LETHEM, GUIANA

22/05, quarta-feira
Depois de desistir de ir a Pacaraima (a sede de município com maior altitude na Região Norte do Brasil) e Santa Elena de Uiarén (VEN), (*) ocupou-me a mente o Plano B: conhecer Lethem, uma cidade guianense que fica na fonteira do Brasil.
Lethem é uma cidade da Guiana que faz fronteira com o Brasil. Separada de Bonfim, Roraima, apenas pelo rio Tacutu, forma com esta uma aglomeração urbana transnacional de quase 15 mil pessoas. É a capital da região 9 da Guiana, Upper Essequibo-Upper Tacutu, com uma população estimada em 3.000 pessoas. A cidade leva esse nome em homenagem a Sir Gordon James Lethem, que foi governador no tempo em que a Guiana era inglesa.
No passado, a área onde atualmente se situa Lethem fazia parte do que se costumava denominar Pirara, uma região que originalmente pertencia ao Brasil e foi anexada pela Inglaterra após um contencioso denominado QUESTÃO DO PIRARA, arbitrado pelo rei Vitório Emanuel III. Atualmente, a região a oeste do Rio Essequibo, o que inclui Lethem, é reivindicada pela Venezuela, que alega ter direitos históricos sobre o que denomina Guiana Essequiba.
Então, fui ao Terminal do Caimbé, de onde partem os táxis compartilhados. Eles cobram, por pessoa, 50,00 até Bonfim e 70,00 até Lethem. E a viagem, que dura cerca de uma hora e meia, é feita pela BR-401, uma rodovia bem conservada. Quando você cruza a ponte internacional sobre o rio Tacutu (inaugurada em 2009), você está em território guianense.
Na avenida principal de Lethem, (*) (*) há muitos estabelecimentos comerciais, particularmente frequentados por brasileiros que costumam levar mercadorias para Boa Vista e Manaus. Não era esse meu objetivo. Tinha interesse de conhecer a pequena cidade e tirar algumas fotos, reservando uma pausa para o almoço.
O sol forte da Guiana me pressionou a comprar no Mega Shopping dois bonés (sendo um destes para Elba que ficou em Belém).
Além dos shoppings e stores, vi na cidade: três hotéis, dois bancos, dois templos (da Igreja Universal e das Testemunhas de Jeová), postos de combustíveis (um deles Macedo's) e vários restaurantes.
Em uma churrascaria parei para almoçar. Comida gostosa e barata.
Findo o repasto, peguei um táxi local que me levou à rotatória do Bonfim, onde funciona um ponto de apoio para os táxis brasileiros. E o taxista que me trouxe de volta a Boa Vista me deixou no Hotel Uiramutam.
Foto: ONE GOYANA. O recado de Irfaan Ali, presidente da Guiana, a Nicolás Maduro.
Falando nisso: SLAVA UKRAINI.
Notas
(*) Desisti de desistir. Em 25/09, sábado, fui a Pacaraima e Santa Elena de Uiarén.
(*) (*) Na Guiana, usam a mão inglesa ou invertida. Um sistema de direção em que os veículos trafegam pelo lado esquerdo da rua ou estrada.

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