NOTA DE PESAR POR AMAURY TEÓFILO BRASIL

Faleceu, aos 95 anos, o médico Dr. Amaury Teófilo Brasil (foto). O óbito se deu no domingo, 21, às 5 horas, no Hospital Oto Meireles, tendo sido o seu corpo velado na funerária Ethernus e sepultado no cemitério Parque da Paz.
Amaury era natural de Redenção-CE, residiu por algum tempo em Quixadá e formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
Vindo morar em Fortaleza, passou a a trabalhar como tisiopneumologista do Sanatório de Messejana e do Sanatório de Maracanaú.
No Sanatório de Messejana (atual Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes), onde o conheci no ano de 1977, foi chefe da Seção de Documentação Científica e da Seção de Pacientes Externos. Foi também um dos fundadores do Centro de Estudos Prof. Manuel de Abreu (nome que ele inclusive sugeriu para o referido Centro).
Deixa a esposa Eliana, três filhos e quatro netos, aos quais manifesto meus sentimentos.
Descanse em paz meu estimado amigo.
Reprodução de uma antiga foto, tirada no Hospital de Messejana em seu período sanatorial. 
Da esquerda para a direita, sentados: Drs. Amaury Brasil, Carlos Alberto (diretor), Trajano Almeida e Eldair Sátiro; em pé: Drs. Abner Brasil, Alarico Leite, Francisco Oliveira e Jorge Matos.

CÉSAR FORTI (1945 - 2024)

César Augusto de Lima e Forti nasceu em 28 de abril de 1945, na cidade de São Paulo-SP.
Formado em medicina no ano de 1971 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), especializou-se em medicina nuclear pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1973, e fez mestrado em Farmacologia pela UFC, em 1985.
Médico do Ministério da Saúde, ocupou o cargo de chefe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Foi também Subscretário da Saúde do Estado do Ceará, Diretor Médico e Diretor Geral do HUWC e Diretor do Hospital Municipal de Maracanaú. 
Fonte: A história dos Secretários da Saúde do Estado do Ceará (arquivo PDF).
Vitimado pelo câncer, César Forti faleceu na noite de 21 de julho de 2024.
Meus sentimentos à família do meu estimado amigo e colega Dr. César Forti.
22/07/2024
Velório durante a manhã - com missa de réquiem às 12h. Local: Ethernus. 
Sepultamento às 14h no Cemitério Parque da Paz.

DE LERIADO A LERUAITE

Leriado deriva de "lero", que significa conversa mole, papo furado, broma; conversa pra boi dormir, papo pra engambelar, pra enrolar; miolo de pote etc.
Na Escolinha do Professor Raimundo, famoso pelo lero-lero havia o Sr. Rolando Lero, personagem do ator Rogério Cardoso. Em nova versão, este personagem é interpretado por Marcelo Adnet.
No livro CRIAÇÕES, publicado em 1986 sob os auspícios do Centro Médico Cearense e da Sobrames Ceará, no texto "As lérias estão de volta", debulhei umas lérias autorais: 
  • Quem ama a todos gasta uma fortuna em motel.
  • Desperdício é o exemplo vivo do esperdício.
  • Conforme o tempo para os discursos, um banquete pode ser maçante ou massacrante.
  • Ante uma mulher de muitas curvas não existe homem reto.
  • O indivíduo não se submeta ao coletivo, especialmente se tiver dinheiro para o táxi.
  • Deus! A autoridade máxima em "faça-você-mesmo".
  • Ah, esse tempo nublado provocando indecisões nos girassois!
  • Dia de não se ler jornal: terça-feira. Sai com material de segunda.
  • O escocês, quem diria, cria-se agarrado na saia do pai.
  • E a guerra acabou. Pode-se em paz matar os feridos.
Eu utilizei a palavra "léria" (uma variante de "lero") para fazer trocadilho com as "férias estão de volta".
Leruaite é um programa de televisão brasileiro em formato de talk show apresentado pelo cantor e humorista Falcão. Estreou em 2012 na TV Ceará (afiliada à TV Brasil), mas após a contratação do cantor pela TV Diário, passou a ser exibido nesta emissora a partir de 2015. Após um período de pausa, voltou a ser exibido na TV Ceará desde junho de 2018.
Fazem parte da equipe de Falcão a banda "Num Tô Nem Vendo", formada por deficientes visuais, o violonista Tarcísio Sardinha (até 2022, ano em que este instrumentista faleceu) e o desenhista Valber Benevides, responsável por fazer as caricaturas dos entrevistados de Falcão.
De onde Falcão obteve esse nome "Leruaite"? Segundo o cantor brega, seria uma combinação de "lero" (conversa) com "white" (branco, em inglês).
Quanto ao programa "Leriado" da TV Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, não sei dizer se ainda vai ao ar.

JOÃO BOSCO SERRA E GURGEL. Reminiscências

Encontro com JB, um agregador de amigos
Quando: num sábado, em maio de 2019.
Onde: no restaurante Carneiro do Ordones, no Parque Araxá.
Fui buscar JB Serra e Gurgel no Hotel Mercure e, por sugestão dele, fomos ao citado restaurante.
(Meu irmão Marcelo não pôde ir conosco devido a compromissos outros.)
Nesse restaurante da zona oeste de Fortaleza, estivemos a conversar por um par de horas.
João Bosco era jornalista e escritor, tendo sido o autor de 150 biografias de cearenses "de todos os andares". Além de ser um exímio contador dos acontecidos em Acopiara, cidade em que estavam fincadas suas raízes.
Ele costumava me enviar exemplares dos livros que escrevia e já havia transcrito algumas postagens minhas no jornal "Ceará em Brasília", do qual era um dos editores. Certa vez, subsidiei-o com informações para um artigo de reminiscências sobre o Usina Ceará, seu primeiro e único clube.
Também era um girólogo porreta, e seu alentado "Dicionário de Gíria" havia chegado à 9.ª edição.
Uma de suas preocupações: não ver, até então publicada, a obra que José Jarbas Studart Gurgel deixou inacabada (porém, em fase final), depois de ter rastreado os quatrocentos anos da família Gurgel no Brasil.
No final do encontro, convidou-me para visitá-lo em Niterói, onde residia, quando não estava em Brasília exercendo o voluntariado na Casa do Ceará.
Era membro da Associação Brasileira de Imprensa e também organizava um banco de dados na internet sobre os  Gurgel do Amaral Valente, de Acopiara.
JB Serra e Gurgel. Fotografado por mim no Ordones, em Fortaleza.
Livros que publicou
Cronologia da Evolução Histórica das Relações Públicas
Dicionário de Gíria (em sua 9.ª edição)
Livro Negro da Previdência Social
Livro Evolução da Previdência Social
Nas Terras do Senhor Meu Pai
Nas Terras do Senhor Meu Rei (volumes I e II)
Webgrafia de JB no blog Linha do Tempo
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2022/01/a-escritura-polimorfa-de-jb-serra-e.html, por Barros Alves

JOÃO BOSCO SERRA E GURGEL. Nota de falecimento

10/07/2024 - Faleceu em 1.º de julho, em Niterói-RJ, o jornalista e escritor João Bosco Serra e Gurgel, que, por muitos anos, editou o jornal "Ceará em Brasília". Foi velado em Juazeiro do Norte e, como era desejo do próprio jornalista, teve o corpo sepultado em Acopiara-CE, sua terra natal.
Pesquisador da nossa cultura popular, escreveu o "Dicionário de Gíria", com 820 páginas, que se encontra em sua 9.ª edição. Além de outras obras que trazem sua assinatura, polígrafo que foi.
João Bosco deixa uma enorme saudade entre aqueles que, ao longo de uma vida luminosa, privaram de sua amizade e afeto.
A ele, nosso reconhecimento e  nossa homenagem.
Canal: FamaeFesta
Vida profissional
Fonte: Blog do Carlos Dehon
JB Serra e Gurgel nasceu em 22/03/1943, no município de Acopiara, no sertão central do Ceará, a 365 km de Fortaleza.
Fez o curso primário no Grupo Escolar de Acopiara, começou o ginasial no Seminário São José, no Crato, e o concluiu no Colégio Lourenço Filho. Em Fortaleza, fez o colegial no Colégio Estadual do Ceará, o Liceu.
Em Fortaleza, iniciou-se no Jornalismo, na Gazeta de Noticias e trabalhou no jornal O Estado e na Rádio Dragão do Mar.
Em 1963, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Última Hora, nas agencias Asapress e Inrterpress, na sucursal do Diário de São Paulo.
Em 1964, ingressou no curso de Ciências Sociais, da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, concluindo em 1968 no Instituto de Ciências Sociais da UFRJ.
Em 1966, foi trabalhar com Ibrahim Sued, como redator de sua coluna em O Globo, e depois em seu programa na Rede Globo, Ibrahim Sued o Repórter. Em 1972, foi nomeado diretor da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, depois foi para a Assessoria do presidente da EMBRATUR e do IBC.
Em 1974, trabalhou como Assessor do Ministro da Previdência e Assistência Social, Luiz Gonzaga do Nascimento Silva, e, depois, do presidente do INSS, Reinhold Stephanes.
Em 1976, fez concurso para Técnico de Comunicação Social do MPAS.
Em 1979, foi requisitado pela Presidência da República, onde foi Coordenador de Divulgação da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República até 1985.
Em 1980, foi contratado como professor da Faculdade de Comunicação da UnB, lecionando Técnicas de Relações Publicas e Publicidade e Propaganda.
A partir de 1985, trabalhou como Assessor nos Ministérios da Fazenda, Agricultura, `Planejamento e Saúde.
Voltou à Previdência Social, ondee foi Assessor de Comunicação dos ministros Reinhold Stephanes, Sergio Cutolo e Antônio Brito.

O XILÓGRAFO J. BORGES

"Todos os dias, ele acorda às seis da manhã, toma um cafezinho e desce para a oficina do Memorial J. Borges, que funciona embaixo de sua casa, um galpão onde expõe e vende suas xilogravuras há mais de 50 anos em Bezerros, agreste de Pernambuco. Vai devagar, “quem tem pressa fica no caminho”, diz ele, apoiando a muleta na mesa comprida antes de sentar-se para trabalhar. Puxa as ferramentas da gaveta: formão, buril e goivinhas. Liga o rádio num Lupicínio Rodrigues (um dos netos deixa um pen drive espetado nas caixas de som com as músicas preferidas do avô), escolhe um pedaço de pau de louro-canela, a 'melhor madeira para entalhar depois da imburana, que o Ibama não deixa mais', e passa a manhã a escavar tipos, cenas e histórias inteiras, que, acredita ele, estão só esperando para serem descobertas."
Eis acima a descrição, feita por Mariana Filgueiras no Globo Cultura, para um dia comum na vida de José Borges.
Na juventude, ele foi carpinteiro e pedreiro até descobrir a literatura de cordel. De leitor apaixonado que virou, passou a esculpir na madeira para imprimir no papel, tornando-se um xilógrafo requisitado pelos escritores de cordel. Desde que ganhou fama pela boca de Ariano Suassuna, que o chamava de "maior gravurista do Brasil" e sempre lhe confiou a ilustração de suas obras, J. Borges só viu sua reputação crescer. Estimulado por colecionadores e marchands, já teve xilogravuras expostas na Europa e nos Estados Unidos, ilustrou capas de livros de Eduardo Galeano e de José Saramago, além de aberturas de novelas (a primeira foi a versão censurada de "Roque Santeiro", em 1975, a última, "Cordel encantado", em 2011).
Em 2019, ele fez a exposição J. BORGES 80 ANOS, no RioMar em Fortaleza. Na ocasião, fotografei alguns de seus trabalhos, um dos quais o magistral COMO SE FAZ UMA XILOGRAVURA, em que ele conta os segredos de sua arte.

J. Borges (pôster reproduzido)
Aos 88 anos, o mestre das gravuras vive em Pernambuco, enquanto sua arte ultrapassa as fronteiras. E que oportunidade o público tem agora para apreciar seus trabalhos em nova exposição. Com duzentas obras suas reunidas no Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

26/07/2024 - Hoje José Francisco Borges foi entalhar nuvens no céu.

LE PROCOPE

Paulo Gurgel,
LE PROCOPE - 13 rue de l'Ancienne Comédie - Paris
Em 1686, o siciliano Francesco Procopio fundou o Café-Glacier "Le Procope" em Paris.
Considerado o mais antigo da cidade-luz, o "Le Procope", no coração do bairro de Saint-Germain-des-Prés, foi o primeiro restaurante a introduzir o café e a democratizá-lo, oferecendo o seu serviço de mesa em chávena de porcelana.
Lugar mítico, o Le Procope foi frequentado por filósofos do iluminismo, escritores, politicos e revolucionários, como: Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, Diderot, D'Alembert, Robespierre, Marat, Danton, Camille Desmoulins, entre outros. Até Napoleão Bonaparte, que deixou lá um chapéu, frequentou o "Le Procope".
A decoração do restaurante preserva a passagem destas ilustres personalidades; o papel de parede da década de 1830, que incluía os dois valores fundamentais da República, "Liberdade" e "Igualdade", foi concluído e apresenta agora o valor "Fraternidade".
Vale a pena conferir.
Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
Paris, 26.06.2024
https://www.instagram.com/reel/C8qkljhomCk/?igsh=ZG0zNDFrcnBjYWl4

Ana Margarida,
Quando estive em Paris (na carreira) visitei tão poucos locais (Eiffel, Triunfo, Champs-Élysées, Notre-Dame, Concórdia, Rio Sena...) que não mereço o título de conhecedor da Cidade-Luz. Mas, Dieu merci, fui almoçar neste lugar maravilhoso chamado "Le Procope", tão cheio de evocações. Guardo, até hoje, o cartão que eles distribuem com os visitantes. Fez-se a noite, e fui dormir num dos arrondissements de Paris.
Paulo
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/03/paris-na-carreira.html


Paulo,
Parabéns por ter aproveitado tão bem Paris, dentro do tempo disponível. Paris é uma cidade em movimento. É muito difícil conhecer suas maravilhas. Não se conhece Paris nem em 6 dias, 6 semanas ou 6 meses. Talvez em 6 anos. E para conhecê-la é preciso conhecer sua história, arte, língua, culinária, moda, museus etc.
Parabéns pelo belo texto!
Abraço de Ana Margarida

O PANTEÃO DOS HERÓIS DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA

Encontra-se no primeiro andar do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto-MG, o Panteão dos Heróis da Inconfidência Mineira. Além de dedicado à memória do protomártir da Independência, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), o Panteão é o local em que também repousam os restos mortais dos heróis da conjuração mineira, mortos durante o degredo na África em fins do século 18.

Alvarenga Peixoto, Tomás Antônio Gonzaga, João da Costa Rodrigues, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, Vitoriano Gonçalves Veloso, Álvares Maciel, Francisco de Paula Freire de Andrada, Domingos de Abreu Vieira, Luiz Vaz de Toledo Piza, José Aires Gomes, Antônio de Oliveira Lopes, Vicente Oliveira da Mota, Domingos Vidal Barbosa Lage, José de Resende Costa e João Dias da Mota.

A história do Gurgel Inconfidente

Para conhecer a história do inconfidente Salvador de Carvalho do Amaral Gurgel, nascido em Parati - RJ, médico, recomendo a leitura de dois excelentes trabalhos disponíveis na internet:
Um Gurgel fluminense que foi inconfidente mineiro, de João Bosco Serra e Gurgel. In: Google Docs.
O inconfidente que virou santo: estudo biográfico sobre Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, de Adelto Gonçalves. In: Scielo.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt ~ Paulo Gurgel

Foi objeto de um artigo que publiquei em meu blog. Ele nasceu em Parati, berço de um grupo da familia Gurgel em território fluminense. O grupo é numeroso. Ele foi degredado para Moçambique e não para Angola (aqui JB Serra e Gurgel me corrigiu). Seus restos mortais foram trazidos para o Brasil e estão no Panteão dos Inconfidentes em Ouro Preto/MG. Foi o único não mineiro dos Inconfidentes, mas jamais foi lembrado por qualquer fluminense em qualquer tempo.
Parabéns, Paulo. Principalmente pelo texto de Adelto Gonçalves. Li e fiquei feliz pelas informações. Infelizmente, quando escrevi meu artigo não sabia de tudo. Mas minha intenção foi alcançada. Mostrei que havia um Gurgel na Inconfidência, um fluminense esquecido por seu povo. ~ JB Serra e Gurgel

Salvador Carvalho do Amaral Gurgel (16 de fevereiro de 1762, Parati - 10 de dezembro de 1812, Ilha de Moçambique) foi um cirurgião prático e envolvido na Inconfidência Mineira.
Filho do capitão-mor Salvador Carvalho Cunha do Amaral Gurgel e de Domiciliana de Jesus, então amante de seu pai. De Parati, Gurgel mudou-se para a capital, Rio de Janeiro, onde tirou a carta de praticante de cirurgia em 1787, e no mesmo ano mudou-se para Vila Rica (Ouro Preto), onde viria respirar o clima mais libertário das ideias iluministas em Minas Gerais.
Devido a sua participação na Inconfidência Mineira, foi condenado à forca em 17 e abril de 1792, pena que foi comutada para degredo pela rainha D. Maria I através de carta régia, em segredo, 18 meses antes do anúncio da pena, em 15 de outubro de 1790. Foi para a Ilha de Moçambique, onde atuou como cirurgião e ocupou o cargo de vereador da vila de Inhambane, sendo transferido, em 1804, para o regimento de infantaria da Ilha de Moçambique, como cirurgião-mor. Em Inhambane, Gurgel fabricava medicamentos na botica do regimento e os distribuía entre os pobres, gratuitamente. Viveu em degredo até a sua morte, em 10 de dezembro de 1812. WIKI

EXPOSIÇÃO PARA SEU VAVÁ EM SÃO PAULO

Quando relembramos figuras importantes que contribuíram para a história do cinema cearense, com certeza o nome de Seu Vavá é mencionado. Ele foi operador do antigo Cine Familiar em Fortaleza e depois responsável por reabrir o Cine Nazaré, o último cinema de bairro de Fortaleza. Faleceu e deixou um legado significativo sobre a importância do cinema de rua para a cultura da cidade.
Agora Seu Vavá ganhou uma homenagem na exposição "Uma Rua Chamada Cinema", no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, produzida pelo fotógrafo Sergio Poroger (crédito também da  foto abaixo).
A mostra faz parte do projeto "Maio Fotografia" e continua em exibição até o dia 21 de julho. Ela apresenta 36 fotos de trabalhadores e salas de cinema ao redor do mundo, projecionistas, vendedores de pipoca, bilheteiros e trocadores de letreiros. Além de Seu Vavá, também evidencia o Cine Nazaré, com a exibição de documentário realizado por O POVO.
Sergio Poroger revela que a exposição é um longo projeto de pesquisa iniciado nos Estados Unidos, em 2017, com a premissa de descobrir quais locais seriam ideais para fotografar a indústria do cinema refletido no dia-a-dia das pessoas. E assim conheceu a história de Seu Vavá, a partir de um artigo publicado pelo O POVO.
"Com ajuda de uma amiga, Julia Ionele, que escreveu um livro sobre o Cine Nazaré, conseguimos agendar um ensaio fotográfico com Seu Vavá em seu cinema. Aprendi com essa história que jamais devemos abrir mão de nossos sonhos", conta o fotógrafo.
A ideia da exposição é unir fotografia e cinema, inspirado por uma vivência que tinha na infância com seu pai, que o levava para assistir filmes no centro de São Paulo. Em sua jornada profissional passou por Estados Unidos, Holanda, Polônia e Argentina, que o inspiraram a conhecer mais de perto esse universo.
"Senti desejo por uma jornada visual, capturando fotografias de salas de cinema por vários países. Não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca. É, portanto, uma homenagem não apenas à arte do cinema, mas também aos profissionais que tornam possível essa mágica", expõe Poroger.
Para ele, a maior motivação desse projeto é inserir uma mistura de nostalgia e tentativa de preservação - nem que como registro - de uma experiência artística e urbana que hoje, ao menos no Brasil, está sob ameaça. "Como cinema de rua e a importância de sua preservação é universal, decidi levar essa bandeira para diferentes partes do mundo". pontua.
E continua revelando que é crucial ficarmos atentos ao papel fundamental dos cinemas de rua na sociedade. Com sua capacidade de ocupar espaços públicos com narrativas diversas, novas linguagens e a consequente troca de conhecimentos e diálogos.
"O senso coletivo que o cinema promove - aquela comunhão dentro da sala - cresce quando inserido no espaço público, fora da clausura dos shoppings. Com a especulação imobiliária e o crescimento da violência urbana, muitos cinemas foram fechados e houve, simultaneamente, um declínio do número de público nas salas dos que restaram", expressa.
Fonte: Publicado In: "O Povo", de 28/05/24. Vida e Arte, p.3 (matéria não assinada). Via Blog do Marcelo Gurgel
VÁ PARA O VAVÁ EM LINHA DO TEMPO
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2009/09/no-escurinho-do-cinema.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2012/10/seu-vava-e-o-acervo-do-cine-nazare.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2012/10/mudou-o-nazare-ou-mudou-vava.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2015/04/o-vava-do-cine-nazare.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/08/fumaca-nos-olhos.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2022/02/morre-seu-vava-o-guardiao-dos-cines.html

AS CIDADES MAIS ALTAS EM CADA ESTADO DO BRASIL

As cidades mais altas em altitude em cada Estado do Brasil, com relação ao nível do mar, em cada UF por sede municipal. Para efeito desta classificação são consideradas as sedes dos municípios, desconsiderando-se as localidades mais altas fora da sede e os morros que ficam na zona rural, na medida em que os valores de tais localidades levariam a enormes distorções.

26 - Serra do Navio - AP 25 - Guajará - AM 24 - Jordão - AC 23 - Carira - SE 22 - Bannach - PA 21 - Sucupira do Norte - MA 20 - Vilhena - RO 19 - Mata Grande - AL 18 - Arraias - TO 17 - Ten. Laurentino Cruz - RN 16 - Dores do Rio Preto - ES 15 - Marcolândia - PI 14 - Matureia - PB 13 - Chapadão do Sul - MS 12 - Alto Taquari - MT 11 - Teresópolis✅ - RJ 10 - Pacaraima✅ - RR 9 - Guaraciaba do Norte✅ - CE 8 - Triunfo✅ - PE 7 - São José dos Ausentes - RS 6 - Alto Paraíso - GO 5 - Inácio Martins - PR 4 - Piatã - BA 3 - São Joaquim - SC 2 - Senador Amaral - MG 1 - Campos do Jordão✅ - SP

Apesar de Brasília com quase 1.100 m, a Reg. Adm de Ceilândia com 1285 m é a area urbana mais elevada do DF

PACARAIMA - RORAIMA. SANTA ELENA - VENEZUELA

25/05, sábado
PACARAIMA é um município brasileiro localizado no norte do Estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela. Conhecido como "Polo Norte de Roraima", pelo fato de suas temperaturas serem mais baixas que no resto do Estado, por causa da altitude. Sua população, de acordo com estimativas de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 20 108 habitantes. Com seus 920 m de altitude, é considerado como o município mais alto do estado de Roraima e de toda a Região Norte do Brasil. 
Há serviços regulares de ônibus (pelas empresas Asatur e Caburaí) entre este município e a Rodoviária Internacional de Boa Vista. Há ainda serviços de motoristas autônomos que fazem o percurso, partindo do Terminal do Caimbé. 
Para fazer um "bate e volta" a Pacaraima, optei pelos táxis compartilhados da COOTAP. Padronizados, os carros dessa cooperativa transportam 6 passageiros por viagem, a 85,00 por pessoa. Cobrindo os 220 km de distância entre Boa Vista a Pacaraima pela BR-174, a rodovia longitudinal que interliga Manaus a vários municípios de Roraima.
Viajando na chuva, e enfrentando um trecho de 20 km de rodovia esburacada, chegamos após três horas de viagem a Pacaraima.
Nesta cidade, acertei por 120,00 com o taxista Sr. Jorge Militão duas horas de passeio em Pacaraima e em Santa Elena, que fica a 16,5 km da cidade brasileira. 
(foto 1: marcos da fronteira Brasil-Venezuela)

SANTA ELENA DE UIARÉN é uma cidade fronteiriça no estado de Bolívar, no sudeste da Venezuela, perto do Brasil. É conhecida como a porta de entrada para a região de Gran Sabana, caracterizada por enormes planícies pontilhadas por formações elevadas de paredes verticais e com o topo plano (mesetas). Uiarén é o nome do rio que atravessa a cidade.
A cidade possui uma população aproximada de 30 mil habitantes. 
Sua principal atividade econômica é a extração de diamantes. Recentemente, o setor de turismo vem tendo um importante desenvolvimente devido à proximidade com os monumentos naturais da Gran Sabana.
Ao centro da praça principal há um monumento a Simon Bolivar (diz a placa: Libertador de Venezuela, Colombia, Ecuador, Peru y Panama. Fundador de Bolivia). Nos arredores da cidade, fica a Catedral de Pedra de Santa Elena (foto 2), construída por missionários capuchinhos em meados do século XX, ao lado do Vicariato. 
Com o tempo bom, a viagem de volta a Boa Vista foi mais rápida: duas horas e meia.

LETHEM, GUIANA

22/05, quarta-feira
Depois de desistir de ir a Pacaraima (a sede de município com maior altitude na Região Norte do Brasil) e Santa Elena de Uiarén (VEN), ocupou-me a mente o Plano B: conhecer Lethem, uma cidade guianense que fica na fonteira do Brasil.
Lethem é uma cidade da Guiana que faz fronteira com o Brasil. Separada de Bonfim, Roraima, apenas pelo rio Tacutu, forma com esta uma aglomeração urbana transnacional de quase 15 mil pessoas. É a capital da região 9 da Guiana, Upper Essequibo-Upper Tacutu, com uma população estimada em 3.000 pessoas. A cidade leva esse nome em homenagem a Sir Gordon James Lethem, que foi governador no tempo em que a Guiana era inglesa.
No passado, a área onde atualmente se situa Lethem fazia parte do que se costumava denominar Pirara, uma região que originalmente pertencia ao Brasil e foi anexada pela Inglaterra após um contencioso denominado QUESTÃO DO PIRARA, arbitrado pelo rei Vitório Emanuel III. Atualmente, a região a oeste do Rio Essequibo, o que inclui Lethem, é reivindicada pela Venezuela, que alega ter direitos históricos sobre o que denomina Guiana Essequiba.
Então, fui ao Terminal do Caimbé, de onde partem os táxis compartilhados. Eles cobram, por pessoa, 50,00 até Bonfim e 70,00 até Lethem. E a viagem, que dura cerca de uma hora e meia, é feita pela BR-401, uma rodovia bem conservada. Quando você cruza a ponte internacional sobre o rio Tacutu (inaugurada em 2009), você está em território guianense.
Na avenida principal de Lethem, há muitos estabelecimentos comerciais, particularmente frequentados por brasileiros que costumam levar mercadorias para Boa Vista e Manaus. Não era esse meu objetivo. Tinha interesse de conhecer a pequena cidade e tirar algumas fotos, reservando uma pausa para o almoço.
O sol forte da Guiana me pressionou a comprar no Mega Shopping dois bonés (sendo um destes para Elba que ficou em Belém).
Além dos shoppings e stores, vi na cidade: três hotéis, dois bancos, dois templos (da Igreja Universal e das Testemunhas de Jeová), postos de combustíveis (um deles Macedo's) e vários restaurantes.
Em uma churrascaria parei para almoçar. Comida gostosa e barata.
Findo o repasto, peguei um táxi local que me levou à rotatória do Bonfim, onde funciona um ponto de apoio para os táxis brasileiros. E o taxista que me trouxe de volta a Boa Vista me deixou no Hotel Uiramutam.
Foto: ONE GOYANA. O recado de Irfaan Ali, presidente da Guiana, a Nicolás Maduro.
Falando nisso: SLAVA UKRAINI.

NO PARQUE DOS IGARAPÉS

26/05, domingo
Para retornar de Boa Vista para Fortaleza, estava previsto que, no dia 24, eu passaria em Belém o tempo apenas necessário para pegar um voo da Latam para Fortaleza. No entanto, isso não aconteceu. O voo da Azul foi cancelado, e eu só pude voltar por esta companhia aérea, na manhã do dia 26, para pegar um segundo voo (desta vez da própria Azul), e ganhando com isso um stop over de nove horas em Belém.
Meus familiares residentes em Belém e Elba foram me buscar no Aeroporto Val-de-Cans, levando-me para o desfrute de algumas horas num parque da cidade.
Parque dos Igarapés 
Um complexo da iniciativa privada, que atrai milhares de pessoas por ano, com piscina de água de nascente e corrente, trilhas para caminhadas, aventuras com arvorismo e tirolesa, bares e praça de alimentação. Tudo isso em total contato com a natureza. 
Foto: Elba e eu
Depois do almoço, fomos ao apartamento deles no Umarizal, onde tomei um banho morno e armei uma rede (já quase minha) para tirar um cochilo.
Às 16 horas, já estava no aeroporto esperando voltar para Fortaleza. Quanto à Elba, veio somente no dia seguinte.


BOA VISTA

21/05, terça-feira
Durante o voo de Belém a Boa Vista-RR, aproveitei o tempo a bordo (2 horas) para assistir ao "Dá licença de contar", um filme de Pedro Serrano que recria o universo das canções de Adoniran Barbosa. E cheguei à capital de Roraima às 00:05, conforme a hora local (que tem o mesmo fuso horário de Manaus). Um táxi me levou do aeroporto ao Hotel Uiramutam. 
Boa Vista é um município brasileiro e capital do Estado de Roraima, na região Norte do país. Concentrando cerca de dois terços dos habitantes do Estado, situa-se na margem direita do rio Branco. Sua população, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, era de 413 486 habitantes. É a capital estadual mais setentrional do Brasil e a única localizada totalmente ao norte da linha do Equador e a mais distante de Brasília, capital federal. Moderna, a cidade se destaca pelo traçado urbano organizado de forma radial. As principais avenidas do Centro da cidade convergem para a Praça do Centro Cívico Joaquim Nabuco.
Praça das Águas, onde fiz este selfie, EU AMO B💓A VISTA, (foto 1) é um dos principais cartões-postais de Boa Vista. A praça abriga o Portal do Milênio, com 16 metros de altura, inaugurado na virada do século 20 para o 21, fontes luminosas e também uma praça da alimentação.
Praça do Centro Cívico, onde ficam as sedes dos Três Poderes de Roraima, além do Palácio da Cultura e de secretarias.
Orla Taumanan
Mirante (acesso fechado durante o período noturno e sendo nessário o agendamento pela internet para a visita).
22/05, quarta-feira
Érico, Aline e Benício retornam de Belém para Fortaleza. 
Dia reservado para um "bate e volta" em Bonfim-RR e Lethem-GY.
23/05, quinta-feira
Orla (segunda visita) e Monumento aos Pioneiros.
Mirante, com 120 metros de altura (correspondendo a um edifício de 40 andares) e com dois elevadores, um dos quais é panorâmico. Deste local é possível ter uma vista privilegiada do Rio Branco (foto 2), o principal rio de Roraima, da Ponte dos Macuxis, do Parque do Rio Branco com seus atrativos como a Selvinha Amazônica, um parque de diversões. O acesso ao Mirante Edileuza Lóz é gratuito, o tempo de visita é de 20 minutos eos guias locais são prestativos.
Shopping Roraima Garden, para ver suas vitrines e jantar na praça de alimentação. Outro shopping da cidade é o Pátio Roraima.
24/05, sexta-feira
O voo da Azul para Belém foi cancelado e remarcado para 26/05, domingo. A companhia aérea Azul  concedeu-me duas diárias no Hotel Arpana com direito às refeições.
Monumento ao Garimpeiro e o Coreto na Praça do Centro Cívico.
25/05, sábado
Dia reservado para um "bate e volta" em Pacaraima-RR e Santa Elena de Uiarén-VEN.
26/05, domingo
Stop Over em Belém.

BELÉM, A CIDADE DOS PARQUES

Belém é a segunda cidade mais populosa da Amazônia Internacional
http://www.youtube.com/watch?v=rQS5kHBiJ-I

PARQUE ESTADUAL DO UTINGA Criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de relevância e beleza cênica, o Parque oferece a seus frequentadores diversas opções para trilhas, quatro quilômetros de pistas para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skates. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/05/primeiro-aniversario-de-renan.html

MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI Fundado em 1895, tem 5,2 hectares. É um parque zoobotânico da fauna e flora amazônicas em meio ao burburinho da cidade. Dando suporte ao museu, existem um Campus de Pesquisa e uma base científica avançada na Floresta Nacional de Caxiuanã. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2020/02/mangueirosa-1.html

MANGAL DAS GARÇAS Inaugurado em 2005, é o resultado da revitalização de uma área de cerca de 40.000 m2 às margens do Rio Guamá. Principais atrações: Farol de Belém; Borboletário; Armazém do Tempo; Museu Amazônico da Navegação. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/04/cidade-das-mangueiras.html

PARQUE DA RESIDÊNCIA Parque urbano, praça e Estação do Gasômetro, uma estrutura de ferro que pertenceu à Companhia de Gás do Pará. Desde 1997, abriga um teatro de 400 lugares e, a seu lado, um anfiteatro. Orquidário. Na praça, há um vagão de trem da antiga estrada de ferro Belém-Bragança. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2020/02/mangueirosa-1.html

BOSQUE RODRIGUES ALVES Inspirado no "Bois de Boulogne" de Paris, é um dos cartões postais de Belém. Com uma área total de 15 hectares, o Bosque é um pedaço da floresta amazônica preservado no coração da cidade. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/04/cidade-das-mangueiras.html

PARQUE URBANO PORTO FUTURO Localizado em frente ao terminal hidroviário de Belém, o Parque conta com pistas de corridas e de ciclismo, playground, Wi-Fi grátis e um lago artificial. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2021/05/primeiro-aniversario-de-renan.html

PARQUE ECOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE BELÉM "GUNNAR VINGREN" Fragmento de floresta nativa no municipio de Belém, localizado entre os bairros de Val-de- Cans e Marambaia, sendo cortado em toda sua extensão pelo Canal de São Joaquim.

PARQUE MUNICIPAL DA ILHA DE MOSQUEIRO 

HORTO MUNICIPAL http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/05/quarto-aniversario-de-renan.html

PARQUE DOS IGARAPÉS Um complexo, que atrai milhares de pessoas por ano, com piscina de água de nascente e corrente, trilhas para caminhadas, aventuras com arvorismo e tirolesa, bares e praça de alimentação. Tudo isso em total contato com a natureza. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/06/no-parque-dos-igarapes.html

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Em Ananindeua, RM de Belém:

PARQUE CULTURAL VILA MAGUARY Novo cartão postal de Ananindeua, construído com recursos próprios do município, este parque foi entregue ao público no mês passado (28/04). O complexo ocupa 35.000 m2, onde estão distribuídos os seguintes equipamentos culturais: o primeiro teatro da cidade, museu interativo, uma imensa área de lazer e o histórico Casarão do Curtume totalmente reformado. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/05/quarto-aniversario-de-renan.html

QUARTO ANIVERSÁRIO DE RENAN

"Venham celebrar o aniversário de 4 anos do Renan, num café da manhã em grande estilo! Juntem-se a nós para uma festa com o tema "hot wheels" e um refrescante banho de piscina!" 
19 de maio (domingo), das 8h30 às 12h30 no salão de festas do Ed. Rio Piave - Rua Boaventura da Silva, 1085, esquina com Travessa 14 de Março. (Natália e Rodrigo) 
Foi essa convocação que nos motivou a presente viagem a Belém do Pará. 
17/05, sexta-feira 
Almoço com Elba na praça de alimentação do Aeroporto de Fortaleza. Embarque num avião da Latam para a capital paraense, um A321 com cheiro de avião novo. No mesmo voo, viajaram conosco Érico, Aline e Benício.
O grupo ficou hospedado no novo apartamento de Natália, Rodrigo e Renan, no Umarizal, 
À noite, saímos para jantar no Old House. Um restaurante com cinco ambientes e alta culinária, localizado no vizinho bairro de Nazaré. Bebidas e sete pratos foram solicitados, tendo sido o meu pedido uma lagosta gratinada. 
18/05, sábado
Fiz uma caminhada de duas horas pelos bairros de Umarizal, Nazaré e Batista Campos, onde se encontra o Horto Municipal de Belém
O Horto, também chamado de Praça Municipal Milton Trindade, é um espaço público protegido por grades. Ao entrar, o visitante logo se depara com uma gigantesca sumaúma (ou samaúma); a seguir, seus canteiros, passeios, quiosques e também um "laguinho", que eu (como discípulo de São Tomé) tive de perguntar onde ficava. Crianças, muitas crianças estavam a brincar no Horto, e uma delas comemorava o aniversário natalício.  Ao sair, comprei duas bolas ioiôs para presentear os netos Renan e Benício. E, de volta ao apartamento, pus-me a saborear umas tangerinas compradas de um vendedor ambulante.
Nesse tempo, Natália e os demais estiveram no Bosque Rodrigues Alves e depois no restaurante Ver-O-Açaí, onde almoçaram.
Ao fim da tarde, fomos conhecer o Parque Cultural Guarany, na cidade de Ananindeua. E jantamos pizzas, pratos kids e cerveja artesanal no Anani Beer.
Novo cartão postal de Ananindeua, construído com recursos próprios do município, o Parque Guarany foi entregue ao público no mês passado. O complexo ocupa 35.000 m2, onde estão distribuídos os seguintes equipamentos culturais: o primeiro teatro da cidade, museu interativo, uma imensa área de lazer e o histórico Casarão do Curtume totalmente reformado.
19/05, domingo 
Às 8h30, a comemoração do aniversário do Renan no salão de festas do condomínio. Com três nadadores profissionais organizando os folguedos das crianças na piscina. Entre outras pessoas, encontrei-me no evento com duas pessoas que eu já conhecia: o Dr. Fernando Lobo, que é defensor público do Estado do Pará, e o Dr. Djalma, oficial de justiça em Marajó, que me ciceroneou num dos passeios que fiz à ilha. Aproveitei para retribuir a cortesia do amigo, entregando-lhe um exemplar do meu "Edição Êxtase".
Hora de cantar "Parabéns" (da esquerda para a direita): Rodrigo, Renan, Leon, Paulo, Elba, Benício, Aline e Érico
Ao entardecer, fomos ao Museu Forte do Presépio, o berço da cidade de Belém, e ao restaurante Casa do Saulo das Onze Janelas, de onde se podia ver ver o deslumbrante espetáculo do pôr-do-sol. No restaurante, optamos por uma mesa da área externa em que, além da agradável brisa que vinha do Guamá, havia um saxofone fazendo a trilha musical do crepúsculo. Selecionamos no cardápio: caldeirada de peixe (filhote), moqueca de camarão, água de coco, chope e sucos.
20/05, segunda-feira
Após o café da manhã, meus familiares foram à Ilha do Combu (onde já estive em duas oportunidades). Enquanto isso, fiquei no apartamento produzindo conteúdo para vocês, meus "seguimores". Ao meio-dia, saí para almoçar no Ver-O-Açai, um restaurante de cardápio e decoração regionais. Para isso, tive que enfrentar a demora para pegar um elevador, pois todos os elevadores que paravam no sétimo andar do prédio estavam lotados. Era a hora do almoço dos funcionários de um edifício em construção. Além de ter que me abrigar dos chuviscos de duas nuvens passageiras em marquises pelo caminho.
Depois de percorrer um trecho da Avenida Generalíssimo Deodoro e outro da Travessa Dom Pedro I, cheguei à casa de pasto. Meu almoço no Ver-O-Açai foi um prato executivo de camarões empanados, com arroz de tucupi, salada de feijãozinho de Santarém e farofa. E, no retorno, resolvi encompridar a caminhada dando umas voltas na Praça Brasil.
Ao anoitecer, fomos às Docas para jantar e ouvir música. No palco (outrora com um mecanismo de mobilidade), um show de voz e violão era compartilhado pelos clientes dos vários restaurantes. À hora da dolorosa, o garçom do restô Soprano apresentou-nos a conta - fora da realidade! Diante dos protestos, a conta foi  corrigida.
Após deixar o grupo no Parque Porto Futuro, Rodrigo me levou ao aeroporto de Belém para minha viagem a Boa Vista.

PÁGINA WIKI E BIOBIBLIOGRAFIA

Eis minha página na Wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Gurgel

Minha biobibliografia divulgada no Instagram como parte do Projeto de Iniciação Artística sobre os Médicos Escritores Cearenses aprovado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE):

BIOBIBLIOGRAFIA PAULO GURGEL Insta.pdf

AMARO PENNA (PENINHA)

Nos saraus realizados no apartamento de Francisco Moacir e Maristane Macedo, na Volta da Jurema, um músico frequente nesses  encontros é José Amaro Alexandre Fonseca, Amaro Penna ou simplesmente Peninha (do Ceará).
Compositor, cantor e produtor artístico, Amaro Penna nasceu aqui no Ceará em 1958. Muito jovem, começou a carreira musical no circuito universitário como baixista da banda Apocalipse. Ao criar suas primeiras composições, logo passou a inscrevê-las em festivais locais e de outros Estados, obtendo diversas premiações em tais certames.
Na década de 1980, participou de projetos e caravanas culturais, e abriu o show no Ceará pelo Projeto Pixinguinha da consagrada cantora Nara Leão. Sua instigante canção "Caminho do Sol" foi gravada por Amelinha, em 1985.

O sol que queima o Nordeste
É o olho de Nosso Senhor
Brilha no céu de Olinda
Na pele do meu amor
Nas dunas de Fortaleza
Nos versos do cantador
Nas ondas de São Luís
Na areia de São Salvador
Moça do corpo moreno é quem diz
É o olho de Nosso Senhor
(trecho).

Peninha tem parcerias com Nonato Luiz, Cristóvão Bastos, Abel Silva, Raimundo Fagner, Airton Monte, Dilson Pinheiro, Eugênio Leandro, Gil Fonteles e outros. Com Luiz Sérgio Bezerra, natural de Várzea Alegre, ele compôs "Caminho do Sol", que deu título a um álbum de Amelinha, e o bolero "Palavras Iguais".
É sócio e administrador da Ararena Estúdios, uma empresa com atividades em gravação de som e edição de música.
Bom violonista e cantor, Amaro Penna é versátil em criar e letrar músicas. E seus depoimentos (disponíveis no YouTube) a respeito da música cearense nas últimas décadas constituem importantes fontes de pesquisa.


Peninha (de boina) e eu, fotografados na residência dos Macedos.

CAATINGA, A FLORESTA QUE É A CARA DO BRASIL

PGCS
Local: Parque do Cocó, em Fortaleza-CE
Data da exposição: 28/04/2024
Fotografia: André
A caatinga é nossa
Representa cerca de 10% do território nacional, 70% da Região Nordeste e 2% do Estado de Minas Gerais, abrigando quase 27 milhões de pessoas. O clima da região é semiárido com temperaturas em torno de 30 ºC e chuvas concentradas nos meses de janeiro a maio.
Espécies endêmicas 
143 mamíferos
510 aves
240 peixes
116 répteis
61 anfíbios
93 aranhas
61 formigas
94 abelhas
1512 plantas
De todo esse território, com fauna, flora e bens preciosos como a água, apenas 7% é protegido por unidades de conservação.
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MEU THESOURO DA JUVENTUDE

Acredito que o "Thesouro da Juventude" tenha sido a obra que eu mais li no verdor dos meus anos. Nas décadas de 1950 e 1960, os dezoito volumes desta "encyclopédia", com capas em azul marinho e vistosas letras douradas, ocupavam um lugar de destaque na biblioteca dos Gurgel-Carlos.
Eram da edição de 1925, possivelmente. Com o título de "Thesouro da Juventude", assim mesmo com "Th", e com palavras impressas de acordo com as regras que existiam antes do Formulário Ortográfico de 1943. Com ênclises, em que o "l" ficava separado do pronome (como em "amal-o", por exemplo), e também com vocábulos em profusão grafados com "ph", "ch", "ff" e "ll", como em "pharmacia", "machina", "offerecer" e "bello".
Pelas tantas, eu me surpreendia com o aparecimento durante a leitura de um requintado "Piauhy". Mas grafias antigas, ainda que deste jaez, confirmo que não chegavam a atrapalhar a compreensão dos textos.
Na folha de rosto da obra, havia um erro crasso: "entretimento", no lugar de "entretenimento". Não sei se este deslize foi reparado na edição de 1958. Por muito menos, o protagonista do conto "Colocador de Pronomes", de Monteiro Lobato, foi levado ao suicídio.
Na "Introducção", Clóvis Bevilacqua indicava a obra para "meninos, adolescentes e homens do povo que teem sede de saber". E os editores definiam-no como uma enciclopédia popular, "um livro acerca de tudo para todos e especialmente para os jovens".
A obra era constituída das seguintes seções:
A Terra - A Nossa Vida - Animais e Plantas - O Novo Mundo - O Velho Mundo - As Belas Ações - Homens e Mulheres Célebres - Os Livros Famosos - Belas Artes - Lições Atraentes - Coisas que Podemos Fazer - Coisas que Devemos Saber - Os Porquês
Ao focar na poesia, o jornalista Luís Nassif destacou nessa obra "O Gigante Adamastor" (um trecho dos "Lusíadas"), a "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias, e "Manhã em Petrópolis", de um certo José Maria Amaral, que, "se não é dos maiores poetas brasileiros, ocupa um lugar muito honroso em nossa história literária. Acho que houve alguma proteção em sua inclusão".
Onde estaria a tal coleção?
Não sei dizer, mas onde ela estiver certamente estará com uma página a menos. Explico. Um dia, eu precisei recitar um poema a meu livre arbítrio no colégio. Então, abri o "Thesouro", na seção de poesia da coleção, em busca de um poema que eu já havia lido até com muito gosto. E avaliei que poderia memorizá-lo em pouco tempo, entre o café da manhã e a saída para o colégio. O que não foi possível fazer, e a solução que encontrei foi arrancar a folha do livro onde o poema estava.
(Pensei em ter ouvido um "Et tu, Brute?")
No colégio, subi ao palco com a "destacada" folha na mão e caprichei na leitura (aplausos).
Ganhei uma boa nota em Português e, por algum tempo, a companhia de um remorso que dizia coisas em latim.
Comentário
Caro irmão Paulo!
Com efeito, a coleção "Thesouro da Juventude", da biblioteca particular de nosso pai, era avidamente lida e relida pelos filhos de Luiz e Elda. Esse nosso tesouro de leituras foi incialmente desfalcado do volume I por uma pessoa que, com a anuência materna, tomou emprestado o volume I, mas nunca o devolveu.
Nossos pais, na vigência da longa união conjugal, não amealharam um bom patrimônio material que pudesse suscitar alguma possível disputa de herança em seus descendentes. A exceção ficava por conta das boas coleções albergadas na biblioteca paterna que eram alvo de uma certa cobiça; a irmã Marcia se adiantava em anunciar a sua preferência pelo "Thesouro da Juventude".
Tal desejo, entretanto, não foi concretizado, porquanto a nossa matriarca, em um suposto gesto de gentileza, quis compensar um pequeno agricultor, cliente de nosso pai, que nos ofertara uma saca de cajus, doando ao campônio os 17 volumes restantes da apreciada coleção.
A doação materna foi um choque para nós, os filhos, notadamente para a Márcia, porquanto se guardara a desconfiança do fim que fora reservado a uma obra literária que fora tão útil à nossa formação.
Marcelo Gurgel

OS OLHOS DO MAR

"Terral" - Ednardo, gravada por Ednardo
A Praia do Futuro / Farol velho e o novo / Os olhos do mar / São os olhos do mar / São os olhos do mar / O velho - que apagado / O novo - que espantado / Vendo a vida, espalhou / Luzindo na madrugada / Nossos corpos suados / À praia fazendo amor. (1)

O antigo Farol do Mucuripe, que é um patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), embora tenha no nome a referência ao bairro ou à enseada do Mucuripe, está localizado oficialmente no bairro vizinho: o Cais do Porto. O equipamento fica no encontro da Avenida Vicente de Castro com a Rua Amâncio Filomeno.
Com 9 metros de altura, ele foi construído com mão de obra escrava entre os anos de 1840 a 1846 e, por muito tempo, foi referência para as embarcações que aportavam em Fortaleza. Desativado em 1958, o prédio histórico de 177 anos encontra-se em situação crítica. (2)

Já o segundo farol, com 24 metros de altura, foi construído a 3 quilômetros do antigo farol. Localizado em Vicente Pinzón, funcionou de 1958 até 2017, quando Fortaleza ganhou o seu terceiro farol. (3)

19/09/2017 - A Marinha do Brasil inaugurou nesta segunda-feira, 18, o maior farol das Américas e o sexto maior do mundo. O Farol do Mucuripe, como é chamado, tem aproximadamente 72 metros, localizado em Fortaleza (CE), também no bairro Vicente Pinzón. (4)

O equipamento de sinalização náutica é três vezes maior que o antigo, cuja altura é de 24 metros. Ele representa um marco na segurança da navegação, possibilitando melhores condições de trabalho para toda a comunidade marítima, especialmente para os pequenos barcos e jangadas que não dispõem de tecnologia de geolocalização.
Construído com concreto armado, o equipamento possui tecnologia de última geração, equivalente aos principais faróis do mundo. Uma das novidades da nova estrutura é o elevador de cargas interno que vai facilitar o transporte de equipamentos.
Resultado de uma parceria entre a Marinha do Brasil e o grupo J. Macêdo, o farol é uma construção inteligente e conserva o aparelho lenticular do farol anterior, de alto valor histórico e simbólico, por ter pertencido a Dom Pedro II.

(1) http://youtu.be/9yAW58FcgYY (vídeo)
(2) Vamos salvar a história e o Farol do Mucuripe, editorial de "O Povo" de 15 de abril de 2024
(3) Onde fica o Farol do Mucuripe? Tathiany Nascimento, Diário do Nordeste
(4) https://www.marinha.mil.br/noticias/marinha-do-brasil-inaugura-o-maior-farol-das-americas-em-fortaleza-ce-0 (vídeo)

Arquivo: http://blogdopg.blogspot.com/2017/09/novissimo-farol.html

AS FRASES FAMOSAS DE AUGUSTO PONTES

Nasceu em 1935, em Fortaleza. Além de publicitário, foi professor da Universidade de Brasília e Secretário de Cultura do Estado do Ceará. Teve uma participação relevante no movimento de artistas conhecido como Pessoal do Ceará e, depois, na Massafeira Livre. Ele tinha por hábito criar frases engraçadas e trocadilhos marcados não apenas pela irreverência, mas também por um humor cáustico, dilacerante, que forjou um repertório, ao qual muitos dos informantes fazem referência como "as frases famosas do Augusto". Morreu em 2009.
Eis algumas das frases atribuídas a Augusto Pontes e lembradas com saudosismo por seus amigos de boemia:
Estou do seu lado, mas não me olhe de banda.
A união só se faz à força.
Agite, agite, mas me traga o jipe, porque passeata eu não vou a pé, Mao Tse.
O comunismo acabou antes de chegar aos pobres.
O Ideal é um clube de rico pobre, comunista velho e poeta ruim. (sobre o Ideal Clube,
um clube elitizado de Fortaleza
).
A cultura em álcool imersa, logo dissipa e dispersa.
Quando a mesa cresce, a cultura desaparece (cresce em número e cai em qualidade de discussão, além de chamar a atenção da polícia que reprimia as aglomerações de pessoas).
Dos Mauros, o menor (sobre o lançamento da candidatura do político Mauro Benevides Filho, filho de Mauro Benevides, a um cargo no governo).
A política em Sobral é uma faca de dois Gomes (Sobral é uma cidade do interior do Estado do Ceará cuja política tem uma forte presença da família Ferreira Gomes, da qual faz parte o ex-ministro Ciro Gomes).
Governo das Mudanças, não; governo das mundiças (a respeito do slogan do governo Tasso Jereissati).
Há bares que vem para o bem.
Vento, vela, leva-me daqui.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.
Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem.
Não aguento ver as mesmas pessoas com outras caras (quando perguntado sobre sua pouca frequência em determinado bar).
Toca aí "Pano véi" (para pedir que tocassem a música "Molambo").
O sertanejo é antes de tudo um forte. Avalie no Rio Grande do Norte.
Você me diz que, agora, ficará em silêncio. Pois bem. Será o seu melhor momento.
Sereia de Outro – sátira ao troféu Sereia de Ouro que a imprensa local (Sistema Verdes Mares de Comunicação) oferece às personalidades ilustres do ano. Segundo Augusto, o troféu nunca ia para quem de fato merecia recebê-lo.
Operário Patrão – já que o operário premiado e homenageado é aquele que cumpre as regras ditadas pelo patrão.
Fonte:
Silva, Daniele Costa da. Entre copos, conversas e canções : um estilo “boêmio” de viver a cidade. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Departamento de Ciências Socais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza, 2012. p.148-156
https://repositorio.ufc.br/ri/bitstream/riufc/6305/1/2012-TESE-DCSILVA.pdf
P.S. Para relembrar este expoente de nossa cultura, em 2022 o arquiteto e compositor Ricardo Bezerra organizou o livro "Augusto Pontes - Um amigo genial", enfeixando uma série de 64 artigos (com depoimentos) de pessoas que viveram no entorno do Augusto.

ELDA: dois anos da partida

O tempo ligeiro passa. Há dois anos, mamãe partia para o encontro definitivo com o Pai Eterno e seus familiares queridos, como o nosso pai, que a antecedeu em mais de vinte anos. E qual o seu legado, de uma vida de 91 anos? Para nós, seus dez filhos e tantos netos e bisnetos, além da saudade, há muito o que lembrar e agradecer.
Em todos nós, por bem ou por mal, ficou a mania de limpeza, de casa arrumada e de doar o que é possível aos necessitados. Claro, nenhum de nós se iguala no seu espírito doador. Mamãe gostava de dar, o que era dela e o que ela achava que era dela. Importante era doar.
A Eldinha tapeceira (foto) também deixou sua marca em mais de duzentas obras. São telas belíssimas. Ela jamais concordou em vender uma só, mesmo que fosse para retirar o dinheiro gasto. O amor que ela colocava em cada tela não tinha preço. Verdadeiras obras de arte.
Hoje, nos dois anos de sua partida, é bom recordar a sua presença marcante. Não estamos felizes porque ela se foi, mas agradecemos cada dia em que ela esteve entre nós. Saudade, sim, lamentação, não. Ainda a vejo entre nós e assim será por muitos e muitos anos.
Um grande abraço, mamãe.

Da sua filha Márcia (em nome de toda a filharada).

BEM-VINDOS A JUATAMA

Em janeiro deste ano, num passeio que fizemos pelo Sertão Central cearense e Vale do Jaguaribe, Luciano Gurgel e Germano (que são irmãos gêmeos), e eu fomos a Juatama. Com uma população estimada em três mil habitantes, Juatama é um distrito de Quixadá situado a 18 km da sede municipal. Devido a seus monólitos e sua vegetação de caatinga, a vila (na qual se inclui a deslumbrante vista da Serra do Urucum) tem servido de cenário para diversas locações cinematográficas. 
"O Cangaceiro Trapalhão" (1983), que teve a participação do humorista Renato Aragão, "O Auto da Camisinha" (2009), com Chico Anysio; e, mais recentemente, "Bem-Vinda à Quixeramobim", do diretor Halder Gomes. Apesar de o título deste último filme insinuar que a trama possa ter acontecido em Quixeramobim, o filme foi rodado em Juatama, a saber, em plagas do vizinho Quixadá. E isso tem causado uma certa rixa entre moradores dos dois municípios.
Max Petterson explica neste vídeo o motivo da aparente desinformação. É que o filme foi gravado em 2020, quando a Covid 19 estava no auge, e a equipe de produção da película foi orientada a substituir as locações de Quixeramobim (onde não seria possível controlar as aglomerações humanas) para o calmo distrito quixadaense. Além da tranquilidade de uma vila, Juatama oferecia paisagens similares às de Quixeramobim e uma bucólica estação ferroviária (foto "Diário do Nordeste"). 
Citando o cineasta Halder, Max diz: 
"O povo reclama que o filme tem o nome de Quixeramobim, mas não foi gravado em Quixeramobim. (Assim como) todas as cenas dos filmes de Marte foram gravadas na Terra. E outra: até as cenas de São Paulo a gente gravou em Fortaleza. Então, minha gente, é cinema, e cinema é cinema. É mentira, é faz de conta."
Juatama também tem uma "Usina de Biodiesel" (que não está funcionando) e um resort, O "Hotel Pedra dos Ventos", um empreendimento em perfeita interação com a natureza. No Pedra dos Ventos, tivemos uma agradável conversa com o proprietário do resort, o Sr. Almeida, que assim como Germano Gurgel é um petroleiro aposentado.

DJACIR GURGEL DE FIGUEIRÊDO. Lançamento de livro

CONVITE

A família de Djacir Figueirêdo, com apoio da Academia Cearense de Medicina, da Unimed Fortaleza e da Sicredi, convida para o lançamento de "Djacir Figueirêdo: um pioneiro na neurocirurgia no Ceará e no Nordeste", do neurocirurgião Dr. Djacir Gurgel de Figueirêdo.
O livro será apresentado pelo acadêmico Marcelo Gurgel, no auditório da sede da Unimed Fortaleza, situada na Av. Santos Dumont, 949, em 4 de abril de 2024 (quinta-feira), às 19h.
Após a solenidade, a Cooperativa dos Médicos Neurologistas e Neurocirurgiões do Ceará (Coopneuro) oferecerá um coquetel aos convidados.

MORRE DARIVAL BRINGEL

Morreu neste sábado, 30, o presidente da Unimed Ceará, Dr. DARIVAL BRINGEL DE OLINDA (foto "Jornal do Médico"). Tinha 77 anos de idade e encontrava-se, nos últimos tempos, sob tratamento de câncer. 
O velório ocorre a partir do meio-dia no prédio ao lado da sede da Unimed Ceará, localizado na Rua Nogueira Acioli, número 891, bairro Aldeota, em Fortaleza. E o sepultamento será às 16h30 no Cemitério Parque da Paz. 
Darival formou-se pela 20.ª turma de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1972. Fez residência médica em Pneumologia no Hospital de Messejana, instituição a que pertenceu até aposentar-se por tempo de serviço. Também foi coordenador do Serviço de Pneumologia Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (cargo em que o sucedi em 1990).
Ele já esteve na presidência da Unimed Fortaleza por três mandatos. As obras do edifício-sede da empresa e do Hospital Regional Unimed (HRU) ocorreram durante sua gestão.
Darival também atuou em diversas funções ligadas ao cooperativismo médico: diretor de mercado e marketing da Confederação das Unimeds Norte/Nordeste, conselheiro e depois diretor financeiro da Unicred Fortaleza, conselheiro de administração do segmento Saúde da Organização das Cooperativas Brasileiras  – seção Ceará, membro do conselho fiscal da Unimed do Brasil, superintendente da Federação das Unimeds do Estado do Ceará e vice-presidente e diretor comercial financeiro da Federação das Unimeds dos Estados do Norte/Nordeste.
Em 2022, foi agraciado com o troféu Sereia de Ouro do Sistema Verdes Mares de Comunicação.
Meus sentimentos aos familiares, colegas e amigos de Darival Bringel.

HOMENAGEM A ROBERTO LOBO

Em 22 de março (sexta-feira), às 20 horas, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi homenageado in Memoriam o médico psiquiatra Dr. ROBERTO AUGUSTO MESQUITA LOBO com o título de membro honorário da Academia Cearense de Medicina (ACM).

A saudação esteve a cargo do Acadêmico Dr. Paulo Eduardo Garcia Picanço.

Elba e eu estivemos presentes na sessão da ACM. Ao ensejo, cumprimentamos pelo agraciamento a Dra. Sônia Lobo, viúva do homenageado e minha colega da turma na Faculdade de Medicina da UFC.

Dra. Sônia Lobo recebe o diploma do Dr. Roberto Augusto de Mesquita Lobo como membro  honorário (in Memoriam), das mãos do Acad. Dr. Janedson Baima, presidente da ACM. 
Acad. Dra. Ana Margarida Rosemberg fotografou o momento.


EDMAR GURGEL E AMILTON MELO

Esta fotografia postada por Gonzaga Oliveira no Facebook, em "Fortaleza Antiga", mostra os titulares da equipe de futebol de salão do Usina Ceará, em 1967. Dentre eles, estão Edmar Gurgel (meu tio) e Amilton Melo, que viria a se tornar um "ídolo de todas as torcidas" no futebol profissional cearense.

Wilton Almeida, supercolaborador
Acho que essa foto é anterior a 67, o Usina foi extinto em 65 e o Amilton Melo seria um menino jogando no meio dos velhos,como se dizia antigamente.

Wilton Almeida! Talvez você tenha razão. As legendas não constavam da foto original, foram acrescentadas (com possibilidade de haver ocorrido algum erro). Nascido em 1937, Edmar Gurgel não aparentava ter uma idade de 30 anos por ocasião desta  fotografia de 1967. Sei também que o Usina Ceará (futebol de campo) participou de 12 edições do campeonato cearense de futebol (até 1964), quando não resistiu ao conturbado clima político nacional do regime militar. O dono da fábrica Siqueira Gurgel (onde Edmar inclusive trabalhou), o deputado Moyses Pimentel era opositor ao regime e, perseguido durante a ditadura, encerrou as atividades do time. Mas eu não saberia dizer se o futebol de salão do Usina ainda continuou por algum tempo.

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA CEARENSE



A revista eletrônica da Associação Médica Cearense (AMC), em seu número 30, de fevereiro de 2024, traz artigos dos médicos Ricardo Pessoa (editorial), Eduardo Vidal, José Arnóbio Menezes, Ricardo Reis, André Xenofonte, Marcelo Milton, Luiz Moura (crônica), Marcelo Gurgel (causo médico) e da advogada tributarista Janayna Lima.

Em seu "Cantinho da Leitura", às páginas 36-37, a revista divulga o recém-publicado "Edição Êxtase", livro de minha autoria.

https://online.fliphtml5.com/imbxa/vzsa/#p=36

NONATO ALBUQUERQUE VÊ "EDIÇÃO ÊXTASE"


Nonato Albuquerque é jornalista, radialista e apresentador de TV. Na televisão, apresentou, entre 1994 e 2020, o noticiário policial Barra Pesada, da TV Jangadeiro, sendo este seu trabalho mais conhecido.* Contratado do Sistema Jangadeiro de Comunicação, atualmente participa do Jornal Jangadeiro nas edições da TV (em reportagens especiais) e da Jangadeiro BandNews FM (como âncora).
* Jangadeiro revelou as suas novidades na programação, que entram no ar em definitivo no dia 18 de março. O maior destaque é a volta do Barra Pesada na faixa do almoço, de 11h45 às 13h30.

PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MARIA CHAVES

Faleceu na noite de ontem, 3 de março de 2024, em Fortaleza-CE, o conceituado médico proctologista e escritor Dr. JOSÉ MARIA CHAVES.
Foi meu professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.
Membro atuante de diversas entidades (médicas, literárias e culturais), chegou à presidência das Sobrames Ceará e Nacional.
Guardarei muitas recordações de você, meu colega, mestre e amigo. Da nossa agradável convivência e das pitorescas mensagens que você me fazia chegar. 
Ah, os dourados anos de Otávio Bonfim!

Em minha infância, vivida no bairro José Bonifácio, convivi com variados (diversificados) vendedores de porta em porta. Desde o "Panelada e figo gordo"e o "Chegadinha", já citados, até o vendedor de cabides de madeira para roupas, gritando " Cruzeta, tá na hora" etc...
Do seu bairro, guardo grandes e saudosas recordações do "Montese", do Frei Teodoro, no qual (com Coringa, Renato, Fujita e muitos outros) joguei. Não sei se você alcançou esse pessoal (ou, esse time). 
José Maria Chaves. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/01/vendedores-de-porta-em-porta.html

Eu não sei se o "Tio Edmar" é o mesmo que jogava comigo no Montese, do Frei Teodoro. Caso seja o craque Edmar Gurgel, por favor, diga-me onde ele anda, como ele está. Pretendo, com o João Fujita, reunir o que ainda resta daquele inesquecível tempo. 
José Maria Chaves. http://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/02/o-muro-das-fornicacoes-2.html

Estimado Paulo,
Como a disciplina de Proctologia, com 4 créditos = 60 horas, foi por mim criada e implantada em 1965, para ser ofertada como "optativa", é bem provável, ou certamente (a bem da verdade, não recordo), que o caso aconteceu comigo. De qualquer maneira, categoricamente afirmo, muita coisa jocosa, e muitos "causos" patéticos ocorreram.
Um abraço, às ordens, José Maria Chaves. http://blogdopg.blogspot.com/2007/06/medicina-com-rodzio-4.html

Paulo,
Desde muito tempo, que o admiro como cronista de escol.
Embora mais "antigo", também vivi minha adolescência nos arredores da Igreja de Nossa Senhora das Dores, mormente aos domingos,quando indicado pelo Fujita (será que é com "G"?), meu colega de turma no Lyceu, defendi as cores do "nosso" MONTESE (criado pelo inesquecível Frei Theodoro).
Guardo vivas recordações do Edmar (creio que seu tio), um dos nossos craques, Nelsinho, Zé Augusto, Coringa... e tantos outros.
Estimaria muito vê-lo, com seu irmão Marcelo, fazendo parte e enriquecendo a ACEMES.
Também gosto muito de um violão, embora não saiba dedilhá-lo, pois se assim o fizesse, possivelmente seria um boêmio; mas, cantei muitas serenatas.
Um grande e fraternal abraço.
José Maria Chaves, por e-mail

Minhas condolências aos familiares e amigos de José Maria.

HOSPITAL DE MARACANAÚ (E SUA "ESTAÇÃO DE RÁDIO")

O Hospital de Maracanaú foi fundado em 4 de junho de 1952 como Sanatório de Tuberculose, vinculado ao Ministério da Saúde. Em 1982, passou à condição de hospital geral e, na década de 1990, assumiu o nome de Hospital Municipal de Maracanaú. Em 2000, foi municipalizado e, em 2008, em homenagem a um ex-diretor, seu nome passou a ser Hospital Municipal Doutor João Elísio de Holanda. Ele é uma unidade integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), classificado como uma unidade pública de médio porte e nível de complexidade secundária. Entre os anos de 2000 a 2010, os serviços hospitalares foram ampliados para ambulatoriais, também de nível secundário de assistência, com as unidades: Centro Integrado de Reabilitação (CIR), Policlínica de Maracanaú e Centro de Testagem e Aconselhamento Sorológico em DST/AIDS (CETAS). Dessa expansão, veio o nome Complexo Hospitalar e Ambulatorial de Maracanaú Doutor João Elísio de Holanda (foto 1).
Disponível em: http://www.maracanau.ce.gov.br/hospital-municipal-joao-elisio-de-holanda/. Acesso em: fev.2024.
No período de 17 de janeiro a 23 de fevereiro de 1972, fiz uma pós-graduação em Pneumologia (incompleta), no Sanatório de Maracanaú, em convênio com o Serviço Nacional de Tuberculose. Éramos quatro os participantes desta atividade sob regime de residência: Tarcísio Diniz, Geraldo Madeira, Elenita Maria e eu.
Lembro-me de que, todos os dias, uma kombi bem cedo nos levava de Fortaleza a Maracanaú. À tarde, pegávamos o trem na estação que fica em frente ao Sanatório (bendito aquele que um dia teve a ideia de construir o ramal ferroviário para Maracanaú) e voltávamos para a capital. Quanto a mim, descia na estação ferroviária de Otávio Bonfim, que ficava bem perto da minha residência. A tempo de pegar um ônibus que me levasse à Casa de Saúde São Raimundo, onde eu acompanhava o Prof. Paulo Marcelo em suas atividades clínicas. 
Em 27 de fevereiro, após desligar-me do curso, viajei para o Rio de Janeiro-GB com a finalidade de iniciar o meu Curso de Formação de Oficial Médico.
Nos anos seguintes, trabalhei nas seguintes instituições militares: Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro-GB, Hospital de Guarnição de Tabatinga, em Benjamin Constant-AM e Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Certo dia, recebi um convite do Dr. Abelardo Soares, então diretor do Sanatório de Maracanaú, para atuar em sua administração como médico substituto. Fazendo ambulatório e enfermaria, participando como vogal da junta médica e dando plantões de 24 horas no HGF, não tinha tempo disponível. E declinei do convite.
Nas décadas de 1980 e 1990, estive por diversas vezes no Sanatório de Maracanaú para participar de suas reuniões clínicas. Eram realizadas aos sábados e contavam com uma palestra inicial no auditório, seguida de uma agradável confraternização e churrasco em um espaçoso caramanchão. No período de 5 de maio a 2 de junho de 1987, estive outras vezes no Sanatório, a convite do diretor Dr. Luiz Carlos Saraiva, para ministrar o curso "Reorganização da Seção de Arquivo Médico e Estatística" aos funcionários do setor.
Em seu discurso de posse na direção do Sanatório, a minha companheira (de profissão e de poesia), Dra. Lucíola Rabelo, fez esta citação:
O deserto por palmilhar.
Mas o que é o deserto senão a orla de um oásis?
Irei convosco, pois. Seremos dromômanos, manos sob o olhar complacente dos djins de fogo. Suportaremos manos, nós, o peso das mochilas, fardos da temporalidade. E deixaremos profundas, fundas pegadas na vastidão arenosa, que o vento, acumpliciando conosco, por certo não as apagará.
Assim, saberão os pósteros que estivemos aqui, ali / & ontem, hoje / em busca do poema, seus mananciais.
Porque amanhã em Aldebarã, a estrela.
É a última parte do meu poema "Proemial", que entrou de prefácio no Livro "Em busca de poesia", do médico e escritor Dr. Dalgimar Menezes. Quanta honra, Lucíola! (agradeci-lhe naquele festivo dia do discurso). Pois bem, Dra. Lucíola tomou posse, administrou a instituição e, algum tempo depois, transferiu-se para o Distrito Federal. Desde então, não tivemos novos contatos.
A propósito de amizades, foi em Maracanaú que conheci: Drs. Alarico Leite (meu confrade em "Verdeversos"), Abelardo Soares e Ana Margarida, viúva do renomado Prof. José Rosemberg, e até hoje uma grande amiga. Outros, como os Drs. Amauri Teófilo, seu primo Abner Brasil, Ana Maria Dantas, Elizabeth, Tânia Brígido, Memória Júnior e Glauco Lobo (Filho), vim a conhecê-los no Hospital de Messejana, embora fossem também do corpo clínico do Hospital de Maracanaú.
Um fato curioso no Hospital de Maracanaú foi ter surgido por lá a Rádio Gasosa. Uma iniciativa dos próprios pacientes, que participavam de um curso de rádio técnico que existia no Sanatório. Havia uma grande necessidade de comunicação entre eles e, por isso, montaram sua "estação de rádio" (foto 2). Funcionava no terceiro andar do prédio e apresentava as mesmas características das rádios da época: oferecimento de músicas, recados, transmissão de programas educativos em saúde e até mesmo ao organizar shows presenciais com Moacir Franco, Ayla Maria, Irapuan Lima e Luiz Gonzaga. Sobre esse nome, "Gasosa", foi devido a um tratamento muito comum na época, o pneumotórax terapêutico, que consistia em encher o espaço pleural de ar a fim colapsar o pulmão afetado pela tuberculose.
Referências
BARBOSA, Maria Abreu (coord.) et al. Hospital Municipal de Maracanaú: reflexos das políticas nacionais de saúde em meio século de história. Brasília, Ministério da Saúde, 2004. ISBN 85-334-0844-7
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/07/radio-gasosa.html