SOBRAL E MERUOCA

2019, passeio em Sobral e Meruoca, com Elba e o neto Matheus.
21/07 (1.º dia)
foto 1: nos jardins do Ytacaranha

Saída de Fortaleza às 6h. De casa para Sobral, utilizamo-nos da rodovia BR 222, que estava em bom estado de conservação. Pausa para um café com tapiocas no restaurante do Baleia. De Sobral para a Serra da Meruoca, pela rodovia CE-440 (21 km). Almoço no Ytacaranha Park Hotel (foto 1). Check-in no Best Hotel em Sobral às 14h.
Serra da Meruoca é uma serra localizada no norte cearense nos municípios de Meruoca, Coreaú, Alcântaras, Massapê e Sobral. Caracteriza-se como um enclave de tropicalidade no meio do semiárido: "uma ilha de paisagens úmidas, quentes ou subquentes, com solos de matas e sinais de antigas coberturas florestais, quebrando a continuidade dos sertões revestidos de caatinga".
O Best Hotel de Sobral fica ao lado do Sobral Shopping, dividindo com este e com uma torre de negócios, a Cameron Tower, a área de estacionamento dos veículos. O complexo está situado na Avenida Monsenhor Aluísio Pinto, à entrada da ponte que cruza o Rio Acaraú do bairro Dom Expedito para a Rodoviária e o Centro Histórico de Sobral.
O Rio Acaraú nasce na Serra das Matas, um dos pontos mais altos da região. Saindo de Monsenhor Tabosa, em pleno sertão, percorre 320 quilômetros. Corta Sobral, uma das cidades mais importantes do Ceará. Banha 18 municípios e chega ao mar, em Acaraú.
Às 17 horas, fomos à Praça do Patrocínio, logradouro onde estão o Planetário de Sobral e o Museu do Eclipse. Acontecia uma missa campal em frente à Igreja do Patrocínio. Com a informação de que não haveria sessões no Planetário à noite, retornamos para o hotel e fomos passear e jantar no Sobral Shopping.
22/07 (2.º dia)
foto 2: Elba e Matheus
Às 8 horas, saímos para percorrer o Centro Histórico de Sobral: Becco do Cotovelo (foto 2), Praça da Coluna da Hora, Igreja do Rosário, Avenida Dom José, Praça São João (onde está o Theatro São João), Arco do Boulevard e Avenida Dr. Guarany. O Museu do Eclipse, em torno do qual passamos no início e no fim deste passeio, encontrava-se fechado para a visitação. Funcionárias do Café Conceito (situado em frente) nos esclareceram de que este Museu, além dos sábados e domingos, não abria mais às segundas-feiras.
Considerado Monumento Nacional, o Centro Histórico de Sobral atrai olhares de moradores e visitantes. O valor histórico-cultural foi reconhecido em 12 de agosto de 1999, através de tombamento pelo Iphan. A área protegida inclui 1.247 imóveis em uma poligonal com perímetro total de 5,33 quilômetros. O patrimônio é rico e variado. Não há uma arquitetura única e, sim, diferentes estilos: colonial (Casa do Capitão-Mor), barroco (Sé Catedral), neoclássico (Teatro São João), art nouveau (residências da rua Lúcia Sabóia) e art déco (agência dos Correios e Telégrafos), entre outros.
Check-out às 12 horas. Almoço no restaurante Eucaliptos (não recomendamos). Chegada Fortaleza às 17h. Round trip: 520 km.
http://www.sobral.ce.gov.br/a-cidade/historia
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MEMÓRIA. SOBRAL E MERUOCA
1980, viagem de lazer a Sobral com o casal Vladimir Morais e Lúcia Bessa. Tivemos como cicerone o neurologista Wagner Horta. Em visita à Santa Casa de Sobral algo aconteceu a meu distraído violão. Deixado no banco traseiro de um carro, não suportou uma longa exposição solar e empenou. Almoçamos lagostins no restaurante "O Louro", fomos ao Beco do Cotovelo e jantamos no "Derby". Hospedamo-nos, não tenho certeza, no Visconde Hotel. Tempos depois, encontrei-me com Wagner Horta em Fortaleza, num show do Gonzaguinha no teatro da Emcetur. E, no ano de 2000, fiquei devendo-lhe um grande favor pela visita médica que fez a meu pai acometido de grave doença neurológica.
1995, período de 13 (qui) a 16 (dom) de julho, no Ytacaranha Park Hotel, em Meruoca-CE. Uma viagem nas férias, com Elba e nossos filhos, para curtir o clima da Serra da Meruoca e conhecer as atrações do recém-inaugurado hotel.
O Ytacaranha, com seus apartamentos de luxo, restaurantes internacional e típico, american bar, centro de convenções, cinema, parque aquático, piscina térmica, playground, quadras poliesportivas, academia de ginástica, sauna, boate etc. foi o precursor de grandes investimentos na Meruoca. 
1996, de 13 a 15 de dezembro (fim de semana), no Ytacaranha Park Hotel, em Meruoca. Desta vez para participar do Encontro de 25 anos dos Médicos Formados pela UFC em 1971. Fora da programação, porém inesquecível, lembro-me de uma caminhada que fiz com o colega Hugo Lopes até a sede municipal de Meruoca. Round trip: 12 km.
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2011/10/medicos-formados-pela-ufc-em-1971-os.html
2002, 23 e 24 de maio, viagem de trabalho a Sobral. Como instrutor de um curso de capacitação em "Ações de Controle da Tuberculose" para médicos e enfermeiros das equipes do PSF da microrregião de Sobral. O curso foi ministrado no auditório do Hotel Vila Real para 50 alunos e fiquei hospedado no Hotel Vitória. À noite, quando retornava do Ponto Final, um restaurante nas proximidades do Boulevard do Arco, casualmente encontrei-me com o argentino Federico, então meu cunhado, com quem fiquei a conversar um par de horas antes de me recolher para dormir.
2003, em julho, no Ytacaranha Park Hotel, em Meruoca. Como participante do "Seminário Saúde do Trabalhador: Uma Causa que Merece Atenção", promovido pelo Núcleo de Vigilância Sanitária da SESA-CE.  Em 3 de julho (quinta-feira), fui um dos palestrantes da mesa redonda "Pneumoconioses, Agrotóxicos e Metais Pesados x Riscos Ambientais e Ocupacionais".

BREVE PERFIL DE ANA MARGARIDA ARRUDA

Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg, filha do casal Maria Adelina Furtado de Arruda e Miguel Edgy Távora Arruda, nasceu no dia 07/07/1950, em Baturité-Ce. É médica pneumologista, historiadora e mestre em História Social pela PUC-SP. Tem atuado em literatura com produção nos seguintes gêneros: crônica, ensaio e poesia. Retratista e memorialista, publicou o livro biográfico Clemente Ferreira (1857-1947) e outro de memórias, Confissões de Amor. Publicou, em diversos livros, os capítulos: Nicotina e a Mulher, Tuberculose e Cortiços, Cenário Histórico e Controle da Tuberculose no Brasil e Breve História da Saúde Pública no Brasil. É articulista da revista Jornal do Médico, desde 2012, na qual publica textos de história da medicina e de arte em geral. Participa, desde 2010, de todas as antologias anuais da Sobrames-CE. É membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina, da Sobrames-CE e da Société des Amis du Louvre. É imortal da Academia Cearense de Medicina, ocupando a cadeira 35. Possui formação complementar em História da Arte e em Museologia, em Paris-França. Criou e mantém quatro blogs:
http://anamargarida-memorias.blogspot.com/
http://blogdomuseucomendadorananiasarruda.blogspot.com/
http://blogdasobramesceara.blogspot.com/
http://academiacearensedemedicina.blogspot.com/
(Extraído da 2.ª aba do livro Relembranças - Lampejos de minhas memórias, em que ela resgata para o formato de livro as memórias gravadas em fitas cassetes por Miguel Edgy, seu pai.)
Ana Margarida, que é também fotógrafa amadora e youtuber, costuma fazer reportagens fotográficas e videofilmagem dos eventos nas entidades culturais de que participa no Ceará. Nesta selfie, que ela fez por ocasião do lançamento do livro "Cum laude: aos homens e seus feitos", 103.º livro de Marcelo Gurgel, encontro-me a seu lado. Sou-lhe grato por haver prefaciado o livro Portal de Memórias - Paulo Gurgel, um médico de letras.

PRAÇA JORNALISTA DURVAL AIRES DE MENEZES

Na sexta-feira (05/07), às 9h, o prefeito Roberto Cláudio inaugurou a nova Praça Jornalista Durval Aires de Menezes, localizada na Rua Nelson Studart, em frente ao Ministério Público do Estado do Ceará, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza.
O novo espaço de convivência e lazer, ocupando uma área total de 1.670 m² e que era antes um terreno baldio, recebeu projeto paisagístico com a implantação de jardins, passeios com rampas de acessibilidade, playground, bancos, lixeiras seletivas e iluminação noturna, A Praça também recebeu uma academia ao ar livre e mesas com jogos de tabuleiro (de damas e xadrez).
Quem foi Durval Aires de Menezes 
Nasceu em Juazeiro do Norte, no dia 13 de fevereiro de 1922, filho de Otávio Aires de Menezes e Marieta Franca de Menezes. Após os estudos primários, foi morar na Capital, onde trabalhou em indústria de perfume. Concluiu o científico clássico no Instituto Lourenço Filho.
Ingressou no jornalismo depois de estágio no jornal "José", de Carlos Drumond de Andrade. Pertenceu a uma geração em que as profissões eram marcadas pelo talento pessoal, aliado ao conhecimento técnico. Ele conhecia todas as etapas da produção de impresso, das formas artesanais aos meios mais modernos e sofisticados.
Trabalhou praticamente em todos os jornais que apareceram em Fortaleza, com exceção daqueles ligados aos Associados. Passou pelas redações de "O Democrata", "O Estado", "Gazeta de Notícias", "Tribuna do Ceará", "Folha do Povo", "Diário do Povo", "O Povo" e "Diário do Nordeste", como redator de opinião e política, além de secretário e editorialista.
Além disso, publicou obras como "Os amigos do governador" (1967), "Barra da Solidão" (1968) e "Estrela da Manhã" (1983).
O jornalista e escritor faleceu em 1992, aos 70 anos de idade.

O "CAUSEUR" MARCELO GURGEL

Na língua de Victor Hugo, "causeur" é "qui sait causer agréablement et avec esprit" (quem sabe conversar agradavelmente e com sabedoria).
Em bom português, causeur é um contador de casos. Ou, melhor, um contador de causos, já que esta segunda acepção relaciona "etimologicamente" o "causer" com seus causos.
Mas afinal o que é causo?
Trata-se, no dizer de Juarez Leitão, "de um episódio supostamente verídico, que pode sofrer acréscimos ou supressões, dependendo de seu contador, em função de melhor efeito de humor que pode provocar. Assim como as três outras modalidades de situações hilariantes (piada, anedota e estória), é mister que a história seja rápida, contenha as palavras exatas para uma caprichada evolução e termine com um disparo que provoque o riso".
Seguindo os passos de Leota (Leonardo Mota), Eduardo Campos, Plautus Cunha (filho do poeta e repentista Quintino), Hilário Gaspar, Narcélio Limaverde e o maranhense Catulo da Paixão Cearense, Marcelo Gurgel tem levado a bom termo o empreendimento de transpor para a literatura os causos que ele, após garimpá-los árdua e prazeirosamente nos veios da oralidade, lapidou-os e expôs em seis bons livros.
1. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Contando causos: de médicos e de mestres. Fortaleza: Expressão, 2011. 112p.
2. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Medicina, meu humor! Contando causos médicos. Fortaleza: Edição do autor, 2012. 120p.
3. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da (org.). Meia-volta, volver! Médicos contam causos da caserna. Fortaleza: Expressão, 2014. 112p.
4. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da (org.). Ordinário, marche! Médicos contam causos da caserna. Fortaleza: Expressão, 2015. 112p.
5. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da (org.). Ombro, arma! Médicos contam causos da caserna. Fortaleza: Expressão, 2018. 112p.
6. SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Ridendo castigat mores! Contando causos. Fortaleza: Expressão, 2019. 112p.
Caminhos cruzados
Fui informante de três causos (dois do livro 1 e um do livro 2). Estive entre os colaboradores dos livros 3, 4 e 5, que compõem a (por enquanto) "trilogia da caserna". E, no "Ridendo castigat mores!", três dos causos deste livro foram inspirados em notas que publiquei no blog EntreMentes. A saber:
FURA ELE... AQUI NÂO É JERUSALÉM (p.38-40)
https://blogdopg.blogspot.com/2012/04/paixao-de-cristo-encenada-no-ceara.html
UM PILATOS AFETADO (p.40-41)
https://blogdopg.blogspot.com/2011/04/nova-jerusalem-no-ceara.html (do colaborador Fernando Gurgel Filho)
DE LAGARTIXA NO HAVAÍ A CALANGO NO CEARÁ (p.71-72)
https://blogdopg.blogspot.com/2019/02/chamadas-silenciosas.html