ESTÁTUAS DA ÍNDIA IRACEMA EM FORTALEZA. PRIMEIRA PARTE

Personagem principal de um dos romances do escritor cearense José de Alencar, a índia Iracema é homenageada em diversos locais da capital cearense.
Praia de Iracema
Visitada por turistas e moradores, a estátua da Iracema Guardiã é dos anos 60, em comemoração aos 25 anos do bairro Praia de Iracema e aos 100 anos da obra de José de Alencar. O monumento foi restaurado em 2012.
O artista plástico responsável pela obra é Zenon Barreto que, em vida, presenteou o amigo e artista Descartes Gadelha com doze desenhos detalhados do projeto de sua escultura a fim de que ela fosse fundida em bronze. Jacqueline Medeiros, curadora da restauração, explica que "A partir desse projeto é que reconstruímos o arco e as 'curvas' de Iracema proporcionalmente, tentando aproximar o máximo às dimensões estabelecidas pelo desenho".
Segundo Jacqueline, o significado da posição da Estátua da Iracema Guardiã "é o de uma guerreira prestes a alçar a flecha em defesa da sua terra (acredito que, por isso, o artista tenha colocado o título de Guardiã) ou um ato de contrição diante da partida do seu amor.
Mucuripe (Volta da Jurema)
A escultura é do artista plástico pernambucano Corbiniano Lins e mostra uma cena do romance, na qual Iracema está com seu marido, o português Martim Soares Moreno, o cachorro Japi e o filho do casal, Moacir. Em meio ao cenário do Mucuripe, onde predominam as embarcações marítimas, a escultura retrata o momento da partida da família em uma jangada. 
Inaugurada em 1965, durante o centenário do romance, sua última restauração foi realizada em 2012.
A enseada do Mucuripe foi escolhida para colocar a escultura por ser o local onde Iracema contemplava o horizonte aguardando o retorno de seu amado "Guerreiro Branco".
Lagoa de Messejana
O seu espelho d'água emoldura a maior estátua de Iracema de Fortaleza, com mais de doze metros de altura e 16 toneladas de peso. Também representa a personagem imortalizada pela pena de José de Alencar e suas formas foram inspiradas, conforme um concurso para esse fim, nas formas da modelo brasileira Natália Nara (ex-BBB).
Foto: PGCS
A Iracema da Lagoa tinha inicialmente um tom de bronze, próximo à cor da pele morena. Mas está atualmente pintada de verde, com o que muitos moradores de Fortaleza e a população indígena não concordam. E um inquérito chegou a ser realizado para apurar as responsabilidades.
[continua]

LANÇAMENTO DO LIVRO "MEMÓRIAS DE UM SANITARISTA"

A Superintendência da Escola de Saúde Pública do Ceará Dr. Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP-CE), no ensejo das comemorações dos 30 anos de fundação da ESP-CE, realizou em seu Auditório, no dia 19 de julho de 2003, às 16 horas, o lançamento do livro "Memórias de um Sanitarista", de autoria do médico e professor Marcelo Gurgel Carlos da Silva.
Com PREFÁCIO da Mestre em Epidemiologia e Doutora em Enfermagem Augediva Maria Jucá Pordeus, o presente livro engloba parte de suas memórias de médico sanitarista da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA), a partir do seu ingresso por concurso de Sanitarista realizado em julho de 1978, servindo atualmente para celebrar os 45 anos de sua atividade em Saúde Pública. 
O livro está dividido em cinco partes: 1 - A FORMAÇÃO DE SANITARISTA, que descreve sua pós-graduação na área da Saúde Pública; II - ATUAÇÃO DE SANITARISTA, cobrindo do seu ingresso como Sanitarista da SESA à prestação de contas após trinta anos do doutoramento; III - LAMPEJOS E HOMENAGENS, quando rende loas a sanitaristas renomados; IV - POSTAGENS DE DESPEDIDAS, enfeixando postagens selecionadas do Blog do Marcelo Gurgel, pelo desaparecimento de pessoas que se dedicaram à saúde Pública; e V - APÊNDICES E ANEXO, dispondo de uma síntese de suas atividades profissionais, mormente na Saúde Pública, pinçadas em seu Curriculum Vitae, e de uma apreciação crítica feita pela médica e historiadora Ana Margarida Rosenberg sobre o quadro "La Goutte de Lait" (A Gota de Leite) do pintor e ilustrador francês Jean Geoffroy, um tríptico de grandes dimensões, cuja parte central foi reproduzida na capa do livro.
A renda integral do lançamento de "Memórias de um Sanitarista" foi destinada às atividades da Academia Cearense de Saúde Pública - ACESP, da qual Marcelo Gurgel Carlos da Silva é membro titular da Cadeira 4.

SOVACO DE COBRA

"Ora, ofídios não possuem braços. Não tendo, portanto, sovacos (axilas). Por essa razão, a expressão sovaco de cobra pode significar uma coisa inexistente; um local extremamente distante (o cu do mundo)."
(Blog da Confraria Gastronômica)
Na década de 1970, Fortaleza já teve um bar com esse nome. Situado em Mucuripe, era um bar modesto, com poucas mesas e classificável como luar-dependente (devido à econômica iluminação artificial).
Dentre as mesas disponíveis, uma delas se destinava a Maciel e os músicos.
Esse era o ponto: Maciel, além de proprietário, era a grande atração da casa. Com seu imenso repertório de chistes, canções fesceninas e paródias obscenas.
Ritmando um instrumento de percussão, ele se punha a cantar, e o entretenimento estava garantido. Além do repertório habitual, havia as canções do main stream com que Maciel fazia a gente rir ao dedicá-las a segmentos especiais do público.
Não. Não pesquisem por Sovaco de Cobra no Google, pois vocês não o encontrarão. Aliás, vão encontrar um outro, o Suvaco de Cobra, localizado na avenida Gomes de Matos, no Montese, e que não guarda relação com o bar do Mucuripe.
No restaurante que o Google informa, você poderá ter mais opções de bebidas, um cardápio maior de petiscos e até shows programados de diversos artistas, mas não estará nele o bom e, se ainda estiver vivo, o velho Maciel, com sua verve e seu bumbo divertindo a todos.

ENCONTRO DA TURMA DE MÉDICOS DE 1983.1 DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Raison d'être: Comemoração dos 40 anos de formatura da Turma de Médicos de 1983.1 da UFC

Local: Salão de festas de La Brasilerie, na rua Tibúrcio Cavalcante, 736, Aldeota, em Fortaleza-CE

Data e horário: 08/07/2023, 20:00 - 01:00+1

Elba Macedo (UFC 1983.1) e Cecília Lima Verde (UFC 1983.1)
Paulo Gurgel (UFC 1971) e Eduardo Leite (UFC 1969), acompanhantes

A banda Zé da Zefa animou com sambas, carimbós e música nordestina a festa dos 40 anos da colação de grau da Turma.

ACENDER AS VELAS

"Acender as velas / já é profissão / Quando não sou eu / É Nara Leão."
(Zé Kéti, apud Elis Regina)
No recente passeio que fizemos em Itu, São Paulo, visitamos a Igreja Matriz da histórica cidade. Elba, a fim de orar, e eu, para ser razoavelmente sincero, com o mundano propósito de conhecer os interiores do templo.
Situada na Praça Padre Miguel, e dedicada à Nossa Senhora da Candelária, é a maior igreja barroca do Estado de São Paulo. Encontra-se bastante íntegra, preservando os seus altares e oratórios, imagens dos séculos XVIII e XIX, diversos quadros, móveis e adornos.
Enquanto Elba em silêncio orava, reparei para um objeto que fazia parte do mobiliário do templo. Uma espécie de urna de vidro contendo 24 velas elétricas. Em sua base, que era de ferro e madeira, havia uma fenda com uma pequena placa de orientação aos fiéis.
Não sei para vocês, mas não sendo um frequentador de igrejas, sinagogas e mesquitas aquilo para mim mostrou-se uma novidade. Assim como a cruz da primeira missa realizada no Brasil, na Praia da Coroa Vermelha - BA, deve ter sido para os índios da região.
Estando em Itu, logo intuí o que seria. Era o que eu imaginava.

ACENDA SUA VELA
FAÇA SEU PEDIDO
SOMENTE MOEDAS DE
R$ 0,50 OU R$ 1,00

Elba inseriu uma moeda de 1,00, que acendeu a primeira vela. Depois, outra de 0,50, que acendeu a segunda. E formulou seus pedidos voltados para o sucesso de um neto no ENEM e a saúde de uma irmã, respectivamente. 
A seguir, nesse afã de baixar o sarrafo, ela inseriu uma moeda de 0,25. Não pediu nada, agindo assim na última vez só para testar o algoritmo do sistema. Aí este, prontamente, acendeu a terceira vela.
Por cortesia, acho.

CENTRO DE MEMÓRIA RAÍZES DA SABIAGUABA

18/06/2023 - Hoje retornei ao Complexo Ambiental e Gastronômico de Sabiaguaba. Acompanharam-me neste passeio minha esposa Elba, meu neto Matheus e minha irmão Mirna com o esposo Andreas. O casal reside em Karlsruhe na Alemanha, terra natal de Andreas, e está passando uma temporada em Fortaleza.
Num dos quiosques do polo gastronômico comemos pastéis de carne do sol (muito bons), moqueca de arraia, cavalas fritas, baião de dois, salada e macaxeiras; e bebemos águas de coco, caipirinhas, cervejas e refrigerantes.
Este segundo passeio ao Complexo foi marcada por duas novidades com relaçao ao primeiro:
1) A constatação de que agora há um barco que leva os turistas até o ponto em que o rio desemboca no mar. Durante o passeio fluvial, que dura cerca de meia hora, tem-se uma continuada visão das dunas e do manguezal.
2) A descoberta de que já funciona no local o Centro de Memória Raízes da Sabiaguaba. Inaugurado no governo estadual de Izolda Cela, trata-se de um museu vivo, digamos assim, em um espaço completo de gastronomia, cultura e natureza.
O espaço de 100 m2 do museu é dividido em seções inspiradas nas fases lunares: Lua Nova, sobre a ancestralidade do povo de Sabiaguaba, por meio dos achados arqueológicas em dunas da Sabiaguaba e da impressão dos nomes das pessoas fundamentais da comunidade em raízes do mangue. Lua Crescente, com ênfase nos instrumentos de trabalho (como redes de pesca, utensílios de barro etc.) dessas pessoas, muitas ainda atuantes em seus ofícios. Lua Cheia, em que se detaca o processo de resistência da região ao longo do tempo (aqui se inserindo o processo da "mariscagem"). Lua Minguante, resgatando mais imagens dos processos de resistência e resiliência da população, mergulhando também na flora e na fauna. (Fonte: diego.barbosa@svm.com.br)
Foto: PGCS