ESTADO DA GUANABARA

Em 18/12/1971, fiz minha colação de grau em Medicina pela Universidade Federal do Ceará. Em 22/02/1972, prestei compromisso no Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC), recebendo o registro de n.º 1405. No decorrer de 1972, por aprovação em concurso público ocorrido no ano anterior, fiz o Curso de Formação de Oficial Médico no Estado da Guanabara. Na qualidade de aluno da Escola de Saúde do Exército, realizando estágios no Hospital Miguel Couto, Hospital Central do Exército, Escola de Instrução Especializada etc., não houve necessidade de transferência do CRM.

Em 08/01/1973, com a minha efetivação no quadro de médicos do Hospital Central do Exército, transferi minha inscrição primária do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará para o Conselho Regional de Medicina do Estado da Guanabara, onde fiquei registrado sob o n.º 16.795. Ao assumir o cargo de plantonista na Casa de Saúde Santa Mônica, em Petrópolis, necessitei também de ter uma inscrição secundária no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Em 24/01/1973, obtive em Niterói o registro de n.º 2.753/S.

Esta última inscrição foi cancelada em 19/02/1974, em face de não mais exercer atividades profissionais no Estado do Rio de Janeiro. Fora transferido para o município de Benjamin Constant, na área de fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. Em 13/03/1974, solicitei inscrição secundária no Conselho Regional do Estado do Amazonas, cujo n.º foi 562. Em Manaus, aproveitei também para tirar o meu primeiro passaporte, do qual iria precisar adiante para uma viagem de férias pela Colômbia, Equador e Peru.

Com meu retorno para Fortaleza em 1975, reativei a minha inscrição primária no CREMEC e, algum tempo depois, obtive o meu Registro de Qualificação na Especialidade de Pneumologia. Mais recentemente, em 18 de outubro de 2021, o CREMEC outorgou-me o Diploma de Mérito Ético-Profissional pelo exercício da medicina sem qualquer sanção ética ao longo de 50 anos.

A minha inscrição secundária no Conselho Regional do Estado do Amazonas ainda permanece até hoje. Quanto à inscrição que já tive no Conselho Regional de Medicina da Guanabara, nem mesmo o Estado existe mais. A Guanabara durou apenas quinze anos, e o vídeo abaixo explica o que realmente aconteceu com esta Unidade da Federação.


Por muito tempo a cidade do Rio de Janeiro não fez parte do Estado do Rio de Janeiro. Entre 1834 e 1960, por que era a capital do Brasil o Rio foi município neutro e, depois, Distrito Federal, entre 1891 e até 1960. De 1960 a 1975, nesses 15 anos, o Rio foi uma cidade-estado, o Estado da Guanabara. E, em 1975, quando o Estado da Guanabara se funde com o Estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói, a cidade do Rio de Janeiro passa a ser a capital do Estado que resultou da fusão.

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