Vi poucas vezes o pianista Marçal (não sei o nome completo). A primeira, no ensaio de um show, e a segunda, na noite em que esse show aconteceu no Theatro José de Alencar, ali pelos anos 70.
O conjunto em que Marçal tocava tinha a formação característica de um grupo de bossa nova. Piano, baixo, bateria e crooner. E do repertório, lembro-me bem, constava o "Balanço Zona Sul"."Balance mesmo que é bom /
Do Leme até o Leblon / E vai juntando um punhado de gente / Que sofre com seu andar."
Franzino e de pouca conversa, Marçal, com suas harmonizações e improvisos criativos, era realmente um excelente pianista.
Meu colega Waldeney convidou-me para sentar à mesa.
Apesar de sua timidez, Marçal pediu e obteve do deputado um adjutório. E, ao ser agraciado (amigo é pra essas coisas), despediu-se de nós radiante de alegria.
Franzino e de pouca conversa, Marçal, com suas harmonizações e improvisos criativos, era realmente um excelente pianista.
Em sua temporada no Rio, como relata o jornalista Roberto Aurélio em "Não amarrem o pianista", Marçal até que se saiu bem. "Trabalhou em shows, bares, restaurantes, chegou a tocar em orquestras e bandas de algum conceito. Ganhou reputação no meio musical e passou a constar da agenda de empresários e agentes".
Um dia, a roda da fortuna passou a girar ao contrário. A partir do instante em que Marçal se declarou perseguido por uma poeira que caía em seu paletó. Era uma poeira com exclusividade. Marçal se queixava, o gerente tomava algumas providências, Marçal se queixava outra vez, o gerente tomava novas providências. E tudo terminava com Marçal deixando a casa.
Um dia, a roda da fortuna passou a girar ao contrário. A partir do instante em que Marçal se declarou perseguido por uma poeira que caía em seu paletó. Era uma poeira com exclusividade. Marçal se queixava, o gerente tomava algumas providências, Marçal se queixava outra vez, o gerente tomava novas providências. E tudo terminava com Marçal deixando a casa.
Então, para se livrar daquela "poeira persecutória", ele fez as malas e voltou para Fortaleza.
Tempos depois, tornei a vê-lo. Numa noite em que eu caminhava na calçada do Edifício São Pedro (outrora Iracema Plaza Hotel), na Praia de Iracema. Ele estava em uma mesa na parte externa do restaurante "Panela", com o cardiologista Waldeney Rolim e o deputado Paulo Lustosa.Meu colega Waldeney convidou-me para sentar à mesa.
Apesar de sua timidez, Marçal pediu e obteve do deputado um adjutório. E, ao ser agraciado (amigo é pra essas coisas), despediu-se de nós radiante de alegria.
Foto: Marçal (ao piano). Arquivo Jairo Castelo Branco
http://laprovitera.blogspot.com/2013/02/nao-amarrem-o-pianista.html
http://www.ceara.gov.br/2022/03/17/historico-em-fortaleza-edificio-sao-pedro-vai-abrigar-distrito-criativo/
http://laprovitera.blogspot.com/2013/02/nao-amarrem-o-pianista.html
http://www.ceara.gov.br/2022/03/17/historico-em-fortaleza-edificio-sao-pedro-vai-abrigar-distrito-criativo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário