O CABRIOLÉ

No livro "A história de Elda: a matriarca da família Gurgel Carlos", no capítulo dedicado a José Gurgel Valente, cito a compra de um cabriolé, provavelmente fabricado no Sul Maravilha, por esse Gurgel  empresário, para que os Gurgel do sítio Catolé pudessem se deslocar à sede do município. Conduzido por Tio Raimundinho, o cabriolé era uma atração na cidade de Senador Pompeu.
No ocaso de sua vida, ao me segredar um fato que se reportava à meninice, mamãe por vezes esquecia detalhes. Embora tenha se lembrado de que o referido veículo servia para que fossem (ela, a irmã Elza e Tia Olímpia) às missas dominicais na cidade.
Mas o que era o cabriolé?
Na edição de 20/01/1953 do periódico "A Noite Ilustrada", encontro este artigo de Arnaldo Fábregas, ao qual acrescentei algumas notas:
O "Cabriolet" teve, no Rio, uma história reticenciada. Apareceu, desapareceu para, anos depois, aparecer.
Veículo leve e de luxo, era utilizado por diplomatas estrangeiros, grandes do império e opulentos negociantes. Dispunha de duas rodas e era tirado por um animal.
Variavam bastante os seus tipos. Os primeiros aqui chegados tinham um compartimento almofadado, na traseira, onde se sentava o cocheiro, passando as rédeas por cima do toldo. (1) Estes apareceram, sem maiores alardes, em meados de 1814. Tinham vindo da França: "dernier cri" da moda em matéria de viaturas. Na Europa seu domínio foi grande, tendo empolgado Paris, quase fazendo desaparecer a "sège" e outros pequenos veículos. Conta-nos Noronha Santos, que, Luís XVI teria proferido ante a verdadeira praga que se tornara o elegante veículo: "Si j'etais lieutenant de police,  je supprimerais les cabriolets". (2) 
Em 1817 ainda eram vistos, na nossa "urbs", "lançados impetuosamente, em corridas pelas ruas, por condutores inexperientes, atropelavam transeuntes e atravancavam os logradouros".
Novamente encontramos, no Rio de antanho, o "condutor inexperiente" que atropela os transeuntes e atravanca os lagradouros. Como se vê, neste ponto em nada o Rio evoluiu! Estamos, ainda, no século XIX.
Depois disso, ou melhor, dessa época, não há mais noticias dos "Cabriolets".
Voltaram, porém, em 1839. Com estardalhaço. Alvorotando o mais pacato dos cariocas. Vemos, reproduzido por Noronha Santos, um comentário feito por um jornal da época sobre o grave acontecimento: a volta do "Cabriolet".
"O Mikado do Japão (3) — diz o noticiarista — não causaria maior sensação do que a presença desse veículo nas ruas da cidade. O careca da rua dos Pescadores (atual Visconde de Inhaúma), assíduo companheiro de gamão do cônego Januário da Cunha Barbosa, foi a pé das Laranjeiras ver o estupendo produto ultramarino."
"Outros carecas, jogadores do triquetraque dos jesuítas, se dispuseram a contemplar o carrinho que, em breve, teve preferência de muita gente do dinheiro."
Tamanha foi a fluência de povo à Alfândega para ver o "Cabriolet", que se tornou necessária a intervenção da policia, chamada — diz, ainda, Noronha Santos — pelo escrivão aduaneiro Joaquim Teixeira de Macedo.(4)
Viera, diretamente de Paris, o belo veículo, para um "filhinho de papai", o jovem herdeiro do veador do Paço, (5) Joaquim José Pereira de Faro, primeiro Barão de Rio Bonito. Veio, foi visto e venceu. Passaram a ser fabricados no Rio pelo francês Ambroise, que, em 1851, teve, por decreto assinado pelo Visconde de Monte Alegre, concessão para sua fabricação. Ambroise alterou um pouco as linhas do carro, que passou a se assemelhar ao "cab" francês, viatura que teremos ocasião de focalizar.
O fisco também se aproveitou do sucesso do "Cabriolet": tributou-o, e pesadamente. (6)
Companheiro do "Cabriolet" foi o "Sociável", fabricado, também, por Ambroise. Diferia do primeiro pela ausência do toldo. Teve grande aceitação, criando, inclusive, séria crise entre os alugadores de "Cabriolets". Desvalorizou-se, assim, o carro que fizera tanto barulho à entrada. Passaram a ser vendidos a preço baixo. Seu fastigio passou, como tudo na vida.
Referências
SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da; SILVA; HEGER, Mirna Gurgel Carlos; SILVA, Paulo Gurgel Carlos da (orgs.). A história de Elda: a matriarca da família Gurgel Carlos. Fortaleza: Edição do Autor, 2023. 152p. ISBN: 978-65-996963-8-1
http://memoria.bn.gov.br/pdf/120588/per120588_1953_01247.pdf  Acesso em: 08/09/2024.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veador#
Notas
(1) Para transportar Tio Raimundinho, na função de cocheiro, e mais três membros da família, o cabriolé certamente não devia ser do tipo que Joselito desenhou para a ilustração do artigo.
(2) Tradução: "Se eu fosse tenente da polícia, eu eliminaria os cabriolés". Na verdade, esta frase foi dita por Luís XV, quando havia apenas duzentos ou trezentos deles circulando em Paris.
(3) Antigo termo japonês para "imperador" e, mais especificamente, para o Imperador do Japão significando "porta sublime".
(4) Não há notícia de que a polícia sertaneja tenha sido chamada para acalmar os ânimos.
(5) Não é "vereador" (com erro de revisão). "Veador", ou antes "viador", do latim "via", era um antigo título honorífico em Portugal e no Brasil, que se dava ao oficial-mor da casa real que servia junto à rainha ou a imperatriz, no paço ou fora dele. Eram geralmente escolhidos entre membros da nobreza e fidalguia. Isso explica a nota anterior.
(6) Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos. (Benjamim Franklin) 

ELDA, A MULTIFACETADA


PREFÁCIO (*)
No limiar desta despretensiosa crônica, quero agradecer penhoradamente ao Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva pelo honroso convite para prefaciar uma notável obra, cuja protagonista é uma das mais extraordinárias pessoas que tive a subida honra de privar de sua amizade. Conheci dona Elda, carinhosamente chamada de ELDINHA, quando em 1972, recém-casada fui ser sua vizinha no último quarteirão da Rua Domingos Olímpio.
Inicialmente nossas conversas eram esporádicas tendo como cenário o murinho que dividia as áreas de acesso às nossas residências. A aproximação maior teve como gênese minha primeira gravidez. Ela, com toda sua experiência de mãe de "várias viagens", supervisionou a montagem de enxoval do bebê, bem como esteve presente em todas as consultas do pré-natal, haja vista que minha mãe e minha sogra moravam no município de Jaguaruana, distando 180 Km de Fortaleza.
Diariamente ia fazer-me uma visita e certificar-se de que eu não estava precisando de nada. Epifânio Terceiro nasceu, para gáudio meu e de Epifânio Pai e foi ELDINHA quem deu o seu primeiro banho. Eu estava ali de pé, observando e aprendendo.
Mesmo após a nossa mudança para o bairro das Damas mantivemos contatos frequentes com o ilustre casal e seus filhos.
Quando eu necessitava sair para resolver algumas questões no centro da cidade, dona Elda não confiava que o pequeno Epifânio ficasse aos cuidados de nossa secretária; escalava uma de suas filhas para ficar fazendo guarda à criança.
Convidamos o casal Luiz Carlos da Silva e Elda Gurgel e Silva para padrinhos do nosso segundo filho, o George. Este clima de grande amizade e excelsa fraternidade durou por meio século, quando Deus chamou ELDINHA para a eternidade, o que havia feito vinte anos antes em relação ao Dr. Luiz Carlos, advogado dos mais laureados nas hostes do Direito Trabalhista.
ELDINHA nos dias atuais seria considerada uma pessoa multifacética. Atuava com muita eficiência e eficácia em vários campos, ou sejam: esposa, mãe, dona de casa, excelente vizinha, voluntária na Igreja Católica, onde exerceu as elevadas funções de Ministra da Sagrada Comunhão, e solidária para com as pessoas que estivessem passando por uma dificuldade temporária ou permanente.
Foi também uma extraordinária artista plástica, sendo especializada na produção de tapeçarias para exposição em paredes. As páginas desta magnífica obra mostram várias de suas notáveis criações.
Espero, sinceramente, que o texto acima possa levar o leitor a entender a personalidade, bem como a alma de um grande extraordinário ser humano que já passoupor este mundo e deixou um rastro de muita luz e bondade.
Aldênia Coelho Rocha Menezes
Amiga e comadre de Elda Gurgel e Silva

(*) Prefácio do livro "A HISTÓRIA DE ELDA - A matriarca da família Gurgel-Carlos". Autores: Marcelo, Mirna e Paulo Gurgel. O dia de hoje assinala o aniversário natalício de Elda Gurgel e Silva, que estaria completando 94 anos, se viva fosse.

CANTINHO DO FRANGO

O Cantinho do Frango iniciou suas atividades no ano de 1994, a partir da expansão do seu tradicional serviço de galeteria (uma das pioneiras de Fortaleza). Ao longo desses 30 anos muita coisa mudou. A cozinha passou a focar no resgate dos sabores regionais e na tradição da culinária típica do nordeste. Foram preservados os serviços à la carte e delivery.
Neste espaço gastronômico e cultural da Aldeota (rua Torres Câmara,71) fomos almoçar no último domingo de agosto (25) com membros da família Almeida Gouveia, estando estes de ingressos já comprados para o jogo do Fortaleza com o Corintians no Estádio Castelão, logo depois.
O restaurante atualmente conta com 4 ambientes, entre os quais se incluem: uma loja de discos em vinil, uma cachaçaria com mais de 450 rótulos e uma mesa reservada a uma estátua.
O Cantinho do Belchior, onde Natália e eu posamos para esta e outras fotografias que foram tiradas pela consogra Eveline.
E o restaurante também apresenta uma robusta agenda cultural de shows, exposições e lançamentos literários, além de ter entre seus  frequentadores alguns dos componentes do Pessoal do Ceará (Ednardo, Fausto Nilo, Rodger Rogério) e o popstar Falcão.
Quem foi ao Castelão viu o Fortaleza vencer o Corintians por 1 a 0 (gol do Pikachu), então assumindo a liderança da Série A do Brasileirão.

REMINISCÊNCIAS CARIOCAS

(1972-1974)
Ed. Corumbá, Av. Prado Junior, 145, Posto 2 Copacabana. Em 1972, um dos quitinetes do Corumbá abrigou durante 6 meses uma "república" de tenentes-médicos alunos da Escola de Saúde do Exército (gaúchos Henz, von Kossel e Bonilha, e cearenses Valdenor, Ozildo e eu). No edifício em frente morava o museólogo e carnavalesco Clóvis Bornay, o idealizador do "Baile de Gala" do Theatro Municipal do RJ. Ele era hors concours nos concursos de fantasias. Tinha o direito de participar sem ser julgado.
Boate Plaza (no subsolo do Hotel Plaza), na Prado Junior. Nesta boate, certa vez fui sorteado com um relógio (roscofe).
Jaboatão, casa noturna na Av. Princesa Isabel, em Copacabana, frequentada pelo lumpen-proletariado.
Beco da Fome, uma galeria que reunia vários pequenos restaurantes e lanchonetes. Ficava ao lado do Cinema 1.
De setembro de 1972 a agosto de 2005 (quando cedeu espaço a um horti fruti), o Cinema 1, na Avenida Prado Júnior, entre as ruas Barata Ribeiro e Ministro Viveiros de Castro, ganhou fama por sua sofisticada seleção de filmes, com a exibição de clássicos ou obras contemporâneas que dificilmente chegavam ao circuito tradicional. [1]
Por falar em restaurantes e lanchonetes, lembro-me do super sanduíche de rosbife do Cervantes, um templo da baixa gastronomia que há mais de 30 anos mata a fome do pessoal da madrugada! Ele está lá até hoje e faz parte do "roteiro cultural" da PJr, com visita recomendada. [2]
Garota de Ipanema. Localização: Prudente de Moraes c/ Vinicius de Moraes. Inaugurado em 1949 com o nome de bar Montenegro, o estabelecimento era conhecido pelos artistas como bar do Veloso, por conta do nome do proprietário.
Zeppelin, point em Ipanema que fechou em 1972. [3]
Canecão, no Botafogo, onde fui assistir a um show do Simonal.
Beco das Garrafas, indissociável da história da bossa nova. Só fui conhecer em 2022. [4]
Ed. Torres, R. Benjamin Constant, 139, Glória, onde morei 18 meses com a minha irmã Marta e seu esposo João Evangelista, ambos já falecidos. Convidado pelo casal, deixei Copacabana para ir morar com eles na Glória. O modesto apartamento ficava num edifício de poucos andares, no último quarteirão da rua Benjamin Constant.[5]
No Hospital da Beneficência Portuguesa (cujos fundos davam para a Benjamin Constant) 
aconteciam as sessões clínicas comandadas pelo renomado cirurgião torácico Jesse Teixeira, sempre com a brilhante participação do Dr. Amarino, um médico radiologista da cidade. 
No fim da rua, havia também uma comprida escadaria pela qual se podia ir (nunca me atrevi) da Glória ao Morro de Santa Teresa. E, por último mas não menos importante, uma padaria-raiz em que eu gostava de comer um pão quente passado na manteiga.
As obras da estação da Glória do Metrô do Rio já ocupavam uma parte do largo em que começava a rua Benjamim Constant. E, quando a Taberna da Glória (onde se dizia que Noel Rosa compôs "Conversa de Botequim") deu sua última função, eu fui até lá para dar as condolências. E, ao lado dos grandes sambistas e chorões do Rio Antigo, chorei um rio pelo fechamento da casa.
Renascença Clube, onde assisti ao musical "Orfeu Negro" de Vinicius de Moraes.[6]
Apontamentos:
Hospital Central do Exército com seu Pavilhão de Isolamento, na Triagem, Instituto de Tisiologia e Pneumologia, no Caju, Hospital Central do IASERJ, na Praça da Cruz Vermelha, e Pavilhão Carlos Chagas da UFRJ (de quando se ouviam as aulas do Prof. Dr. José Rodrigues Coura).
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JORGE HELDER (BOLERO BLUES)

NO TÚNEL DO TEMPO 

Fiz esta foto em dezembro de 2007, no Restaurante Manjericão, em Guaramiranga-CE. Numa noite serrana (como são todas as noites de lá) em que rolou na cidade o melhor da MPB. (Paulo Gurgel)
Saibam quem são estas "feras" (da esquerda para a direita):
Márcio Rezende (flauta e sax)
Amaro Penna (voz e violão)
Jorge Helder (baixo)
Manassés de Sousa (violão)
Edson Filho (órgão)
Márcio Senise é flautista e saxofonista, Mestre em música pelo New England Conservatory of Music, EUA ; Amaro Penna, o Peninha, é cantor, violonista e compositor; Jorge Helder, o baixista, integra a banda de Chico Buarque; Manassés, que é um exímio violonista; Edson, o tecladista, que é filho de outro grande tecladista, o Edson Távora.

BOLERO BLUES, de Chico Buarque e Jorge Helder

"Jorge Helder me deu uma música que é impossível de se fazer a letra e eu fiz. Ele não sabe que eu fiz. É... Acho que deve ser a primeira música letrada dele." (Chico Buarque)

ERIC MORAES GURGEL

Filho de brasileiros do Ceará, o estadunidense Eric Moraes Gurgel, de 11 anos, faz versão para o inglês das gírias e expressões brasileiras que ele aprende em casa com os pais Felipe e Anna. Ou quando ele vem com os pais ao Brasil para curtir as suas preferências (banho de mar, água de coco e brigadeiro). 
Em seu canal Aprenda Inglês com Eric, o garoto bilíngue posta vídeos sobre o tema para os seus atuais 31 mil seguidores no Instagram.
Hoje (17), às 14h30, ele é assunto de uma reportagem no programa Se Liga VM, da TV Verdes Mares.
Neto mais velho de meu irmão médico, escritor e professor Marcelo Gurgel, o professor-mirim Eric é per via consequentiae meu sobrinho-neto.

EDÍSIO MACHADO CARNEIRO (06/04/1947 - 07/08/2024)

Por mensagem que me foi enviada pelo amigo Edmilson Nascimento Silva, tomo conhecimento da morte do colega Dr. Edísio Machado Carneiro, no dia 7 do mês em curso.

Edísio era cardiologista do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), em Fortaleza. Durante longos períodos, exerceu a função de médico intensivista e ocupou o cargo de chefe da Seção de Pacientes Externos (SPE) desta instituição.

Profissional conceituado, era muito benquisto pelos colegas, funcionários e pacientes.

Descanse em paz, meu bom Edísio. Meus sentimentos a seus familiares.

PRAÇA ESTRIGAS & NICE

Eu não conhecia esta simpática praça de Fortaleza. Fica no bairro do Papicu, com um dos seus lados dando para a rua Ari Barroso.
Há inclusive um acesso a este logradouro por uma saída lateral do RioMar (de onde eu fui até a referida praça).
É uma praça bonita, arborizada e bem cuidada. Ocupa um espaço de cerca de 10 mil metros quadrados. Como qualquer praça tem gramado, canteiros, bancos e passeios, mas a Praça Estrigas e Nice apresenta um laguinho com ponte e uma academia de ginástica ao ar livre.
Foto: PGCS
Num dos pontos da praça funciona uma base fixa da Polícia Militar, o que deve tornar o local mais seguro àqueles que o frequentam.
O nome do logradouro é uma homenagem ao pintor e escritor Nilo de Brito Firmeza, o Estrigas, e à esposa dele, Nice, também pintora.
Em sua inauguração (24/01/2015), o Prefeito Roberto Claudio destacou a trajetória do Estrigas e Nice e, ao lado de familiares do casal, plantou uma muda de baobá originada do baobá plantado por Estrigas no sítio em que morou grande parte da vida e, aos pés do qual, estão depositadas suas cinzas. Esta árvore, por sua vez, consta que descende do velho baobá do Passeio Público, tombado pelo Patrimônio Histórico-Cultural.
Nice faleceu em 13/04/2013 e Estrigas, como era seu sonho, dormiu e não acordou mais em 02/10/2014.

COM O EXÉRCITO NÃO DÓI

por Marcos Gurgel (*)
Como 2º Tenente R/2, do quadro de saúde, lotado no Hospital do Exército em Fortaleza, cedido ao quartel do 23º Batalhão de Caçadores, participei de uma ação cívico-social em um pequeno distrito de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.
Consultório de campanha montado, iniciei o meu trabalho no começo de uma bela manhã. Primeiro paciente, um falante que foi logo dizendo:
"Toda vez que o Exército vem aqui em extraio um dente; todo mundo aqui sabe que eu só extraio dente com o Exército, porque com o Exército não dói!". Posicionei o saltitante paciente na cadeira odontológica (de campanha, sem conforto), e comecei a trabalhar.
De cara, fraturei a corroa de um primeiro molar inferior, e então ouvi: "É sempre assim. Vá em frente Tenente, que eu sou descendente de índios e tenho os dentes muito duros".
Início de carreira, pouca experiência, corria o ano de 1978. Então pensei em me valer do Capitão-Chefe, mas não o encontrei... Convoquei então um esforçado soldado para me dar apoio e comecei o quebra-quebra, com cinzel e martelo.
Dava sempre uma paradinha e, preocupado, perguntava:
– Dói? – e lá vinha a resposta, incontinenti:
– Como Tenente, se com o Exército não dói?
Duas horas de luta, consegui o intento, mediquei e dispensei o paciente.
À noite, no acampamento, eu já deitado, eis que ouço o índio falante procurando o Tenente Gurgel. Pensei: meu Deus, o coitado deve estar morrendo de dor...
Com o coração em sobressalto me dirigi a ele e perguntei:
– Você está com algum problema? Está com muita dor? – e lá veio a resposta enfática:
– Não estou sentindo nada. Eu vim só saber do Senhor se posso arrancar o dente vizinho amanhã de manhã...
E repetiu o velho chavão:
– Dor que nada, Tenente. Com o Exército não dói!
(*) Marcos Maia Gurgel (05/07/1953 - 20/07/2024), odontólogo e escritor cearense (contador de histórias).

NÓS, OS ESTUDANTES

Este é o livro do médico e escritor Mariano Freitas, lançado em 2002, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar. Com a presença do Belchior, o prefaciador, do Cláudio Pereira, do editor Sérgio Braga e de uma multidão de líderes do movimento estudantil. 

Aos 97 anos de idade, o reitor Antônio Martins Filho, da UFC, também compareceu ao lançamento do livro e fez uma belíssima fala.

Mariano Freitas: "Bergson Gurjão tornou-se uma unanimidade dentro do movimento estudantil".

NÓS, OS ESTUDANTES conta a vida dos universitários cearenses na década de 1960. Este livro vendeu 398 exemplares em seu lançamento, e sua edição de 1.500 exemplares foi completamente vendida em 30 dias. A capa é do Audifax Rios.

Ver também: Lançamento do livro CINQUENTA MIL MULHERES de Mariano Freitas

NOTA DE PESAR POR AMAURY TEÓFILO BRASIL

Faleceu, aos 95 anos, o médico Dr. Amaury Teófilo Brasil (foto). O óbito se deu no domingo, 21, às 5 horas, no Hospital Oto Meireles, tendo sido o seu corpo velado na funerária Ethernus e sepultado no cemitério Parque da Paz.
Amaury era natural de Redenção-CE, residiu por algum tempo em Quixadá e formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
Vindo morar em Fortaleza, passou a a trabalhar como tisiopneumologista do Sanatório de Messejana e do Sanatório de Maracanaú.
No Sanatório de Messejana (atual Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes), onde o conheci no ano de 1977, foi chefe da Seção de Documentação Científica e da Seção de Pacientes Externos. Foi também um dos fundadores do Centro de Estudos Prof. Manuel de Abreu (nome que ele inclusive sugeriu para o referido Centro).
Deixa a esposa Eliana, três filhos e quatro netos, aos quais manifesto meus sentimentos.
Descanse em paz meu estimado amigo.
Reprodução de uma antiga foto, tirada no Hospital de Messejana em seu período sanatorial. 
Da esquerda para a direita, sentados: Drs. Amaury Brasil, Carlos Alberto (diretor), Trajano Almeida e Eldair Sátiro; em pé: Drs. Abner Brasil, Alarico Leite, Francisco Oliveira e Jorge Matos.

CÉSAR FORTI (1945 - 2024)

César Augusto de Lima e Forti nasceu em 28 de abril de 1945, na cidade de São Paulo-SP.
Formado em medicina no ano de 1971 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), especializou-se em medicina nuclear pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1973, e fez mestrado em Farmacologia pela UFC, em 1985.
Médico do Ministério da Saúde, ocupou o cargo de chefe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Foi também Subscretário da Saúde do Estado do Ceará, Diretor Médico e Diretor Geral do HUWC e Diretor do Hospital Municipal de Maracanaú. 
Fonte: A história dos Secretários da Saúde do Estado do Ceará (arquivo PDF).
Vitimado pelo câncer, César Forti faleceu na noite de 21 de julho de 2024.
Meus sentimentos à família do meu estimado amigo e colega Dr. César Forti.
22/07/2024
Velório durante a manhã - com missa de réquiem às 12h. Local: Ethernus. 
Sepultamento às 14h no Cemitério Parque da Paz.

DE LERIADO A LERUAITE

Leriado deriva de "lero", que significa conversa mole, papo furado, broma; conversa pra boi dormir, papo pra engambelar, pra enrolar; miolo de pote etc.
Na Escolinha do Professor Raimundo, famoso pelo lero-lero havia o Sr. Rolando Lero, personagem do ator Rogério Cardoso. Em nova versão, este personagem é interpretado por Marcelo Adnet.
No livro CRIAÇÕES, publicado em 1986 sob os auspícios do Centro Médico Cearense e da Sobrames Ceará, no texto "As lérias estão de volta", debulhei umas lérias autorais: 
  • Quem ama a todos gasta uma fortuna em motel.
  • Desperdício é o exemplo vivo do esperdício.
  • Conforme o tempo para os discursos, um banquete pode ser maçante ou massacrante.
  • Ante uma mulher de muitas curvas não existe homem reto.
  • O indivíduo não se submeta ao coletivo, especialmente se tiver dinheiro para o táxi.
  • Deus! A autoridade máxima em "faça-você-mesmo".
  • Ah, esse tempo nublado provocando indecisões nos girassois!
  • Dia de não se ler jornal: terça-feira. Sai com material de segunda.
  • O escocês, quem diria, cria-se agarrado na saia do pai.
  • E a guerra acabou. Pode-se em paz matar os feridos.
Eu utilizei a palavra "léria" (uma variante de "lero") para fazer trocadilho com as "férias estão de volta".
Leruaite é um programa de televisão brasileiro em formato de talk show apresentado pelo cantor e humorista Falcão. Estreou em 2012 na TV Ceará (afiliada à TV Brasil), mas após a contratação do cantor pela TV Diário, passou a ser exibido nesta emissora a partir de 2015. Após um período de pausa, voltou a ser exibido na TV Ceará desde junho de 2018.
Fazem parte da equipe de Falcão a banda "Num Tô Nem Vendo", formada por deficientes visuais, o violonista Tarcísio Sardinha (até 2022, ano em que este instrumentista faleceu) e o desenhista Valber Benevides, responsável por fazer as caricaturas dos entrevistados de Falcão.
De onde Falcão obteve esse nome "Leruaite"? Segundo o cantor brega, seria uma combinação de "lero" (conversa) com "white" (branco, em inglês).
Quanto ao programa "Leriado" da TV Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, não sei dizer se ainda vai ao ar.

JOÃO BOSCO SERRA E GURGEL. Reminiscências

Encontro com JB, um agregador de amigos
Quando: num sábado, em maio de 2019.
Onde: no restaurante Carneiro do Ordones, no Parque Araxá.
Fui buscar JB Serra e Gurgel no Hotel Mercure e, por sugestão dele, fomos ao citado restaurante.
(Meu irmão Marcelo não pôde ir conosco devido a compromissos outros.)
Nesse restaurante da zona oeste de Fortaleza, estivemos a conversar por um par de horas.
João Bosco era jornalista e escritor, tendo sido o autor de 150 biografias de cearenses "de todos os andares". Além de ser um exímio contador dos acontecidos em Acopiara, cidade em que estavam fincadas suas raízes.
Ele costumava me enviar exemplares dos livros que escrevia e já havia transcrito algumas postagens minhas no jornal "Ceará em Brasília", do qual era um dos editores. Certa vez, subsidiei-o com informações para um artigo de reminiscências sobre o Usina Ceará, seu primeiro e único clube.
Também era um girólogo porreta, e seu alentado "Dicionário de Gíria" havia chegado à 9.ª edição.
Uma de suas preocupações: não ver, até então publicada, a obra que José Jarbas Studart Gurgel deixou inacabada (porém, em fase final), depois de ter rastreado os quatrocentos anos da família Gurgel no Brasil.
No final do encontro, convidou-me para visitá-lo em Niterói, onde residia, quando não estava em Brasília exercendo o voluntariado na Casa do Ceará.
Era membro da Associação Brasileira de Imprensa e também organizava um banco de dados na internet sobre os  Gurgel do Amaral Valente, de Acopiara.
JB Serra e Gurgel. Fotografado por mim no Ordones, em Fortaleza.
Livros que publicou
Cronologia da Evolução Histórica das Relações Públicas
Dicionário de Gíria (em sua 9.ª edição)
Livro Negro da Previdência Social
Livro Evolução da Previdência Social
Nas Terras do Senhor Meu Pai
Nas Terras do Senhor Meu Rei (volumes I e II)
Webgrafia de JB no blog Linha do Tempo
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2022/01/a-escritura-polimorfa-de-jb-serra-e.html, por Barros Alves

JOÃO BOSCO SERRA E GURGEL. Nota de falecimento

10/07/2024 - Faleceu em 1.º de julho, em Niterói-RJ, o jornalista e escritor João Bosco Serra e Gurgel, que, por muitos anos, editou o jornal "Ceará em Brasília". Foi velado em Juazeiro do Norte e, como era desejo do próprio jornalista, teve o corpo sepultado em Acopiara-CE, sua terra natal.
Pesquisador da nossa cultura popular, escreveu o "Dicionário de Gíria", com 820 páginas, que se encontra em sua 9.ª edição. Além de outras obras que trazem sua assinatura, polígrafo que foi.
João Bosco deixa uma enorme saudade entre aqueles que, ao longo de uma vida luminosa, privaram de sua amizade e afeto.
A ele, nosso reconhecimento e  nossa homenagem.
Canal: FamaeFesta
Vida profissional
Fonte: Blog do Carlos Dehon
JB Serra e Gurgel nasceu em 22/03/1943, no município de Acopiara, no sertão central do Ceará, a 365 km de Fortaleza.
Fez o curso primário no Grupo Escolar de Acopiara, começou o ginasial no Seminário São José, no Crato, e o concluiu no Colégio Lourenço Filho. Em Fortaleza, fez o colegial no Colégio Estadual do Ceará, o Liceu.
Em Fortaleza, iniciou-se no Jornalismo, na Gazeta de Noticias e trabalhou no jornal O Estado e na Rádio Dragão do Mar.
Em 1963, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Última Hora, nas agencias Asapress e Inrterpress, na sucursal do Diário de São Paulo.
Em 1964, ingressou no curso de Ciências Sociais, da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, concluindo em 1968 no Instituto de Ciências Sociais da UFRJ.
Em 1966, foi trabalhar com Ibrahim Sued, como redator de sua coluna em O Globo, e depois em seu programa na Rede Globo, Ibrahim Sued o Repórter. Em 1972, foi nomeado diretor da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, depois foi para a Assessoria do presidente da EMBRATUR e do IBC.
Em 1974, trabalhou como Assessor do Ministro da Previdência e Assistência Social, Luiz Gonzaga do Nascimento Silva, e, depois, do presidente do INSS, Reinhold Stephanes.
Em 1976, fez concurso para Técnico de Comunicação Social do MPAS.
Em 1979, foi requisitado pela Presidência da República, onde foi Coordenador de Divulgação da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República até 1985.
Em 1980, foi contratado como professor da Faculdade de Comunicação da UnB, lecionando Técnicas de Relações Publicas e Publicidade e Propaganda.
A partir de 1985, trabalhou como Assessor nos Ministérios da Fazenda, Agricultura, `Planejamento e Saúde.
Voltou à Previdência Social, ondee foi Assessor de Comunicação dos ministros Reinhold Stephanes, Sergio Cutolo e Antônio Brito.

O XILÓGRAFO J. BORGES

"Todos os dias, ele acorda às seis da manhã, toma um cafezinho e desce para a oficina do Memorial J. Borges, que funciona embaixo de sua casa, um galpão onde expõe e vende suas xilogravuras há mais de 50 anos em Bezerros, agreste de Pernambuco. Vai devagar, “quem tem pressa fica no caminho”, diz ele, apoiando a muleta na mesa comprida antes de sentar-se para trabalhar. Puxa as ferramentas da gaveta: formão, buril e goivinhas. Liga o rádio num Lupicínio Rodrigues (um dos netos deixa um pen drive espetado nas caixas de som com as músicas preferidas do avô), escolhe um pedaço de pau de louro-canela, a 'melhor madeira para entalhar depois da imburana, que o Ibama não deixa mais', e passa a manhã a escavar tipos, cenas e histórias inteiras, que, acredita ele, estão só esperando para serem descobertas."
Eis acima a descrição, feita por Mariana Filgueiras no Globo Cultura, para um dia comum na vida de José Borges.
Na juventude, ele foi carpinteiro e pedreiro até descobrir a literatura de cordel. De leitor apaixonado que virou, passou a esculpir na madeira para imprimir no papel, tornando-se um xilógrafo requisitado pelos escritores de cordel. Desde que ganhou fama pela boca de Ariano Suassuna, que o chamava de "maior gravurista do Brasil" e sempre lhe confiou a ilustração de suas obras, J. Borges só viu sua reputação crescer. Estimulado por colecionadores e marchands, já teve xilogravuras expostas na Europa e nos Estados Unidos, ilustrou capas de livros de Eduardo Galeano e de José Saramago, além de aberturas de novelas (a primeira foi a versão censurada de "Roque Santeiro", em 1975, a última, "Cordel encantado", em 2011).
Em 2019, ele fez a exposição J. BORGES 80 ANOS, no RioMar em Fortaleza. Na ocasião, fotografei alguns de seus trabalhos, um dos quais o magistral COMO SE FAZ UMA XILOGRAVURA, em que ele conta os segredos de sua arte.

J. Borges (pôster reproduzido)
Aos 88 anos, o mestre das gravuras vive em Pernambuco, enquanto sua arte ultrapassa as fronteiras. E que oportunidade o público tem agora para apreciar seus trabalhos em nova exposição. Com duzentas obras suas reunidas no Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

26/07/2024 - Hoje José Francisco Borges foi entalhar nuvens no céu.

LE PROCOPE

Paulo Gurgel,
LE PROCOPE - 13 rue de l'Ancienne Comédie - Paris
Em 1686, o siciliano Francesco Procopio fundou o Café-Glacier "Le Procope" em Paris.
Considerado o mais antigo da cidade-luz, o "Le Procope", no coração do bairro de Saint-Germain-des-Prés, foi o primeiro restaurante a introduzir o café e a democratizá-lo, oferecendo o seu serviço de mesa em chávena de porcelana.
Lugar mítico, o Le Procope foi frequentado por filósofos do iluminismo, escritores, politicos e revolucionários, como: Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, Diderot, D'Alembert, Robespierre, Marat, Danton, Camille Desmoulins, entre outros. Até Napoleão Bonaparte, que deixou lá um chapéu, frequentou o "Le Procope".
A decoração do restaurante preserva a passagem destas ilustres personalidades; o papel de parede da década de 1830, que incluía os dois valores fundamentais da República, "Liberdade" e "Igualdade", foi concluído e apresenta agora o valor "Fraternidade".
Vale a pena conferir.
Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
Paris, 26.06.2024
https://www.instagram.com/reel/C8qkljhomCk/?igsh=ZG0zNDFrcnBjYWl4

Ana Margarida,
Quando estive em Paris (na carreira) visitei tão poucos locais (Eiffel, Triunfo, Champs-Élysées, Notre-Dame, Concórdia, Rio Sena...) que não mereço o título de conhecedor da Cidade-Luz. Mas, Dieu merci, fui almoçar neste lugar maravilhoso chamado "Le Procope", tão cheio de evocações. Guardo, até hoje, o cartão que eles distribuem com os visitantes. Fez-se a noite, e fui dormir num dos arrondissements de Paris.
Paulo
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/03/paris-na-carreira.html


Paulo,
Parabéns por ter aproveitado tão bem Paris, dentro do tempo disponível. Paris é uma cidade em movimento. É muito difícil conhecer suas maravilhas. Não se conhece Paris nem em 6 dias, 6 semanas ou 6 meses. Talvez em 6 anos. E para conhecê-la é preciso conhecer sua história, arte, língua, culinária, moda, museus etc.
Parabéns pelo belo texto!
Abraço de Ana Margarida

O PANTEÃO DOS HERÓIS DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA

Encontra-se no primeiro andar do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto-MG, o Panteão dos Heróis da Inconfidência Mineira. Além de dedicado à memória do protomártir da Independência, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), o Panteão é o local em que também repousam os restos mortais dos heróis da conjuração mineira, mortos durante o degredo na África em fins do século 18.

Alvarenga Peixoto, Tomás Antônio Gonzaga, João da Costa Rodrigues, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, Vitoriano Gonçalves Veloso, Álvares Maciel, Francisco de Paula Freire de Andrada, Domingos de Abreu Vieira, Luiz Vaz de Toledo Piza, José Aires Gomes, Antônio de Oliveira Lopes, Vicente Oliveira da Mota, Domingos Vidal Barbosa Lage, José de Resende Costa e João Dias da Mota.

A história do Gurgel Inconfidente

Para conhecer a história do inconfidente Salvador de Carvalho do Amaral Gurgel, nascido em Parati - RJ, médico, recomendo a leitura de dois excelentes trabalhos disponíveis na internet:
Um Gurgel fluminense que foi inconfidente mineiro, de João Bosco Serra e Gurgel. In: Google Docs.
O inconfidente que virou santo: estudo biográfico sobre Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, de Adelto Gonçalves. In: Scielo.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt ~ Paulo Gurgel

Foi objeto de um artigo que publiquei em meu blog. Ele nasceu em Parati, berço de um grupo da familia Gurgel em território fluminense. O grupo é numeroso. Ele foi degredado para Moçambique e não para Angola (aqui JB Serra e Gurgel me corrigiu). Seus restos mortais foram trazidos para o Brasil e estão no Panteão dos Inconfidentes em Ouro Preto/MG. Foi o único não mineiro dos Inconfidentes, mas jamais foi lembrado por qualquer fluminense em qualquer tempo.
Parabéns, Paulo. Principalmente pelo texto de Adelto Gonçalves. Li e fiquei feliz pelas informações. Infelizmente, quando escrevi meu artigo não sabia de tudo. Mas minha intenção foi alcançada. Mostrei que havia um Gurgel na Inconfidência, um fluminense esquecido por seu povo. ~ JB Serra e Gurgel

Salvador Carvalho do Amaral Gurgel (16 de fevereiro de 1762, Parati - 10 de dezembro de 1812, Ilha de Moçambique) foi um cirurgião prático e envolvido na Inconfidência Mineira.
Filho do capitão-mor Salvador Carvalho Cunha do Amaral Gurgel e de Domiciliana de Jesus, então amante de seu pai. De Parati, Gurgel mudou-se para a capital, Rio de Janeiro, onde tirou a carta de praticante de cirurgia em 1787, e no mesmo ano mudou-se para Vila Rica (Ouro Preto), onde viria respirar o clima mais libertário das ideias iluministas em Minas Gerais.
Devido a sua participação na Inconfidência Mineira, foi condenado à forca em 17 e abril de 1792, pena que foi comutada para degredo pela rainha D. Maria I através de carta régia, em segredo, 18 meses antes do anúncio da pena, em 15 de outubro de 1790. Foi para a Ilha de Moçambique, onde atuou como cirurgião e ocupou o cargo de vereador da vila de Inhambane, sendo transferido, em 1804, para o regimento de infantaria da Ilha de Moçambique, como cirurgião-mor. Em Inhambane, Gurgel fabricava medicamentos na botica do regimento e os distribuía entre os pobres, gratuitamente. Viveu em degredo até a sua morte, em 10 de dezembro de 1812. WIKI

EXPOSIÇÃO PARA SEU VAVÁ EM SÃO PAULO

Quando relembramos figuras importantes que contribuíram para a história do cinema cearense, com certeza o nome de Seu Vavá é mencionado. Ele foi operador do antigo Cine Familiar em Fortaleza e depois responsável por reabrir o Cine Nazaré, o último cinema de bairro de Fortaleza. Faleceu e deixou um legado significativo sobre a importância do cinema de rua para a cultura da cidade.
Agora Seu Vavá ganhou uma homenagem na exposição "Uma Rua Chamada Cinema", no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, produzida pelo fotógrafo Sergio Poroger (crédito também da  foto abaixo).
A mostra faz parte do projeto "Maio Fotografia" e continua em exibição até o dia 21 de julho. Ela apresenta 36 fotos de trabalhadores e salas de cinema ao redor do mundo, projecionistas, vendedores de pipoca, bilheteiros e trocadores de letreiros. Além de Seu Vavá, também evidencia o Cine Nazaré, com a exibição de documentário realizado por O POVO.
Sergio Poroger revela que a exposição é um longo projeto de pesquisa iniciado nos Estados Unidos, em 2017, com a premissa de descobrir quais locais seriam ideais para fotografar a indústria do cinema refletido no dia-a-dia das pessoas. E assim conheceu a história de Seu Vavá, a partir de um artigo publicado pelo O POVO.
"Com ajuda de uma amiga, Julia Ionele, que escreveu um livro sobre o Cine Nazaré, conseguimos agendar um ensaio fotográfico com Seu Vavá em seu cinema. Aprendi com essa história que jamais devemos abrir mão de nossos sonhos", conta o fotógrafo.
A ideia da exposição é unir fotografia e cinema, inspirado por uma vivência que tinha na infância com seu pai, que o levava para assistir filmes no centro de São Paulo. Em sua jornada profissional passou por Estados Unidos, Holanda, Polônia e Argentina, que o inspiraram a conhecer mais de perto esse universo.
"Senti desejo por uma jornada visual, capturando fotografias de salas de cinema por vários países. Não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca. É, portanto, uma homenagem não apenas à arte do cinema, mas também aos profissionais que tornam possível essa mágica", expõe Poroger.
Para ele, a maior motivação desse projeto é inserir uma mistura de nostalgia e tentativa de preservação - nem que como registro - de uma experiência artística e urbana que hoje, ao menos no Brasil, está sob ameaça. "Como cinema de rua e a importância de sua preservação é universal, decidi levar essa bandeira para diferentes partes do mundo". pontua.
E continua revelando que é crucial ficarmos atentos ao papel fundamental dos cinemas de rua na sociedade. Com sua capacidade de ocupar espaços públicos com narrativas diversas, novas linguagens e a consequente troca de conhecimentos e diálogos.
"O senso coletivo que o cinema promove - aquela comunhão dentro da sala - cresce quando inserido no espaço público, fora da clausura dos shoppings. Com a especulação imobiliária e o crescimento da violência urbana, muitos cinemas foram fechados e houve, simultaneamente, um declínio do número de público nas salas dos que restaram", expressa.
Fonte: Publicado In: "O Povo", de 28/05/24. Vida e Arte, p.3 (matéria não assinada). Via Blog do Marcelo Gurgel
VÁ PARA O VAVÁ EM LINHA DO TEMPO
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2009/09/no-escurinho-do-cinema.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2012/10/seu-vava-e-o-acervo-do-cine-nazare.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2012/10/mudou-o-nazare-ou-mudou-vava.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2015/04/o-vava-do-cine-nazare.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/08/fumaca-nos-olhos.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2022/02/morre-seu-vava-o-guardiao-dos-cines.html

AS CIDADES MAIS ALTAS EM CADA ESTADO DO BRASIL

As cidades mais altas em altitude em cada Estado do Brasil, com relação ao nível do mar, em cada UF por sede municipal. Para efeito desta classificação são consideradas as sedes dos municípios, desconsiderando-se as localidades mais altas fora da sede e os morros que ficam na zona rural, na medida em que os valores de tais localidades levariam a enormes distorções.

26 - Serra do Navio - AP 25 - Guajará - AM 24 - Jordão - AC 23 - Carira - SE 22 - Bannach - PA 21 - Sucupira do Norte - MA 20 - Vilhena - RO 19 - Mata Grande - AL 18 - Arraias - TO 17 - Ten. Laurentino Cruz - RN 16 - Dores do Rio Preto - ES 15 - Marcolândia - PI 14 - Matureia - PB 13 - Chapadão do Sul - MS 12 - Alto Taquari - MT 11 - Teresópolis✅ - RJ 10 - Pacaraima✅ - RR 9 - Guaraciaba do Norte✅ - CE 8 - Triunfo✅ - PE 7 - São José dos Ausentes - RS 6 - Alto Paraíso - GO 5 - Inácio Martins - PR 4 - Piatã - BA 3 - São Joaquim - SC 2 - Senador Amaral - MG 1 - Campos do Jordão✅ - SP

Apesar de Brasília com quase 1.100 m, a Reg. Adm de Ceilândia com 1285 m é a area urbana mais elevada do DF

PACARAIMA - RORAIMA. SANTA ELENA - VENEZUELA

25/05, sábado
PACARAIMA é um município brasileiro localizado no norte do Estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela. Conhecido como "Polo Norte de Roraima", pelo fato de suas temperaturas serem mais baixas que no resto do Estado, por causa da altitude. Sua população, de acordo com estimativas de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 20 108 habitantes. Com seus 920 m de altitude, é considerado como o município mais alto do estado de Roraima e de toda a Região Norte do Brasil. 
Há serviços regulares de ônibus (pelas empresas Asatur e Caburaí) entre este município e a Rodoviária Internacional de Boa Vista. Há ainda serviços de motoristas autônomos que fazem o percurso, partindo do Terminal do Caimbé. 
Para fazer um "bate e volta" a Pacaraima, optei pelos táxis compartilhados da COOTAP. Padronizados, os carros dessa cooperativa transportam 6 passageiros por viagem, a 85,00 por pessoa. Cobrindo os 220 km de distância entre Boa Vista a Pacaraima pela BR-174, a rodovia longitudinal que interliga Manaus a vários municípios de Roraima.
Viajando na chuva, e enfrentando um trecho de 20 km de rodovia esburacada, chegamos após três horas de viagem a Pacaraima.
Nesta cidade, acertei por 120,00 com o taxista Sr. Jorge Militão duas horas de passeio em Pacaraima e em Santa Elena, que fica a 16,5 km da cidade brasileira. 
(foto 1: marcos da fronteira Brasil-Venezuela)

SANTA ELENA DE UIARÉN é uma cidade fronteiriça no estado de Bolívar, no sudeste da Venezuela, perto do Brasil. É conhecida como a porta de entrada para a região de Gran Sabana, caracterizada por enormes planícies pontilhadas por formações elevadas de paredes verticais e com o topo plano (mesetas). Uiarén é o nome do rio que atravessa a cidade.
A cidade possui uma população aproximada de 30 mil habitantes. 
Sua principal atividade econômica é a extração de diamantes. Recentemente, o setor de turismo vem tendo um importante desenvolvimente devido à proximidade com os monumentos naturais da Gran Sabana.
Ao centro da praça principal há um monumento a Simon Bolivar (diz a placa: Libertador de Venezuela, Colombia, Ecuador, Peru y Panama. Fundador de Bolivia). Nos arredores da cidade, fica a Catedral de Pedra de Santa Elena (foto 2), construída por missionários capuchinhos em meados do século XX, ao lado do Vicariato. 
Com o tempo bom, a viagem de volta a Boa Vista foi mais rápida: duas horas e meia.

LETHEM, GUIANA

22/05, quarta-feira
Depois de desistir de ir a Pacaraima (a sede de município com maior altitude na Região Norte do Brasil) e Santa Elena de Uiarén (VEN), ocupou-me a mente o Plano B: conhecer Lethem, uma cidade guianense que fica na fonteira do Brasil.
Lethem é uma cidade da Guiana que faz fronteira com o Brasil. Separada de Bonfim, Roraima, apenas pelo rio Tacutu, forma com esta uma aglomeração urbana transnacional de quase 15 mil pessoas. É a capital da região 9 da Guiana, Upper Essequibo-Upper Tacutu, com uma população estimada em 3.000 pessoas. A cidade leva esse nome em homenagem a Sir Gordon James Lethem, que foi governador no tempo em que a Guiana era inglesa.
No passado, a área onde atualmente se situa Lethem fazia parte do que se costumava denominar Pirara, uma região que originalmente pertencia ao Brasil e foi anexada pela Inglaterra após um contencioso denominado QUESTÃO DO PIRARA, arbitrado pelo rei Vitório Emanuel III. Atualmente, a região a oeste do Rio Essequibo, o que inclui Lethem, é reivindicada pela Venezuela, que alega ter direitos históricos sobre o que denomina Guiana Essequiba.
Então, fui ao Terminal do Caimbé, de onde partem os táxis compartilhados. Eles cobram, por pessoa, 50,00 até Bonfim e 70,00 até Lethem. E a viagem, que dura cerca de uma hora e meia, é feita pela BR-401, uma rodovia bem conservada. Quando você cruza a ponte internacional sobre o rio Tacutu (inaugurada em 2009), você está em território guianense.
Na avenida principal de Lethem, há muitos estabelecimentos comerciais, particularmente frequentados por brasileiros que costumam levar mercadorias para Boa Vista e Manaus. Não era esse meu objetivo. Tinha interesse de conhecer a pequena cidade e tirar algumas fotos, reservando uma pausa para o almoço.
O sol forte da Guiana me pressionou a comprar no Mega Shopping dois bonés (sendo um destes para Elba que ficou em Belém).
Além dos shoppings e stores, vi na cidade: três hotéis, dois bancos, dois templos (da Igreja Universal e das Testemunhas de Jeová), postos de combustíveis (um deles Macedo's) e vários restaurantes.
Em uma churrascaria parei para almoçar. Comida gostosa e barata.
Findo o repasto, peguei um táxi local que me levou à rotatória do Bonfim, onde funciona um ponto de apoio para os táxis brasileiros. E o taxista que me trouxe de volta a Boa Vista me deixou no Hotel Uiramutam.
Foto: ONE GOYANA. O recado de Irfaan Ali, presidente da Guiana, a Nicolás Maduro.
Falando nisso: SLAVA UKRAINI.

NO PARQUE DOS IGARAPÉS

26/05, domingo
Para retornar de Boa Vista para Fortaleza, estava previsto que, no dia 24, eu passaria em Belém o tempo apenas necessário para pegar um voo da Latam para Fortaleza. No entanto, isso não aconteceu. O voo da Azul foi cancelado, e eu só pude voltar por esta companhia aérea, na manhã do dia 26, para pegar um segundo voo (desta vez da própria Azul), e ganhando com isso um stop over de nove horas em Belém.
Meus familiares residentes em Belém e Elba foram me buscar no Aeroporto Val-de-Cans, levando-me para o desfrute de algumas horas num parque da cidade.
Parque dos Igarapés 
Um complexo da iniciativa privada, que atrai milhares de pessoas por ano, com piscina de água de nascente e corrente, trilhas para caminhadas, aventuras com arvorismo e tirolesa, bares e praça de alimentação. Tudo isso em total contato com a natureza. 
Foto: Elba e eu
Depois do almoço, fomos ao apartamento deles no Umarizal, onde tomei um banho morno e armei uma rede (já quase minha) para tirar um cochilo.
Às 16 horas, já estava no aeroporto esperando voltar para Fortaleza. Quanto à Elba, veio somente no dia seguinte.


BOA VISTA

21/05, terça-feira
Durante o voo de Belém a Boa Vista-RR, aproveitei o tempo a bordo (2 horas) para assistir ao "Dá licença de contar", um filme de Pedro Serrano que recria o universo das canções de Adoniran Barbosa. E cheguei à capital de Roraima às 00:05, conforme a hora local (que tem o mesmo fuso horário de Manaus). Um táxi me levou do aeroporto ao Hotel Uiramutam. 
Boa Vista é um município brasileiro e capital do Estado de Roraima, na região Norte do país. Concentrando cerca de dois terços dos habitantes do Estado, situa-se na margem direita do rio Branco. Sua população, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, era de 413 486 habitantes. É a capital estadual mais setentrional do Brasil e a única localizada totalmente ao norte da linha do Equador e a mais distante de Brasília, capital federal. Moderna, a cidade se destaca pelo traçado urbano organizado de forma radial. As principais avenidas do Centro da cidade convergem para a Praça do Centro Cívico Joaquim Nabuco.
Praça das Águas, onde fiz este selfie, EU AMO B💓A VISTA, (foto 1) é um dos principais cartões-postais de Boa Vista. A praça abriga o Portal do Milênio, com 16 metros de altura, inaugurado na virada do século 20 para o 21, fontes luminosas e também uma praça da alimentação.
Praça do Centro Cívico, onde ficam as sedes dos Três Poderes de Roraima, além do Palácio da Cultura e de secretarias.
Orla Taumanan
Mirante (acesso fechado durante o período noturno e sendo nessário o agendamento pela internet para a visita).
22/05, quarta-feira
Érico, Aline e Benício retornam de Belém para Fortaleza. 
Dia reservado para um "bate e volta" em Bonfim-RR e Lethem-GY.
23/05, quinta-feira
Orla (segunda visita) e Monumento aos Pioneiros.
Mirante, com 120 metros de altura (correspondendo a um edifício de 40 andares) e com dois elevadores, um dos quais é panorâmico. Deste local é possível ter uma vista privilegiada do Rio Branco (foto 2), o principal rio de Roraima, da Ponte dos Macuxis, do Parque do Rio Branco com seus atrativos como a Selvinha Amazônica, um parque de diversões. O acesso ao Mirante Edileuza Lóz é gratuito, o tempo de visita é de 20 minutos eos guias locais são prestativos.
Shopping Roraima Garden, para ver suas vitrines e jantar na praça de alimentação. Outro shopping da cidade é o Pátio Roraima.
24/05, sexta-feira
O voo da Azul para Belém foi cancelado e remarcado para 26/05, domingo. A companhia aérea Azul  concedeu-me duas diárias no Hotel Arpana com direito às refeições.
Monumento ao Garimpeiro e o Coreto na Praça do Centro Cívico.
25/05, sábado
Dia reservado para um "bate e volta" em Pacaraima-RR e Santa Elena de Uiarén-VEN.
26/05, domingo
Stop Over em Belém.

BELÉM, A CIDADE DOS PARQUES

Belém é a segunda cidade mais populosa da Amazônia Internacional
http://www.youtube.com/watch?v=rQS5kHBiJ-I

PARQUE ESTADUAL DO UTINGA Criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de relevância e beleza cênica, o Parque oferece a seus frequentadores diversas opções para trilhas, quatro quilômetros de pistas para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skates. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/05/primeiro-aniversario-de-renan.html

MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI Fundado em 1895, tem 5,2 hectares. É um parque zoobotânico da fauna e flora amazônicas em meio ao burburinho da cidade. Dando suporte ao museu, existem um Campus de Pesquisa e uma base científica avançada na Floresta Nacional de Caxiuanã. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2020/02/mangueirosa-1.html

MANGAL DAS GARÇAS Inaugurado em 2005, é o resultado da revitalização de uma área de cerca de 40.000 m2 às margens do Rio Guamá. Principais atrações: Farol de Belém; Borboletário; Armazém do Tempo; Museu Amazônico da Navegação. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/04/cidade-das-mangueiras.html

PARQUE DA RESIDÊNCIA Parque urbano, praça e Estação do Gasômetro, uma estrutura de ferro que pertenceu à Companhia de Gás do Pará. Desde 1997, abriga um teatro de 400 lugares e, a seu lado, um anfiteatro. Orquidário. Na praça, há um vagão de trem da antiga estrada de ferro Belém-Bragança. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2020/02/mangueirosa-1.html

BOSQUE RODRIGUES ALVES Inspirado no "Bois de Boulogne" de Paris, é um dos cartões postais de Belém. Com uma área total de 15 hectares, o Bosque é um pedaço da floresta amazônica preservado no coração da cidade. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/04/cidade-das-mangueiras.html

PARQUE URBANO PORTO FUTURO Localizado em frente ao terminal hidroviário de Belém, o Parque conta com pistas de corridas e de ciclismo, playground, Wi-Fi grátis e um lago artificial. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/05/primeiro-aniversario-de-renan.html

PARQUE ECOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE BELÉM "GUNNAR VINGREN" Fragmento de floresta nativa no municipio de Belém, localizado entre os bairros de Val-de- Cans e Marambaia, sendo cortado em toda sua extensão pelo Canal de São Joaquim.

PARQUE MUNICIPAL DA ILHA DE MOSQUEIRO 

HORTO MUNICIPAL http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/05/quarto-aniversario-de-renan.html

PARQUE DOS IGARAPÉS Um complexo, que atrai milhares de pessoas por ano, com piscina de água de nascente e corrente, trilhas para caminhadas, aventuras com arvorismo e tirolesa, bares e praça de alimentação. Tudo isso em total contato com a natureza. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/06/no-parque-dos-igarapes.html

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Em Ananindeua, RM de Belém:

PARQUE CULTURAL VILA MAGUARY Novo cartão postal de Ananindeua, construído com recursos próprios do município, este parque foi entregue ao público no mês passado (28/04). O complexo ocupa 35.000 m2, onde estão distribuídos os seguintes equipamentos culturais: o primeiro teatro da cidade, museu interativo, uma imensa área de lazer e o histórico Casarão do Curtume totalmente reformado. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/05/quarto-aniversario-de-renan.html

QUARTO ANIVERSÁRIO DE RENAN

"Venham celebrar o aniversário de 4 anos do Renan, num café da manhã em grande estilo! Juntem-se a nós para uma festa com o tema "hot wheels" e um refrescante banho de piscina!" 
19 de maio (domingo), das 8h30 às 12h30 no salão de festas do Ed. Rio Piave - Rua Boaventura da Silva, 1085, esquina com Travessa 14 de Março. (Natália e Rodrigo) 
Foi essa convocação que nos motivou a presente viagem a Belém do Pará. 
17/05, sexta-feira 
Almoço com Elba na praça de alimentação do Aeroporto de Fortaleza. Embarque num avião da Latam para a capital paraense, um A321 com cheiro de avião novo. No mesmo voo, viajaram conosco Érico, Aline e Benício.
O grupo ficou hospedado no novo apartamento de Natália, Rodrigo e Renan, no Umarizal, 
À noite, saímos para jantar no Old House. Um restaurante com cinco ambientes e alta culinária, localizado no vizinho bairro de Nazaré. Bebidas e sete pratos foram solicitados, tendo sido o meu pedido uma lagosta gratinada. 
18/05, sábado
Fiz uma caminhada de duas horas pelos bairros de Umarizal, Nazaré e Batista Campos, onde se encontra o Horto Municipal de Belém
O Horto, também chamado de Praça Municipal Milton Trindade, é um espaço público protegido por grades. Ao entrar, o visitante logo se depara com uma gigantesca sumaúma (ou samaúma); a seguir, seus canteiros, passeios, quiosques e também um "laguinho", que eu (como discípulo de São Tomé) tive de perguntar onde ficava. Crianças, muitas crianças estavam a brincar no Horto, e uma delas comemorava o aniversário natalício.  Ao sair, comprei duas bolas ioiôs para presentear os netos Renan e Benício. E, de volta ao apartamento, pus-me a saborear umas tangerinas compradas de um vendedor ambulante.
Nesse tempo, Natália e os demais estiveram no Bosque Rodrigues Alves e depois no restaurante Ver-O-Açaí, onde almoçaram.
Ao fim da tarde, fomos conhecer o Parque Cultural Guarany, na cidade de Ananindeua. E jantamos pizzas, pratos kids e cerveja artesanal no Anani Beer.
Novo cartão postal de Ananindeua, construído com recursos próprios do município, o Parque Guarany foi entregue ao público no mês passado. O complexo ocupa 35.000 m2, onde estão distribuídos os seguintes equipamentos culturais: o primeiro teatro da cidade, museu interativo, uma imensa área de lazer e o histórico Casarão do Curtume totalmente reformado.
19/05, domingo 
Às 8h30, a comemoração do aniversário do Renan no salão de festas do condomínio. Com três nadadores profissionais organizando os folguedos das crianças na piscina. Entre outras pessoas, encontrei-me no evento com duas pessoas que eu já conhecia: o Dr. Fernando Lobo, que é defensor público do Estado do Pará, e o Dr. Djalma, oficial de justiça em Marajó, que me ciceroneou num dos passeios que fiz à ilha. Aproveitei para retribuir a cortesia do amigo, entregando-lhe um exemplar do meu "Edição Êxtase".
Hora de cantar "Parabéns" (da esquerda para a direita): Rodrigo, Renan, Leon, Paulo, Elba, Benício, Aline e Érico
Ao entardecer, fomos ao Museu Forte do Presépio, o berço da cidade de Belém, e ao restaurante Casa do Saulo das Onze Janelas, de onde se podia ver ver o deslumbrante espetáculo do pôr-do-sol. No restaurante, optamos por uma mesa da área externa em que, além da agradável brisa que vinha do Guamá, havia um saxofone fazendo a trilha musical do crepúsculo. Selecionamos no cardápio: caldeirada de peixe (filhote), moqueca de camarão, água de coco, chope e sucos.
20/05, segunda-feira
Após o café da manhã, meus familiares foram à Ilha do Combu (onde já estive em duas oportunidades). Enquanto isso, fiquei no apartamento produzindo conteúdo para vocês, meus "seguimores". Ao meio-dia, saí para almoçar no Ver-O-Açai, um restaurante de cardápio e decoração regionais. Para isso, tive que enfrentar a demora para pegar um elevador, pois todos os elevadores que paravam no sétimo andar do prédio estavam lotados. Era a hora do almoço dos funcionários de um edifício em construção. Além de ter que me abrigar dos chuviscos de duas nuvens passageiras em marquises pelo caminho.
Depois de percorrer um trecho da Avenida Generalíssimo Deodoro e outro da Travessa Dom Pedro I, cheguei à casa de pasto. Meu almoço no Ver-O-Açai foi um prato executivo de camarões empanados, com arroz de tucupi, salada de feijãozinho de Santarém e farofa. E, no retorno, resolvi encompridar a caminhada dando umas voltas na Praça Brasil.
Ao anoitecer, fomos às Docas para jantar e ouvir música. No palco (outrora com um mecanismo de mobilidade), um show de voz e violão era compartilhado pelos clientes dos vários restaurantes. À hora da dolorosa, o garçom do restô Soprano apresentou-nos a conta - fora da realidade! Diante dos protestos, a conta foi  corrigida.
Após deixar o grupo no Parque Porto Futuro, Rodrigo me levou ao aeroporto de Belém para minha viagem a Boa Vista.

PÁGINA WIKI E BIOBIBLIOGRAFIA

Eis minha página na Wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Gurgel

Minha biobibliografia divulgada no Instagram como parte do Projeto de Iniciação Artística sobre os Médicos Escritores Cearenses aprovado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE):

BIOBIBLIOGRAFIA PAULO GURGEL Insta.pdf

AMARO PENNA (PENINHA)

Nos saraus realizados no apartamento de Francisco Moacir e Maristane Macedo, na Volta da Jurema, um músico frequente nesses  encontros é José Amaro Alexandre Fonseca, Amaro Penna ou simplesmente Peninha (do Ceará).
Compositor, cantor e produtor artístico, Amaro Penna nasceu aqui no Ceará em 1958. Muito jovem, começou a carreira musical no circuito universitário como baixista da banda Apocalipse. Ao criar suas primeiras composições, logo passou a inscrevê-las em festivais locais e de outros Estados, obtendo diversas premiações em tais certames.
Na década de 1980, participou de projetos e caravanas culturais, e abriu o show no Ceará pelo Projeto Pixinguinha da consagrada cantora Nara Leão. Sua instigante canção "Caminho do Sol" foi gravada por Amelinha, em 1985.

O sol que queima o Nordeste
É o olho de Nosso Senhor
Brilha no céu de Olinda
Na pele do meu amor
Nas dunas de Fortaleza
Nos versos do cantador
Nas ondas de São Luís
Na areia de São Salvador
Moça do corpo moreno é quem diz
É o olho de Nosso Senhor
(trecho).

Peninha tem parcerias com Nonato Luiz, Cristóvão Bastos, Abel Silva, Raimundo Fagner, Airton Monte, Dilson Pinheiro, Eugênio Leandro, Gil Fonteles e outros. Com Luiz Sérgio Bezerra, natural de Várzea Alegre, ele compôs "Caminho do Sol", que deu título a um álbum de Amelinha, e o bolero "Palavras Iguais".
É sócio e administrador da Ararena Estúdios, uma empresa com atividades em gravação de som e edição de música.
Bom violonista e cantor, Amaro Penna é versátil em criar e letrar músicas. E seus depoimentos (disponíveis no YouTube) a respeito da música cearense nas últimas décadas constituem importantes fontes de pesquisa.


Peninha (de boina) e eu, fotografados na residência dos Macedos.

CAATINGA, A FLORESTA QUE É A CARA DO BRASIL

PGCS
Local: Parque do Cocó, em Fortaleza-CE
Data da exposição: 28/04/2024
Fotografia: André
A caatinga é nossa
Representa cerca de 10% do território nacional, 70% da Região Nordeste e 2% do Estado de Minas Gerais, abrigando quase 27 milhões de pessoas. O clima da região é semiárido com temperaturas em torno de 30 ºC e chuvas concentradas nos meses de janeiro a maio.
Espécies endêmicas 
143 mamíferos
510 aves
240 peixes
116 répteis
61 anfíbios
93 aranhas
61 formigas
94 abelhas
1512 plantas
De todo esse território, com fauna, flora e bens preciosos como a água, apenas 7% é protegido por unidades de conservação.
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