ARCO-ÍRIS SOBRE A RODOVIA

Um arco-íris é um fenômeno óptico e meteorológico que dispersa a luz branca do sol em seu espectro contínuo quando o sol brilha sobre gotículas de água suspensas no ar. É um arco multicolorido com o vermelho em seu exterior e o violeta em seu interior. Por ser um espectro de dispersão da luz branca, o arco-íris contém uma quantidade infinita de cores sem qualquer delimitação entre elas. Devido à necessidade humana de classificação dos fenômenos da natureza e à capacidade finita de distinção de cores pela visão humana e por questões didáticas, o arco-íris é mais conhecido por uma simplificação criada culturalmente que resume o espectro em sete cores na seguinte ordem: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. Tal simplificação foi proposta primeiramente por Isaac Newton, que decidiu nomear apenas cinco cores e depois adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais, os sete dias da semana e os sete planetas do sistema solar conhecidos à época.
(Para ajudar a lembrar a sequência de cores do arco-íris, usa-se este mnemônico: «Vermelho lá vai violeta», em que «l», «a», «v», «a» e «i» representam a sequência laranja, amarelo, verde, azul e índigo.)

No início de 2020, testemunhei a conclusão da duplicação da rodovia CE-060 entre os municípios de Pacatuba e Redenção. O novo trecho, de 37,4 km de extensão, melhorou notadamente as condições de tráfego de Pacatuba até a base do Maciço de Baturité, ao fazer a conexão com o trecho da rodovia duplicada que já existia entre a capital cearense e Pacatuba. Uma obra que beneficiou diretamente as populações de Pacatuba, Guaiuba, Acarape e Redenção e facilitou a ligação dos municípios do Maciço de Baturité (o que inclui Aracoiaba, Capistrano e Itapiúna) com a área metropolitana de Fortaleza.
No local em que termina a CE-060 duplicada, já perto de Itapaí existe um vale. E, numa manhã chovida em que eu dirigia para Itapiúna, o vale serviu de fundo a um arco-íris de beleza indescritível. Então, que fiz eu? Parei o carro no acostamento da rodovia para fotografá-lo? Não. Limitei-me a dirigir o veículo mais lentamente para apreciar aquele espetáculo da natureza. Mas registro fotográfico, que é bom, eu não fiz nenhum.
Arrependo-me dessa negligência até hoje.

Nenhum comentário: