O professor da UECE e escritor Marcelo Gurgel viajou neste mês aos EUA para assistir à solenidade em que seu filho Felipe Bastos Gurgel Silva foi laureado com o diploma de PhD em Economia pela Cornell University.
As pesquisas da tese de Felipe Gurgel estão na interseção entre contabilidade financeira, divulgação, bancos, economia política e economia internacional. Antes de ingressar na Johnson Graduate School of Management, trabalhou por 5 anos no setor privado, incluindo uma breve carreira no setor aeroespacial (Embraer) e depois ingressando no setor de serviços financeiros no Itaú Unibanco (Divisão de Risco de Mercado) e no Banco Santander. Ele é bacharel em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no Brasil, e um M.Eng. graduado em engenharia financeira pelo departamento de Pesquisa de Operações e Engenharia da Informação da Cornell. Sua pesquisa foi publicada no Washington Post, Bloomberg e em outras fontes de mídia em inglês, português, alemão e russo.
http://blogdomarcelogurgel.blogspot.com.br/2018/05/felipe-gurgel-recebera-diploma-de-phd.html
https://www.johnson.cornell.edu/Programs/PHD-Program/Current-Students?id=fbs27
https://www.johnson.cornell.edu/people/faculty/fbs27/fbs27_vitae.pdf
Em "Linha do Tempo": FELIPE BASTOS GURGEL É DESTAQUE NA CORNELL UNIVERSITY
Sobre a família Gurgel Carlos, os bairros de Otávio Bonfim e Cocó, em Fortaleza, as cidades de Acarape, Redenção e Senador Pompeu, no Estado do Ceará, a Faculdade de Medicina (UFC), minhas caminhadas e viagens, assuntos culturais e artísticos notadamente locais, memórias e fatos pitorescos.
O CRIADOR DE CAPOTES
Certa vez, um paciente em sua consulta de retorno me presenteou com dois capotes. No Nordeste brasileiro, pessoas oriundas da zona rural demonstram sua gratidão aos médicos trazendo-lhes algum mimo.
Sabendo que ele ficaria magoado com a minha recusa em recebê-los, aceitei-os.
Capote é bicho que tem uma vastidão de sinônimos: galinha d'angola, cocá, guiné, pintada. E até "tô-fraco", em alusão ao som que eles incessantemente emitem.
Vinham numa caixa com orifícios servindo de respiradouro. Desamarrei-lhes os pés e soltei-os no quintal de casa (para adiante resolver o que faria com eles).
A presença deles foi uma festa para meus filhos que ainda não conheciam tal tipo de galináceo. Certamente ninguém ali pensava em comê-los.
E foi o primeiro dia e fez-se noite. Na madrugada do segundo dia, fui despertado com guinchos estridentes que vinham do jardim, das áreas laterais da casa e do quintal.
Não consegui mais dormir. Tendo ali aprendido a duras penas que, além de vocalizar aquele "tô-fraco" conhecido, o capote, qualquer capote, utiliza-se de uma segunda língua no período do alvorecer.
E foi o segundo dia e fez-se noite. Na madrugada do terceiro dia, mais guinchos aconteceram que me acordaram. Desta vez, começaram mais cedo e eram mais fortes.
Havia, como pude verificar a seguir, uma justificativa para o recrudescimento. A cantoria estava sendo reforçada pela participação de um terceiro capote que chegara voando das redondezas.
Não! Eu não ia fazer o papel de um insone criador de capotes. E decidi que iria doá-los a quem tivesse reais condições de criá-los. Lembrei-me de Ronaldo, um concunhado meu. Em sua chácara no Eusébio, Ronaldo criava muitos tipos de aves (inclusive capotes).
Ele concordou em ser o fiel depositários dos meus capotes, embora me alertasse para uma certa dificuldade. Para trazê-las, eu teria antes de capturá-los. "No sertão, eles pegam esses bichos para a panela é com tiros."
De fato, eles eram muito mais velozes do que eu havia calculado. Em campo aberto, nem com o Usain Bolt me ajudando aquela captura teria sido possível. Então, montei um plano com a casinha de cachorro do quintal no centro da estratégia. E persegui os capotes até que estes buscassem refúgio no pequeno cômodo transformado em armadilha. Tranquei o portão. e aí ficou fácil.
Deixados no Eusébio, não me perguntem agora como os capotes estão. Pelo tempo em que essa história se passou, não devem mais estar vivos. Mas desconfio que eles não devem ter morrido de morte natural.
N.A. -- Acredito que também teria resolvido o problema com a técnica mostrada no vídeo abaixo. PGCS
Esta nota recebeu COMENTÁRIOS de José Maria Chaves, Francisco Wilson Ramos Botelho, Maria Auxiliadora Barroso, Antonio Macedo Pinto e Ronaldo Albuquerque.
Sabendo que ele ficaria magoado com a minha recusa em recebê-los, aceitei-os.
Capote é bicho que tem uma vastidão de sinônimos: galinha d'angola, cocá, guiné, pintada. E até "tô-fraco", em alusão ao som que eles incessantemente emitem.
Vinham numa caixa com orifícios servindo de respiradouro. Desamarrei-lhes os pés e soltei-os no quintal de casa (para adiante resolver o que faria com eles).
A presença deles foi uma festa para meus filhos que ainda não conheciam tal tipo de galináceo. Certamente ninguém ali pensava em comê-los.
E foi o primeiro dia e fez-se noite. Na madrugada do segundo dia, fui despertado com guinchos estridentes que vinham do jardim, das áreas laterais da casa e do quintal.
Não consegui mais dormir. Tendo ali aprendido a duras penas que, além de vocalizar aquele "tô-fraco" conhecido, o capote, qualquer capote, utiliza-se de uma segunda língua no período do alvorecer.
E foi o segundo dia e fez-se noite. Na madrugada do terceiro dia, mais guinchos aconteceram que me acordaram. Desta vez, começaram mais cedo e eram mais fortes.
Havia, como pude verificar a seguir, uma justificativa para o recrudescimento. A cantoria estava sendo reforçada pela participação de um terceiro capote que chegara voando das redondezas.
Não! Eu não ia fazer o papel de um insone criador de capotes. E decidi que iria doá-los a quem tivesse reais condições de criá-los. Lembrei-me de Ronaldo, um concunhado meu. Em sua chácara no Eusébio, Ronaldo criava muitos tipos de aves (inclusive capotes).
Ele concordou em ser o fiel depositários dos meus capotes, embora me alertasse para uma certa dificuldade. Para trazê-las, eu teria antes de capturá-los. "No sertão, eles pegam esses bichos para a panela é com tiros."
De fato, eles eram muito mais velozes do que eu havia calculado. Em campo aberto, nem com o Usain Bolt me ajudando aquela captura teria sido possível. Então, montei um plano com a casinha de cachorro do quintal no centro da estratégia. E persegui os capotes até que estes buscassem refúgio no pequeno cômodo transformado em armadilha. Tranquei o portão. e aí ficou fácil.
Deixados no Eusébio, não me perguntem agora como os capotes estão. Pelo tempo em que essa história se passou, não devem mais estar vivos. Mas desconfio que eles não devem ter morrido de morte natural.
N.A. -- Acredito que também teria resolvido o problema com a técnica mostrada no vídeo abaixo. PGCS
ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA E HOSPITAIS TERCIÁRIOS EM FORTALEZA. LIVROS RECÉM-PUBLICADOS
No domingo passado, em uma reunião de nossa família (Dia das Mães), recebi de meu irmão Marcelo Gurgel exemplares dos seguintes livros recém-publicados:
ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA: HISTÓRIA E PATRONOS, do qual Marcelo é o apresentador e um dos cinco organizadores. Este livro é uma edição comemorativa dos 40 anos (1978 - 2018) de existência deste sodalício acadêmico (brasão, ao lado), em que estão enfeixadas 70 biografias, incluindo a do Patrono da ACM, Dr. Antônio Justa, e a do Patrono dos Acadêmicos Eméritos, Dr. Samuel Pessoa, bem como as biografias dos 68 médicos que patroneiam as cadeiras criadas e instaladas.
ISBN: 978-85-420-1213-2
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE HOSPITAIS PÚBLICOS TERCIÁRIOS NA PERSPECTIVA DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS, do qual são autores Maria Helena Lima Sousa e Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Este livro, que teve por objetivo geral o de analisar os custos dos serviços desenvolvidos por cinco hospitais terciários do Sistema Único de Saúde, (*) gerenciados pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará - SESA, na perspectiva de sua utilização como indicador de gestão e de alocação de recursos para torná-los mais eficientes e efetivos.
(*) Hospital de Messejana, Hospital Geral Dr. César Cals, Hospital Infantil Alberto Sabin, Hospital São José e Hospital Geral de Fortaleza.
ISBN: 978-85-7826-586-1
ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA: HISTÓRIA E PATRONOS, do qual Marcelo é o apresentador e um dos cinco organizadores. Este livro é uma edição comemorativa dos 40 anos (1978 - 2018) de existência deste sodalício acadêmico (brasão, ao lado), em que estão enfeixadas 70 biografias, incluindo a do Patrono da ACM, Dr. Antônio Justa, e a do Patrono dos Acadêmicos Eméritos, Dr. Samuel Pessoa, bem como as biografias dos 68 médicos que patroneiam as cadeiras criadas e instaladas.
ISBN: 978-85-420-1213-2
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE HOSPITAIS PÚBLICOS TERCIÁRIOS NA PERSPECTIVA DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS, do qual são autores Maria Helena Lima Sousa e Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Este livro, que teve por objetivo geral o de analisar os custos dos serviços desenvolvidos por cinco hospitais terciários do Sistema Único de Saúde, (*) gerenciados pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará - SESA, na perspectiva de sua utilização como indicador de gestão e de alocação de recursos para torná-los mais eficientes e efetivos.
(*) Hospital de Messejana, Hospital Geral Dr. César Cals, Hospital Infantil Alberto Sabin, Hospital São José e Hospital Geral de Fortaleza.
ISBN: 978-85-7826-586-1
DE DEODORO PARA A PRINCESA ISABEL
A fundação do Clube Militar, em 26 de junho de 1887, está intimamente ligada ao problema nacional da abolição da escravatura.
A própria Questão Militar, um dos marcos na queda do Império, envolveu a punição imposta ao Ten Cel Sena Madureira, então Comandante da Escola de Tiro de Campo Grande, por ter o mesmo homenageado um jangadeiro cearense, Francisco José do Nascimento, que liderou um movimento dos jangadeiros que se recusaram a transportar escravos do Ceará para outras províncias.
Ainda no ano de sua fundação, em 26 de outubro, o Presidente do Clube Militar endereçou à Princesa Regente uma petição solicitando que o Exército não fosse usado como "capitão do mato" na captura de escravos foragidos:
"Senhora,
Os oficiais, membros do Clube Militar, pedem a Vossa Alteza Imperial vênia para dirigir ao Governo Imperial um pedido, que é antes uma súplica…
… a liberdade é o maior bem que possuímos sobre a terra; uma vez violado o direito que tem a personalidade de agir, o homem para reconquistá-la é capaz de tudo; de um momento para outro ele, que antes era um covarde, torna-se um herói…
… em todos os tempos os meios violentos de perseguição não produziram nunca o desejado efeito.
É impossível, Senhora, esmagar a alma humana que quer ser livre.
Por isso, os membros do Clube Militar, em nome dos mais santos princípios de humanidade… esperam que o Governo Imperial não consinta que os oficiais e as praças do Exército sejam desviados de sua nobre missão. Se se tratasse de uma sublevação de escravos que ameaçasse a tranquilidade das famílias, que trouxessem a desordem, acreditai que o Exército havia de manter a ordem. Mas diante de homens que fogem, calmos, sem ruído, evitando tanto a escravidão como a luta e dando ao atravessar cidades exemplos de moralidade, cujo esquecimento tem feito muitas vezes a desonra do Exército mais civilizado, o Exército brasileiro espera que o Governo Imperial lhe concederá o que respeitosamente pede em nome da honra da própria bandeira que defende…”
O Governo Imperial cedeu. No entanto, apesar de manifestações abolicionistas em praça pública, e do projeto de "extinção completa do braço escravo" do Senador Souza Dantas, o ano de 1887 acabou sem uma solução para tão nobre causa.
A Princesa Isabel, ainda no exercício da Regência, assinaria a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, libertando os escravos em todo o território nacional e, como consequência, perdendo o apoio do último esteio que sustentava o Império, os proprietários rurais.
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Hoje no EntreMentes: A Lei e a Pena
A própria Questão Militar, um dos marcos na queda do Império, envolveu a punição imposta ao Ten Cel Sena Madureira, então Comandante da Escola de Tiro de Campo Grande, por ter o mesmo homenageado um jangadeiro cearense, Francisco José do Nascimento, que liderou um movimento dos jangadeiros que se recusaram a transportar escravos do Ceará para outras províncias.
Ainda no ano de sua fundação, em 26 de outubro, o Presidente do Clube Militar endereçou à Princesa Regente uma petição solicitando que o Exército não fosse usado como "capitão do mato" na captura de escravos foragidos:
"Senhora,
Os oficiais, membros do Clube Militar, pedem a Vossa Alteza Imperial vênia para dirigir ao Governo Imperial um pedido, que é antes uma súplica…
… a liberdade é o maior bem que possuímos sobre a terra; uma vez violado o direito que tem a personalidade de agir, o homem para reconquistá-la é capaz de tudo; de um momento para outro ele, que antes era um covarde, torna-se um herói…
… em todos os tempos os meios violentos de perseguição não produziram nunca o desejado efeito.
É impossível, Senhora, esmagar a alma humana que quer ser livre.
Por isso, os membros do Clube Militar, em nome dos mais santos princípios de humanidade… esperam que o Governo Imperial não consinta que os oficiais e as praças do Exército sejam desviados de sua nobre missão. Se se tratasse de uma sublevação de escravos que ameaçasse a tranquilidade das famílias, que trouxessem a desordem, acreditai que o Exército havia de manter a ordem. Mas diante de homens que fogem, calmos, sem ruído, evitando tanto a escravidão como a luta e dando ao atravessar cidades exemplos de moralidade, cujo esquecimento tem feito muitas vezes a desonra do Exército mais civilizado, o Exército brasileiro espera que o Governo Imperial lhe concederá o que respeitosamente pede em nome da honra da própria bandeira que defende…”
O Governo Imperial cedeu. No entanto, apesar de manifestações abolicionistas em praça pública, e do projeto de "extinção completa do braço escravo" do Senador Souza Dantas, o ano de 1887 acabou sem uma solução para tão nobre causa.
A Princesa Isabel, ainda no exercício da Regência, assinaria a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, libertando os escravos em todo o território nacional e, como consequência, perdendo o apoio do último esteio que sustentava o Império, os proprietários rurais.
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Hoje no EntreMentes: A Lei e a Pena
CASAMENTO DE MOACIR E LARA
A cerimônia de casamento de Moacir e Lara, ele - filho de Francisco Moacir Pinto Filho e Maristane Fernandes Macedo Pinto, e ela - filha de José Walter Lima Torquato e Maria Melo Torquato, será realizada hoje (12), às 16 horas e meia, na Igreja Nossa Senhora do Líbano, na Rua República do Líbano, 15 - Meireles, em Fortaleza, Ceará.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Espaço Coco Bambu por Toca, na Avenida Senador Virgílio Távora, 511 - Meireles.
13/05/2018 - Atualizando esta notícia com a inserção de uma fotografia
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Espaço Coco Bambu por Toca, na Avenida Senador Virgílio Távora, 511 - Meireles.
13/05/2018 - Atualizando esta notícia com a inserção de uma fotografia
Lara e Moacir (foto PGCS)
GUARANÁ JESUS
A fórmula do Guaraná Jesus foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes (1891 - 1963). O guaraná surgiu de uma tentativa frustrada de fabricar um remédio, mas o novo xarope produzido agradou muito os netos do farmacêutico.
Nascia assim uma bebida muito popular na cidade de São Luís/MA.
Entre os ingredientes do refrigerante, estão os extratos de guaraná, cafeína, teofilina e teobromina. O Guaraná Jesus apresenta uma cor rosa e o gosto adocicado, lembrando vagamente o sabor tutti-frutti.
Em 2001, a empresa The Coca-Cola Company compra os direitos sobre a marca. Em 2016, o refrigerante começou a ser vendido em Fortaleza/CE pelos Mercadinhos São Luiz.
Ironicamente, o farmacêutico Jesus era ateu.
(Nota não patrocinada)
Nascia assim uma bebida muito popular na cidade de São Luís/MA.
Entre os ingredientes do refrigerante, estão os extratos de guaraná, cafeína, teofilina e teobromina. O Guaraná Jesus apresenta uma cor rosa e o gosto adocicado, lembrando vagamente o sabor tutti-frutti.
Em 2001, a empresa The Coca-Cola Company compra os direitos sobre a marca. Em 2016, o refrigerante começou a ser vendido em Fortaleza/CE pelos Mercadinhos São Luiz.
Ironicamente, o farmacêutico Jesus era ateu.
(Nota não patrocinada)
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