PARQUE AZA BRANCA

O Parque Aza Branca é o principal ponto turístico de Exu.
Ele foi fundado pelo próprio Luiz Gonzaga. A fazenda onde foi instalada esta atração foi comprada pelo Rei do Baião no início dos anos 1970. Em 1982, voltando a morar no Exu, o sanfoneiro  elegeu o Parque como moradia definitiva.
Ele foi idealizado pelo próprio artista – que, com a carreira já  consolidada, quis construir um complexo de atrações para preservar seu nome e sua obra.
No local é possível visitar o Museu do Gonzagão, que abriga o maior acervo original do músico. Entre os objetos pessoais, há sanfonas, chapéus, sandálias e gibão de couro, discos de ouro e fotografias. Outras atrações são a casa onde ele morou, que mantém os móveis originais, e o mausoléu onde Gonzaga está sepultado juntamente com sua primeira mulher ("dona" Helena), que seu filho Gonzaguinha mandou construir para o casal.
Foto. Nós (Sérgio, Paulo, Elba, Luciano e Elsa), sob um frondoso  juazeiro, árvore típica da caatinga, no Parque Aza Branca.
Há ainda uma réplica da casa de reboco onde nasceu o músico e um viveiro de asas-brancas (nome científico: Patagioenas picazuro, a ave columbídea que inspirou a famosa canção de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). A grafia do nome do parque acompanha a da canção original, registrada assim para acompanhar o Z de Luiz e de Gonzaga. 
O parque tem também duas pousadas para hóspedes: Santana, em homenagem à mãe de Gonzagão (a agricultora e dona de casa Ana), e Januário, nome de seu pai, lavrador e sanfoneiro.
Endereço: Rodovia Asa Branca, KM 38, Exu (PE). Ingresso 12,00

RETORNO AO CARIRI

Passeios nesta região com Elba e o casal Luciano/Elsa
13/01/2025, segunda-feira
Percurso: Fortaleza; Triângulo; Quixadá; rest. Pé de Serra (lanche: tapioca com queijo, cuscus com carne moída e café); Juatama e Pedra do Vento (pela 2.ª vez); Banabuiú e Açude Arrojado Lisboa (tomando água com as primeiras chuvas da quadra invernosa), Orós; Lima Campos; Cedro (lanche: pastéis de queijo e caldo de cana), Caririaçu (altitude 713 m) e Juazeiro do Norte.
Sérgio Gurgel e Solange, foram nossos anfitriões em Juazeiro do Norte. Meu irmão José Gurgel e Isabel nos acompanharam em alguns passeios.
À noite, estivemos na casa de Paolo Giorgio e Lorena, na Lagoa Seca, para nos deliciarmos com vinhos brancos e pizzas de vários tipos preparadas pelo anfitrião com farinha de trigo importada da Itália.
14/01/2025, terça-feira
Acompanhei Sérgio em sua tomografia multislice de tórax realizada pelo radiologista Dr. Expedito. Tudo bem com o estado de saúde do meu irmão, que poderá inclusive receber alta clínica da doença que o acometeu recentemente.
Elba foi visitar sua tia Teresa, de 97 anos, em situação de leito permanente.
À tarde, chovia bastante. As mulheres do grupo foram ver e comprar folheados a ouro no comércio de Juazeiro.
15/01/2025, quarta-feira
Viagem de Juazeiro do Norte, passando por Crato e pela Floresta Nacional do Araripe até Exu, Pernambuco (80 km). Num trecho da viagem, o observador experimenta um fenômeno semelhante ao que ocorre na Rua do Amendoim, em BH. Ao deixar o motor desligado e desengrenado e soltar os freios, tem-se a ilusão de que o automóvel sobe a rodovia em vez de descê-la (uma ilusão de óptica causada pela topografia do local em que um aparente aclive é, na verdade, um declive).
Local visitado:
Parque Aza Branca
É o principal ponto turístico de Exu. Fundado por Luiz Gonzaga, o Parque foi idealizado pelo próprio "Rei do Baião" – que, com a carreira já consolidada, quis construir um complexo de atrações para preservar seu nome e sua obra. No local é possível visitar o Museu do Gonzagão, que abriga o maior acervo material original do músico. Entre os objetos pessoais, há sanfonas, chapéus, sandálias e gibão de couro, discos de ouro e fotografias. Outra atração é a casa onde ele morou, que mantém os móveis originais, e o mausoléu onde Gonzaga está sepultado junto com sua primeira mulher ("dona" Helena), que seu filho Gonzaguinha mandou construir para o casal. Ingresso: 12 reais.
Endereço: Rodovia Asa Branca, KM 38, Exu (PE).
À tarde, fomos à Colina do Horto, em Juazeiro do Norte. O acesso a este geossítio é possivel por caminhada ou por um teleférico, o qual foi construído há três anos pelo Governo do Ceará. Nesse local estão a Estátua e o Museu Vivo do Padre Cícero e a Igreja do Senhor Bom Jesus do Horto. O visitante chega ao templo depois de percorrer uma alameda com cerca de 300 metros.
À noite, participamos de um bingo na casa de Paolo Giorgio e Lorena.
16/01/2025, quinta-feira
Viagem de Juazeiro do Norte a Santana do Cariri.
Locais visitados:
Museu Paleontológico Plácido Cidade Nuvens. Guia: aluno João Victor
Esta instituição foi criada com o objetivo principal de proteger o patrimônio fossilífero da Bacia do Araripe. Hoje o MPPCN tem uma missão científico/cultural na região do Cariri, fortalecendo a pesquisa científica e o turismo nesta região.
Santuário da Beata Benigna
Brugge Vila Medieval. É um projeto composto por arquitetura europeia do período medieval e jardins renascentistas de propriedade do Dr. José Pereira. Fica localizada no distrito de Araporanga a 8 Km da sede de Santana do Cariri. As construções formam um conjunto representativo de 7 países como Suíça, Inglaterra, Alemanha, França, República Theca, Áustria e Espanha.
Viagem de Santana do Cariri a Nova Olinda
Locais visitados:
Mestre Espedito Seleiro, artesão do couro: casa (na qual o entrevistamos), oficina e museu
Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri. Fundado por Alemberg Quindins após a restauração da primeira casa grande da fazenda que deu origem ao município de Nova Olinda. Guia: aluna Ana Beatriz
Almoço/jantar no Pinheiro Restaurante, no Crato Tênis Clube.
17/01/2025, sexta-feira
Viagem de Juazeiro do Norte a Barbalha
Locais visitados:
Centro de Barbalha
Balneário do Caldas (a 8 km da sede do município). Destino de milhares de turistas por ano, este  balneário é responsável por boa parte da renda da cidade e, compondo o complexo turístico, ainda apresenta fontes e piscinas naturais de água mineral e um hotel de serra.
Complexo Ambiental Mirante do Caldas
Além do mirante (equipado com binóculos para a observação da natureza e da vila local), o Complexo conta com teleférico de cadeiras, passarelas, borboletário etc.  Construído pelo Governo do Estado do Ceará, foi inaugurado em 2021. Uma estrada que liga Barbalha a Pernambuco cruza este geopark.
Distrito de Arajara (Barbalha), com retorno pelo Crato para Juazeiro.
Cariri Garden Shopping
Jantar no restaurante Pasto y Pizzas na Lagoa Seca
18/01/2025, sábado
Retorno a Fortaleza. Em Quixadá, estacionamos no Pé de Serra para o almoço (à base de carnes, arroz, feijão e macaxeiras).
Agradecimentos
A Luciano, que nos transportou em seu carro novo por estas viagens; a Sérgio e Solange, nossos diligentes anfitriões em Juazeiro; e ao gentil lojista Tico Amorim, proprietario da Casa da Aliança, que se interpôs entre nós e o garçom, à hora de pagar uma conta. 

MEMÓRIA. CARIRI CEARENSE

A primeira vez que eu estive no Cariri cearense foi em 1976. Naquele ano, servindo como capitão médico no Hospital Geral de Fortaleza, fui designado para chefiar uma Comissão de Seleção Volante.
Foram 40 dias em que percorri municípios cearenses com a missão de examinar os conscritos para os Tiros de Guerra. Para isso, botei meu carango na estrada, contei com a ajuda de instrutores locais (sargentos), a acolhida de prefeitos e ganhei diárias.
No Ceará, existiam 11 Tiros de Guerra. Estive em oito deles: Aracati, Limoeiro do Norte e Russas; Crato e Juazeiro do Norte; Quixadá, Quixeramobim e Iguatu. Ficaram fora do meu roteiro: Acaraú, Camocim e Itapipoca. Acredito que estes últimos municípios foram visitados pelo capitão médico Raimundo Queiroz, a quem coube também realizar a seleção em Tiros de Guerra no Piauí e no Maranhão.
Em momentos de lazer, compareci a uma seresta na casa do Sr. Leandro Bezerra e fui até Barbalha onde conheci o Balneário do Caldas com suas águas termais.
Na década de 1980, acompanhando o empresário Edmilson Alves de Sousa, proprietário de "A Ferragista", fomos uma vez ao Crato, via Várzea Alegre.
Em Várzea Alegre, terra natal do Padre Antônio Vieira (de "O Jumento, nosso irmão"), do compositor Luiz Sérgio Bezerra, de Otacílio Correia e de Vilani, esposa de Edmilson, comparecemos numa festa em que o empresário foi homenageado. Era uma sexta-feira à noite.
No dia seguinte, viajamos ao Crato. onde Edmilson tratou de negócios imobiliários. E, à noite, fomos ao Crato Tênis Clube.
No domingo, voltamos para Fortaleza. Uma viagem apenas interrompida para almoçarmos num restaurante à margem da estrada. 
Com as noites anteriores mal dormidas, preocupava-me um plantão noturno que eu teria logo mais no Setor de Emergência do Hospital de Messejana. Então, mudei-me para o banco de trás do espaçoso carro do Edmilson, onde sob o domínio da sonolência pós-prandial consegui dormir um par de horas. E, para minha sorte, o plantão noturno acabou se mostrando excepcionalmente calmo.
Nos anos seguintes, o Cariri cearense esteve no roteiro dos meus passeios (com Elba e filhos) por cidades da Paraíba (Campina Grande) e Pernambuco (Garanhuns, Triunfo e Caruaru). Numa dessas oportunidades, hospedamo-nos no Verdes Vales Hotel, em Juazeiro do Norte; em outra, pernoitamos em Aurora, a terra natal de minha mulher, e noutra fomos até Jardim.
E sucederam as viagens (aéreas) que fiz às Microrregionais de Saúde do Estado do Ceará para ministrar aulas em Cursos de Capacitação de Médicos e Enfermeiros das Equipes de Saúde da Família em Diagnóstico, Tratamento e Ações de Controle da Tuberculose:
23/08/2001, Juazeiro do Norte;
13/11/2001, Brejo Santo;
11 e 12/07/2002, Crato.
Em 22/12/2001 houve o casamento de minha sobrinha Francesca Germana Quezado Gurgel e Silva com Daniel Magalhães Soares, em Juazeiro do Norte. 
22/12 - Partida de Fortaleza em ônibus fretado pela família Gurgel. Almoço em Iguatu. Casamento. Recepção em buffet. 23/12 - Almoço no Granjeiro. Jantar em  Lagoa Seca. 24/12 - Sítio B. Santos e passeio em Caririaçu (a 25 km). 24/12 - Almoço no Cariri Shopping. Jantar de véspera de Natal na casa de José Gurgel e Isabel. 25/12 - Almoço em Quixeramobim. Chegada a Fortaleza.

QUATRO ASES E UM CORINGA

me·lé,substantivo masculino
Etimologia: origem obscura
1. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA
2. [Brasil: Regionalismo] [Jogos] No jogo do pôquer, carta que muda de valor, segundo a combinação que o jogador tem na mão. = CURINGA
3. [Brasil] Diamante com imperfeição.
In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
"MÚSICA NORDESTINA" E AS MEMÓRIAS EM DISPUTA
"A versão mais disseminada na imprensa carioca sobre o surgimento do Quatro Ases e Um Coringa atenta para o desejo do violonista Evenor Ponte Medeiros de fazer um conjunto quando morava em uma pensão só para rapazes nos idos de 1940, na maioria estudantes, localizada na Av. Princesa Isabel, em Copacabana. Evenor reuniu seus dois irmãos Permínio e José Ponte Medeiros e mais o André Batista, cearense apelidado por “Melé” nas antigas peladas de futebol e formaram um conjunto a que deram o nome de Bando Cearense. Começaram tocando em festas, reuniões familiares, shows, etc.
Inicialmente os rapazes cursavam faculdade e não tinham a pretensão de se dedicarem exclusivamente ao conjunto, diferente de outros grupos que se deslocavam com o desejo de impulsionarem a carreira artística. Em dezembro os quatro integrantes embarcaram para o Ceará em visita aos parentes e chegando em Fortaleza convenceram Esdras Guimarães, um amigo apelidado de Pijuca, exímio violinista e integrante de um outro conjunto, a fazer parte do grupo.
Por esse tempo, o poeta e jornalista Demócrito Rocha fundou o jornal O Povo no Ceará e ao conhecer os cinco jovens músicos colocou o nome do conjunto de Quatro Ases e Um Melé, e assim começaram a fazer algumas apresentações. Mais tarde, retornaram novamente ao Rio de Janeiro, conseguiram cair no agrado do locutor César Ladeira, que na época era diretor da Rádio Mayrink Veiga, e acabou contratando os cinco rapazes para se apresentarem no horário nobre da emissora, permanecendo por cerca de três meses.
De acordo com Miguel Curi, jornalista e compositor de sambas, o quinteto também participou de audições na Ceará Rádio Clube (PRE-9) com o nome Quatro Ases e Um Melé, agradando João Dummar, que os recomendou ao Teófilo de Barros Filho, diretor da Rádio Tupi. No Rio de Janeiro fizeram o teste e foram contratados pelo valor de Cr$240,00 para cada um e estrearam no programa Noite na Roça, com o nome modificado para Quatro Ases e Um Coringa (*) a pedido de João Dummar, fundador da Ceará Rádio Clube, pioneira da radiofusão no estado, que esclareceu aos integrantes que a expressão "melé", que significava no Ceará uma expressão popular para a carta do Coringa do baralho, não seria compreendida pelo público carioca."
N. do E.
(*) Também modificado como pilhéria para: Quatro com Asma e Um com Íngua
Vídeo:
NO CEARÁ É ASSIM, de Carlos Barroso, com Quatro Ases e Um Coringa (1952):

LENDA DA SUMAÚMA

Conta a lenda que em tempos antigos o marido de uma curandeira foi picado por uma cobra venenosa, e ela nada pôde fazer para salvá-lo. Passado o luto, ela se dedicou a pesquisar a cura para a picada de cobras. E descobriu que o tubérculo da planta Dracontium lorettense não só curava as picadas, como também dava imunidade à vítima contra o veneno das picadas.
Infelizmente, um dia o filho da curandeira foi picado, e o remédio não funcionou. Desesperada, ela suplicou ao espírito da planta que deixasse seu filho viver. Em troca, a curandeira concordou em tornar-se espírito e viver para sempre na base da Sumaúma. Por isso é que existe a "Mãe Sumaúma", este espírito que ocupa um lugar de honra no reino dos espíritos da selva. É ela que, com seus poderes, olha e protege as plantas e os animais da floresta.

Este texto é um excerto editado de "Um Conto Amazônico", de Arnaldo Quispe, publicado em 2013 no Blog Terra Náua.

Foto - Crianças brincando em torno de uma sumaúma (ou samaúma, as duas grafias são usadas). Fotografei esta cena no Horto Municipal de Belém.

ANA KAROLINA E HUMBERTO NETO

CONVITE

Cerimônia religiosa e recepção de casamento (com a bênção de Deus e dos pais) de Ana Karolina e Humberto Neto na Praia de Morro Branco, em Beberibe - Ceará.

Quatro de janeiro de 2025, às 16 horas.

Postagem atualizada em 05/01/2025, com a inclusão da fotografia acima.

Minha esposa e eu fizemos reservas para "Ocas do Índio", uma pousada em Morro Branco perto do local do evento.

"CHICO BUARQUE EM 80 CANÇÕES" E OUTROS LIVROS

Como acontece por ocasião dos festejos de fim de ano, fui presenteado em 2024 pela amiga Maristane Fernandes Macedo com um livro. 
CHICO BUARQUE EM 80 CANÇÕES, de André Simões, Editora 34
Sobre o livro:
Já no prefácio, o autor diz que "para analisar uma canção, requer-se a utilização de critérios próprios e adequados. A indissociabilidade entre música e letra é apenas o mais básico deles". Depois de enumerar outros elementos que devem ser pesados - arranjo, interpretação, performance etc. - ele conclui que a canção "é um objeto de estudo fortemente interdisciplinar". É com essa disposição que André Simões (um jornalista que estudou música e literatura) se debruça sobre 80 canções de Chico Buarque, dispostas ao longo de quase seis décadas de criação. O livro abre com "Pedro Pedreiro", de 1965, e se encerra com "Que tal um samba?", de 2022.

Nos anos anteriores:
2023 - "Escritos da Casa Morta", romance de F. Dostoiévski
2022 - "O Mosquito - A incrível história do maior predador da humanidade", de Timothy C. Winegard
2021 - "Redentor", de Rodrigo Alvarez
2019 - "João de A a Z", livro autobiográfico do pianista e maestro João Carlos Martins
2018 - "Conquistadores - Como Portugal forjou o primeiro império global", de Roger Crowley
2017 - "Médico de Homens e de Almas", de Taylor Caldwell.
2016 - "101 Canções que tocaram o Brasil", de Nelson Motta
2015 - "Smart" (sobre a internet), de Frédéric Martel 
2013 - "Contra a Perfeição - Ética na era da engenharia genética", de Michael J. Sandel
2011 - "O Livro de Ouro da MPB", de Ricardo Cravo Albin
2010 - "Chico Buarque", de Wagner Homem.