MADRI CENTRO E TOLEDO

09/06/2018 - 7.º dia
Pela manhã, refazendo o percurso da viagem metroviária de ontem, retornamos ao centro de Madri.
Elba entrou no El Corte Inglés para dar início a seu passatempo favorito quando viaja: olhar e comprar roupas, bolsas e perfumes. E eu, conforme o planejado, tomei o rumo da Carrera de San Jerónimo. No dia anterior, havia conferido que, percorrendo esta rua, eu chegaria ao Museo Nacional del Prado. Ao cabo de uma caminhada de, no máximo, 15 minutos.
Ficou acertado, sob os olhar da Vênus La Mariblanca, de nos reencontrarmos às 13 horas, na Praça da Porta do Sol, para um passeio na cidade de Toledo.
O Prado impressiona tanto pelo tamanho e beleza de sua instalações quanto pelo vasto acervo de obras de arte que o museu apresenta. É o 18.º museu mais visitado do mundo. Eu tinha três horas para visitá-lo (o que muita gente faz em dois dias).
Foto 1 - O blogueiro no salão de entrada do Museu do Prado. Ao fundo, a escultura "La defensa de Zaragoza: guerra de independencia", de Cubero (1768-1827), a qual mostra um velho ferido amparado pelo filho.
No edifício Jerónimos  do Museu do Prado, por onde iniciei a visita, vi suas três exposições temporárias: "Rubens, pintor de bocetos" (uma mostra que reúne 80 esboços pintados pelo genial pintor flamengo Pedro Paulo Rubens); "In lapide depictum" (pintura italiana sobre pedra do período 1530-1555) e as esculturas de Leone e Leoni expostas no belíssimo Claustro do edifício. Em seguida, passei ao edifício Villanueva em que estão as mostras de pinturas espanhola, alemã, francesa, flamenga, italiana, britânica e holandesa, de artes decorativas e esculturas, onde pude apreciar obras de Greco, Goya, Velásquez, Rafael, Ticiano, Tintoretto, Durero, El Bosco, Rubens e tantos outros.
Reservei um tempo especial para admirar três trípticos de H. Bosch (El Bosco). A propósito: ver a nota O mundo é um carro de feno..., que publiquei recentemente no blog EM.
No início da tarde, enquanto esperávamos pelo "Busvision" que nos levaria a Toledo, percebemos um certo frenesi pela praça. Eram cerca de 50 ciclistas nus (lamentavelmente homens) que pedalavam pela Calle Mayor. Não sei se faziam algum protesto ou se apenas curtiam mostrar em público suas estrovengas. Um dos ciclistas carregava nas costas um cartaz com a frase NO GAS TOXIC. No cartaz, uma vistosa seta apontava para o respectivo fiofó.
Foto 2  - Uma das fotos que fiz do happening. Não existe pecado no lado de cima do equador.
Foi uma viagem de encher os olhos por terras da Espanha, e chegamos a Toledo por volta das 15 horas. Na entrada da cidade, há um estacionamento rotativo para que os ônibus despejem as hordas de turistas. A partir deste ponto, sobe-se a pé por uma ladeira suave e completa-se a subida por uma sequência de seis escadas rolantes. A cidade histórica está localizada no topo de uma montanha, com uma vista de 150 graus e rodeada em três lados por uma curva do rio Tajo (que muda de nome para Tejo em Portugal).
Entramos na Plaza de Zocodover, a praça principal da cidade, onde muitos eventos e celebrações são realizados. Acompanhando o guia, passamos a percorrer as ruas da histórica Toledo onde se veem muitas lojas com o artesanato toledano (a cidade tem uma longa história na produção de armas brancas), restaurantes, templos das três religiões abraâmicas, museus, puertas disso e daquilo. Mas a atração principal é mesmo a Catedral Primada.
Foto 3 - Enfim juntos (clicados pelo guia turístico), em frente à famosa Catedral de Toledo.
Outras informações - Quando foi possível, nós matamos a fome com grandes sanduíches de jamón serrano (um presunto típico da região). O tour panorâmico em torno da cidade que a empresa de turismo nos propiciou foi um bônus maravilhoso. Deixamos Toledo por volta das 20 horas, mas o dia ainda estava claro.
Toledo é conhecida como a "Cidade Imperial" por ter sido o principal local da corte de Carlos V, Sacro Imperador Romano, e como a "Cidade das Três Culturas" pelas influências culturais de cristãos, muçulmanos e judeus refletidos em sua história. Foi também a capital de 542 a 725 do antigo reino visigótico, que se seguiu à queda do Império Romano. Por sua extensa herança monumental e cultural, Toledo foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1986.
E chegamos às 10 da noite no hotel, tendo ainda que arrumar a bagagem.

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