Sobre a família Gurgel Carlos, os bairros de Otávio Bonfim e Cocó, em Fortaleza, as cidades de Acarape, Redenção e Senador Pompeu, no Estado do Ceará, a Faculdade de Medicina (UFC), minhas caminhadas e viagens, assuntos culturais e artísticos notadamente locais, memórias e fatos pitorescos.
Este é o livro do médico e escritor Mariano Freitas, lançado em 2002, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar. Com a presença do Belchior, o prefaciador, do Cláudio Pereira, do editor Sérgio Braga e de uma multidão de líderes do movimento estudantil.
Aos 97 anos de idade, o reitor Antônio Martins Filho, da UFC, também compareceu ao lançamento do livro e fez uma belíssima fala.
Mariano Freitas: "Bergson Gurjão tornou-se uma unanimidade dentro do movimento estudantil".
NÓS, OS ESTUDANTES conta a vida dos universitários cearenses na década de 1960. Este livro vendeu 398 exemplares em seu lançamento, e sua edição de 1.500 exemplares foi completamente vendida em 30 dias. A capa é do Audifax Rios.
Faleceu, aos 95 anos, o médico Dr. Amaury Teófilo Brasil (foto). O óbito se deu no domingo, 21, às 5 horas, no Hospital Oto Meireles, tendo sido o seu corpo velado na funerária Ethernus e sepultado no cemitério Parque da Paz.
Amaury era natural de Redenção-CE, residiu por algum tempo em Quixadá e formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
Vindo morar em Fortaleza, passou a a trabalhar como tisiopneumologista do Sanatório de Messejana e do Sanatório de Maracanaú.
No Sanatório de Messejana (atual Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes), onde o conheci no ano de 1977, foi chefe da Seção de Documentação Científica e da Seção de Pacientes Externos. Foi também um dos fundadores do Centro de Estudos Prof. Manuel de Abreu (nome que ele inclusive sugeriu para o referido Centro).
Deixa a esposa Eliana, três filhos e quatro netos, aos quais manifesto meus sentimentos.
Descanse em paz meu estimado amigo.
Reprodução de uma antiga foto, tirada no Hospital de Messejana em seu período sanatorial.
Da esquerda para a direita, sentados: Drs. Amaury Brasil, Carlos Alberto (diretor), Trajano Almeida e Eldair Sátiro; em pé: Drs. Abner Brasil, Alarico Leite, Francisco Oliveira e Jorge Matos.
César Augusto de Lima e Forti nasceu em 28 de abril de 1945, na cidade de São Paulo-SP.
Formado em medicina no ano de 1971 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), especializou-se em medicina nuclear pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1973, e fez mestrado em Farmacologia pela UFC, em 1985.
Médico do Ministério da Saúde, ocupou o cargo de chefe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).
Foi também Subscretário da Saúde do Estado do Ceará, Diretor Médico e Diretor Geral do HUWC e Diretor do Hospital Municipal de Maracanaú.
Fonte: A história dos Secretários da Saúde do Estado do Ceará (arquivo PDF).
Vitimado pelo câncer, César Forti faleceu na noite de 21 de julho de 2024.
Meus sentimentos à família do meu estimado amigo e colega Dr. César Forti.
22/07/2024
Velório durante a manhã - com missa de réquiem às 12h. Local: Ethernus.
Leriado deriva de "lero", que significa conversa mole, papo furado, broma; conversa pra boi dormir, papo pra engambelar, pra enrolar; miolo de pote etc.
Na Escolinha do Professor Raimundo, famoso pelo lero-lero havia o Sr. Rolando Lero, personagem do ator Rogério Cardoso. Em nova versão, este personagem é interpretado por Marcelo Adnet.
No livro CRIAÇÕES, publicado em 1986 sob os auspícios do Centro Médico Cearense e da Sobrames Ceará, no texto "As lérias estão de volta", debulhei umas lérias autorais:
Quem ama a todos gasta uma fortuna em motel.
Desperdício é o exemplo vivo do esperdício.
Conforme o tempo para os discursos, um banquete pode ser maçante ou massacrante.
Ante uma mulher de muitas curvas não existe homem reto.
O indivíduo não se submeta ao coletivo, especialmente se tiver dinheiro para o táxi.
Deus! A autoridade máxima em "faça-você-mesmo".
Ah, esse tempo nublado provocando indecisões nos girassois!
Dia de não se ler jornal: terça-feira. Sai com material de segunda.
O escocês, quem diria, cria-se agarrado na saia do pai.
E a guerra acabou. Pode-se em paz matar os feridos.
Eu utilizei a palavra "léria" (uma variante de "lero") para fazer trocadilho com as "férias estão de volta".
Leruaite é um programa de televisão brasileiro em formato de talk show apresentado pelo cantor e humorista Falcão. Estreou em 2012 na TV Ceará (afiliada à TV Brasil), mas após a contratação do cantor pela TV Diário, passou a ser exibido nesta emissora a partir de 2015. Após um período de pausa, voltou a ser exibido na TV Ceará desde junho de 2018.
Fazem parte da equipe de Falcão a banda "Num Tô Nem Vendo", formada por deficientes visuais, o violonista Tarcísio Sardinha (até 2022, ano em que este instrumentista faleceu) e o desenhista Valber Benevides, responsável por fazer as caricaturas dos entrevistados de Falcão.
De onde Falcão obteve esse nome "Leruaite"? Segundo o cantor brega, seria uma combinação de "lero" (conversa) com "white" (branco, em inglês).
Quanto ao programa "Leriado" da TV Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, não sei dizer se ainda vai ao ar.
Quando: num sábado, em maio de 2019. Onde: no restaurante Carneiro do Ordones, no Parque Araxá.
Fui buscar JB Serra e Gurgel no Hotel Mercure e, por sugestão dele, fomos ao citado restaurante. (Meu irmão Marcelo não pôde ir conosco devido a compromissos outros.)
Nesse restaurante da zona oeste de Fortaleza, estivemos a conversar por um par de horas.
João Bosco era jornalista e escritor, tendo sido o autor de 150 biografias de cearenses "de todos os andares". Além de ser um exímio contador dos acontecidos em Acopiara, cidade em que estavam fincadas suas raízes.
Ele costumava me enviar exemplares dos livros que escrevia e já havia transcrito algumas postagens minhas no jornal "Ceará em Brasília", do qual era um dos editores. Certa vez, subsidiei-o com informações para um artigo de reminiscências sobre o Usina Ceará, seu primeiro e único clube.
Também era um girólogo porreta, e seu alentado "Dicionário de Gíria" havia chegado à 9.ª edição.
Uma de suas preocupações: não ver, até então publicada, a obra que José Jarbas Studart Gurgel deixou inacabada (porém, em fase final), depois de ter rastreado os quatrocentos anos da família Gurgel no Brasil.
No final do encontro, convidou-me para visitá-lo em Niterói, onde residia, quando não estava em Brasília exercendo o voluntariado na Casa do Ceará.
Era membro da Associação Brasileira de Imprensa e também organizava um banco de dados na internet sobre os Gurgel do Amaral Valente, de Acopiara.
JB Serra e Gurgel. Fotografado por mim no Ordones, em Fortaleza.
Livros que publicou
Cronologia da Evolução Histórica das Relações Públicas Dicionário de Gíria (em sua 9.ª edição) Livro Negro da Previdência Social Livro Evolução da Previdência Social Nas Terras do Senhor Meu Pai Nas Terras do Senhor Meu Rei (volumes I e II)
10/07/2024 - Faleceu em 1.º de julho, em Niterói-RJ, o jornalista e escritor João Bosco Serra e Gurgel, que, por muitos anos, editou o jornal "Ceará em Brasília". Foi velado em Juazeiro do Norte e, como era desejo do próprio jornalista, teve o corpo sepultado em Acopiara-CE, sua terra natal.
Pesquisador da nossa cultura popular, escreveu o "Dicionário de Gíria", com 820 páginas, que se encontra em sua 9.ª edição. Além de outras obras que trazem sua assinatura, polígrafo que foi. João Bosco deixa uma enorme saudade entre aqueles que, ao longo de uma vida luminosa, privaram de sua amizade e afeto.
Fonte: Blog do Carlos Dehon
JB Serra e Gurgel nasceu em 22/03/1943, no município de Acopiara, no sertão central do Ceará, a 365 km de Fortaleza.
Fez o curso primário no Grupo Escolar de Acopiara, começou o ginasial no Seminário São José, no Crato, e o concluiu no Colégio Lourenço Filho. Em Fortaleza, fez o colegial no Colégio Estadual do Ceará, o Liceu.
Em Fortaleza, iniciou-se no Jornalismo, na Gazeta de Noticias e trabalhou no jornal O Estado e na Rádio Dragão do Mar.
Em 1963, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Última Hora, nas agencias Asapress e Inrterpress, na sucursal do Diário de São Paulo.
Em 1964, ingressou no curso de Ciências Sociais, da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, concluindo em 1968 no Instituto de Ciências Sociais da UFRJ.
Em 1966, foi trabalhar com Ibrahim Sued, como redator de sua coluna em O Globo, e depois em seu programa na Rede Globo, Ibrahim Sued o Repórter.
Em 1972, foi nomeado diretor da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, depois foi para a Assessoria do presidente da EMBRATUR e do IBC.
Em 1974, trabalhou como Assessor do Ministro da Previdência e Assistência Social, Luiz Gonzaga do Nascimento Silva, e, depois, do presidente do INSS, Reinhold Stephanes.
Em 1976, fez concurso para Técnico de Comunicação Social do MPAS.
Em 1979, foi requisitado pela Presidência da República, onde foi Coordenador de Divulgação da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República até 1985.
Em 1980, foi contratado como professor da Faculdade de Comunicação da UnB, lecionando Técnicas de Relações Publicas e Publicidade e Propaganda.
A partir de 1985, trabalhou como Assessor nos Ministérios da Fazenda, Agricultura, `Planejamento e Saúde.
Voltou à Previdência Social, ondee foi Assessor de Comunicação dos ministros Reinhold Stephanes, Sergio Cutolo e Antônio Brito.
"Todos os dias, ele acorda às seis da manhã, toma um cafezinho e desce para a oficina do Memorial J. Borges, que funciona embaixo de sua casa, um galpão onde expõe e vende suas xilogravuras há mais de 50 anos em Bezerros, agreste de Pernambuco. Vai devagar, “quem tem pressa fica no caminho”, diz ele, apoiando a muleta na mesa comprida antes de sentar-se para trabalhar. Puxa as ferramentas da gaveta: formão, buril e goivinhas. Liga o rádio num Lupicínio Rodrigues (um dos netos deixa um pen drive espetado nas caixas de som com as músicas preferidas do avô), escolhe um pedaço de pau de louro-canela, a 'melhor madeira para entalhar depois da imburana, que o Ibama não deixa mais', e passa a manhã a escavar tipos, cenas e histórias inteiras, que, acredita ele, estão só esperando para serem descobertas."
Eis acima a descrição, feita por Mariana Filgueiras no Globo Cultura, para um dia comum na vida de José Borges.
Na juventude, ele foi carpinteiro e pedreiro até descobrir a literatura de cordel. De leitor apaixonado que virou, passou a esculpir na madeira para imprimir no papel, tornando-se um xilógrafo requisitado pelos escritores de cordel.
Desde que ganhou fama pela boca de Ariano Suassuna, que o chamava de "maior gravurista do Brasil" e sempre lhe confiou a ilustração de suas obras, J. Borges só viu sua reputação crescer. Estimulado por colecionadores e marchands, já teve xilogravuras expostas na Europa e nos Estados Unidos, ilustrou capas de livros de Eduardo Galeano e de José Saramago, além de aberturas de novelas (a primeira foi a versão censurada de "Roque Santeiro", em 1975, a última, "Cordel encantado", em 2011).
Em 2019, ele fez a exposição J. BORGES 80 ANOS, no RioMar em Fortaleza. Na ocasião, fotografei alguns de seus trabalhos, um dos quais o magistral COMO SE FAZ UMA XILOGRAVURA, em que ele conta os segredos de sua arte.
J. Borges (pôster reproduzido)
Aos 88 anos, o mestre das gravuras vive em Pernambuco, enquanto sua arte ultrapassa as fronteiras. E que oportunidade o público tem agora para apreciar seus trabalhos em nova exposição. Com duzentas obras suas reunidas no Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
26/07/2024 - Hoje José Francisco Borges foi entalhar nuvens no céu.