Eis acima a descrição, feita por Mariana Filgueiras no Globo Cultura, para um dia comum na vida de José Borges.
Na juventude, ele foi carpinteiro e pedreiro até descobrir a literatura de cordel. De leitor apaixonado que virou, passou a esculpir na madeira para imprimir no papel, tornando-se um xilógrafo requisitado pelos escritores de cordel. Desde que ganhou fama pela boca de Ariano Suassuna, que o chamava de "maior gravurista do Brasil" e sempre lhe confiou a ilustração de suas obras, J. Borges só viu sua reputação crescer. Estimulado por colecionadores e marchands, já teve xilogravuras expostas na Europa e nos Estados Unidos, ilustrou capas de livros de Eduardo Galeano e de José Saramago, além de aberturas de novelas (a primeira foi a versão censurada de "Roque Santeiro", em 1975, a última, "Cordel encantado", em 2011).
Em 2019, ele fez a exposição J. BORGES 80 ANOS, no RioMar em Fortaleza. Na ocasião, fotografei alguns de seus trabalhos, um dos quais o magistral COMO SE FAZ UMA XILOGRAVURA, em que ele conta os segredos de sua arte. Aos 88 anos, o mestre das gravuras vive em Pernambuco, enquanto sua arte ultrapassa as fronteiras. E que oportunidade o público tem agora para apreciar seus trabalhos em nova exposição. Com duzentas obras suas reunidas no Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
26/07/2024 - Hoje José Francisco Borges foi entalhar nuvens no céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário