Sobre a família Gurgel Carlos, os bairros de Otávio Bonfim e Cocó, em Fortaleza, as cidades de Acarape, Redenção e Senador Pompeu, no Estado do Ceará, a Faculdade de Medicina (UFC), minhas caminhadas e viagens, assuntos culturais e artísticos notadamente locais, memórias e fatos pitorescos.
DOCENTES E DECENTES
CASAMENTO DE PAULA E ARILO
Após a cerimônia religiosa, os convidados serão recepcionados no Buffet Ilmar Gourmet, na Rua Luiza Miranda Coelho,1111 - Eng. Luciano Cavalcante, Fortaleza - CE.
03/08/2025 - Atualização da postagem com a inserção desta foto:
MÚSICA E BATE-PAPO COM JORGE MELLO
Jorge Mello nasceu em Piripiri, no Estado do Piauí. Aqui em Fortaleza, onde morou nas décadas de 60 e 70, logo veio a se destacar como músico, letrista e cantor. Foi também diretor musical de programas da televisão cearense, resultando deste período o seu entrosamento com o Pessoal do Ceará (Belchior, Fagner, Ednardo, Cirino e outros). Com o grupo, Jorge viajou canções, dividiu festivais e fincou pé no Sul Maravilha. A seguir, abraçou a carreira solo. Jorge Mello é maestro, arranjador e produtor musical. Como compositor e cantor já tem mais de uma centena de músicas gravadas. Dentre seus parceiros musicais, apontam-se: Belchior (o mais assíduo, com o qual já fez duas dezenas de canções), Vicente Barreto, Evaldo Gouveia, Tom Zé, Paulo Soledade, Ricardo Bezerra e outros. E também já fez trilha musical para teatro, cinema e peças publicitárias. Além disso, na profissão de advogado tornou-se um especialista em Direito Autoral. (Paulo Gurgel)
CHIQUITA GURGEL
Destaques de sua atuação:
1. Vida Social e Cultural:
Era uma das grandes damas da alta sociedade de Fortaleza, frequentando e promovendo saraus, exposições e festas que reuniam artistas, intelectuais e políticos. Tinha forte ligação com o meio artístico, apoiando nomes da música, literatura e artes plásticas cearenses. Em seu tempo, era muito citada pelo colunista Lúcio Brasileiro: "Que eu conheça, único salão havido da sociedade cearense foi o da Chiquita Gurgel, na Rua (sic) Desembargador Moreira, entendendo-se como tal a senhora que mantém as portas sempre abertas para receber inclusive jornalistas, padres e intelectuais."
Engajou-se em obras assistenciais e filantrópicas, ajudando instituições de caridade e eventos beneficentes. Participava ativamente de campanhas sociais, especialmente as ligadas à Igreja Católica e a entidades como a Legião da Boa Vontade (LBV).
3. Família e Legado:
Era casada com Oswaldo Gurgel do Amaral, membro de uma família influente no Ceará. Sua casa era um ponto de encontro da elite cultural e política, e seu nome ainda é lembrado como símbolo de uma época de glamour e influência social em Fortaleza.
Encontro na dissertação de Iratuã Freitas Silva, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará em 2022, com o título de "A elite cearense: sob a óptica do colunista social Lúcio Brasileiro", a seguinte passagem:
A leitura de "Aldeota" (obra de Jáder de Carvalho, 1963) nos remete a uma história verídica, ocorrida na casa da senhora Chiquita Gurgel. Ela realizava diariamente em sua residência, no chique e ainda novo bairro. De acordo com Lopes (José Augusto Lopes, in "Colunistas e colunáveis, 1997), a senhora Gurgel foi a maior anfitriã do Ceará em todos os tempos, tanto pela quantidade de encontros, como pela qualidade dos eventos, todos voltados para rodas de música, saraus de poesia e apresentações teatrais.
A hostess convidava para essas reuniões pessoas de setores diversificados de nossa sociedade, tais como intelectuais, jornalistas, escritores, padres, estudantes, empresários, formando um mix de visitantes, com personalidades e perfis que contrastavam uns com os outros. Em um desses encontros estavam sendo recepcionados na casa de Chiquita os atores Walmor Chagas e Cacilda Becker, que se apresentavam em Fortaleza com peça teatral. No transcorrer do evento, Chiquita Gurgel resolveu declamar uma poesia com marcas bem dramáticas; quando a dama finalizou a apresentação, o empresário conhecido à época como “rei da cera”, começou a bater palmas efusivamente, proferindo algumas frases laudatórias, entre elas “eita poesia pai-d’égua”. Ouviu-se, então, o burburinho de risadas.
O fato narrado serve para fazer uma referência de como nossa sociedade foi formada. O senhor em questão, natural da cidade de Sobral, descendia de uma família com tradição no beneficiamento da cera de carnaúba, que fez fortuna com esse produto. Ele migrou para Fortaleza, onde instalou uma fábrica na Avenida Francisco Sá . De fato, o sobralense havia obtido êxito e sucesso no campo da economia, mas no campo da cultura, da arte, da etiqueta era um neófito.
PRAIA DE IRACEMA
Praia dos Amores
Que o mar carregou."
(Luiz Assumpção)
No início do século XX, a Praia de Iracema era uma aldeia de pescadores denominada de Porto das Jangadas, Praia do Peixe ou Grauçá.
MEMÓRIA. UMA VIAGEM PELA BR-116
Em 1974, quando morava no então chamado Estado da Guanabara e trabalhava como médico no Hospital Central do Exército, fui transferido para Benjamin Constant, um município que fica na região do Alto Solimões (AM).
Era solteiro, e decidi matar as saudades de Fortaleza quando estivesse em trânsito para a Amazônia.
A parte terrestre da viagem seria de cerca de 2.600 km pela BR-116. Com previsão de dormidas em Teófilo Otoni-MG e Feira de Santana-BA.
Não é só na BR-3 que a gente morre. No trecho mineiro da BR-116, estive prestes a me envolver em uma colisão ao realizar uma ultrapassagem. Felizmente, um anônimo motorista (de um caminhão que vinha em sentido contrário) fez a manobra evitativa.
Em Teófilo Otoni, hospedei-me numa pousada e jantei num restaurante local.
No dia seguinte, após o café da manhã, continuei a viagem. Tendo como incômodo uma sonolência vespertina que os retões da BR-116 na Bahia encarregaram-se de acentuar.
Acordei muito cedo para o terceiro dia da viagem. Sabendo que ainda teria que dirigir cerca de 1.065 km para chegar a Fortaleza. Era vencer o desafio da distância ou... ter de acrescentar umas horas a mais de viagem num hipotético quarto dia.
ENCONTROS NO FUXIKO
Local: Restaurante FUXIKO Beer, na Praça Martins Dourado.
Presentes: Mário Mamede (organizador), José Rocélio, Ercílio Guimarães, José Luna (com Zélia), Núbia Martins, Socorro Madeiro, Silvio Roberto (com Eliane) e Paulo Gurgel (com Elba).
Na ocasião, distribuí com os colegas os primeiros exemplares do meu livro recém-publicado, "Edição Êxtase".
Música ao vivo por Alê Ferreira.
Em reuniões subsequentes, houve a presença de Francisco Colares (com Elen), Roberto Bruno e Clara (esposa de Mario). Com música ao vivo por Ciribah Soares.
ENGENHOCA PARQUE
DATAS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA CACHAÇA
1635. Com o aprimoramento da produção, passou a atrair consumidores e a ter importância econômica.
1649. Proibidas pela Coroa Portuguesa a produção e a comercialização da cachaça a fim de não competir com a bagaceira e o vinho, bebidas produzidas em Portugal.
1661. Em 13 de setembro, foram revogadas as proibições anteriores.
1756. Sobre a cachaça são criados vários impostos chamados de subsídios. Impostos voltados à obtenção de recursos para a reconstrução de Lisboa atingida pelo terremoto de 1º/11/1755.
1789. A cachaça se tornou um símbolo da resistência ao governo português.
1808. Quando a corte portuguesa chegou ao Brasil, a cachaça já era um dos principais produtos da economia local.
1922. Durante a Semana da Arte Moderna, quando se buscou o retorno às raízes brasileiras, a cachaça voltou a ser considerada um símbolo da cultura nacional.
1923. No Sítio Colégio, em Aquiraz (CE), é fundada pelo patriarca Tibúrcio Targino a "Cachaça Colonial".
2001. Decreto Presidencial estabelece o marco legal para a cachaça, ao estabelecer que nenhum outro país tem permissão para produzir e comercializar aguardente de cana-de-açúcar como cachaça. Estse nome é reservado exclusivamente para bebidas originárias do Brasil.
2006. Criado no Rio de Janeiro o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC).
ORIGEM DOS SOBRENOMES MAIS COMUNS NO BRASIL
"A maioria dos sobrenomes brasileiros vêm da Península Ibérica e remontam à Idade Média, mas alguns são ainda mais antigos, pré-romanos, ou têm origem nos povos germânicos que vieram do Norte da Europa. Boa parte deles foi formada a partir do nome do pai, ou identificam as pessoas pelo ofício que exerciam. Outros ainda trazem no nome as características de determinada região, como a sua fauna e flora. E há aqueles que foram batizados para homenagear datas e figuras religiosas. No Brasil, esses sobrenomes foram sendo adotados desde a colonização e atualmente são registradas por milhões de pessoas, mesmo aquelas que não têm nenhum grau de parentesco." (transcrição)
Capa: "Operários", de Tarsila do Amaral
Áudio: "Et voilà", de Chris Haugen
Relacionados: SILVAS EM GERAL e A CONVENÇÃO DA FAMÍLIA SILVA
CURITIBA 2
VALE DO ITAJAÍ
Passeio em Pomerode, um município vizinho a Blumenau (a 30 km de distância), onde flanamos pela XV de Novembro e ruas do entorno desta que é considerada a "cidade mais alemã do Brasil". Rota do enxaimel.
Portal Turístico Sul (foto 2)
Um lugar repleto de atrações para toda a família e que apresenta curiosidades e informações históricas sobre a relação entre Brasil e Alemanha. Conhecimento e entretenimento aliados a uma visita leve e descontraída.
SERRAS CATARINENSES
Hospedamo-nos no Afford Hotel, próximo ao centro de Lages.
Visitamos o Centro Histórico de Lages e caminhamos no Calçadão de Lages, onde já estão em funcionamento as barracas para a próxima Festa Nacional do Pinhão.
Outros locais visitados: Praça João Costa, Praça João Ribeiro e a Catedral Diocesana.
Lages (altitude: 916 m) é um município de Santa Catarina, na região sul do Brasil, distando 231 km da capital estadual, Florianópolis. Sua população é de cerca de 170 mil habitantes. É o maior município do estado de Santa Catarina em extensão territorial e o 10.º maior em população.
Às 9h30, fomos ao município de São Joaquim (fundador: Joaquim Manoel Pinto), a 80 km de Lages. Recorremos a um carro por aplicativo, conduzido pelo Sr. Nereu, para irmos conhecer a mais alta cidade da Região Sul do Brasil (1.360 m). Uma viagem de hora e meia pela SC-114, uma rodovia em boas condições no trecho que percorremos.
CURITIBA
Viajando em voos da Latam, com conexão em Congonhas (SP), chegamos no início da noite a São José dos Pinhais, o aeroporto de Curitiba, de onde um motorista de carro por aplicativo nos transportou para oIbis Curitiba Batel.
O Batel é a região mais boêmia da cidade com seus comércios, bares e restaurantes.
Atravessando a rua Comendador Araújo, fomos ao Shopping Crystal. No Tortuffi, um restaurante no estilo italiano, jantamos um risoto de cogumelos e raviólis acompanhados de limonadas. O restaurante apresenta uma decoração com molduras de quadros cujas telas são as próprias paredes (Dolce far niente).
10/06, terça-feira
Após o café da manhã, caminhamos até a icônica Rua 24 horas no centro da cidade. É de lá que partem os ônibus da Linha Turismo.
A Linha Turismo é uma linha que faz uma rota utilizando de ônibus especiais com dois andares (“double decker”), que passa por 26 pontos de atração de Curitiba. Com ela é possível conhecer os principais parques (como o Barigui e o Tanguá), bosques (Alemão, do Papa), praças (Tiradentes e Rui Barbosa), o Jardim Botânico (grande cartão postal da cidade) e outros espaços interessantes, como a Ópera de Arame. Circulam a cada 30 minutos, percorrendo aproximadamente 48 km em cerca de 3 horas.
O roteiro começa na Rua 24 Horas, mas é possível iniciar o trajeto em qualquer um dos pontos. Para percorrer a rota, o passageiro adquire um cartão-turismo individual, que dá direito a embarques e desembarques ilimitados na linha (“hop on, hop off”), em um período de 24 horas, após a sua 1ª utilização de embarque. Esta é uma comodidade que facilita ao turista escolher a quais atrações vai dedicar mais tempo para visitar.
PASSEIOS TURÍSTICOS NO PARANÁ E SANTA CATARINA EM 2025
Programação
Período: 9 a 15 de junho
Cidades: Curitiba, Lages, São Joaquim, Blumenau e Pomerode
Voos de ida e volta a São José dos Pinhais, com conexões em Congonhas, São Paulo, nos dias 9 (tarde/noite) e dia 15 (noite/madrugada de 16)
Percursos terrestres pelas viações Brasil Sul, Catarinense e Nevatur e pelo Uber (20 corridas)
City tour em Curitiba pela Linha Turismo
Dormidas: 9 e 10 em Curitiba; 11 e 12 em Lages, SC; 13 em Blumenau, SC e 14 em Curitiba
Hotéis: Ibis Batel, Afford e Domhof
MUDANÇA DE IDADE
Quanto à Natália, que também completa anos na mesma data, festejou o respectivo aniversário em Belém do Pará, onde vive com Rodrigo e o filho do casal, Renan. Em breve, o trio estará visitando os familiares em Fortaleza.
AQUIRAZ
Há três meios de se chegar a Aquiraz, todos por rodovias:
CE-025 Fortaleza - Porto das Dunas
CE-040 Fortaleza - Aquiraz (fora do centro da cidade)
BR-116 Fortaleza - Aquiraz (fora do centro da cidade)
O município fica na Região Metropolitana de Fortaleza, junto do Eusébio, uma região que vem crescendo rapidamente e um dos melhores IDH do Estado e do Nordeste.
As estradas largas e bem pavimentadas garantem um fácil acesso, seja pela CE 040, passando pelo Eusébio, ou pela CE 025, vendo-se as belezas naturais da praia de Sabiaguaba.
Os principais atrativos naturais, portanto, são os seus 36 km de praias: Barra do Pacoti (da novela "Tropicaliente"), Porto das Dunas, Praia do Japão, Prainha, Barra do Rio Catu, Praia Bela, Praia do Presídio, Iguape, Barro Preto e Batoque.
SIRIGADDO COUNTRY
Quanto ao clube Country, foi fundado em 23 de abril de 1924 e tem uma história que remonta à colônia inglesa da cidade. Sua primeira diretoria era formada por E. M. O. Scott, F. W. Hebblethwaite, J. G. Evans, W. Smith, T. G. Mac Reddie, J. H. Russel, M. Lê Roy, C. P. Matthews, B. C. Purcell, Alfred Ury, Marcel Levy, Myrtil Meyer e H. R. King.(Nirez, em sua página no Face).
Inicialmente focado em tênis e natação, o Country expandiu suas ofertas ao longo das décadas incorporando modalidades como futebol e basquete. isso transformou o clube num centro poliesportivo, atraindo uma comunidade diversa de associados. (Leila Nobre, em Fortaleza Nobre)
Além disso, o Country abrigava os adeptos do carteado e as reuniões de diversos grupos como o Clube dos Gatos e o Clube dos Abestados, este último principalmente formado por médicos que trabalhavam na Casa de Saúde São Raimundo.
O clube também ficou famoso na cidade pelo carnaval da segunda-feira.
Luís Nassif esteve ontem (17) no Ceará para dar uma palestra em Porto das Dunas, paradisíaca praia do município de Aquiraz. Após as 21 horas, o jornalista participou de um sarau que reuniu profissionais da mídia, músicos e blogueiros nas dependências do Country Club de Fortaleza (Restaurante Sirigaddo). Nassif revezou-se ao bandolim com Saraiva, do regional "Cordas que Falam", e Aparecida Silvino deu uma canja vocal. Foi um agradável encontro.
DIA DAS MÃES, ANIVERSÁRIO NATALÍCIO E BATIZADOS
11/05/25 - Dia das Mães para Elba e Aline. Comemorado no Restaurante Vignoli da Virgílio Távora, com o neto Benício (foto).
15/05/25 - Elba viajou a Belem do Pará para uma estada de 10 dias. Fui deixá-la no Aeroporto Pinto Martins. Aniversário do neto Renan, que completará 5 anos de idade no próximo dia 20.
18/05/25, às 9 horas - Batismo de Luciano e Marco (irmãos gêmeos), filhos de Lia Gurgel, e Odilon Leal, e de José, filho de Diana Gurgel e João Victor, na Paróquia N. Sra. das Graças, em Tabuba, Caucaia. Após a cerimônia religiosa, acontecerá um congraçamento familiar no espaço gourmet do Wai Wai (onde Diana e João Victor residem), em Cumbuco.
MARÇAL DE TAL
Franzino e de pouca conversa, Marçal, com suas harmonizações e improvisos criativos, era realmente um excelente pianista.
Um dia, a roda da fortuna passou a girar ao contrário. A partir do instante em que Marçal se declarou perseguido por uma poeira que caía em seu paletó. Era uma poeira com exclusividade. Marçal se queixava, o gerente tomava algumas providências, Marçal se queixava outra vez, o gerente tomava novas providências. E tudo terminava com Marçal deixando a casa.
Meu colega Waldeney convidou-me para sentar à mesa.
Apesar de sua timidez, Marçal pediu e obteve do deputado um adjutório. E, ao ser agraciado (amigo é pra essas coisas), despediu-se de nós radiante de alegria.
http://laprovitera.blogspot.com/2013/02/nao-amarrem-o-pianista.html
http://www.ceara.gov.br/2022/03/17/historico-em-fortaleza-edificio-sao-pedro-vai-abrigar-distrito-criativo/
CAFÉ JAVA 2
Ler também O PÂO.
"CARAVELLE", O FREVO DE BELCHIOR
Composição de Belchior cantada por Mary Pimentel no III Festival Universitário da MPB (1970), em Fortaleza.
Fontes:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/3389
http://www.youtube.com/watch?v=hupQEcbq7tU
Salve, salve a minha pele
Viva o resto do país.
Papel picado
Lá no céu cai da cidade
Contra a lei da gravidade
Eu vou voando até o fim.
Tinha razão e valor
O inventor do avião
Velocidade, meu bem
É a melhor diversão.
O cérebro eletrônico, o radar e os megatons
As células da máquina e as moléculas do som
MCR cifrão e os olhos do computador
Eu vou descer na contramão
Sobre a avenida, meu amor.
NOVO CAFÉ JAVA
Quando: Sábado, 26 de abril
Horário: A partir das 11h
Onde: Rua Sena Madureira, 760 / Rua do Rosário, 1 - Centro de Fortaleza
A MARCA DA MATRIARCA
Ontem liguei para minha mãe. Queria ouvir a sua voz.
Mas não era ela.
A demência tem ganhado terreno.
A voz ainda era firme, amorosa. O mesmo sorriso. Mas não era ela.
Somos um candelabro de luzinhas — milhares delas, coloridas.
Umas vívidas, outras desbotadas.
A cada dia, uma ou duas se apagam.
Há dias que resistem. Dão esperança.
— Lembra daquele dia em que a Laika mordeu o carteiro? — perguntei.
Mordeu lá. Bem naquele lugar onde se pendura a masculinidade.
Ela não lembrava.
Sua despedida começou aos 98.
Em setembro, fará 100. Mas não será ela.
Vive ainda iluminada nos filhos, nos netos, nos amigos — enquanto as luzinhas destes brilharem.
Mas luzinhas não brilham para sempre.
Outros candelabros virão com aquele brilho da nascença, e o mundo permanecerá iluminado.
EXPOSIÇÃO "O MUNDO DEU FÉ D'EU"
MEMÓRIA. STELIO VALLE
- Brilho (1979)
- Massafeira Livre (1980)
- Ser feliz (1999)
Stelio Valle participou da coordenação musical do LP duplo Massafeira Livre, um marco na produção musical cearense.
Faleceu aos 57 anos, em decorrência de um AVC.
LP COMPLETO
VILA PITA
Recém-qualificada pela Prefeitura de Fortaleza, a Vila Pita (*) agora inclui outros atrativos: pubs, cafés, burguerias, pizzarias, sorveterias etc. Com a rua Norvinda Pires tendo se transformado numa via exclusiva para pedestres; e a Sabino Pires, numa via compartilhada com balizadores e piso colorido para estabelecer um tráfego calmo ao longo da rua.
E a região também passou a contar com nova pavimentação, drenagem e paisagismo, com o plantio de mais de 30 árvores, além de mobiliários urbanos como bancos e jardineiras que compõem o projeto urbanístico, que abrange mais de 2 mil m² de área.
Nela, o fluxo de pessoas, mercadorias e serviços ocorre quase ininterruptamente ao longo de 24 horas, haja vista que "quando o escritório fecha, o bar abre".
Nesta sexta-feira (28), à noite, Elba e eu flanamos (do francês: flâner, passear ociosamente) por lá. Por fim, sentamo-nos a uma mesa do Hey Joe Food 'n' Bar, que dispõe de três ambientes: ao ar livre, climatizados no térreo e no segundo andar, neste último com música ao vivo. No Hey Joe, desfrutamos de Aperol (um aperitivo feito de laranja, raízes, ervas e outras especiarias), chopes, macaxeiras fritas e pastéis.
(*) Segundo urbanistas, vila é um "conjunto de casas, geralmente iguais, dispostas ao longo de um beco com uma saída para rua ou avenida". Não é exatamente este caso, já que as casas não são iguais (apesar do estilo assemelhado) e não estão situadas num beco.
SERRA DA IBIAPABA
Nesta região, ocorrem as mais intensas pluviosidades do território cearense, superiores a 2.000 mm.
Guaraciaba do Norte 950 metros (a cidade mais alta do Ceará, com 934 metros de altitude na sede municipal) | São Benedito 903 metros | Ibiapina 878 metros | Ubajara 847 metros | Tianguá 775 metros | Carnaubal 763 metros | Viçosa do Ceará 740 metros | Croatá 571 metros
Por motivos de trabalho (ensino e pesquisa) e de lazer, já estive em todos os municípios da Serra da Ibiapaba.
Onde hospedei-me: Tianguá (diversas vezes, principalmente no Hotel Serra Grande), Ubajara (duas vezes, no Neblina Park Hotel, também chamado Pousada da Neblina, localizado a cerca de 100 metros da Gruta do Parque Nacional de Ubajara), Ibiapina (uma vez) e São Benedito (uma vez, no distrito de Inhuçu).
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA "CARTAS PARA BELCHIOR"
DIANA DE SÁ PEREIRA BARREIRA (16/07/1945 - 15/03/2025)
A saudade eterniza a presença de quem se foi.
Neste momento de consternação, informo que o velório ocorrerá a partir das 12h, com missa de corpo presente às 14h30, na funerária Ternura. O sepultamento está previsto para as 16h, no cemitério Parque da Paz.
REMEMORAÇÃO
Sentado na escadaria da igreja de Nossa Senhora das Dores, em Otávio Bonfim, certa noite eu tive o privilégio de assistir a Cláudio Costa (irmão do colega Carlos Maurício) dar um show informal de violão. Claudio morava no Parque Araxá, vinha se dedicando ao violão há pouco tempo e, “creiendeuspai”, já tocava aquilo tudo!
Quanto era pouco tempo? Uns dois anos, talvez. Claudio tinha de ser o meu professor de violão. E contratei-o imediatamente.
Com um violão gentilmente cedido por Diana, minha colega de turma na Faculdade de Medicina, e contando para a novíssima tentativa com a orientação de um competente professor, eu não iria reincidir no erro (naquele do violino sem mestre).
Extraído de: SILVA, Paulo Gurgel Carlos da. "Edição Êxtase". Fortaleza: Expressão, 2003. p.28
HEITOR CATUNDA (1920 - 1992)
Heitor Catunda Gondim nasceu em 5 de março de 1920, em Fortaleza-CE. Concluiu sua graduação pela Faculdade de Medicina da Universidade de Recife-PE. Aprendiz de pintor, poeta e compositor, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil, seção do Ceará. Biografado pelo WHO'S WHO.
No período de 1968 a 1971, classificou em festivais de música no Ceará diversas composições como "A Canção da Verdade", "Batuca que a noite é morena" e, em parceria com o violonista Aleardo Freitas, "É Primavera", que foi a canção vencedora do III Festival Nordestino de Música Popular.
Em 1980, Heitor classificou no Festival Crédimus da Canção, realizado em Fortaleza, a canção "Esquece essa dor", que ele compôs em parceria com Aleardo Freitas, um dos criadores do balanceio, um ritmo genuinamente cearense.Ele faleceu em 29 de agosto de 1992, em sua cidade natal."Datas e fatos para a história do Ceará", de Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez), registrou o fato.
CONTÉM POESIA
No dia 22 de março haverá o lançamento do volume 1 de "Cartas Para Belchior". Minha participação nesta antologia encontra-se na página 54.
O organizador da antologia, Nonato Nogueira, é o editor da Revista Sarau. Também é um dos participantes do Clube dos Poetas Cearenses. Nos eventos que promove sempre conta com a presença de intelectuais da cena literária de Fortaleza. São cordelistas, poetas, autores, jornalistas, etc.
Creio que o senhor e o Dr. Marcelo gostarão de conhecer essa turma. Grande abraço.
Antes disso, publicarei uma postagem relacionada com o lançamento do livro "Cartas para Belchior". Convenientemente, escrevi e já publiquei o mini-ensaio "Médicos Compositores do Brasil" e a crônica "Encontros com Belchior". O primeiro, em "EntreMentes", e o segundo, em "Linha do Tempo".
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2025/02/encontros-com-belchior.html
SILVAS EM GERAL
Vamos explorar essa relação:
Tanto o "Silva" romano quanto o "Silva" ibérico derivam da palavra latina "silva", que significa "floresta", "selva" ou "mata".
No mundo romano, "Silva" era um cognome (um dos três nomes que compunham o nome romano completo, usado para identificar indivíduos dentro de uma família). Era comum que os cognomes fossem baseados em características geográficas, físicas ou ocupacionais. No caso do general Lúcio Flávio, "Silva" não era um sobrenome hereditário como entendemos hoje. Embora pudesse ser adotado por descendentes como parte de uma identidade familiar.
Na Península Ibérica (atual Portugal e Espanha), "Silva" tornou-se um sobrenome hereditário durante a Idade Média, derivado da tradição latina, mas sem uma ligação direta com famílias romanas específicas. Ele foi adotado por famílias que viviam perto de matas ou florestas, seguindo a prática de usar características toponímicas como sobrenomes.
Não há evidências históricas que sugiram uma ligação direta entre o general romano Lúcio Flávio Silva e o sobrenome "Silva" na Península Ibérica. O uso do nome "Silva" na região ibérica surgiu muito depois da queda do Império Romano, durante a formação dos reinos medievais.
O sobrenome "Silva" na Península Ibérica é resultado da influência cultural e linguística do latim, mas não representa uma continuidade familiar ou genealógica com os romanos que usavam "Silva" como cognome.
Diferença entre "Silva" e "da Silva" A preposição "da" indica uma relação de origem ou pertencimento. Assim, "da Silva" significa "da floresta" ou "da mata", reforçando a ideia de que a família ou indivíduo tinha ligação com áreas florestais.Em Portugal, era comum adicionar preposições como "de", "da", "dos" ou "das" aos sobrenomes para indicar origem ou localização. Por exemplo, alguém que vivia perto de uma floresta poderia ser chamado de "João da Silva". Com a colonização portuguesa, o sobrenome "da Silva" foi amplamente adotado no Brasil, tanto por descendentes de portugueses quanto por pessoas escravizadas ou indígenas que recebiam sobrenomes de seus senhores ou padrinhos Em Portugal, o uso de preposições como "da" era mais comum, enquanto no Brasil, a forma simplificada "Silva" se popularizou. Ambas as formas têm o mesmo significado e origem.. A diferença é basicamente estilística.
A amora-silvestre (Rubus fruticosus L.) é como é conhecido o fruto poliaquênio (frutos agregados) de arbustos do gênero Rubus (amoreira-silvestre), vulgarmente designados como silvas. Os frutos são usados para a composição de sobremesas, compotas e, por vezes, vinho. As silvas apresentam longos caules curvos, com acúleos curtos levemente encurvados. Quando os caules contatam com o solo desenvolvem, frequentemente, raízes laterais, dando origem a um novo pé de silva (reprodução assexuada), tornando-se uma espécie persistente, colonizando vastas áreas por longos períodos. Tolera facilmente solos pobres, sendo uma das primeiras plantas a colonizar terrenos baldios. As suas flores, brancas ou rosadas, florescem de maio a agosto (no hemisfério norte), dando, após a frutificação, as amoras de uma cor vermelha e, depois, negra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amora-silvestre
http://blogdopg.blogspot.com/2021/08/arbustos-carnivoros.html
TODAS AS RUAS DE FORTALEZA
Aqui, por exemplo, estão todas as ruas de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, no Brasil, desenhadas esquematicamente em uma única página.
ENCONTROS COM BELCHIOR
1
Quando eu cursava medicina na UFC, ouvia falarem de um aluno na Faculdade de Medicina que se destacava por seu talento de compositor. Chamava-se Belchior, mas não foi por termos sido contemporâneos na Faculdade que nos conhecemos.
Fui conhecê-lo no dia em que um amigo, Osternes Brandão (irmão do poeta e letrista de música Antônio José Brandão) me convidou para um sarau. A casa do meu amigo ficava na Parquelândia e levei comigo o violonista Claudio Costa. Nesse dia, além de Antonio Carlos Belchior, conheci também o Miguel da Flauta.
Era manhã e fez-se tarde. Quando alguém sugeriu que continuássemos a reunião no Bar do Anísio, na Beira-Mar. E fomos todos a esse local no carro do anfitrião Osternes.
Além de nos apresentar as canções que vinha compondo, pelas tantas Belchior passou a mostrar outras versatilidades, tais como 1) fazer repente e 2) contar causos.
Causo
Faziam os alunos da Medicina um semicírculo em torno do professor da disciplina de Proctologia. Com todos interessados em acompanhar, da melhor forma possível, os ensinamentos do mestre naquela aula prática. E, também, em ver os detalhes da lesão que ele, com a ajuda da mão enluvada e lubrificada, estava a lhes apontar... na região anal de um paciente.
Num dado momento, em seu afã de descrever a patologia, o mestre empregou uma expressão de duplo sentido: "na entrada". No jargão proctológico, esta expressão tem um sentido próprio. Mas não para o paciente que, em posição de prece maometana, tomou por desfeita o que acabara de ouvir. A ponto de retrucar peremptoriamente: "Alto lá, doutor, esse negócio aí nunca foi entrada. É só saída".
E sair com ar de ofendido.
Como a disciplina de Proctologia, com 4 créditos = 60 horas, foi por mim criada e implantada em 1965, para ser ofertada como "optativa", é bem provável, ou certamente (a bem da verdade, não recordo), esse causo aconteceu numa de minhas aulas. De qualquer maneira, categoricamente afirmo que, muita coisa jocosa e muitos "causos" patéticos por lá ocorreram.
2
Em 6 de junho de 1969, botei umas cervejas para gelar e encomendei umas bandejas de salgadinhos. Reuni em minha casa Francisco Dário, Osternes Brandão, Claudio Costa e o compositor Belchior, entre outros amigos. Por volta da meia-noite, encerramos a parte doméstica da noitada e fomos ao Pombo Cheio, onde nos encontramos com o Miguel da Flauta em seu retorno de um compromisso profissional.
Naquela data, eu estava completando 21 anos. Uma fita-cassete registrou aquelas maravilhosas canções que foram tocadas e cantadas durante o encontro. Uma delas, por exemplo, a canção "Paralelas", que Belchior originalmente cantava assim: "No Karmann-Ghia, sobre o trevo a cem por horas, meu amor", que ele mudou para: "Dentro do carro...". E que, na derradeira parte da canção, ele modificou de: "E as borboletas que eu fui pousam demais / por entre as flores do asfalto em que tu vais" para: "Como é perversa a juventude do meu coração / que só entende o que é cruel, o que é paixão".
No entanto, algo aconteceu com a fita-cassete da festa. Meu irmão Marcelo usou-a para gravar umas anotações que a nossa irmã Marta havia feito em caderno de uma aula de biologia do Prof. Hildemar. E, ao fazer o novo registro, o gravador (que era de fita única) apagou definitivamente o registro anterior.
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Em 1972, com frequência eu me deslocava do centro do Rio para Copacabana, e vice-versa. Quando o ônibus passava por/sobre o viaduto do Botafogo, dava para ver que existia um pequeno teatro nas proximidades. Um belo dia, notei que aquele teatro estava com uma placa, onde se lia em letras garrafais: BELCHIOR. À noite, fui ver o show do conterrâneo. Pouca gente a prestigiá-lo. No repertório, Belchior incluía um clássico da "música de fossa" nacional, provavelmente do Lupicínio. Ao interpretá-la, foi que alguém acionou a estrondosa descarga de um vaso sanitário do teatro (risos, mas era tudo combinado). Findo o show, descemos ao aterro do Botafogo para conversar: Belchior, eu e uma terceira pessoa (Lauro Benevides? Pretestato Melo? Ah, não recordo). Quanto a Belchior, deduzi que a música o havia desencaminhado das lides acadêmicas. Como, em tempos mais remotos, aconteceu a Noel Rosa, um "monstro sagrado" da música popular brasileira.
4
Voltando a residir em Fortaleza, numa noite fui a um show do Gonzaguinha no teatro da Emcetur. Belchior chegou acompanhado do jornalista Odosvaldo Portugal Neiva, que cobria a pauta de música no Diário do Nordeste. E tivemos uma conversa rápida.
5
Em minhas andanças boêmias, uma vez resolvi baixar num restaurante novo (com algumas indicações a point). Não me recordo do nome do estabelecimento, apenas de que ele ficava próximo à Praça Portugal. Numa boca de noite, sentei-me a uma mesa e comecei a beber. Algumas horas após, já meio sonolento, paguei a conta para me retirar. Na calçada, alguém que acabava de chegar com amigos, abraçou-me e disse: "Professor, já está indo?" Era Belchior. Mudei de ideia e voltei ao bar. Como eu havia lido um texto de Belchior no Pasquim e do qual muito gostara, convidei-o para prefaciar um livro que eu vinha escrevendo. Não posso acusá-lo de haver faltado comigo, pois eu nunca concluí aquele livro.
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Show do Belchior no Siará Hall. Fui (com Elba) ao Siará Hall, uma casa de eventos localizada na av. Washington Soares, em Fortaleza. Inaugurada em 2005, contava com uma infraestrutura que comportava mega-shows. Considerada a maior casa de espetáculos da cidade até seu fechamento em 2017, trouxe shows e espetáculos de níveis nacionais e internacionais. Bem, visitei-o no camarim, ora pois.
FALECIMENTO DA PROF.ª M. ZÉLIA ROUQUAYROL
Em 1969, fez o Curso de Especialização no Institute of Tropical Medicine em Antuérpia-Bélgica. Entre 1975 e 1976, durante o mestrado Master of Public Health realizado na Tulane University-USA, publicou o trabalho Control of schistosomiasis in the irrigated áreas of Curu River. Ao retornar ao Brasil, deu continuidade às pesquisas e ao ensino da disciplina de Epidemiologia na UFC.
Conheci esta notável pesquisadora, no início da década de 1980, quando Zélia preparava a primeira edição de seu "Epidemiologia & Saúde", que viria a se tornar num livro-texto adotado por diversas universidades no Brasil. Em visita que fez ao Hospital de Messejana, ela me convidou para participar do quadro de colaboradores da referida edição, um encargo que aceitei ao escrever o capítulo sobre "Saúde Ocupacional".
Após sua aposentadoria como professora titular da UFC, além de professora titular da Universidade de Fortaleza (em que lecionou entre 1982 e 1989, e retornou em 2003), Maria Zélia passou a integrar a Secretaria de Saúde de Fortaleza, onde contribuiu com investigações epidemiológicas e coordenou a publicação do Boletim de Saúde da Célula de Vigilância Epidemiológica.
"Ao deixar um legado inestimável para a ciência e a saúde pública no país", como salienta o médico sanitarista Marcelo Gurgel, "Maria Zélia Rouquayrol permanecerá como inspiração, sobretudo para mulheres que atuam ou desejam atuar profissionalmente nessas áreas."
Requiescat in pace.
TELEFÉRICOS NO CEARÁ
Conceito de teleférico. É um meio de transporte aéreo que utiliza cabos de aço para sustentar e tracionar cabines que transportam pessoas ou materiais. O teleférico é um meio de transporte popular em áreas montanhosas, pois proporciona uma vista panorâmica aos passageiros. O termo teleférico vem do francês téléphérique.
- Bondinho de Ubajara. O Teleférico (bondinho) faz um trajeto de 550 metros, entre a Estação Monte (planalto) e a Estação Gruta (inferior, próximo à Gruta). O bondinho é utilizado pelos visitantes que pretendem visitar a Gruta do Parque Nacional de Ubajara.
- Teleférico do Horto. Instalado na Colina do Horto, em Juazeiro do Norte, foi inaugurado pelo Governo do Estado do Ceará em 2022. Os bondinhos percorrem uma distância de aproximadamente dois quilômetros, em um tempo de 7 minutos e meio. Este equipamento é importante para incrementar o turismo na região, principalmente o religioso, já que liga a Praça dos Romeiros ao local onde fica a estátua de Padre Cícero.
- Teleférico de Caldas. Instalado no Complexo Ambiental Mirante de Caldas, em Barbalha, é um teleférico de cadeiras. Conta também com mirante, passarelas, borboletário, centro de interpretação histórica e ambiental e um café cultural. Foi entregue à população cearense pelo Governo do Estado em 2021.
Outros teleféricos no Brasil:
🚠 Bondinho do Pão de Açúcar RJ 🚠 Teleférico Parque UniPraias SC 🚠 Teleférico de São Vicente SP 🚠 Teleférico do Parque Capivari, Campos do Jordão SP 🚠 Teleférico de Bonito PE
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Criado em 9 de outubro de 2007, o Blog Linha do Tempo atingiu nesta quarta-feira (5) a marca de 1.000.000 de visualizações.
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ESPEDITO SELEIRO
Nascido em 29 de outubro de 1939 em Arneiroz, cidade do Sertão dos Inhamuns, Espedito Veloso de Carvalho representa não apenas a cultura e a criatividade cearenses, mas também é figura importante do Nordeste brasileiro.
Considerado mestre, Espedito Seleiro é um artesão que carrega a tradição e a cultura em suas mãos. A habilidade de produzir peças em couros na região do Cariri, é reconhecida no Brasil e no mundo. Aos 85 anos, ele mantém viva uma arte que, tendo passado de geração em geração (desde seu tataravô), tornou-o um patrimônio vivo.
Mestre Espedito Seleiro ainda hoje mora em Nova Olinda, na região do Cariri, no Sul do Ceará.
Ele produz calçados, bolsas, chapéus, carteiras, bancos, poltronas, além das selas, gibões e outros elementos da cultura vaqueira.
É um difusor das tradições, histórias e identidade do Ceará, repassando seus saberes e experiências às novas gerações.
Principais títulos e homenagens
● Mestre da Cultura (reconhecido pelo Governo do Ceará e pelo Ministério da Cultura)
● Medalha da Abolição
● Título de Notório Saber pela Universidade Estadual do Ceará
Em 16/01/2025, estivemos em Nova Olinda (a 543 quilômetros de distância de Fortaleza) na casa de Espedito Seleiro para conhecê-lo. A residência fica numa quadra onde estão também uma loja de artefatos de couro, uma oficina escola (na qual ele supervisiona os trabalhos feitos por jovens artesãos) e o Museu sobre o Ciclo do Couro. Espedito foi muito gentil ao nos receber, logo nos convidando a que sentássemos para uma conversa. Enquanto descascava e comia vagarosamente umas laranjas, tivemos com ele um agradável bate-papo. Em que o mestre falou das origens e do aprendizado, de suas experiências com pigmentos, dos artistas que vestiram seus gibões (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença e outros), da relação (amistosa) com aqueles que copiam sua arte, muita coisa. E, a um comentário que fiz sobre a presença de sua arte ilustrando o livro do pesquisador Paulo Vanderley, ele imediatamente apontou para um quadro na parede da sala com a imagem que ele criara para ilustrar a capa.
PARQUE AZA BRANCA
Ele foi idealizado pelo próprio artista – que, com a carreira já consolidada, quis construir um complexo de atrações para preservar seu nome e sua obra.
No local é possível visitar o Museu do Gonzagão, que abriga o maior acervo original do músico. Entre os objetos pessoais, há sanfonas, chapéus, sandálias e gibão de couro, discos de ouro e fotografias. Outras atrações são a casa onde ele morou, que mantém os móveis originais, e o mausoléu onde Gonzaga está sepultado juntamente com sua primeira mulher ("dona" Helena), que seu filho Gonzaguinha mandou construir para o casal.
Há ainda uma réplica da casa de reboco onde nasceu o músico e um viveiro de asas-brancas (nome científico: Patagioenas picazuro, a ave columbídea que inspirou a famosa canção de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). A grafia do nome do parque acompanha a da canção original, registrada assim para acompanhar o Z de Luiz e de Gonzaga.
Endereço: Rodovia Asa Branca, KM 38, Exu (PE). Ingresso 12,00