Nascido em 1586, em Portugal, e trazido ao Brasil por seu tio, o sargento-mor Diogo Moreno, antes de vir ao Ceará o jovem soldado tinha prestado serviços no Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte. E, nas expedições de que participou, acompanhando o fidalgo Pero Coelho de Sousa, Martim já havia adquirido um bom conhecimento da língua tupi-guarani.
O escritor José de Alencar encontrou a explicação para a relação do militar português com os índios e para sua maneira de lutar com eles em sua paixão por uma índia, filha dos tabajaras da Serra de Ibiapaba, de nome Iracema. O amor e a morte da "virgem dos lábios de mel" foram tão bem descritos que todos acreditam na sua realidade histórica.
Sem dúvida, Iracema é a criação mais poética do escritor cearense. O próprio Alencar criou este nome indígena, Iracema, em que Afrânio Peixoto, em 1923, descobriu um anagrama para "America". A relação, no entanto, não passou de coincidência, pois nos seus cadernos de anotações Alencar vacilava entre "Aracema" e "Iracema".
Fonte: historiadora Ingrid Schwanborn
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