Conheci o seu amado pai há 35 anos, antes mesmo de ser aluno dele, na condição de representante estudantil do Departamento de Saúde Comunitária, ao qual ele estava vinculado funcionalmente.
Nos últimos seis anos, a literatura e a história da medicina nos deixaram mais próximos, quando pude desfrutar das visitas que eu fazia aos seus pais, na residência de sua família, e, lamentavelmente, também, acompanhar o declínio de sua higidez.
Ele gostava de fazer referências ao seu lado “Gurgel”, sobrenome terminado em sua genitora e a ele não transmitido, o que nos colocava em uma relação de parentesco.
Compartilhei com ele a maioria dos meus livros publicados entre 2004 e 2009, dos quais ressalto o que organizei como homenagem póstuma ao meu pai, na passagem dos noventa anos, se vivo fosse.
Recordo que dei uma grande alegria ao Dr. Vinicius, estampada em seu semblante, porque consegui achar o primeiro texto que ele publicara, ainda na adolescência, que me pedira, aproveitando que estava eu à cata da produção literária de meu pai na década de trinta. Era uma crônica sobre as festas juninas, que foi publicada na Revista Verdes Mares.
Ele conhecia bem o meu pai, porquanto foram contemporâneos no Colégio Cearense.
Os agradecimentos, pelo que escrevi sobre o seu pai, são, para mim, uma demonstração inequívoca da polidez com que o Dr. Vinicius incutiu em seus desdobramentos celulares. Não sei se sou merecedor, pois creio que ele bem merecia palavras traçadas por melhores escribas do que eu.
Os textos anexos, com algumas poucas correções de digitação, podem ser editados pelo Adriano; porém gostaria de ser informado do endereço eletrônico para acessar(1). Um deles(2), o lido ontem, foi postado em meu blog; o outro(3), lido nas exéquias, será publicado, a pedido da sua prima Adrianna, no Boletim da Sociedade Médica São Lucas (4), que deve circular nos próximos dias.
Com um abraço,
Marcelo Gurgel"
(resposta de Marcelo nos comentários de seu blog a Fernando Barros Leal)