MONUMENTO DOS INTENDENTES

Inspirado no "Bois de Boulogne" de Paris, o Bosque Rodrigues Alves, também chamado de Jardim Botânico de Belém, é um dos cartões postais da cidade. Com uma área total de 15 hectares, o Bosque é um pedaço da floresta amazônica preservado no coração da cidade. 
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No início do Século 20, a Amazônia vivia o auge do Ciclo da Borracha. Antônio Lemos era o intendente da cidade de Belém e Augusto Montenegro era o governador do Estado do Pará. 
Em 15 de agosto de 1903, um almoço bastante requintado para celebrar o momento político do Brasil, do Pará e de Belém aconteceu num descampado do bosque. Com vinhos importados e champanhes, chefs internacionais na cozinha e carruagens de luxo que transportaram os convidados do porto de Belém para o bosque.
Uma fotografia ficou para a eternidade como um retrato primoroso do estilo, da elite, e das jogadas políticas (elas existiam naquela época) da Belle Époque.
O banquete foi oferecido pelo então intendente de Belém - Antônio Lemos aos intendentes (que tinham a função de prefeitos) de outras cidades do Estado. A razão da celebração era uma manobra política de Lemos, que pretendia mudar a Constituição do Estado e assim permitir a reeleição do Governador Augusto Montenegro, aliado de Antonio Lemos.
Jogadas e arranjos de bastidores eram comuns no poder de então (como são no de hoje). Os votos favoráveis rendiam favores aos apoiadores e sobrava para cidade, pelo menos, obras de arte. E, por tal banquete, foi erguido em 1906 o Monumento dos Intendentes, ali presente até hoje.
Os bustos de Antônio Lemos e Augusto Montenegro estão presentes nas extremidades do monumento. Em cima, há uma representação da Nova República Brasileira, com os brasões do Brasil, do Pará e de Belém. (prof. Michel Pinho). Atrás do monumento estão gravados o nome das autoridades que participaram desse almoço requintado.  

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