Em 1974, quando morava no então chamado Estado da Guanabara e trabalhava como médico no Hospital Central do Exército, fui transferido para Benjamin Constant, um município que fica na região do Alto Solimões (AM).
Transferido por necessidade de serviço, nestas circunstâncias o militar nestas circunstâncias faz jus a passagens aéreas, transporte de seus pertences, ajudas de custo e, depois de apresentar-se no novo local de trabalho, a alguns dias para se instalar.
Era solteiro, e decidi matar as saudades de Fortaleza quando estivesse em trânsito para a Amazônia.
Era solteiro, e decidi matar as saudades de Fortaleza quando estivesse em trânsito para a Amazônia.
Não era conveniente levar o fusca (que eu tinha adquirido seis meses atrás) para Benjamin Constant. Avisaram-me que em suas ruas (não pavimentadas) somente transitavam motocicletas. O município, com exceção do então distrito de Tabatinga, não era "car friendly".
Ao tentar vender o fusca, logo constatei que seria difícil vendê-lo por um preço justo. A sorte foi que meu pai, em Fortaleza, que estava pensando em comprar um carro do tipo, fez um lance irrecusável. Mas eu teria que fazer a entrega do veículo em domicílio.
Então, planejei uma viagem dirigindo o fusca até Fortaleza, onde passaria alguns dias com a família, para depois prosseguir de avião até Benjamim Constant.
A parte terrestre da viagem seria de cerca de 2.600 km pela BR-116. Com previsão de dormidas em Teófilo Otoni-MG e Feira de Santana-BA.
A parte terrestre da viagem seria de cerca de 2.600 km pela BR-116. Com previsão de dormidas em Teófilo Otoni-MG e Feira de Santana-BA.
Também previ uma "parada técnica" em Petrópolis, na Casa de Saúde Santa Mônica, para me despedir dos funcionários do hospital, e na sequência ir a uma agência do Banco Real, onde me aguardava o pagamento dos últimos plantões.
Não é só na BR-3 que a gente morre. No trecho mineiro da BR-116, estive prestes a me envolver em uma colisão ao realizar uma ultrapassagem. Felizmente, um anônimo motorista (de um caminhão que vinha em sentido contrário) fez a manobra evitativa.
Em Teófilo Otoni, hospedei-me numa pousada e jantei num restaurante local.
No dia seguinte, após o café da manhã, continuei a viagem. Tendo como incômodo uma sonolência vespertina que os retões da BR-116 na Bahia encarregaram-se de acentuar.
Não é só na BR-3 que a gente morre. No trecho mineiro da BR-116, estive prestes a me envolver em uma colisão ao realizar uma ultrapassagem. Felizmente, um anônimo motorista (de um caminhão que vinha em sentido contrário) fez a manobra evitativa.
Em Teófilo Otoni, hospedei-me numa pousada e jantei num restaurante local.
No dia seguinte, após o café da manhã, continuei a viagem. Tendo como incômodo uma sonolência vespertina que os retões da BR-116 na Bahia encarregaram-se de acentuar.
Conforme o planejado, jantei e dormi em Feira de Santana.
Acordei muito cedo para o terceiro dia da viagem. Sabendo que ainda teria que dirigir cerca de 1.065 km para chegar a Fortaleza. Era vencer o desafio da distância ou... ter de acrescentar umas horas a mais de viagem num hipotético quarto dia.
Acordei muito cedo para o terceiro dia da viagem. Sabendo que ainda teria que dirigir cerca de 1.065 km para chegar a Fortaleza. Era vencer o desafio da distância ou... ter de acrescentar umas horas a mais de viagem num hipotético quarto dia.
O que não foi preciso. Cheguei a Fortaleza ainda no terceiro dia, às 22h30.
Extremamente fatigado, quem disse que eu conseguiria dormir bem? Com todas aquelas placas de sinalização da BR-116 que continuavam a girar feito um carrossel em minha mente.
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