"Viver é um rasgar-se e remendar-se."
Guimarães Rosa
Goiás Velho como toda cidade histórica possuía seus personagens folclóricos, aqueles que se destacavam de alguma forma diferente e criativa. Uma delas era Maria da Purificação, mais conhecida por Maria Grampinho, uma andarilha descendente de escravos que tinha o costume de agregar a sua roupa tudo o que encontrava pela frente como plásticos, retalhos e botões velhos. Também usava muitos grampos no cabelo e, por isso, ganhou este apelido.Guimarães Rosa
Maria Grampinho morou durante o final da década de 40, no porão da casa de Cora Coralina, dormindo ao lado de uma bica d'água.
Visitando a casa em 2019, vi a famosa bica adespejar suas águas numa calha. Onde vi também a passar (como num pequeno letreiro em movimento) versos de Cora Coralina, que tinha a andrajosa Maria como amiga. A poetisa maior de Goiás Velho até lhe dedicou um poema: Coisas de Goiás: Maria. In: Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. 3. ed. Goiânia, Ed. UFG, 1985, p. 49.
Hoje, Maria Grampinho virou boneca nas mãos das artesãs locais e ajuda a movimentar a economia da cidade. (vídeo)
http://www.xapuri.info/cultura/mitoselendas/era-uma-vez-maria-grampinho/
http://escolasilenedeandrade.wordpress.com/tempo-integral/oficinas/contacao-de-historia/maria-grampinho/
http://www.bdm.unb.br/bitstream/10483/22304/1/2018_FlavioGomesDeOliveira_tcc.pdf
http://celiareginaoliveira.blogspot.com/2015/01/maria-grampinho.html
http://www.proec.ufg.br/up/694/o/11_artigos_cora_coralina.pdf
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