LANÇAMENTO DO LIVRO "HUMOR NA CASERNA"

Noite de autógrafos de Humor na Caserna, de José Luciano Sidney Marques
Apresentação: Paulo Gurgel Carlos da Silva
"O coronel médico Sidney Marques brinda a todos com o seu livro Humor na Caserna, contendo uma centena de histórias reais, marcadamente hilárias, em sua maior parte, por ele vivenciadas no decorrer de sua jornada verde-oliva. Estou certo de que a presente obra, robustecida por tantas situações engraçadas, conduzirá os leitores a um momento de descontração, regando de forma bem-humorada, a seriedade e a aridez do nosso viver." ~ Marcelo Gurgel
"No livro Humor na Caserna, Sidney Marques retrata, com muita sensibilidade, uma centena de "causos" ocorridos no ambiente austero das unidades militares onde serviu. Da maioria deles foi protagonista, em outros, coadjuvante ou mero espectador." ~ Saraiva  Junior
Ficha técnica
Título: Humor na Caserna | Autor: José Luciano Sidney Marques | Revisão gramatical: Prof.ª Tereza Lucia Fontele | Capa: Audifax Rios | Ilustrações: Benes | Projeto gráfico: Sidney Marques e Brenno Araújo | Diagramação: Alexssandro Lima | Gráfica: Expressão | Ano: 2015 | 140p. :il. | ISBN: 978-85-420-0608-7
Serviço
Dia e hora: 31/07 (sexta-feira), às 19h
Local: Parque Recreio - Salão de Eventos
Endereço: Avenida Rui Barbosa, 2727 - Fortaleza-CE
Traje: esporte fino
01/08/2015 - Atualizando a postagem com a inserção de uma fotografia
Paulo Gurgel (eu) fazendo a apresentação de "Humor na Caserna"

O BAR DO CHAGAS FECHA AS PORTAS

Caros biriteiros,
Mais uma triste notícia para os velhos boêmios. Depois da tragédia do Buraco do Reitor, que incendiou no ano passado, agora foi a vez do Chaguinha fechar as portas. E assim vamos assistindo resignados o fim de uma época de alegrias e brincadeiras saudáveis e porres homéricos. Como dizia a letra impagável do samba-canção "Farrapo Humano", na voz canora do insubstituível Nelson Gonçalves: para minimizar essa dor "só encontro um lenitivo no balcão de um botequim". Só mesmo tomando umas e outras e mais outras para suportar tamanha angustia. Estou tentando escrever uma crônica sobre essas tragédias e, logo consiga, eu repasso para os amigos lerem e, entre umas e outras, relembrarem-se dos velhos tempos. Saúde!!!
Obs.:
Segue abaixo o link para acessar a matéria sobre a "tragédia", publicada hoje (25/07) no jornal Diário do Nordeste. Não deixem de ver.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/frequentadores-se-despedem-do-bar-do-chaguinha-1.1347986
"Manchetes" do Miami Herald: BAR DO CHAGAS FECHA. 
CACHACEIROS SE DESESPERAM. INDÚSTRIA DE BEBIDAS EM PÂNICO
N. do E.
Este necrológio do bar me foi repassado por meu irmão Germano. Pelo estilo e também pela referência que faz ao Buraco do Reitor, desconfio que tenha sido escrito por Carlos José Holanda Gurgel.
Como não fui frequentador do Chaguinha, sofrerei, mas não exageradamente, com essa tragédia. Pior foi quando fui velar a morte anunciada da Taberna da Glória para dar espaço à construção da Estação Glória do Metrô do Rio. Foi numa das mesas da Taberna que, em parceria com Vadico, o genial Noel Rosa criou o seu inesquecível Conversa de Botequim.

O GOL DE MÃO DE HONORATO

Campeonato Cearense de Futebol de 1957.
O América conquistou o Torneio Início em 26 de março. O Ceará e o Usina Ceará, vencedores dos dois turnos, partem para uma melhor de 3, com o Ceará vencendo a 1ª.
Na semana que antecede o 2º jogo, o Ceará pede o adiamento da partida, alegando que 9 atletas haviam pegado a famosa (na época) gripe asiática. Na verdade, o interesse do Ceará era ganhar tempo para recuperar 3 atletas que estavam contundidos
Com a negativa da Federação Cearense de Desportos (FCD), que levou em consideração os boatos que circulavam, o Ceará teve que entrar em campo sem os "asiáticos", contando inclusive com o Bira e o goleiro Ivan, com este escalado como atacante. Resultado: Usina 1x0 Ceará.
Na 3ª e decisiva partida, vence o Ceará com o famoso gol de mão de Honorato.
Correspondência
Caro Paulo,
Atualizei-me com sua Linha do Tempo hoje, com seus escritos, com os do Marcelo, c= os do Fernando e de tantos outros.
As histórias do Usina Ceará acolho-as com atenção.
Explico porquê:
Em Fortaleza, só torci pelo Usina Ceará.
Não tenho nenhuma afeição pelo Ceará e pelo Fortaleza, clubes das multidões cearenses.
Não gosto da forma como o futebol é conduzido pelos cearenses.
Técnicos e jogadores não têm nenhuma identidade com os dois clubes, daí a agonia que estes padecem nos campeonatos nacionais.
Além do que geralmente param nos clubes de Fortaleza técnicos vencidos (no prazo, no tempo, sem história, sem ter bagagem) e jogadores rodados que acabam se envolvendo com cachaça e rapariga, dois infortúnios dos jogadores de futebol.
No passado, tinha o campeonato de seleções e eu torcia pela seleção do Ceará.
Há 52 anos fora do Ceará, só torço pelo América, do Rio de Janeiro, clube das pequenas multidões, que tem o melhor hino de autoria do Lamartine Babo, que também escreveu hinos de outros clubes.
O do América é o mais bonito.
Sofro muito por ser americano, clube sempre roubado pela corja de apitadores do futebol inclusive ***  que é torcedor fanático do Fluminense e que já roubou o América em diversas partidas.
Gosto das histórias de Otávio Bonfim, hoje muito mudado.
Na minha próxima visita a Fortaleza, irei ao vosso encontro.
Abraço.
JB Serra e Gurgel

CALDAS NOVAS-GO E BRASÍLIA

Período: 25 a 28/07/15
Dia 26 (sexta-feira)
Partindo de Uberlândia, cheguei a Caldas Novas aproximadamente às 10 horas. Fiquei na rodoviária da cidade esperando por Elba, que chegaria de Brasília duas horas após. Ela trazia a notícia da cirurgia (não realizada) em Maninha
Hospedamo-nos no Morada do Sol, situado na região central da cidade. Este hotel dispõe de um parque aquático com águas quentes captadas através de poços artesianos.
Numa caminhada pelo comércio de Caldas Novas, Elba logo se espantou com o que poderia comprar na cidade. Muitos itens de vestuário a preços convidativos.
O Hotel Morada do Sol estava lotado por grupos de excursão da terceira idade. À noite, após o rodízio de sopas oferecido aos hóspedes, muitos destes se reuniram no pátio interno para ouvir um cantor-tecladista de músicas sertanejas.
foto 1
O município de Caldas Novas, no estado de Goiás, encontra-se às margens do lago da represa de Corumbá e ao lado da Serra de Caldas. Do seu solo brotam águas com temperaturas que variam de 43° a 70°.  De acordo com estimativas de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a sua população é de 79 705 habitantes E o município  tem como principal fonte de renda o turismo. Na alta temporada, Caldas Novas chega a comportar mais de 500 mil turistas. Todos os anos, mais de 3 milhões de turistas visitam a cidade. Com suas piscinas de águas quentes em seus clubes e hotéis, Caldas Novas é considerada a maior estância hidrotermal do mundo.
Dia 27 (sábado)
Na tarde do dia anterior, tínhamos passado algum tempo nas piscinas do hotel. Como deixaríamos o Morada do Sol ao meio-dia, para nos hospedarmos em outro sem parque aquático, aproveitamos a manhã para nos relaxarmos nas piscinas de águas quentes deste hotel.
Do Morada do Sol nos transferimos para o Hotel Santa Clara. Um hotel menor, com ares de pousada e muito aconchegante.
Almoçamos num restaurante da esquina, o Cozinha Goiana, a meio caminho entre os dois hotéis.
foto 2
Elba soube que "trenzinhos" faziam um city tour muito procurado pelos turistas.
E lá fomos nós para um passeio de "trenzinho", animado e ciceroneado pelo mágico Will.
Locais visitados: a Cachaçaria Empório, onde Elba posou com uma garrafa de cachaça nas mãos, dentro de uma adega, aliás, no interior de um grande barril (foto 2); uma sorveteria no centro de Caldas Novas, na qual tomamos um "sorvete ao forno", (cuja receita está aqui, a cargo da blogueira Tania Gusman); e também um centro comercial com lojas de doces, chocolates e, last but not the least, o quiosque do mágico Will.
Ao falar sobre este último, o mágico-guia Will disse-nos que as rendas de seu quiosque se destinavam exclusivamente ao Lar das Crianças (das crianças dele, Will). E Elba, para ajudar a causa, comprou um conjunto com 20 mágicas e um DVD em que Will explica como fazê-las. Um presente para o nosso neto Matheus, um futuro mágico no pedaço.
Anualmente, a cidade é sede do MagiCaldas, o Festival de Mágicas de Caldas Novas. Reunindo mágicos e ilusionistas de todo o Brasil e do exterior, o festival realizou em abril deste ano sua quarta edição. Shows, conferências e workshops compõem a programação do MagiCaldas. 
Face do MagiCaldas
Duração do passeio: 2 horas (a que se seguiu uma segunda caminhada de Elba pelas ruas do comércio).
À noite, cansados da programação do dia, não saímos mais. E, com a anuência do recepcionista do Santa Clara, pedimos uma pizza com entrega em suíte de hotel.
As águas termais de Caldas Novas não têm origem vulcânica e, por conseguinte, não são sulfurosas. São águas acumuladas pela infiltração da água da chuva na Serra de Caldas, aquecidas pelo calor de camadas profundas do interior da Terra. Foram descobertas em 1722, pelo sertanista Bartolomeu Bueno da Silva, filho do bandeirante Anhanguera. Eles estavam em busca de ouro e pedras preciosas, mas acabaram descobrindo as fontes termais com maior vazão no mundo. No Rio Quente e na Lagoa Quente do Pirapitinga, essas águas afloram naturalmente. Nos clubes e hotéis de Caldas Novas, são em geral captadas por poços artesianos. 
Fontes: Will e CaldasWeb.
Dia 28 (domingo)
Retornamos pela Alfa Luz a Brasília, onde fomos recebidos por Henrique e Maninha com uma primorosa feijoada. Uma sonolência pós-prandial me fez dormir à beça no período da tarde. E, à noite, embarcamos no voo de volta para Fortaleza.
Agradecimentos
A Henrique Klein e Lúcia Macedo (Maninha), pela hospitalidade de sempre.
Ao Sr. Francisco Geová, supervisor da Infraero no Aeroporto Pinto Martins, por ter localizado e cuidadosamente guardado a minha agenda que, por descuido, havia deixado no saguão do aeroporto.
Ao Fernando Gurgel Filho, cearense radicado em Brasília, pela presteza em restabelecer uma comunicação interrompida entre Uberlândia e Brasília.
(termina)

BRASÍLIA E UBERLÂNDIA-MG

Período: 23 a 25/06/2015
Dia 23 (terça-feira)
Viagem aérea de Fortaleza a Brasília, com chegada à Capital Federal por volta das 9 horas e meia. Henrique e Maninha, irmã de Elba, nos levam do aeroporto ao apartamento em que moram, com a filha Jéssica, na Asa Norte. Foram mais uma vez nossos anfitriões em Brasília. O brigadeiro Pinto e sua esposa Eliane vieram nos visitar. E o dia livre foi uma oportunidade para Macedos e agregados colocarem os assuntos em dia.
Dia 24 (quarta-feira)
Henrique me leva cedo à Rodoviária, onde pego um ônibus da Real Expresso para Uberlândia, a principal cidade do Triângulo Mineiro. Elba ficou em Brasília para acompanhar uma cirurgia em Maninha. O percurso, de 422 quilômetros até Uberlândia, em sua maior extensão atravessou municípios de Goiás: Valparaíso. Luziânia, Cristalina e Catalão. O Cerrado é soja! Em Valparaíso, onde meu cunhado Moacir Pinto possui um cemitério, existe uma réplica da Estátua da Liberdade, coisa da Havan. Em Catalão, próximo à divisa de Goiás com Minas Gerais, a "parada técnica" para o almoço, E, depois de passar por Araguari, em território mineiro, cheguei a Uberlândia onde desembaequei. Duração total da viagem: 6 horas e 45 minutos.
Hospedo-me no Universo Palace, no centro da cidade. Ao fim da tarde, saio para caminhar na Praça Tubal Vilena, onde há um busto de Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, Como há também (em outros locais da cidade) um teatro, uma rua e uma escola – em homenagem a esse dileto filho de Uberlândia.
Jantei no restaurante do hotel.
Dia 25 (quinta-feira)
Passeio pelo centro de Uberlândia. Na Praça Clarimundo Carneiro, no bairro Fundinho, visitei o Palácio dos Leões que já foi a sede da Câmara e da Prefeitura da cidade. Atualmente, o palácio abriga o Museu Municipal (foto 1), que apresenta um acervo de documentos históricos, utensílios antigos, um painel de garrafas (com objetos curiosos no interior), rodas de carros de bois e uma maquete de São Pedro de Uberabinha (a vila que deu origem à Uberlândia), entre outras peças. Ao percorrer a sala que exibia uma cozinha rústica, eu tive a atenção voltada para uma caneca dentada, da qual explico depois a serventia. E havia ainda um coreto na praça, muito bonito, uai.
foto 1
Prosseguindo a caminhada, visitei o Museu Universitário de Arte, o MUnA, que abrigava exposições simultâneas. A principal delas era a "Doce de Santo", uma mistura de fotos e desenhos acondicionados em frascos. Outra, era uma série de quadros do pintor cearense Aldemir Martins. seu estilo é inconfundível.
Aproveitei para deixar um exemplar do Portal de Memórias na Biblioteca Municipal Juscelino Kubitschek, ao lado do Museu Universitário.
O Mercado Municipal distava um pouco do local em que eu me encontrava. Apesar de uma incômoda dor num tornozelo, arrastei-me até lá. É muito limpo, organizado e tem seu ponto alto na venda de queijos, doces e bebidas, além de muitas peças do artesanato da região. Alguns restaurantes e lanchonetes completam os atrativos do Mercado.
Na entrada de uma cafeteria, li esta curiosa placa:
Café - 3,00.
Café com "por favor" - 2,90
Café com "bom dia" e "por favor" - 2,80.
Ao meio dia, a fome apertava e parei para almoçar no "Fogão de Lenha". Um restaurante popular com comida boa e barata.
Após um período de descanso no hotel, saí para outro caminhada no centro. Na Praça Adolfo Fonseca. fotografei um poema do Marçal Costa. Em seguida, tirei algumas "selfies" tendo ao fundo o restaurante Sibipiruna (foto 2), do qual cuidei de memorizar o endereço para retornar à noite. O restaurante tem este nome por causa de uma frondosa sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) que existe em sua calçada. Uma placa, ao lado da árvore, avisa que, por força de um decreto municipal. ela é "imune ao corte".
foto 2
Julho de 1918. Uma muda de árvore de poucos centímetros foi plantada pelo comerciante Oscar Miranda no meio da avenida João Pinheiro, ainda sem asfalto, no centro de Uberlândia. Seus arredores se modificaram enquanto a cidade crescia. Ela ganhou porte, conquistou os moradores e se tornou patrimônio histórico-cultural da cidade. O que acreditava-se ser um pau-brasil, tornou-se a sibipiruna frondosa da praça Adolfo Fonseca, antiga praça Dom Pedro, que neste mês comemora 93 anos.
Nestas mais de nove décadas, a árvore resistiu – mesmo que com algumas sequelas – a tempestades, ameaças de corte, fungos e à modernidade. Foi tema de escritores que eternizaram a história da cidade. Entre tantos relatos, um se destaca. Foi no fim dos anos 60, quando o então prefeito Renato de Freitas resolveu asfaltar a avenida João Pinheiro e retirar a sibipiruna que “atrapalhava o trânsito”. “Meu pai disse que ficou em frente à árvore com uma arma e não deixou cortar.
Depois, muitas pessoas convenceram o prefeito a desistir”, disse Maurício Miranda, 82 anos, filho de Oscar Miranda.
Em 1984, o então prefeito Zaire Rezende publicou um decreto declarando que a sibipiruna fosse protegida legalmente. Hoje, a árvore é sustentada por concreto que foi depositado dentro do tronco, que ficou oco após ser atacado por fungos. “Naquele tempo, nunca imaginava que Uberlândia seria como é hoje. Fico honrado por meu pai ter plantado esta árvore e tenho medo que ela não complete 100 anos”, afirmou Maurício Miranda.
foto 3
A seguir, tomei um táxi para o Parque do Sabiá. No percurso, em boa parte feito pela larga Avenida Rondon Pacheco, veem-se hotéis e prédios residenciais, shopping centers, restaurantes (como o "Carro de Boi") e o Centro Administrativo (da Prefeitura). O táxi deve ter rodado uns sete quilômetros até chegar ao parque.
O Parque (ou Recanto) do Sabiá vale bem a visita (foto 3). Não é á toa que o Trip Advisor o coloca como a atração #1 de Uberlândia.
Localizado na Zona Leste de Uberlândia, entre os bairros Tibery e Santa Mônica e com portarias de acesso por ambas as regiõeso Parque do Sabiá ocupa uma área de 1,8 milhão de metros quadrados. Tem uma represa, pier para a atracação de pequenas embarcações e pedalinhos, bosque, zoológico, trilhas, pistas de caminhada, restaurantes, quiosques e equipamentos de lazer, e recebe uma média de 10 mil visitantes por dia. Aos sábados e domingos, a média chega a 25 mil frequentadores por dia.
Voltando (no sentido físico) ao Sibipiruna. O restaurante, bem entendido. Ele fica a uns 500 metros do Universo Palace, dividindo a rua dos fundos do hotel com outras casas noturnas de boa aparência. À noite, conforme a mim prometera, abanquei-me naquele restaurante para tomar uns chopes e comer uns petiscos. No palco, um conjunto se apresentava tendo como cantor "uma versão branca do Tim Maia". Assim comparado por causa do repertório e do corpanzil.
Não me demorei muito no Sibipiruna. Afinal, na manhã seguinte, teria de me encontrar com Elba em Caldas Novas.
(continua)

TENHO EU QUE CANTAR

Diogo Fontenelle
"Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando.
Se esse pobre canta,
Por que blasfemas, tu que possuis tão doce lembrança da vida?"
(poeta chinês Tu Fu, 612-770 d.C.)
Cantar minha mãe, meu mar,
Cantar a Infância, meu pomar,
Cantar a vida feito louro luar,
Cantar a vida em azul sonhar.

Cantar a poesia do servir,
Cantar o silêncio do partir,
Cantar a solidão do dormir,
Cantar o verde do reflorir.

Cantar as afeições do amanhecer,
Cantar a floração do enternecer,
Cantar as saudades do anoitecer,
Cantar o Bem-querer do meu ser.