coração em sobressalto me dirigi a ele e perguntei:
– Você está com algum problema? Está com muita dor? – e lá veio a resposta enfática:
– Não estou sentindo nada. Eu vim só saber do Senhor se posso arrancar o dente vizinho amanhã de manhã...
E repetiu o velho chavão:
– Dor que nada, Tenente. Com o Exército não dói!
(*) Marcos Maia Gurgel (05/07/1953 - 20/07/2024), odontólogo e escritor cearense (contador de histórias).