MOSSORÓ E TIBAU

22/12/2018 (sábado)
Participantes do passeio: Elba e eu (Paulo), nosso filho Érico, sua esposa Aline e o neto Matheus. Nossa filha Natália e seu esposo Rodrigo, que estiveram recentemente em Fortaleza, para o casamento de Gaudêncio Júnior e Thalita, tendo retornado a Belém não se associaram a nós nesta viagem. Eles passam o Natal em Brasília, por motivo de Rodrigo estar participando de um curso no Distrito Federal.
Saímos de Fortaleza, no carro de Aline (com Érico baqueado por uma forte "gripe"), por volta das oito e meia. Fazendo uma parada no "Café do Engenho", em Aquiraz, para o nosso café da manhã: tapiocas recheadas com queijo, carne de sol e ovos, além de caldo de cana, limonada (para o Érico) e o café propriamente dito.
Rota: pela recém-duplicada CE-040, que liga a capital cearense a Aracati, e, na etapa final do percurso, pela rodovia BR-304, a partir da ponte sobre o rio Jaguaribe até a cidade de Mossoró. Distância total: 240 km.
Muitos aerogeradores são vistos durante a viagem, principalmente no Baixo Jaguaribe (região de Aracati). Com suas pás gigantes, eles ajudam a colocar o Estado do Ceará em terceiro lugar no ranking dos produtores de energia eólica no Brasil.
Às 13 horas, fizemos o check-in no Hotel Íbis e saímos para almoçar no "Trattoria", um restaurante a 3 km do hotel.
Situado no oeste Potiguar, Mossoró ocupa uma área de 2.100 km², sendo o maior município em área do Rio Grande do Norte e estando a 280 quilômetros de Natal. Com cerca de 300 mil habitantes, é o segundo mais populoso município do Estado, ficando somente atrás de Natal em população. O município é o maior produtor em terra de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia de Mossoró. O Hotel Ibis, onde nos hospedamos, tem localização central. Fica no bairro Ilha de Santa Luzia, uma ilha delimitada pela separação das águas do rio Apodi-Mossoró. 
Ao fim da tarde, saí para ver o centro comercial de Mossoró. Não por muito tempo, pois o mormaço estava insuportável. Logradouros públicos em que circulei: ponte Jerônimo Rosado, avenidas Coronel Gurgel, Augusto Severo e Alberto Maranhão (onde fica o Palácio da Resistência, a sede do gabinete do prefeito), praça Rodolpho Fernandes e algumas ruas de ligação.
À noite, fomos todos ao Corredor Cultural da cidade. Antes disso, fizemos algumas fotos no hall do hotel. Como esta em que Elba e Matheus aparecem, tendo ao fundo um painel de gosto duvidoso.
O Memorial da Resistência e a Praça da Convivência fazem parte do Corredor Cultural. Bem documentado com textos e imagens, o Memorial apresenta estragos cometidos por pessoas que se aproveitam das falhas em sua vigilância. Este local é o point da juventude da cidade. Na Praça da Convivência, onde há um grande número de pequenos restaurantes com mesas ao ar livre (alguns deles com música ao vivo), passamos um par de horas. Sushis (para Matheus), e outros petiscos e cervejas para os adultos.
[http://natalhospedagem.com.br/blog/o-que-fazer-em-mossoro/]
23/12/2018 (domingo)
O dia começou com um intenso calor. Constatei isso, após o café matinal, na caminhada solo que fiz nas cercanias do Ibis.
Como tínhamos programado para o dia, fomos passear em Tibau, a "praia de Mossoró". Situado a 43 km de distância de Mossoró, a via de acesso ao município de Tibau é a BR-304, nos primeiros 16 km, completando-se o percurso pela RN-013. Ambas as rodovias encontram-se em excelente estado de conservação.
Em Tibau, logo identificamos o ponto das badalações praieiras. Escolhendo a barraca "A Rainha do Mar", que parecia uma das mais frequentadas, para tomar água de coco (a R$ 5,00). O tempo que já estava nublado se fez chuvoso.
Numa consulta ao Google Maps, Érico descobriu que não estávamos exatamente em Tibau. Tínhamos atravessado antes do tempo a linha de fronteira do RN para o CE. Ora, não havíamos ido tão longe de casa para passar o nosso domingo numa praia cearense. Então, toca a voltarmos para Tibau.
A sede de Tibau cresceu bastante do ano de 2007 (quando aqui estive acompanhado de Elba e Natália) para cá. A pousada Costa Branca ainda existe; o bistrô Marambaia, aparentemente não. E suponho que o Circo do Palhaço Fuxiquinho há tempos desmontou a lona.
http://blogdopg.blogspot.com.br/2007/01/passeio-completo-1.html
Outros atrativos porém surgiram, como a barraca "Outside Beach" (foto acima), onde almoçamos peixes (cavala frita e moqueca de cioba). A praia defronte a esta barraca, pelo que se lia numa placa, era uma kitesurf zone. Mas, enquanto estivemos por lá, não vimos aparecer qualquer praticante desse esporte.
Voltamos para Mossoró.
À noite, fomos jantar no restaurante "Tchê". Onde o nosso grupo ficou dividido entre picanhas com arroz biro-biro e rodízio de pizzas.
(continua)

G7 GARAGE

Inaugurado em 21 de outubro de 2017, está localizado no Sítio Costa do Sol, no município de Eusébio, o museu automotivo G7 GARAGE. Trata-se de uma exposição permanente de carros históricos (das décadas de 40, 50, 60 e 70, principalmente) de propriedade do empresário e colecionador Gaudêncio Lucena.
Tive a oportunidade de visitá-lo recentemente, quando fui gentilmente recebido pelo curador Sr. Paulo, que me prestou informações sobre as características do museu e as peculiaridades dos principais veículos do acervo.
À entrada das instalações, uma placa em losango saúda o visitante: WELCOME to fabulous G7 GARAGE.
São 42 carros em exposição. Tudo organizado comme il faut, não faltando ao ambiente a presença de objetos decorativos relacionados à época de fabricação dos veículos. O colecionador Gaudêncio traz esses objetos de suas viagens pelo mundo.
A excelência da iluminação garante em uma visita noturna a total apreciação do charme e brilho dessas relíquias do mundo automotivo.
Endereço: Sítio Costa do Sol, Rua Manoel Jorge de Castro, 777 - Guaribas, Eusébio.
Acompanhe AQUI todas as fotos feitas no dia da inauguração por Jocy Jinkings para o CNEWS.
Ver também: https://blogdopg.blogspot.com/2008/02/o-colecionador.html

O CENTÉSIMO LIVRO DE MARCELO GURGEL

Ontem (15), às 10 horas, ao ensejo da celebração natalina da Sociedade Médica São Lucas (SMSL), o médico e escritor Marcelo Gurgel Carlos da Silva lançou seu centésimo livro.
Trata-se da obra "SURSUM CORDA: corações ao alto", que teve como apresentador o médico Dr. Janedson Baima Bezerra.
O local do evento foi o Auditório do Edifício-Sede da Unimed Fortaleza.
A renda apurada com os exemplares vendidos por ocasião do lançamento (50) foi destinada às ações sociais e evangelizadoras da SMSL, entidade da qual Marcelo Gurgel é membro atuante.
ISBN: 978-85-915558-9-5

CASAMENTO DE THALITA E GAUDÊNCIO JÚNIOR

A cerimônia de casamento de Thalita e Gaudêncio Jr., ela - filha de Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho e Aspasia Freire Carneiro, e ele - filho de Gaudencio Gonçalves de Lucena e Marcia Maria Macêdo de Lucena , será realizada hoje (8), às 17 horas e meia, na Capelinha de Santana e São Joaquim - Avenida Eusébio de Queiroz, 4136-4326 - Parque Havaí.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Sítio Costa do Sol, Rua Manoel Jorge de Castro, 777 - Guaribas, Eusébio.
09/12/2018 - Atualizando a notícia da festa de ontem com a inserção de uma fotografia.
Gaudêncio Jr. e Thalita. À hora do corte do bolo nupcial.

REAL DRINKS

A turma de Otávio Bonfim reunia-se, nas noites da sexta-feira ou do sábado, em torno do violão do Claudio Castro. Começávamos o encontro no Pombo Cheio, [1] que ficava no Parque Araxá, e depois seguíamos para o Real Drinks, no Monte Castelo.
Otávio Bonfim, como já comentei anteriormente, só tinha bares no entorno: Parque Araxá, Monte Castelo, [2] São Gerardo... Era a gente ir a estes bairros vizinhos ou, de vez em quando, à Fortaleza Nobre.
Deixemos para lá o Pombo Cheio, o qual já foi devidamente proseado. Quanto ao Real Drinks (que nome, meu Deus), ficava este último bar nas proximidades do CPOR, o então Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Hoje, suas instalações abrigam um setor da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
No Real Drinks, bebia-se a cerveja mais gelada da cidade (pelo menos, era o que muitos asseguravam). Fato certamente corroborado pela existência de uma fábrica de gelo nos fundos do restaurante. Apesar de desejável que a cerveja seja consumida a uma temperatura de 4 graus, nunca abaixo disso. [3] Aliás, 4 Graus é o nome de um bar no Cocó, bem perto de onde moro.
O Real Drinks era administrado pelo Zé Augusto, que tinha como fiel escudeiro o Manelzinho, um anão hipofisário. Tendo uma compleição física avantajada, Zé Augusto costumava ficar sem camisa atrás do balcão. Numa folha de cartolina, ele ia anotando os pedidos que vinham das mesas. Bolas de carne ao molho eram o tira-gosto mais requisitado.
Eu sei que ele era da família Ferreira porque, ao servir como médico militar na região do Alto Solimões, sob o comando do Coronel José Ferreira, soube deste conterrâneo que ele era irmão do Zé Augusto (ô mundo pequeno).
Seus frequentadores se distribuíam pelas mesas do salão principal e dos caramanchões do Real Drinks. Uns poucos preferiam ficar ao pé do balcão, puxando conversa com o proprietário. Assuntos é que não faltavam: as recentes fofocas do bairro, uma briga que derrubou parte do muro do Clube Internacional e a improvável história da estreia de Manelzinho no trapézio de um circo de subúrbio.
A frequência do bar era tipicamente masculina. Muitos homens casados tinham o passe livre para frequentar o estabelecimento. Suas esposas sabiam que não corriam risco algum enquanto eles estivessem por lá.
Foi no Real Drinks que, numa madrugada, eu me meti numa discussão homérica. Com o Prof. Neo, conhecido nome do ensino no Ceará, e seu violonista de estimação que tocava violão com cordas de aço. Ardoroso defensor do violão com cordas de nylon, (4) eu não aceitei ouvir o que me pareceu um menoscabo com o o encordoamento de minha preferência.
Fazendo-se outra leitura daquela discussão, foi também o confronto das qualidades do violão antigo (com suas baixarias) com as dissonâncias do violão moderno.
Os ânimos ficaram exaltados. Diz meu companheiro de noitada, o médico patologista Francisco Dario Rocha Filho, que receou o pior. Na dúvida de como eu reagiria depois de ter ouvido Vinicius de Moraes ser chamado de "viado", o que também aconteceu por lá. Felizmente, o médico anestesiologista e poeta José Telles, que estava por perto, entrou na roda com a nobre missão de acalmar os espíritos.
E fui embora sem dar minha aula-show sobre as inversões de terça, quinta e sétima. Acordes que eu aprendera por amor de tocar a "Viola Enluarada".
[1] https://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/06/o-pombo-cheio.html
[2] https://www20.opovo.com.br/app/opovo/especiais/fortaleza287anos/2013/04/13
[3] La temperatura ideal para la mayoría de las cervezas está entre 4 y 10 °C. Cuando bajas la temperatura aún más, empiezas a cambiar el sabor.
[4] http://blogdopg.blogspot.com/2015/08/teclado-para-violao.html