PALMAS - TO (primeira parte)

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25/09 - domingo
Após um voo de Brasília a Palmas, com duração de uma hora e vinte minutos, cheguei à capital de Tocantins, um dos estados da região Norte do Brasil. Banhada pelo Rio Tocantins, a cidade é a mais jovem capital brasileira, tendo sido fundada em 1989.
É uma cidade planejada, com avenidas largas e rotatórias ajardinadas. Atualmente abriga uma população de 313 mil habitantes.
Seu aeroporto fica a cerca de 21 km do centro, onde estão os principais hotéis da cidade. Como o Ibis Palmas Avenida JK, hotel no qual me hospedei para uma estada na cidade.
Por ser domingo, poucas pessoas eram vistas nas avenidas das imediações do hotel. Portanto, pareceu-me adequado fazer como os palmenses que, aos domingos, vão para a orla de sua cidade. Sua alma, sua palma.
Então, fui à Praia da Graciosa, a famosa praia do Lago de Palmas, que foi formado com a construção da Usina  Hidrelética de Lajeado e que, antes da usina, era o Rio Tocantins. E pus-me a caminhar no calçadão a partir do local em que existe uma marina.
Rosa Madalena, Tastro, Choupana do Lago, Mumbuca, Tucum e Dona Maria são os nomes de alguns dos restaurantes do lugar. Vários deles oferecem som ao vivo, à base de violão e bateria. Como o flutuante Rosa Madalena Gastrobar, onde almocei um espaguete com camarão. Não louvo o cozinheiro, mas sim os garçons da casa por serem gentis.
No Rosa Madalena
Desisti de pegar um barco para ir até Ilha Canela. Dizem que por lá se vê um belíssimo pôr-do-sol.
Em seguida, fui ao Capim Dourado, um shopping center no estilo mall. De lá saí com alguns petiscos que comprei para abastecer o frigobar do 357.
26/09 - segunda-feira
Reservei a manhã para esquadrinhar a Praça dos Girassóis. Esta é a maior praça do Brasil e da América Latina, e a quarta maior do mundo – a primeira e a segunda ficam na China e a terceira, em Jacarta, Indonésia. A praça reúne os prédios públicos mais importantes de Palmas, a começar pelas sedes dos três poderes públicos do Estado: o Palácio Araguaia (Poder Executivo), a Assembleia Legislativa (Poder Legislativo) e o Tribunal de Justiça (Poder Judiciário), além de vários monumentos que recontam partes da história do Tocantins, como o Memorial da Coluna Prestes e o Cruzeiro (uma cruz de pau-brasil).
Projetado por Oscar Niemeyer, o Memorial é uma homenagem aos tenentes de 22 e à marcha da Coluna Prestes, liderada por Luis Carlos Prestes, pelo interior do Brasil, que passou por terras tocantinenses. Foram 25 mil quilômetros da maior marcha revolucionária na história da humanidade. Já o Cruzeiro foi o primeiro monumento artístico e histórico erguido em Palmas, palco da realização da primeira missa, quando da instalação da capital em 20 de maio de 1989.
Memorial da Coluna Prestes
Na Praça dos Girassóis também estão os monumentos do Levante do Forte de Copacabana, da Súplica dos Pioneiros, o marco do Centro Geodésico do Brasil 1 e o maior relógio de sol horizontal do Brasil. 2
À tarde, visitei o Espaço Cultural (em obras) da Fundação Cultural de Palmas, o qual agrega as seguintes atividades:
Teatro • Cinema • Dança • Literatura  • Música • Artes Visuais 
Doei um exemplar do livro "Portal de Memórias" à Biblioteca Municipal Jaime Câmara, que integra a Fundação Cultural de Palmas.
À noite, fui ao Palmas Shopping.
1 O Centro Geodésico do Brasil é o ponto equidistante dos extremos entre Norte-Sul e Leste-Oeste do país. Histórico, mas não científico, o IBGE não reconhece o de Palmas como tal. Acesse esta página do site Conexão Tocantins. 
2 O relógio de sol horizontal deve ser projetado para a latitude em que vai ser utilizado. Acesse esta página (em português) do site The Sundial Primer, na qual há muita informação sobre o assunto.
(segue)

3 comentários:

Nelson Cunha disse...

Meu caro Paulo, são poucos os brasileiros que conhecem Palmas.É longe,é nova e é quente, muito quente. Sou um desses que por força do afeto paternal fui conhecer aquele miôlo do Brasil. Minha filha trabalha na Justiça Federal e como caloura no serviço público foi provar o cajú de lá.Ela ficou 2 anos intensos no lugar, ocasiäo em que conheci tambem o Parque Nacional do Lajeado.Paulo, sua descriçäo da cidade é exata,mas faltou falar do mercado e de suas frutas do cerrado. O Mercado é enorme, bem implantado e suas bancas exibem o que é típico do Nordeste e Cerrado. Frutas exóticas e artesanato.

ana margarida arruda rosemberg disse...

Caro Paulo, lendo sua crônica revivi a viagem que fiz com o Rosemberg a Palmas. Tenho uma foto com ele no memorial dedicado à marcha da coluna Prestes. Lembro bem do calor que passamos...

Paulo Gurgel disse...

Ah, o calor, Ana Margarida!
Há uma teoria de que ele surge em Floriano, passa por Teresina, Palmas e vai até Cuiabá. É isso que faz do Brasil um país tropical. (rsrsrsrs)