SILVAS EM GERAL

Paulo Gurgel Carlos da Silva

O cognome "Silva" utilizado pelo general romano Lúcio Flávio Silva (*) e o sobrenome "Silva" de origem ibérica (portuguesa e espanhola) compartilham a mesma raiz etimológica, mas não estão diretamente relacionados em termos de continuidade histórica ou familiar.
Vamos explorar essa relação:
Tanto o "Silva" romano quanto o "Silva" ibérico derivam da palavra latina "silva", que significa "floresta", "selva" ou "mata".
No mundo romano, "Silva" era um cognome (um dos três nomes que compunham o nome romano completo, usado para identificar indivíduos dentro de uma família). Era comum que os cognomes fossem baseados em características geográficas, físicas ou ocupacionais. No caso do general Lúcio Flávio, "Silva" não era um sobrenome hereditário como entendemos hoje. Embora pudesse ser adotado por descendentes como parte de uma identidade familiar.
Na Península Ibérica (atual Portugal e Espanha), "Silva" tornou-se um sobrenome hereditário durante a Idade Média, derivado da tradição latina, mas sem uma ligação direta com famílias romanas específicas. Ele foi adotado por famílias que viviam perto de matas ou florestas, seguindo a prática de usar características toponímicas como sobrenomes.
Não há evidências históricas que sugiram uma ligação direta entre o general romano Lúcio Flávio Silva e o sobrenome "Silva" na Península Ibérica. O uso do nome "Silva" na região ibérica surgiu muito depois da queda do Império Romano, durante a formação dos reinos medievais.
O sobrenome "Silva" na Península Ibérica é resultado da influência cultural e linguística do latim, mas não representa uma continuidade familiar ou genealógica com os romanos que usavam "Silva" como cognome.
(*) O general Lúcio Flávio Silva Nônio Basso (em latim: Lucius Flavius Silva Nonius Bassus) desempenhou um papel significativo na história do Império Romano, particularmente durante o final do século I d.C., no contexto das campanhas militares romanas na Judeia. Sua atuação mais famosa foi o cerco e a conquista da fortaleza de Massada.

Diferença entre "Silva" e "da Silva" A preposição "da" indica uma relação de origem ou pertencimento. Assim, "da Silva" significa "da floresta" ou "da mata", reforçando a ideia de que a família ou indivíduo tinha ligação com áreas florestais.Em Portugal, era comum adicionar preposições como "de", "da", "dos" ou "das" aos sobrenomes para indicar origem ou localização. Por exemplo, alguém que vivia perto de uma floresta poderia ser chamado de "João da Silva". Com a colonização portuguesa, o sobrenome "da Silva" foi amplamente adotado no Brasil, tanto por descendentes de portugueses quanto por pessoas escravizadas ou indígenas que recebiam sobrenomes de seus senhores ou padrinhos Em Portugal, o uso de preposições como "da" era mais comum, enquanto no Brasil, a forma simplificada "Silva" se popularizou. Ambas as formas têm o mesmo significado e origem.. A diferença é basicamente estilística.

A amora-silvestre (Rubus fruticosus L.) é como é conhecido o fruto poliaquênio (frutos agregados) de arbustos  do gênero Rubus (amoreira-silvestre), vulgarmente designados como silvas. Os frutos são usados para a composição de sobremesas, compotas e, por vezes, vinho. As silvas apresentam longos caules curvos, com acúleos curtos levemente encurvados. Quando os caules contatam com o solo desenvolvem, frequentemente, raízes laterais, dando origem a um novo pé de silva (reprodução assexuada), tornando-se uma espécie persistente, colonizando vastas áreas por longos períodos. Tolera facilmente solos pobres, sendo uma das primeiras plantas a colonizar terrenos baldios. As suas flores, brancas ou rosadas, florescem de maio a agosto (no hemisfério norte), dando, após a frutificação, as amoras de uma cor vermelha e, depois, negra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amora-silvestre
http://blogdopg.blogspot.com/2021/08/arbustos-carnivoros.html

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