CENTENÁRIO DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES

Foi comemorado no dia 22 de setembro, com início às 15 horas, no Bosque dos Eucaliptos do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, o centenário de nascimento (23/08/1917) deste médico tisiologista que, no período de 1944 a 1983, dirigiu com acerto e dedicação a citada instituição, transformando-o de um pequeno sanatório inicialmente destinado ao tratamento de pacientes tuberculosos em uma unidade hospitalar da rede de hospitais do Sistema Único de Saúde do Estado do Ceará, na qual é atualmente referência para o diagnóstico e o tratamento das doenças cardíacas e pulmonares.
Programa
1. Abertura do evento pelo Dr. Frederico Augusto de Lima e Silva, diretor do HM.
2. Discursos de agradecimento do empresário Dr. Beto Studart e do médico cardiologista Dr. Flávio Studart, em nome da família Studart Gomes.
3. Discurso do Secretário de Saúde do Estado do Ceará Dr. Henrique Javi.
4. Homenagem a funcionários amigos do Dr. Carlos Studart, com a entrega de placas a eles ou seus representantes, com os seguintes dizeres:
Hoje é um dia especial para recordar um grande homem e todos os que estiveram ao seu lado para escrever um importante capítulo na medicina do Ceará, uma história de dedicação, coragem e coração --- nome do homenageado --- Nós, da família de Carlos Alberto Studart Gomes, reconhecemos seu trabalho na construção desse legado. É com muita emoção que agradecemos o apoio e a amizade dedicados ao nosso amado pai.
5. Discursos dos médicos Dr. Gilmário Mourão Teixeira e Dr. João Martins Torres, em nome dos homenageados.
6. Declamação do poema "Bosque dos  Eucaliptos" pela autora, A.S. Dra. Dione Barros.
7. Lançamento do livro "Dr. Carlos Alberto Studart Gomes - O Arquiteto de Esperanças" pelo médico cardiologista e sobramista Dr. José Maria Bonfim, autor da obra.
8. Música ao vivo e coquetel.
Correspondência
24/09/2017, às 09:16
Amigo Paulo,
Muitíssimo obrigado por seu apoio nessa data tão importante para a nossa família.
Grande abraço e um bom domingo.
Beto Studart, por e-mail
25/09/2017, às 05:28
Reverenciar os grandes homens por seus feitos é preservar a nossa memória.
Ana Margarida Rosemberg, por comentários
25/09/2017, às 20:59
Gosto de receber estas notícias. Um abraço.
Auxiliadora Barroso, por e-mail

"ANOS DOURADOS EM OTÁVIO BONFIM" (QUARTA CAPA DO LIVRO)

Baseada nas vivências e pesquisas do escritor Vicente de Paula Falcão Moraes, aqui temos a 2ª edição revista e ampliada de "Anos Dourados em Otávio Bonfim". A obra é um precioso repositório de relatos sobre o bairro de Otávio Bonfim, na qual o memorialista ajustou o foco das suas reminiscências para as décadas de 1950 e 60.
O ponto de partida é a Estação Ferroviária de Otávio Bonfim. Construída em 1922, tempos depois a Rede de Viação Cearense, homenageando o engenheiro Otávio Bonfim (foto), deu o nome deste funcionário à estação. Com o passar dos anos, por um processo de assimilação, moradores e frequentadores do bairro (oficialmente denominado de Farias Brito) passaram a chamar a região de Otávio Bonfim.
A estação não existe mais - no plano físico. Não há mais como cruzar aqueles trilhos urbanos, chegar ao saguão da estação e, após ouvir o toque característico do pequeno sino, tomar o trem das três (da madrugada) que levava o jovem aluno da Faculdade de Medicina da UFC para as merecidas férias no Sítio Catolé, em Senador Pompeu.
Também não há mais o Instituto Padre Anchieta, o Cine Familiar e o Nazaré, a fábrica Siqueira Gurgel nem o chamado time fabril, o Usina Ceará, e o Jardim Japonês. De formas diversas, o tempo foi dispersando as antigas turmas do bairro - com suas festas, corais, peças teatrais, quermesses, jogos, excursões e brincadeiras.
E sinto assim todo o meu peito se apertar, como disse o poeta .
No entanto, resistindo à voracidade de Cronos, o deus primordial do tempo, a Praça de Otávio Bonfim, as ruas, becos e vilas que compõem o bairro, e o seu ícone maior, a Igreja Nossa Senhora das Dores, onde o inesquecível Frei Teodoro exerceu grande parte do seu trabalho missionário, continuam como referências no tempo presente. E novas gerações zelam o legado.
O bairro a oeste do centro histórico de Fortaleza é peculiarmente pequeno na planta topográfica da cidade: um quilômetro quadrado de Otávio Bonfim a inserir-se timidamente em 315 quilômetros quadrados de Fortaleza. Mas, como recurso crucial, Otávio Bonfim conta com seus incansáveis historiadores (Vicente Moraes e Marcelo Gurgel) que, aquém dos anos dourados e além dos anos iluminados, certamente prosseguirão no afã de transformar em livros as histórias de sua/nossa gente.

Paulo Gurgel Carlos da Silva
http://blogdopg.blogspot.com.br
http://gurgel-carlos.blogspot.com.br

BIOGRAFIA DE MOACIR SOARES PINTO (1928 - 2014)

SEMINARISTA - COMERCIANTE - EMPREENDEDOR - AUDITOR FISCAL E POLÍTICO
por Antonio Pinto Macedo (*)
No dia 28 de janeiro de 1928, na cidade de Aurora-CE, Antônio Pinto Ferreira e Josefa Soares Pinto colocaram no mundo Moacir Soares Pinto que sucedia a irmã Terezinha. O casal teria, ainda, mais três filhos: Lary, Frassinete e Alacoque.
Moacir iniciou seus estudos em sua cidade natal, no estabelecimento de ensino denominado Escolas Reunidas. Aos 7 anos de idade perdeu, precocemente, com apenas 36 anos, o seu genitor que fazia tratamento de saúde na cidade de Barbalha-CE. Em decorrência, seu avô materno José Soares passou a tocar os negócios da família com oiticica e algodão, incluindo uma fábrica de beneficiamento, bem como a administração da usina elétrica, responsável pelo fornecimento de energia elétrica para a cidade de Aurora. Tinha sido seu pai quem implantou a energia elétrica na cidade em 1931.
Com 11 anos, Moacir foi estudar no Seminário Diocesano, na cidade de Crato-CE, deixando para trás irmãos saudosos, sobretudo Terezinha que, costumeiramente, chorava copiosamente.
No Seminário, onde permaneceu por pouco mais de um ano, dividia com Wilson Machado, futuro radialista da Ceará Rádio Clube de Fortaleza, os dois times locais de futebol nos horários de lazer.
De volta a Aurora, com apenas 12 anos, Moacir ingressou no mundo comercial, colaborando com seu avô José Soares na administração dos negócios deixados por seu pai.
Aos 14 anos, foi residir em Fortaleza para estudar no Colégio Farias Brito, onde permaneceu por dois anos. Regressou a sua cidade natal e, com apenas 16 anos, já administrava a fábrica de beneficiamento de algodão.
Com 17 anos, ingressa na vida política e, aos 18 anos, sem abandonar as outras atividades, passa a negociar com tecido, tendo como sócio Cândido Ribeiro Neto, futuro deputado estadual, com quem chegou a dividir 6 lojas de venda de tecido em Aurora, Missão Velha e Lavras da Mangabeira, cidades vizinhas.
Em 6 de março de 1948, portanto com 20 anos, contraiu matrimônio com a Sra. Zaíra Teixeira de Macêdo, filha de Antonio Landim de Macêdo e Rosa Teixeira Leite. Em dezembro do mesmo ano, nasceu o primogênito dos 10 filhos que o casal colocaria no mundo. Sete dos 10 filhos ultrapassaram a infância, a adolescência e se tornaram adultos, permanecendo vivos até a data de divulgação desta biografia e são eles: Antônio, Maria Lúcia, Rosy Mary, Francisco Moacir, Elba, Márcia e Denise. Ao longo dos anos, foram incorporados à família as noras Eliane e Maristane e os genros Henrique, Paulo, Gaudêncio e Ronaldo.
Em 1951, foi eleito pela primeira vez vereador para a Câmara Municipal de Aurora. Em 1955 foi reeleito, todavia, teve que renunciar ao mandato em 1957 para assumir o cargo de coletor federal. Envolvido nas atividades da coletoria, do comércio e da política, Moacir (atacante) ainda encontrava tempo para, juntamente com seu irmão Lary (defensor) e seu cunhado Dr. Bastim (meio-campista), jogar na seleção de futebol de Aurora, onde residiu até o final do ano de 1958.
No período de 1959 a 1961,  residindo em Fortaleza, dedicou-se ao comércio atacadista com um armazém na Rua Governador Sampaio.
De volta a Aurora, permaneceu de 1962 até julho de 1964, quando retornou novamente para Fortaleza, onde permaneceu do restante de 1964 até julho de 1966. De agosto de 1966 a 1967, Moacir esteve de volta à terra natal. Neste período, como proprietário de uma pequena empresa de telefones, que ele instalou e iniciou a operação em Aurora, repetindo com a telefonia aquilo que seu pai fizera com a energia elétrica 36 anos atrás.
De 1968 a junho de 1976, foi auditor fiscal (nova nomenclatura para coletor federal) em Juazeiro do Norte-CE, terra de Padre Cícero ("Padim Ciço"), de quem foi devoto. De julho de 1976 a dezembro de 1979 residiu em Fortaleza e, no período de 1980 a 1982, foi auditor fiscal em Brasília.
Utilizando-se de licenças do serviço federal, foi novamente vereador em Aurora, na legislatura 1977/1982, tendo sido, ainda, em 1978, candidato a deputado estadual.
Em 1983, retornou a Juazeiro do Norte-CE onde permaneceu até 1992 quando aposentou-se do Serviço Federal, e tendo sido ainda, em 1986, candidato a deputado federal.
Voltou a residir em Aurora em 1993, onde permaneceu até 1998 mudando-se, pela última vez, para Fortaleza onde fixou sua última residência.
Até 9 de outubro de 2014, com saúde e alegria , na companhia de Zaíra e convivendo com seus 7 filhos, 14 netos, 4 bisnetos, 2 irmãos e 13 sobrinhos diretos, viveu seu último período de felicidade.
Ao longo de sua vida cheia de mudanças de residência e de múltiplas atividades, foram marcas da personalidade de Moacir a consideração e o apoio aos seus filhos, irmãos, familiares e amigos.
Aurora, julho de 2017
(*) O Tenente-Brigadeiro-do-Ar R1 Antônio Pinto Macedo é o autor desta biografia de Moacir Soares Pinto, seu pai.
Arquivo:
A DESCENDÊNCIA DE MOACIR E ZAÍRA - NOTA DE FALECIMENTO DE MOACIR
Correspondência:
Obrigada, Paulo. Realmente eu queria a biografia de tio Moacir. Valeu. ~ Celi Pinto

OCUPA IHGRN

Vídeo especial do programa "Ponto de Vista", com Nelson Freire, sobre a recente "ocupação" do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) por Ceará Mirim.
Inclui: abertura do evento, entrevistas diversas e mostras de manifestações culturais e artísticas desse município do Leste Potiguar.
Ver também: nota relacionada em GENEALOGIA E HISTÓRIA.

Estão de parabéns pelo sucesso do evento o presidente Ormuz Barbalho Simonetti e seus confrades do Instituto, bem como os gestores de cultura e a população de Ceará-Mirim. Este exemplo de parceria com o IHGRN promete ser seguido por outros municípios norte-riograndenses.