Valendo naquelas circunstâncias a indicação do meu nome, feita pelo Prof. José Carlos da Silva (Tio Zezinho), para ocupar um dos cargos disponíveis.
Foi como passei a lecionar nas cadeiras de Ciências Físicas e Biológicas e de Biologia, do Colégio Joaquim Antônio Albano, então dirigido pelo Prof. Sebastião Praciano de Sousa, para turmas dos ciclos ginasial (Ciências) e científico (Biologia).
Além de professor, Praciano era também coronel e pai da futura médica ginecologista Dra. Rosélia (que adiante eu viria a conhecê-la). E o diretor do turno da noite, o período em que eu ministrava as aulas, era o Prof. Wilson Leite Linhares. Com este, encontrei-me depois, por diversas vezes, nas caminhadas que separadamente fazíamos pelas ruas do bairro do Cocó (ultimamente, não o tenho mais visto).
No Colégio Joaquim Albano, eu cumpria uma carga semanal de 20 horas, sendo quatro delas ministradas diariamente, de segunda à sexta-feira. Além de preparar e dar essas aulas, eu tinha que montar e corrigir as respectivas provas.
Nas décadas de 1960 e 1970, lembrai-vos de que havia um mimeógrafo a álcool (foto menor) em cada escola. Com este aparelho e utilizando-se de estênceis (que continham carbono) e álcool, um funcionário da escola rodava as cópias das provas. Essas cópias eram inconfundíveis: cheiravam a álcool, e as letras vinham em um azul-arroxeado característico.
Ah, eu era mais jovem do que muitos dos meus alunos, especialmente aqueles que estavam matriculados no ciclo científico (alguns deles já casados).
Conciliar os deveres de estudante universitário com as responsabilidades de professor de colégio público não foi para mim uma empreitada fácil. Dependia de ônibus para ir de minha casa à Faculdade de Medicina, onde estudava em tempo integral, e também para fazer o percurso inverso ao fim de cada dia. Felizmente, existia a linha Granja Paraíso para facilitar-me nos deslocamentos. À noite, outros ônibus me levavam até a Aldeota, onde fica o Colégio Joaquim Albano, e de lá me traziam de volta a Otávio Bonfim.
Era frequente, especialmente nas vésperas de provas na Faculdade, ao retornar do Colégio Joaquim Albano, que eu descesse na casa de Mário Mamede Filho. Lá, eu me juntava a ele e a outros colegas (César Forti, Sílvio Aguiar e Álvaro Andrade) para "virar a noite" em estudos relacionados com a prova que teríamos no dia seguinte. Apesar de ser o último a chegar, era o primeiro do grupo a largar os estudos (por conta do dia extenuante) para me recolher.
Minha amizade com o Mário me permitia que eu pedisse uma antecipação do lanche da madrugada.
Conciliar os deveres de estudante universitário com as responsabilidades de professor de colégio público não foi para mim uma empreitada fácil. Dependia de ônibus para ir de minha casa à Faculdade de Medicina, onde estudava em tempo integral, e também para fazer o percurso inverso ao fim de cada dia. Felizmente, existia a linha Granja Paraíso para facilitar-me nos deslocamentos. À noite, outros ônibus me levavam até a Aldeota, onde fica o Colégio Joaquim Albano, e de lá me traziam de volta a Otávio Bonfim.
Era frequente, especialmente nas vésperas de provas na Faculdade, ao retornar do Colégio Joaquim Albano, que eu descesse na casa de Mário Mamede Filho. Lá, eu me juntava a ele e a outros colegas (César Forti, Sílvio Aguiar e Álvaro Andrade) para "virar a noite" em estudos relacionados com a prova que teríamos no dia seguinte. Apesar de ser o último a chegar, era o primeiro do grupo a largar os estudos (por conta do dia extenuante) para me recolher.
Minha amizade com o Mário me permitia que eu pedisse uma antecipação do lanche da madrugada.
Foto recente do Colégio Joaquim Albano. Créditos a Sylvio Montenegro (Face "Fortaleza Antiga)
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