Elas contam as memórias e as histórias vividas com este importante instrumento de escrita.
São entrevistados o médico pneumologista Sergio Gomes de Matos, o cronista esportivo Silvio Carlos, a jornalista Márcia Gurgel (irmã deste blogueiro), o colunista social Lúcio Brasileiro e o radialista e escritor Narcélio Limaverde, entre outros.
1:05 O uso da máquina (de escrever) tem algo aí de um fetiche que me ficou desde muito tempo.
6:44 Pra mim, isso aqui (aponta para a máquina) é de uma utilidade extrema. Porque eu escrevo muito, escrevo algumas coisas aí, alguns artigos etc. O meu trabalho no hospital é calcado nas observações, nas evoluções e nas prescrições que eu faço.
7:03 (perguntando) Isso vem ocorrendo há quantos dias, Iracema? (ela responde) Pois é, você fuma? (ela responde) Não tem esse pecado, né? (ela responde) Tá certo.
7:20 (dirigindo-se ao repórter) A minha letra não é das mais legíveis, não é absolutamente incompreensível. Mas isso me deixou com uma inclinação maior para deixar, digamos, as receitas, as prescrições que faço para os doentes internados bem claras, bem legíveis para a enfermeira e o paciente. No caso de um paciente de consultório, para que ele não se confunda e tenha uma noção exata daquilo que está sendo prescrito. Isso passa a ser também um dos motivos (de usar a máquina de escrever). O Woody Allen, cineasta famoso, é adepto da máquina de escrever. Imagine dois outros atores famosos, o Tom Hanks, reconhecido em todo o mundo, e o Jerry Lewis (já falecido), incondicionalmente afeitos à magia do teclado.
13:21 A meu ver, é uma tecnologia que ficou... pelo menos pra mim. Ela atende as minhas necessidades.
19:45 Eu sinto uma empatia muito grande por esta modernidade dos anos passados. Ela me serve a contento.
20:09 A máquina de escrever em breve vai desaparecer.
21:54 (Sérgio termina de datilografar a receita)
O documentário me fez lembrar de uma velha máquina de escrever que, com suas teclas, marcou o ritmo de uma canção. Trata-se da máquina de escrever em que foi batucada "Meu Caro Barão", uma das músicas de "Os Saltimbancos Trapalhões", filme de J. B. Tanko (1981).
Chico Buarque (o autor das letras e do roteiro do filme) e os Trapalhões (Didi, Dedé, Mussum e Zacarias) cantam, em off, essa divertida canção cujas palavras proparoxítonas tiveram a sílaba tônica alterada.
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