Doutor Abreu Matos, que morreu em 2008, aos 84 anos, era um pesquisador. Para saber mais sobre as plantas, realizou durante muitos anos expedições, junto com o botânico Afrânio Fernandes, pelos rincões do Nordeste brasileiro, onde teve a oportunidade de entrar em contato com descendentes de índios, quilombolas, curandeiros, benzedeiras.
Depois, as informações eram analisadas nos laboratórios da universidade. “O trabalho do doutor Matos se assemelha ao de grandes naturalistas do Império, como Carl von Martius ou Freire Alemão”, comenta a doutora Mary Anne Bandeira, em alusão aos líderes de excursões científicas que, no século XIX, desbravaram os sertões brasileiros, catalogando plantas e animais.
Estima-se que, mesmo com reduzida estrutura (de apoio), o doutor Matos tenha conseguido coletar e trazer para análise nos laboratórios da UFC mais de 2 mil plantas.
Darlan Moreira, revista Globo Rural (com alterações)
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