MOSSORÓ E TIBAU

22/12/2018 (sábado)
Participantes do passeio: Elba e eu (Paulo), nosso filho Érico, sua esposa Aline e o neto Matheus. Nossa filha Natália e seu esposo Rodrigo, que estiveram recentemente em Fortaleza, para o casamento de Gaudêncio Júnior e Thalita, tendo retornado a Belém não se associaram a nós nesta viagem. Eles passam o Natal em Brasília, por motivo de Rodrigo estar participando de um curso no Distrito Federal.
Saímos de Fortaleza, no carro de Aline (com Érico baqueado por uma forte "gripe"), por volta das oito e meia. Fazendo uma parada no "Café do Engenho", em Aquiraz, para o nosso café da manhã: tapiocas recheadas com queijo, carne de sol e ovos, além de caldo de cana, limonada (para o Érico) e o café propriamente dito.
Rota: pela recém-duplicada CE-040, que liga a capital cearense a Aracati, e, na etapa final do percurso, pela rodovia BR-304, a partir da ponte sobre o rio Jaguaribe até a cidade de Mossoró. Distância total: 240 km.
Muitos aerogeradores são vistos durante a viagem, principalmente no Baixo Jaguaribe (região de Aracati). Com suas pás gigantes, eles ajudam a colocar o Estado do Ceará em terceiro lugar no ranking dos produtores de energia eólica no Brasil.
Às 13 horas, fizemos o check-in no Hotel Íbis e saímos para almoçar no "Trattoria", um restaurante a 3 km do hotel.
Situado no oeste Potiguar, Mossoró ocupa uma área de 2.100 km², sendo o maior município em área do Rio Grande do Norte e estando a 280 quilômetros de Natal. Com cerca de 300 mil habitantes, é o segundo mais populoso município do Estado, ficando somente atrás de Natal em população. O município é o maior produtor em terra de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia de Mossoró. O Hotel Ibis, onde nos hospedamos, tem localização central. Fica no bairro Ilha de Santa Luzia, uma ilha delimitada pela separação das águas do rio Apodi-Mossoró. 
Ao fim da tarde, saí para ver o centro comercial de Mossoró. Não por muito tempo, pois o mormaço estava insuportável. Logradouros públicos em que circulei: ponte Jerônimo Rosado, avenidas Coronel Gurgel, Augusto Severo e Alberto Maranhão (onde fica o Palácio da Resistência, a sede do gabinete do prefeito), praça Rodolpho Fernandes e algumas ruas de ligação.
À noite, fomos todos ao Corredor Cultural da cidade. Antes disso, fizemos algumas fotos no hall do hotel. Como esta em que Elba e Matheus aparecem, tendo ao fundo um painel de gosto duvidoso.
O Memorial da Resistência e a Praça da Convivência fazem parte do Corredor Cultural. Bem documentado com textos e imagens, o Memorial apresenta estragos cometidos por pessoas que se aproveitam das falhas em sua vigilância. Este local é o point da juventude da cidade. Na Praça da Convivência, onde há um grande número de pequenos restaurantes com mesas ao ar livre (alguns deles com música ao vivo), passamos um par de horas. Sushis (para Matheus), e outros petiscos e cervejas para os adultos.
[http://natalhospedagem.com.br/blog/o-que-fazer-em-mossoro/]
23/12/2018 (domingo)
O dia começou com um intenso calor. Constatei isso, após o café matinal, na caminhada solo que fiz nas cercanias do Ibis.
Como tínhamos programado para o dia, fomos passear em Tibau, a "praia de Mossoró". Situado a 43 km de distância de Mossoró, a via de acesso ao município de Tibau é a BR-304, nos primeiros 16 km, completando-se o percurso pela RN-013. Ambas as rodovias encontram-se em excelente estado de conservação.
Em Tibau, logo identificamos o ponto das badalações praieiras. Escolhendo a barraca "A Rainha do Mar", que parecia uma das mais frequentadas, para tomar água de coco (a R$ 5,00). O tempo que já estava nublado se fez chuvoso.
Numa consulta ao Google Maps, Érico descobriu que não estávamos exatamente em Tibau. Tínhamos atravessado antes do tempo a linha de fronteira do RN para o CE. Ora, não havíamos ido tão longe de casa para passar o nosso domingo numa praia cearense. Então, toca a voltarmos para Tibau.
A sede de Tibau cresceu bastante do ano de 2007 (quando aqui estive acompanhado de Elba e Natália) para cá. A pousada Costa Branca ainda existe; o bistrô Marambaia, aparentemente não. E suponho que o Circo do Palhaço Fuxiquinho há tempos desmontou a lona.
http://blogdopg.blogspot.com.br/2007/01/passeio-completo-1.html
Outros atrativos porém surgiram, como a barraca "Outside Beach" (foto acima), onde almoçamos peixes (cavala frita e moqueca de cioba). A praia defronte a esta barraca, pelo que se lia numa placa, era uma kitesurf zone. Mas, enquanto estivemos por lá, não vimos aparecer qualquer praticante desse esporte.
Voltamos para Mossoró.
À noite, fomos jantar no restaurante "Tchê". Onde o nosso grupo ficou dividido entre picanhas com arroz biro-biro e rodízio de pizzas.
(continua)

G7 GARAGE

Inaugurado em 21 de outubro de 2017, está localizado no Sítio Costa do Sol, no município de Eusébio, o museu automotivo G7 GARAGE. Trata-se de uma exposição permanente de carros históricos (das décadas de 40, 50, 60 e 70, principalmente) de propriedade do empresário e colecionador Gaudêncio Lucena.
Tive a oportunidade de visitá-lo recentemente, quando fui gentilmente recebido pelo curador Sr. Paulo, que me prestou informações sobre as características do museu e as peculiaridades dos principais veículos do acervo.
À entrada das instalações, uma placa em losango saúda o visitante: WELCOME to fabulous G7 GARAGE.
São 42 carros em exposição. Tudo organizado comme il faut, não faltando ao ambiente a presença de objetos decorativos relacionados à época de fabricação dos veículos. O colecionador Gaudêncio traz esses objetos de suas viagens pelo mundo.
A excelência da iluminação garante em uma visita noturna a total apreciação do charme e brilho dessas relíquias do mundo automotivo.
Endereço: Sítio Costa do Sol, Rua Manoel Jorge de Castro, 777 - Guaribas, Eusébio.
Acompanhe AQUI todas as fotos feitas no dia da inauguração por Jocy Jinkings para o CNEWS.
Ver também: https://blogdopg.blogspot.com/2008/02/o-colecionador.html

O CENTÉSIMO LIVRO DE MARCELO GURGEL

Ontem (15), às 10 horas, ao ensejo da celebração natalina da Sociedade Médica São Lucas (SMSL), o médico e escritor Marcelo Gurgel Carlos da Silva lançou seu centésimo livro.
Trata-se da obra "SURSUM CORDA: corações ao alto", que teve como apresentador o médico Dr. Janedson Baima Bezerra.
O local do evento foi o Auditório do Edifício-Sede da Unimed Fortaleza.
A renda apurada com os exemplares vendidos por ocasião do lançamento (50) foi destinada às ações sociais e evangelizadoras da SMSL, entidade da qual Marcelo Gurgel é membro atuante.
ISBN: 978-85-915558-9-5

CASAMENTO DE THALITA E GAUDÊNCIO JÚNIOR

A cerimônia de casamento de Thalita e Gaudêncio Jr., ela - filha de Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho e Aspasia Freire Carneiro, e ele - filho de Gaudencio Gonçalves de Lucena e Marcia Maria Macêdo de Lucena , será realizada hoje (8), às 17 horas e meia, na Capelinha de Santana e São Joaquim - Avenida Eusébio de Queiroz, 4136-4326 - Parque Havaí.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Sítio Costa do Sol, Rua Manoel Jorge de Castro, 777 - Guaribas, Eusébio.
09/12/2018 - Atualizando a notícia da festa de ontem com a inserção de uma fotografia.
Gaudêncio Jr. e Thalita. À hora do corte do bolo nupcial.

REAL DRINKS

A turma de Otávio Bonfim reunia-se, nas noites da sexta-feira ou do sábado, em torno do violão do Claudio Castro. Começávamos o encontro no Pombo Cheio, [1] que ficava no Parque Araxá, e depois seguíamos para o Real Drinks, no Monte Castelo.
Otávio Bonfim, como já comentei anteriormente, só tinha bares no entorno: Parque Araxá, Monte Castelo, [2] São Gerardo... Era a gente ir a estes bairros vizinhos ou, de vez em quando, à Fortaleza Nobre.
Deixemos para lá o Pombo Cheio, o qual já foi devidamente proseado. Quanto ao Real Drinks (que nome, meu Deus), ficava este último bar nas proximidades do CPOR, o então Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Hoje, suas instalações abrigam um setor da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
No Real Drinks, bebia-se a cerveja mais gelada da cidade (pelo menos, era o que muitos asseguravam). Fato certamente corroborado pela existência de uma fábrica de gelo nos fundos do restaurante. Apesar de desejável que a cerveja seja consumida a uma temperatura de 4 graus, nunca abaixo disso. [3] Aliás, 4 Graus é o nome de um bar no Cocó, bem perto de onde moro.
O Real Drinks era administrado pelo Zé Augusto, que tinha como fiel escudeiro o Manelzinho, um anão hipofisário. Tendo uma compleição física avantajada, Zé Augusto costumava ficar sem camisa atrás do balcão. Numa folha de cartolina, ele ia anotando os pedidos que vinham das mesas. Bolas de carne ao molho eram o tira-gosto mais requisitado.
Eu sei que ele era da família Ferreira porque, ao servir como médico militar na região do Alto Solimões, sob o comando do Coronel José Ferreira, soube deste conterrâneo que ele era irmão do Zé Augusto (ô mundo pequeno).
Seus frequentadores se distribuíam pelas mesas do salão principal e dos caramanchões do Real Drinks. Uns poucos preferiam ficar ao pé do balcão, puxando conversa com o proprietário. Assuntos é que não faltavam: as recentes fofocas do bairro, uma briga que derrubou parte do muro do Clube Internacional e a improvável história da estreia de Manelzinho no trapézio de um circo de subúrbio.
A frequência do bar era tipicamente masculina. Muitos homens casados tinham o passe livre para frequentar o estabelecimento. Suas esposas sabiam que não corriam risco algum enquanto eles estivessem por lá.
Foi no Real Drinks que, numa madrugada, eu me meti numa discussão homérica. Com o Prof. Neo, conhecido nome do ensino no Ceará, e seu violonista de estimação que tocava violão com cordas de aço. Ardoroso defensor do violão com cordas de nylon, (4) eu não aceitei ouvir o que me pareceu um menoscabo com o o encordoamento de minha preferência.
Fazendo-se outra leitura daquela discussão, foi também o confronto das qualidades do violão antigo (com suas baixarias) com as dissonâncias do violão moderno.
Os ânimos ficaram exaltados. Diz meu companheiro de noitada, o médico patologista Francisco Dario Rocha Filho, que receou o pior. Na dúvida de como eu reagiria depois de ter ouvido Vinicius de Moraes ser chamado de "viado", o que também aconteceu por lá. Felizmente, o médico anestesiologista e poeta José Telles, que estava por perto, entrou na roda com a nobre missão de acalmar os espíritos.
E fui embora sem dar minha aula-show sobre as inversões de terça, quinta e sétima. Acordes que eu aprendera por amor de tocar a "Viola Enluarada".
[1] https://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/06/o-pombo-cheio.html
[2] https://www20.opovo.com.br/app/opovo/especiais/fortaleza287anos/2013/04/13
[3] La temperatura ideal para la mayoría de las cervezas está entre 4 y 10 °C. Cuando bajas la temperatura aún más, empiezas a cambiar el sabor.
[4] http://blogdopg.blogspot.com/2015/08/teclado-para-violao.html

AS CAATINGAS

Nilo Bernardes (*)
DE TAL MODO é variada a paisagem vegetal característica do interior do Nordeste brasileiro que seria preferível referir-se a ela no plural. Dificilmente poderíamos dar uma descrição simples e completa do que comumente chamamos de caatinga sertaneja. Ela é muito vasta, abrangendo estados inteiros ou grande parte de outros. Está submetida, na verdade, a condições pluviométricas distintas e o solo que a recobre apresenta diferenças sensíveis decorrentes da constituição geológica. Euclides da Cunha, ao descrever o cenário áspero em que se desenrolou a grande tragédia sertaneja, reportando-se à área relativamente pequena em que o conhecera, no norte da Bahia, já preferia o emprego da expressão caatinga no plural.
Embora o vocábulo português sertão tenha estado ligado desde os primórdios do povoamento a todas aquelas regiões ainda não povoadas ou ainda mal ocupadas do país, mesmo as que têm ostentado densas selvas tropicais pluviosas, a natureza hostil do interior do Nordeste, dificultando a fixação humana, gerando uma ocupação rarefeita de lento e penoso adensamento, moldando o isolamento das comunidades que só mesmo a era do caminhão veio romper, consagrou o nome do sertão para todo aquele imenso território coberto pelas caatingas. Curioso é que os habitantes das pequenas áreas insuladas dentro das caatingas ou das faixas de caatingas periféricas, melhor beneficiadas pela umidade e mais compactamente povoadas, somente designam sertão aos grandes espaços de solo mais ingrato, onde os animais pastam à solta, os cultivos são mais raros e a população menos numerosa. É como se houvesse uma extraterritorialidade, favorecida pela natureza, que aí se mostra menos ingrata do que em derredor.
A região das caatingas abrange, praticamente, toda a área dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte; quase todo o sudeste do estado do Piauí; a maior parte do este dos estados da Paraíba, de Pernambuco, das Alagoas e de Sergipe; a maior parte de todo o interior da Bahia e até mesmo uma apreciável porção do extremo norte do estado de Minas Gerais. São mais de 800 mil km2 de extensão, significando que uma décima parte do território brasileiro é coberto pelas caatingas. Ao norte, elas chegam até a faixa praiana e a oeste e ao sul entram em contato com a região dos campos cerrados, características das nossas regiões centrais. Do lado oriental, porém, seus limites nem sempre são muito nítidos e elas se mesclam com as espécies vegetais de florestas mais secas em uma larga tira de transição para a mata higrófila atlântica. Na Paraíba, em Pernambuco e Alagoas essa transição se faz em uma região muito típica, o chamado Agreste, onde em certas partes já se sente bem, na paisagem, a aparência das caatingas.
Para ler o estudo completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141999000200004.
(*) Nilo Bernardes (1922-1991), geógrafo. Foi pesquisador do IBGE, professor da PUC-RJ e lecionou na UFF-RJ.
Caatingas - bico de pena de Percy Lau (1940)
Site de interesse: www.acaatinga.org.br
A Associação Caatinga foi criada em Fortaleza CE, em outubro de 1998, com o apoio do Fundo para Conservação da Caatinga, estabelecido por Samuel Johnson para a proteção da carnaúba. É uma entidade não-governamental, sem fins lucrativos, reconhecida como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e cadastrada no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA).

O CHIQUINHO DA CADEIA NA VIDA DO COMPOSITOR LAURO MAIA

No Rio de Janeiro, o companheiro mais íntimo de farras de Lauro Maia era o Chiquinho da Cadeia. O cearense Chiquinho tinha esse apelido por ser porteiro de uma cadeia pública. Apesar de muito amigo de Lauro, era considerado pela família do compositor como uma pessoa perniciosa, pois quando se reuniam, promoviam dias e noites de bebedeiras.
Em 1945, Lauro Maia empregou-se na firma Irmãos Vitale, [1] editora de músicas e revendedora de artigos musicais. Na loja da editora, Lauro tocava ao piano as músicas escritas nas partituras ali editadas, como forma de divulgação ao público que, entusiasmado com a execução do pianista, comprava imediatamente as cópias das músicas. Ao voltar para casa nem todo mundo conseguia reproduzir as músicas ao piano com a mesma beleza da execução de Lauro Maia.
Certa vez, um dos irmãos Vitale solicitou com urgência um retrato de Lauro Maia. Era comum a editora colocar as fotos dos compositores nas partituras, porém Lauro não dispunha de alguma foto. Mas a solução estava por perto: Chiquinho, que era muito parecido com Lauro (até no bigode que cultivava). Diz o seresteiro Otávio Santiago que a edição saiu com uma foto do Chiquinho como se fosse do Lauro.
Um dia, Chiquinho chegou para o Dr. Joacy Teixeira, médico, irmão de Humberto Teixeira, e mostrando-lhe uma amostra de escarro com sangue pediu-lhe que fizesse um exame, pois queria saber se estava com tuberculose. Após o exame, o médico concluiu que Chiquinho estava com tuberculose e propôs levá-lo para tirar uma chapa de Raio-X.
Chiquinho, porém, terminou por confessar que o escarro não era dele e sim de Lauro Maia, que escondera durante dois anos a doença. Na época, o tratamento da tuberculose já existia embora fosse muito precário.
Batida a chapa do verdadeiro paciente, constatou-se que os pulmões de Lauro Maia já se encontravam muito comprometidos. e ele foi internado no Hospital Santa Maria, em Jacarepaguá. Ironicamente um dos maiores êxitos do conjunto Vocalistas Tropicais, naquele ano, foi uma marcha intitulada Jacarepaguá. [2]
No dia 5 de janeiro de 1950, a menos de dois meses após a data de seu 36º aniversário e por coincidência o dia do 35º aniversário de Humberto Teixeira, às 20 horas e meia, Lauro Maia faleceu, deixando viúva Djanira Teixeira Maia e, órfãos, os filhos Eva Maria Teixeira Maia, com 6 anos e Lauro Maia Filho, com 5 anos.
O enterro aconteceu no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Em março de 1955, os restos mortais de Lauro Maia Teles foram transportados para Fortaleza, onde repousam, no túmulo da família, no Cemitério São João Batista.
[1] Fundada em São Paulo, em 1923, a Editora Irmãos Vitale se mantém nestes mais de 90 anos como uma grande parceira de alguns dos maiores nomes da nossa história musical. Em seu acervo figuram mais de 25 mil músicas, de um total de 9 mil autores ou herdeiros. Criada pelos irmãos Emílio, Vicente, Affonso, José e João Vitale, hoje ela é administrada pela segunda geração da família, pelos também irmãos Fernando, Sérgio e Luiz, tanto na matriz, em São Paulo, como na filial, no Rio de Janeiro, existente há mais de 60 anos.
http://edicoes.vitale.com.br/
[2] Composta por Paquito, Romeu Gentil e Marino Pinto, baseada na melodia de "El Cumbanchero", rumba de Rafael Hernández.
https://youtu.be/qE4KVDH_5ok
Fontes
"O balanceio de Lauro Maia", por Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez). Ceará, 1991 (edição do Autor)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000012.pdf
"Lauro Maia - Um poeta que também é rua", por José Maria Chaves. Blog Sobrames Nacional
http://sobramesnacional2017.blogspot.com/2017/02/lauro-maia-um-poeta-que-tambem-e-rua.html
Vídeo "PERFIL: Lauro Maia" produzido pelo Núcleo de Documentários da TV Assembleia Ceará.
https://youtu.be/s_ljbn5lFMI

Vídeo "OS CEARENSES (14) - Lauro Maia", Fundação Demócrito Rocha, postado em 11/12/2016.
https://youtu.be/P1oZTj1kKe0

Curiosidade - A marcha "Boneca", de Lauro Maia, tem letra de Turbay Barreira, ex-presidente do Centro Médico Cearense.

TIA LOURDES

 A respeito da morte de uma sindicalista identificada como Tia Lourdes, a Diretoria Colegiada do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sinprece) esclarece a seus filiados que a pessoa falecida (cujo nome foi divulgado na página pessoal de um servidor público federal) NÃO se trata de Lourdes Negreiros.
Lourdes Negreiros, servidora do Ministério da Saúde, a Tia Lourdes, está viva e com saúde e, ao tomar conhecimento do episódio, disse que viverá ainda por muitos anos, bem como continuará a luta em defesa dos trabalhadores. Tia Lourdes é peça emblemática do movimento sindical – uma referência em todo o Brasil. Aos 87 anos, Tia Lourdes é filiada ao Sinprece e ainda participa ativamente das ações do sindicato.

ÉRICO E ALINE NA EUROPA

Érico de Macedo Gurgel, funcionário do BNB em Fortaleza, e sua esposa Aline embarcam hoje (4) em voo da Air France para a Europa. Em sua temporada de férias no continente europeu, com duração prevista para duas semanas, o casal circulará pelas seguintes capitais: Paris, Londres e Amsterdam.
Fotos da viagem:
Paris, 05/11/2018
Londres, 10/11/2018
Amsterdam, 15/11/2018

FORTALEZA EM TRÊS MOMENTOS


"A Fortaleza, única defesa de toda aquela Capitania, não é mais que um monte de areia... A Villa chamada de Fortaleza não merece nem o nome de aldeia." (Capitão-mor do Ceará Grande, João Baptista de Azevedo, em 1783).

"O Ceará [Fortaleza] não tem esse ar triste e sonolento de muitas cidades brasileiras. Sente-se, aqui, movimento, vida e prosperidade". (Louis Agassiz, autor de "A Journey in Brazil", em 1866).

"Fortaleza dá uma impressão magnífica. Vista no conjunto é a mais linda cidade do norte. É uma cidade nova, parecendo que acabou de ser construída." (Domingos Laurito e Nelson Silveira Martins, em "Terra do Brasil", de 1942).

Do frontispício de Fortaleza Antiga

LANÇAMENTO DO LIVRO "OMBRO, ARMA!"

Em 25 de outubro, quinta-feira, às 20 horas, no auditório do Edifício-Sede da Unimed-Fortaleza, aconteceu o lançamento de "OMBRO, ARMA! - Médicos contam causos da caserna", um livro organizado e apresentado pelo colega Marcelo Gurgel.
A obra, que reúne textos de 18 médicos escritores, tem o prefácio escrito pelo neurocirurgião Dr. Flávio Leitão – membro da Sobrames-CE, e insere três apêndices.
Autores
– Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
– Célio Vidal Pessoa
– Francisco José Costa Eleutério
– Francisco Sérgio Rangel de Paula Pessoa
– Helano Neiva de Castro
– Jorge Augusto de Oliveira Prestes
– José Luciano Sidney Marques
– José Ramon Porto Pinheiro
– Liêvin Matos Rebouças
– Lineu Ferreira Jucá
– Luiz Gonzaga Moura Jr.
– Luiz Gonzaga Porto Pinheiro
– Marcelo Gurgel Carlos da Silva (org.)
– Paulo Alfredo Simonetti Gomes
– Paulo Gurgel Carlos da Silva
– Paulo Roberto de Souza Coelho
– Raimundo José Arruda Bastos
– Walter Gomes de Miranda Filho
Ficha técnica
Capa: Isaac Furtado | Projeto e editoração: Alexssandro Lima | Revisão: Francisco Dermeval Pedrosa Martins e Marcelo Gurgel | Tiragem: 500 exemplares | Gráfica: Expressão Gráfica e Editora | Ano: 2018 | ISBN: 978-85-420-1300-9
É o terceiro livro de uma trilogia de causos da caserna escritos por esculápios. Os títulos anteriores são "MEIA-VOLTA, VOLVER!", de 2014, e "ORDINÁRIO, MARCHE!", de 2015.
* * * * *
Neste evento foi também lançado o livro "LAPSO TEMPORAL", a 35.ª antologia anual da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do Ceará. Ler a notícia AQUI.

CARTÓGRAFOS DA FAMÍLIA TEIXEIRA E ALBERNAZ

Importantes cartógrafos portugueses dos séculos 16, 17 e 18 vieram da família Teixeira e Albernaz, incluindo Luís Teixeira, irmão de Domingos Teixeira e pai dos irmãos João Teixeira Albernaz (I) e Pedro Teixeira Albernaz, além de João Teixeira Albernaz (II), neto do cartógrafo homônimo, e Pero Fernandes, pai de Luís Teixeira.
Luís Teixeira elaborou importantes mapas no final do século 16, alguns em parceria com Abraham Ortelius, como o Theatrum Orbis Terrarum (1595), considerado o primeiro atlas moderno. Filho do cartógrafo português Pero Fernandez, ocupou o cargo de cosmógrafo do Reino de Portugal. Esteve no Brasil e seu mapa do Brasil de cerca de 1574 é uma importante referência para o entendimento do que os portugueses consideravam como sendo a divisão das Capitanias Hereditárias. Em 1596, ele recebeu uma patente para confeccionar mapas e instrumentos de navegação para a frota real. Ele tinha contato frequente com cartógrafos holandeses, como Jodocus Hondius, Lucas Jansz, Wagenaar e Joannes von Deutecom.
João Teixeira Albernaz, filho de Luís Teixeira, foi nomeado cartógrafo da Casa da Mina e Índia, em 1605. Elaborou seus mais célebres trabalhos na primeira metade do século 17, incluindo 19 atlas, entre estes, o Atlas do Brasil de 1640. Alguns de seus trabalhou contou com a ajuda do irmão Pedro Teixeira Albernaz, que passou a trabalhar em Madrid, a partir de 1619.
João Teixeira Albernaz, bisneto de Luís Teixeira, tem muito de sua obra confundida com a do avô homônimo. Sabe-se que ainda era vivo em 1699. Sua vasta produção cartográfica e a fama da qualidade da cartografia portuguesa na Europa, o tornou famoso entre seus pares.
Apenas uma parte das obras desses ilustres cartógrafos sobreviveu até os dias atuais.
A imagem acima de João Teixeira Albernaz (I) é capa do livro "Muito Além dos Muros do Forte" (ISBN 978-85-7924-096-6), do historiador cearense Felipe Neto. Obra premiada pela SECULT na categoria Ensaio.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Siar%C3%A1_1629_por_Albernaz.PNG
Acesso ao ficheiro em 26/01/2016

VIOLONISTAS CEARENSES: VILAMAR, LÚCIA E CLAUDIO

Na década de 1960, Vilamar Damasceno e Lúcia Arruda apresentavam-se frequentemente nos programas da TV Ceará. Ambos tocavam violão e cantavam, porém com estilos diferentes.
Vilamar costumava cantar boleros, alguns deles autorais, e era um malabarista do violão. Sua voz fazia lembrar a de Altemar Dutra, um cantor que se destacava nas paradas de sucesso.
Lúcia cantava de uma forma intimista, como a cantora Nara Leão, utilizando-se principalmente dos acordes dissonantes para se acompanhar ao violão. Sua interpretação de "A morte de um deus de sal", de Menescal e Bôscoli, era simplesmente antológica.
Vilamar também empregava os acordes dissonantes em suas harmonias. Foi o desejo de aprendê-los que um dia motivou o violonista Claudio Castro a ir visitá-lo. Naquele tempo, embora a bossa nova estivesse no auge, não era fácil obter as cifras que indicavam o correto acompanhamento das músicas do gênero. (A Vigu, revista "Violão e Guitarra", só apareceria nas bancas de jornais e revistas a partir de 1980.)
O aluno acompanha o mestre, então eu fui com ele. Sem saber que estava para acontecer outra história em que dividiríamos o protagonismo.
https://blogdopg.blogspot.com/2007/04/um-show-que-no-acabou.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2009/06/velho-palhaco.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2009/06/comigo-sim-violao.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2010/12/memoria-recitais-de-claudio-costa.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2013/06/o-pombo-cheio.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2015/06/dozinho-da-gia.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/01/um-violao-no-sertao-central.html
Depois de andarmos muito tempo pelo leito da via férrea, chegamos ao local de destino (no Km 8, acho). Vilamar não estava em casa. Também pudera, Claudio nem ao menos se dera ao trabalho de avisá-lo sobre a nossa visita.
Continuei a acompanhar a carreira artística de Vilamar pela televisão. "Meu lamento", em que ele apela para uma das forças da natureza, tinha se firmado como o grande sucesso dele.
Mar, responde por favor
Onde está o meu amor
Se está sozinho, sem carinho
Sem um calor..."
Claudio sabia imitá-lo com requintes de perfeição nesta música, inclusive com aqueles arpejos que Vilamar executava durante a introdução. No entanto, quase sempre recusava-se a fazê-lo, pois não gostava de bancar o cover.
Numa tarde, encontrei-me com Vilamar no "Raimundinho", quando este bar ficava Praia de Iracema. Foi ali a minha oportunidade de escutá-lo ao vivo.
Com Lúcia Arruda, no entanto, estive depois com ela em vários saraus. A "musa da bossa nova no Ceará" tornou-se uma grande admiradora do violão de Claudio, e a última notícia que tenho a seu respeito é de 2010. Radicada nos EUA, Lúcia teria vindo a Fortaleza para dar shows e fazer o lançamento de um DVD.
Quanto a Vilamar, virou nome de rua em Messejana.
http://www.consultarcep.com.br/ce/fortaleza/messejana/rua-vilamar-damasceno/60841570

LEÃO DO SUL

Foi onde minha mãe no começo da década de 1950, na primeira vez que viemos morar em Fortaleza (tinha eu 5/6 anos de idade), me tornou um fanático por estas iguarias. ~ Jaime Nogueira
Com mais de 90 anos de existência, a Leão do Sul é ponto de encontro e atrativo turístico da cidade de Fortaleza, vendendo o seu delicioso pastel com caldo de cana.
Foi fundada no ano de 1926, na Praça do Ferreira, centro da cidade, e segundo análise de documentos antigos o primeiro proprietário foi o Sr. A. Silva.
O nome Leão do Sul surgiu em sua fundação, e há algumas versões com relação à escolha deste nome: A primeira se deve a sua localização, que fica ao sul da Praça do Ferreira, e porque o proprietário era torcedor do Fortaleza Esporte Clube. A segunda é que ele era torcedor de um time de futebol de mesmo nome do sul do país; e a terceira versão é que a Leão do Sul vendia produtos chamados de "primeira ordem" (bacalhau, vinho do porto, produtos que vinham do Sul) e como dominava o mercado com estes produtos foi escolhido o Leão como símbolo.
Na década de 20, o estabelecimento funcionava como uma espécie de mercearia. Além das "merendas", vendia produtos de primeira linha como enlatados importados, bacalhau de primeira qualidade, queijos, azeitonas, vinhos, doce de buriti, manteiga da terra, bombons importados, café torrado e moído na hora, dentre outros. Estes produtos depois de vendidos eram embrulhados em papel de rolo e amarrados com cordão. O banco onde as pessoas sentavam-se para lanchar eram caixotes grandes e vazios dos bacalhaus importados.
Site: http://www.leaodosul.com.br/

BELÉM E SALINÓPOLIS - 2

(continuação)
Salinópolis, também apelidada de Salinas (população: 40 mil habitantes), é o mais badalado balneário de água salgada do Estado. do Pará. Distando da capital em cerca de 230 km – tem duas das praias mais famosas do nordeste paraense: Atalaia e Farol Velho, que funcionam com uma dinâmica diferente dos demais pontos turísticos do estado, por permitir o tráfego de carros na areia. Em dias de movimento, ônibus urbanos partindo de Salinópolis percorrem as areias da Praia do Atalaia.
https://youtu.be/i8hSEbbTLeA
Pontos de interesse de Salinópolis: sede do município com a Orla do Maçarico e o Farol Novo. Praias do Atalaia e do Farol Velho. Lagoa da Coca-Cola.
Feito o check-in no Hotel Privé do Atalaia, fomos relaxar na piscina do hotel e, ao entardecer, pusemos os pés na Praia do Atalaia. As barracas nesta praia são construídas sobre palafitas por se tratar de um trecho do litoral paraense em que as marés sobem muito. Sobre esse fato, Rodrigo comentou que muitos carros de banhistas desavisados já foram arrastados para o mar. Antes de retornarmos ao hotel, ainda fizemos um lanche à base de tapiocas com café numa lanchonete da rampa de acesso à praia.
Atalaia, assim como a Praia do Farol Velho, fica numa ilha que é separada do município de Salinópolis pelo Rio Sampaio.
À noite, fomos jantar no restaurante Caiçara, na Orla do Maçarico. Um filé à caiçara para Elba e para mim, e camarões grelhados com legumes para Rodrigo e Natália.
Elba e eu, fotografados na Orla do Maçarico, em frente à escultura de um caranguejo.
23/09/2018 (domingo)
Riscos existem para uma visita à Lagoa da Coca-Cola: assaltos, agressões e até estupros. Estes riscos são informados no TripAdvisor e confirmados pelos moradores da região. Os nativos dizem ser imprudência a pessoa ir lá em determinados horários, principalmente se estiver sozinho. Os criminosos escondem-se entre os arbustos de uma grande duna entre a praia e a Lagoa, de onde partem para fazer seus malfeitos. Um vendedor de espetinhos na praia, no entanto, me passou a dica de uma rota segura para lá, a partir de uma área reservada ao estacionamento dos ônibus. A Lagoa da Coca-Cola se encontrava com pouca água mas tem, de fato, a cor amarronzada do refrigerante.
Após o check-out no Privé do Atalaia fomos à Praia do Farol Velho. Almoçamos no Marujos, um restaurante decorado com motivos marinhos. Pratos de camarões preparados de duas maneiras foram nossos pedidos. A praia é realmente muito linda, mas do Farol Velho só restaram os destroços da base. Nesse restaurante, conhecemos um casal de Belém: Roberto e Gisela. Eles curtem viajar numa possante motocicleta pelos estados do Brasil e por países da América Latina.
Chegamos a Belém por volta das 17 horas sob muita chuva. Houve uma breve passada no Brás para pegar Leon que ficara os últimos dois dias num hotel para cães.
A ceia foi pizzas com Coca-Cola, e Rodrigo e Natália nos levaram ao aeroporto de Belém para o voo da Latam das 23h40 que nos deixou duas horas após em Fortaleza.
http://g1.globo.com/pa/para/minha-praia/2016/noticia/2016/06/aprenda-chegar-nos-principais-balnearios-do-para.html
https://www.mochileiros.com/topic/33824-bel%C3%A9m-e-salinaspa-19-a-261214-com-fotos/
(fim)

BELÉM E SALINÓPOLIS - 1

Esta foi a minha quinta estada em Belém (para Elba, idem), onde nossa filha Natália, advogada e investigadora da Polícia Civil do Estado do Pará, mora com seu esposo Rodrigo Soares.
Caso o leitor queira ler sobre as visitas anteriores que fiz à capital paraense, disponibilizo os links abaixo:
OLÁ, BELÉM
CIDADE DAS MANGUEIRAS
BELÉM E MACAPÁ
PARAMARIBO E BELÉM
BELÉM E SALINÓPOLIS 
Período: 21/09/2018 a 23/09/2018
21/09/2018 (sexta-feira)
O dia de nossa chegada em Belém, às 5h30, em voo da Latam. Rodrigo, esposo de Natália, já nos aguardava no Aeroporto Val de Cans para nos levar ao apartamento em que o casal reside em Nazaré.
Após o café da manhã, o genro saiu para o trabalho, e Elba permaneceu no apartamento com Natália (tinham muito o que conversar) e eu eu saí para um passeio a pé. Começando pela Avenida Governador José Malcher, passando por outras avenidas e praças, e retornando pela Avenida N. Sra. de Nazaré. Foi um roteiro que incluiu o Theatro da Paz, o Palacete Bolonha e a Basílica que já se prepara para o Cirio de Nazaré deste ano.
Selfie tendo ao fundo o Theatro da Paz
Ciceroneados por Natália, almoçamos na Boi Novo Churrascaria da São Brás. É um espaçoso self-service em que fornecem uma grande variedade de carnes, peixes, saladas e outros acompanhamentos. Tem estacionamento próprio.
Em seguida, dirigi-me a uma agência Estilo do BB em Nazaré. Precisava ter acesso a minha conta corrente que, dois dias antes, fora violada por "amigos do alheio".
E o jantar foi no Remanso do Peixe, um restaurante tradicional localizado no Marco de Belém. O acesso de carro não é possível até a porta do estabelecimento que fica no fim de um beco sem saída. Deliciamo-nos por lá com uma caldeirada de filhote para quatro pessoas. O filhote é um peixe muito consumido no Pará. Tem a carne consistente, branca e de excelente sabor.
22/09/2018 (sábado)
Saída de Belém para Salinópolis às 7h20, com uma parada para o café da manhã na padaria Domnato, em Ananindeua, às 8 horas. Prevíamos chegar a Salinópolis (a 230 km de distância) antes do meio-dia. No entanto, uma carreta havia tombado no quilômetro 10 da BR-316, espalhando sua carga de garrafas de cerveja nos dois lados da rodovia, e assim dando origem a um engarrafamento monstruoso por toda Ananindeua e Marituba. Um engarrafamento do qual só conseguimos nos livrar por volta do meio-dia e, por conta disso, fomos chegar a Salinópolis quase às 15 horas.
Para chegar a esta cidade, partindo de Belém, é preciso pegar a rodovia BR-316 e cruzar Ananindeua, Marituba, Benevides e Castanhal, e seguir até o trevo de Santa Maria. Lá, o motorista precisa pegar a rodovia estadual PA-324 até Santa Luzia, onde existe outro trevo. Neste lugar, o condutor deve pegar a PA-124 para chegar a seu destino. Vale ressaltar que a cidade de Salinas (outro nome como Salinópolis é conhecida) fica um pouco distante de suas praias mais famosas. A distância entre a Orla do Maçarico na sede do município e a Praia do Atalaia, por exemplo, é de 16 quilômetros.
(a continuar)

PÁSSAROS RAIVOSOS

Fernando Gurgel Filho
Adoro pássaros.
Acordar, de manhãzinha, com o canto dos sabiás, periquitos, bem-te-vis, joões de barro...
Dá uma paz que somente os pássaros sabem transmitir. E o dia fica sempre mais bonito.
Talvez seja porque os pássaros nos pareçam tão pacíficos.. A não ser para se defender.
Dia desses, vi um sabiá se desentendendo com uma coruja. Ambos no ar se bicando e, ao invés de bonitos chilros, ambos emitindo uma espécie de guincho raivoso.
Pois é... Um sabiá? Quem diria? Talvez estivesse defendendo seu ninho, pensei.
Ontem, para minha surpresa, ouvi os tais guinchos raivosos na lateral da casa e fui lá ver o que era. Para minha surpresa, era o belo sabiá massacrando um filhote de bem-te-vi. Além de pisoteá-lo, dava bicadas bem ferozes no filhotinho.
Corri e espantei o sabiá. O filhotinho, de tão assustado, parecia catatônico. Quase se deixou ficar na minha mão, mas logo se recobrou e voou para uma fresta no telhado. Se escondeu por lá. Parecia estar bem.
Hoje, por acaso, estava saindo para o quintal e - parecia o mesmo sabiá - vi um sabiá levando um inseto no bico. Apesar de eu estar meio perto dele, nem deu bola, continuou andando calmamente. Um pouco mais na frente, parou e me encarou, como se dissesse:
- Qual é, "mermão", tá me encarando porquê? Esse terreno aqui é meu!
Sabia que todo cachorro é territorialista, mas... um sabiá????
Como diria Cícero: "O tempora!, o mores!"
N. do E.
Em minha experiência, se você quiser encontrar um comportamento muito perturbador dentro do reino animal, dirija-se às aves. ~ Yonatan Zunger
O pica-pau não tem dor de cabeça, mas...

JOSÉ GURGEL VALENTE

Meus avós Paulo Pimenta Coelho e Almerinda Gurgel Valente casaram-se, em 1927, em Senador Pompeu, Ceará, onde, inicialmente, montaram casa e passaram a residir. Em 1932, após um tempo de permanência em Morada Nova e em Pacatuba, no interior cearense, sempre em busca de melhores condições para criarem os filhos, vieram morar em Fortaleza. O casal teve sete filhos, dos quais seis foram criados, ainda que atingidos, precocemente, pela orfandade paterna em 17/02/1946, quando se encontravam entre seis e dezessete anos, portanto, todos menor de idade.
Para criar os filhos (Elza, Elda, Elma, Edson, Edmar e Espedito), minha avó Almerinda contou com a ajuda do seu prestativo irmão José Gurgel Valente, sócio-proprietário da firma Siqueira Gurgel, que atuou como um verdadeiro tutor dos sobrinhos. Ele pagava o colégio dos sobrinhos, ajudava na manutenção do Edson no Seminário de Ipuarana, empregava alguns deles na fábrica e ainda cedia , gratuitamente, a casa que lhes servia de moradia.
(extraído de: "Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores")
José Gurgel Valente foi o quinto dos sete filhos (Francisco, Antônio, Claucidia, Almerinda, José, Raimundo e Olímpia) do casamento havido entre José Tristão Gurgel do Amaral e sua prima Maria Gurgel Valente. [Bloco 15]
Casado com Guiomar Aguiar Gurgel Valente, filha de Teófilo Gurgel Valente com Hermengarda Aguiar e irmã de José Teófilo Gurgel Valente (industrial da Usina Gurgel, casado com Odir Diogo, filha de Antonio Diogo de Siqueira, cujo nome é uma bandeira do pioneirismo industrial no Ceará), José Gurgel não teve filhos naturais com a esposa. [Bloco 13]
(extraído de: "Na Trilha do Passado")
É sobre este homem generoso, José Gurgel Valente, que eu quero me reportar nas próximas linhas.
Co-proprietário da Usina Gurgel (razão social Siqueira e Gurgel Ltda,), José Gurgel Valente tinha como sócios José Theóphilo Gurgel (Zequinha) e Eduardo Gurgel. Fundada em 1916, inicialmente como uma empresa têxtil, a Siqueira e Gurgel, após desfazer-se do "acervo têxtil", dedicou-se à produção de sabões e óleos vegetais. A mesa de trabalho do diretor José Gurgel ficava num espaçoso salão que ele compartilhava com vários funcionários da fábrica. Chamava a atenção a quantidade de carimbos que pendiam de um suporte em sua escrivaninha. Ele os usava a todo instante. Imagino que isso incluía carimbar os vales de operários aflitos com o salário que terminara antes do mês.
José Gurgel era conhecido pelo tratamento humanitário que dispensava a seus funcionários.
A casa em que ele morava, com Guiomar e a filha adotiva do casal, de nome Hermengarda, ficava no lado par da Bezerra de Menezes, após o cruzamento desta avenida com os trilhos da Rede Viação Cearense. Era uma casa bonita e confortável. Como a entrada principal da casa costumava estar fechada, o acesso a ela era feito por um portão lateral que dava para a rua Teófilo Gurgel. Nas vezes em que lá estive me deparei sempre com D. Guiomar a cuidar de suas plantas. E havia ainda umas araras que faziam um grande alarido nos poleiros. Em sua residência funciona hoje em dia uma loja da Normatel.
José Gurgel possuía uma chácara na Maraponga aonde ia diariamente. Ao voltar, parava a sua camionete dirigida por motorista particular em frente da casa de sua irmã, vovó Almerinda, para descarregar frutas, leite e outros gêneros alimentícios.
O sítio da Maraponga era dividido por uma estrada que é hoje a Avenida Godofredo Maciel. Uma das partes, aí pela década de 1970, foi desapropriada pelo governo do Estado do Ceará. Ele recebeu uma ninharia pela desapropriação, mas não quis "brigar com o governo", como tinha sido orientado. Em vez disso, resolveu lotear a parte que lhe restou do sítio. Os lotes foram um sucesso de venda, e eu mesmo comprei dois lotes. Na parte que foi desapropriada, o governo construiu a sede principal do Detran.
Tio Raimundinho, que vivia no sítio Catolé, em Senador Pompeu, periodicamente vinha a Fortaleza para cuidar da saúde. Nesta capital, sua primeira providência era visitar o abonado irmão. Deste vinha o adjutório para o que Raimundinho iria gastar com médicos, exames e remédios (embora no final sobrasse algum). Ele, Tia Olímpia e a negra Ventura, a fiel serviçal do sítio, eram sempre socorridos em suas privações por José Gurgel.
Mamãe conta que ele adquiriu um cabriolé, provavelmente fabricado no Rio de Janeiro, para que os Gurgel do sítio Catolé fossem à sede do município para as missas dominicais. Conduzido por Tio Raimundinho, o cabriolé era uma atração na cidade de Senador Pompeu.
Assim era esse grande homem chamado José Gurgel Valente.
http://www.sfiec.org.br/portalv2/images/SindTextil/PDF/OFiarEOTecer.pdf
http://www.siqueiragurgel.com.br/
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/04/outros-produtos-da-siqueira-gurgel.html
http://www.aratubaonline.com.br/2016/07/so-para-recordar-negrinha-do-pajeu.html

CAMINHANDO E APRENDENDO - 20

Em minha caminhada, ao fim de uma tarde de setembro (15), tirei esta fotografia de uma gaiola.
Junto a ela, uma mensagem:
ESTA NÃO É UMA GAIOLA VAZIA, É UM PÁSSARO LIVRE
Várias delas estão penduradas em árvores do Parque do Cocó.

A ABOLICIONISTA MARIA TOMÁSIA

Filha de uma família tradicional de Sobral (CE), Maria Tomásia Figueira Lima (1826 – 1902) foi para Fortaleza depois de se casar com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Na capital, tornou-se uma das principais articuladoras do movimento que levou o Estado a decretar a libertação dos escravos quatro anos antes da Lei Áurea.
Segundo o Dicionário de Mulheres do Brasil, ela foi cofundadora e a primeira presidente da Sociedade das Cearenses Libertadoras que, em 1882, reunia 22 mulheres de famílias influentes para argumentar a favor da abolição.
Ao fim de sua primeira reunião, elas mesmas assinaram 12 cartas de alforria e, em seguida, conseguiram que senhores de engenho assinassem mais 72.
As mulheres conseguiram, inclusive, o apoio financeiro do imperador Pedro 2º para a iniciativa. Juntamente com outras sociedades abolicionistas da época, elas organizaram reuniões abertas com a população, promoviam a libertação de escravos em municípios do interior do Ceará e publicavam textos nos jornais pedindo a abolição em toda a província.
Maria Tomásia estava presente na Assembleia Legislativa no dia 25 de março de 1884, quando foi realizado o ato oficial de libertação dos escravos do Ceará, que deu força à campanha abolicionista no país.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-44091469
Nessa pintura da sessão parlamentar que aboliu a escravidão no Ceará, em 1884, é possível ver diversas mulheres entre os homens. Acervo Biblioteca Nacional
Maria Tomásia é hoje nome de uma rua em Fortaleza, no bairro Aldeota.
http://desenroladas.com.br/feminismo/saiba-quem-foram-mulheres-que-dao-nome-ruas-de-fortaleza/
http://www.consultarcep.com.br/ce/fortaleza/aldeota/rua-maria-tomasia/60150170

SEU SILVA - O MESTRE EDUCADOR DO BAIRRO DE OTÁVIO BONFIM

por Vicente Moraes
QUANDO A TRISTEZA BATER EM SUA PORTA, NÃO TENHA MEDO DE DIZER: DESCULPE, MAS A FELICIDADE CHEGOU PRIMEIRO.
A maior experiência da vida do ser humano tem seu início a partir da família, onde se desenvolve a estrutura moral e educacional.
A extraordinária obra “LUIZ, MAIS LUIZ”, escrita pela ilustre família GURGEL CARLOS DA SILVA, organizada pelos filhos de LUIZ CARLOS DA SILVA, Dr. MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA e Dr. PAULO GURGEL CARLOS DA SILVA, e de todos os familiares, hoje, aqui apresentada, constitui um fenômeno literário raramente igualado. Nesta obra imortal se constrói com muita dignidade o CENTENÁRIO do Dr. LUIZ CARLOS DA SILVA, nosso querido “MESTRE EDUCADOR DO BAIRRO DE OTÁVIO BONFIM”, mais conhecido como seu SILVA. Afirmo, com toda minha convicção – pois sou testemunho, ainda vivo de muitas passagens textualizadas na brilhante obra. O presente livro será recebido com grande entusiasmo pela população do bairro de Otávio Bonfim que viveu os “ANOS DOURADOS E ILUMINADOS” do nosso querido bairro como também pelos familiares e amigos, se impondo silenciosamente como um autêntico “best-seller”. Os temas aqui apresentados se alinham entre os mais variados. São crônicas verdadeiras de quem viveu e conviveu mais próximo desse grande Mestre educador – seu SILVA. Permito-me com o direito de silenciar sobre minhas escrituras publicadas no livro de minha autoria “Anos Dourados em Otávio Bonfim”. Reportar-me-ei somente sobre fatos que me emocionam e traduzem uma riqueza de saudáveis momentos de plena felicidade.
Para complementar estes belos momentos históricos homenageando o patrono da presente obra, detalhada e feita com o mais sublime amor. O certo, certíssimo baseia-se na busca de fontes de um verdadeiro tesouro, onde chega-se à conclusão de que tudo teve sua complementação através da publicação do livro editado no ano de 2008, “DOS CANAVIAIS AOS TRIBUNAIS”, de autoria dos brilhantes filhos de seu SILVA e Dª ELDA GURGEL E SILVA, Dr. MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA E Dra. MÁRCIA GURGEL CARLOS ADEODATO.
SIC TRANSIT GLÓRIA MUNDI - As glórias do mundo são transitórias.
Existem coisas emocionantes na vida do ser humano. Talvez a mais gratificante seja você ter a condição de olhar pelo retrovisor da vida e mensurar a “Linha do Tempo”. Com a devida permissão do Dr. Paulo Gurgel Carlos da Silva, pego este gancho para comentar e dizer de meu orgulho pessoal de ler depoimentos em forma de crônicas de amigos e alunos do querido Instituto Padre Anchieta. O que mais importa é a segurança da análise, o equilíbrio no discernir, a justeza no opinar, a correção expressional. Multicoloridas foram as luzes projetadas no livro “LUIZ, MAIS LUIZ”. São reflexos com brilho uniforme das belas noites estreladas, violadas e cantadas nos versos sertanejos, na pequenina Redenção.
• Como sendo a “Primeira Linha do Tempo”: TARCISO MORAES, a despeito de ser meu irmão foi taxativo e seguro assim opinando:
“Todos os acontecimentos textualizados na presente obra servirão de exemplo para nossos filhos e netos, com uma marca do mais puro sentimento sob a orientação da igreja e de pequenas escolas primárias como o Instituto Padre Anchieta tendo à frente o seu SILVA, que tudo fizeram no sentido de preservar a união família/cristandade com base sólida para um futuro promissor”
• Em seguida temos a “Segunda Linha do Tempo”: Na crônica “O MESTRE E ADVOGADO DO OTÁVIO BONFIM”, Marlene Alexandre Rolim desenvolve sua cultura com aquele anseio de quem procura o amigo que muito quer vitorioso, com a isenção de quem se situa no estreito círculo formado pelos autores e familiares e ao próprio leitor impessoal.
“Nosso querido bairro, Otávio Bonfim, destacou-se na área do saber pela ilustre presença e dedicação de nosso querido Mestre advogado: LUIZ CARLOS DA SILVA. Tornou-se um modelo para seus alunos, tendo em vista sua maneira de ensinar. Homem de vasta cultura. Ele lecionava Português, Matemática, História ou qualquer outra matéria que fosse. Seu saber era quase que ilimitado.
Além de professor querido, seu SILVA foi o meu Mestre das primeiras letras e meu patrão diretor, pois cheguei a lecionar em seu INSTITUTO PADRE ANCHIETA. Foi também meu orientador quando da escolha da minha profissão, e um fiel amigo de todas as horas.
Esse é o perfil de nosso querido Professor Luiz Carlos da Silva, a quem rendo minha homenagem por seu centenário que ora comemoramos.
• Na sequência encontramos na “Terceira Linha do Tempo, (só o final):
O grifo abaixo é do autor (VPFM).
“Seu SILVA, o grande mestre educador, a enciclopédia ambulante do bairro de Otávio Bonfim”.
• Sem sair do ritmo, chegamos a “Quarta Linha do Tempo” onde encontramos a crônica “EU E O INSTITUTO PADRE ANCHIETA (Memórias), uma crônica que traduz uma vivência do Jair Braga de Lima (ex-aluno):
Lá no Instituto Padre Anchieta, o Diretor era o Professor Luiz Carlos da Silva - o seu SILVA, todos assim o chamavam. Nessa mesma ocasião ele já era formado pela Faculdade de Direito do Ceará. Em vista disso, recebia a dedicada ajuda de seu irmão, Professor José Carlos, que foi meu mestre efetivo, e por vezes da carismática Professora Eugênia, que também era sua irmã. Ao dedicado homem que fez da própria vida um hino de amor ao bem fazer, as nossas homenagens, e a minha eterna gratidão por ter me conduzido sempre pelas veredas e caminhos largos, em busca da dignidade, do saber e da educação.
Saudades eternas do Grande Mestre!...
Na “Quinta Linha do Tempo” demonstrando eterno amor pelo bairro de Otávio Bonfim deslizando em suaves águas bentas, na crônica “AS PALAVRAS VOAM, OS ESCRITOS FICAM” na opinião de meu irmão - Mauro Moraes.
Pela bondade infinita do Criador da Vida, sinto-me hoje presente no Instituto Padre Anchieta, tal como estivesse vivendo há 74 anos dos 84 já vividos. Sou um personagem vivo, moldado nessa Oficina de Ciência que foi concebida para preparar grandes transformações sociais. Bendito seja. Santuário dos meus sonhos. Relicário da gratidão e do reconhecimento do seu ex-aluno que, genuflexo, agradece a formação primária dos estudos preparatórios para o Exame de Admissão ao Ensino Secundário prestado no Colégio Cearense Sagrado Coração. Em estado de graça contemplo saudosamente, a Praça, o Relógio, a Igreja e com os olhos marejando lágrima, tenho a visão do seu SILVA adentrando a sala de aulas do Instituto Padre Anchieta. Fonte sagrada, onde viveu o privilégio de chegar, sentar, ouvir e praticar os sadios ensinamentos de um Santo-professor.
Seu SILVA, sou-lhe eternamente grato.
Permaneça com DEUS.
AMÉM...
Finalizando, nos deparamos com a “Quinta Linha do Tempo”. LUIZ CARLOS DA SILVA E O INSTITUTO PADRE ANCHIETA.
Edmar Gurgel Coelho – o Edmarzinho - era o cunhado peralta do seu SILVA, e eu digo ser ele o meu “Anjo da Guarda”, traduz a dignidade de seu reconhecimento e amor pelo bairro e pela família. Puro sentimento de amor.
Lembro-me com saudade do Instituto Padre Anchieta, no início da Rua Justiniano de Serpa, no bairro de Otávio Bonfim, onde comecei nos anos de 1945, juntamente com meus irmãos a alfabetização. Era seu proprietário/diretor, o professor LUIZ CARLOS DA SILVA, conhecido por todos como seu SILVA. Com ele formava o corpo docente do Instituto seus irmãos José Carlos chamado de professor Zezinho e Dª Eugênia, conhecida carinhosamente por Dª Niná. A disciplina aplicada era rígida, valendo narrar que naquele tempo era comum em algumas escolas o castigo físico para os indisciplinados, tais como: puxão de orelhas, palmatória ou ficar de joelhos em cima de tamborete. Tem outra passagem boa em 1961: eu e meu primo Tarcisio Gurgel, estávamos na sala do Instituto, já desativado, preparando-nos para o Concurso do Banco do Brasil. Do famoso livro de Fábio de Melo, tentávamos resolver mais ou menos os 1100 problemas de matemática dos mais variados existentes. O SILVA, ao adentrar viu que muitos exercícios não tinham sido resolvidos. Então afirmou que se lembrava de seus estudos de álgebra ainda do ginásio do Colégio Cearense. A partir desse momento, passou a resolver todos os que apresentávamos. Que ensinamento! Tirei ótimo proveito, sendo aprovado no concurso e assumindo no BB no ano seguinte.
Na presente condição, vimos “LUIZ, MAIS LUIZ”, e como apoteose da obra, afirma-se e confirma-se, o leitor saudosista e amadurecido, a deitar jurisprudência ao lado dos melhores “experts”.
No mais a sensação da leitura foi de agradável deleite.
Parabéns Dr. Marcelo e Dr. Paulo e toda a família Gurgel e Carlos da Silva, pois ainda existe uma esteira de LUZ à frente.
Discurso do escritor Vicente Morais (Tente), proferido em janeiro de 2018, por ocasião do lançamento do Livro do Centenário de LCS.

PLENÁRIO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ (14/08/2018)

Os 100 anos de nascimento do advogado e professor Luiz Carlos da Silva foram celebrados em sessão solene nesta terça-feira (14/08), no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa. O evento atendeu a requerimento do deputado Heitor Férrer. Ler mais.
Flagrantes
1 - Mesa da solenidade no momento do Hino Nacional (da esquerda para a direita): Paulo Gurgel, Sérgio Gurgel, deputado Heitor Férrer (autor do requerimento), Roberto Victor Ribeiro e Vicente Moraes. Foto: Leomar
2 - Filhos do homenageado ao término da sessão (da esquerda para a direita): Magna, Mirna, Germano, Sérgio, Márcia, Marcelo (com o certificado), Paulo, Mêuris, Luciano e José. Foto: Leomar

O CARIMBADOR POETA

Vou chamá-lo de Carimbador Poeta, em alusão ao "Carimbador Maluco", do roqueiro Raulzito. Não fosse a citada referência, melhor seria inverter a ordem dos termos para chamá-lo de Poeta Carimbador.
Ele foi uma dessas pessoas que eu vi somente uma vez na vida. Como muitas outras, aliás.
Sentou-se à mesa em que eu estava no Estoril, onde eu batia ponto nas noites de sexta-feira, (*) e declarou-se um outsider. Em seguida, da surrada mochila que trazia consigo, ele sacou algo que eu não identifiquei de imediato o que seria.
Seria um livro? Era.
Tinha uma capa de papelão preto, em que se lia AQUI ESTOU DEVAGAR SE ATROPELA COM CARINHO, e o formato quase quadrado.
Pus-me a folhear o livrinho que, entre outras esquisitices, continha folhas de diferentes qualidades que se alternavam.
Era um livro de micropoemas.
O prefácio como que a traduzir o espírito do autor:
Quando me perguntam / como é que eu estou / respondo que estou bem / no meio da confusão / com um olho na polícia / e outro no ladrão.
Uma particularidade: o livro não era o produto de uma gráfica convencional. Nem de um mimeógrafo, o invento de Thomas Edison em 1876 que, tempos depois, deu sustentação a uma geração de poetas marginais no Brasil.
Strictu sensu, o poeta não pertencia à geração mimeógrafo. Daí aqueles poemas e ilustrações terem sido impressos por uma equipe de colaboradores... com carimbos!
E o preço?
Uma pechincha. Sem entrar no mérito do conteúdo, só pela originalidade.
Guardo até hoje o meu exemplar autografado. É o 161/250. No qual encontrei os nomes de quem versejou, programou, carimbou e recitou-o em via pública.
Moral da história - O Estoril era uma festa.
(*) Onde andam Sitônio, Alemão e Baleia, o expedito trio de garçons do Estoril?

FICHA TÉCNICA
POETA Carlos Erre Vaz
PROGRAMADOR GRÁFICO VISUAL Parrote
CARIMBOS Dulcemira Ltda.. Rua Aurora, 182
TIPÓGRAFO DI Guilherme
CARIMBADORES Parrote, Edson, Selma e Carlos
RECITAIS DE RUA Selma Bustamante e Carlos
São Paulo, Fim de 1982



SESSÃO SOLENE ALUSIVA AO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE LUIZ CARLOS DA SILVA

CONVITE

O Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE), deputado José Albuquerque, atendendo ao requerimento do deputado Heitor Férrer, Presidente da Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano, convida para a sessão solene alusiva ao centenário de nascimento do advogado LUIZ CARLOS DA SILVA, a realizar-se às quinze horas do dia quatorze de agosto de 2018, no Plenário 13 de Maio.
Coordenadoria de Cerimonial
Local: Edifício Senador César Cals
(entrada pela Rua Barbosa de Freitas)
Traje: passeio completo

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sexta-feira, 20 de novembro de 2020 
por Marcelo Gurgel

CASAMENTO DE MARINA E CLAYTON

A cerimônia de casamento de Marina e Clayton, ela - filha de Luciano Gurgel Carlos da Silva e Francisca Elsa Gurgel Cavalcante, e ele - filho de Francisco Clayton Quariguazi Alves e Maria Olga Araújo Quariguazi Alves, será realizada hoje (4), às 15 horas, na Paróquia Nossa Senhora das Graças e São Pedro, Estrada Tabuba Caranguejo - Praia da Tabuba, em Caucaia, Ceará.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Solarium Tabuba (Casa do Lycio), na Rua Barão da Tabuba, 722 - Praia da Tabuba.
05/08/2018 - Atualizando esta notícia com a inserção de uma fotografia.
Foto PGCS

PARACURU É MUITO MAIS QUE O AZUL DE ZANZIBAR

Nos velhos tempos, meu Carnaval durava só um dia. Hoje nem isso.
Pois que seja para matar a saudade de um dia de Carnaval em que estive no Ronco do Mar, em Paracuru: a canção Zanzibar.
Neste vídeo, Fausto Nilo canta esta inesquecível canção, que ele compôs com Armandinho, acompanhado por dois amigos meus: o pianista e médico Antonio José e o violonista Nonato Luiz.
Feliz constelação.

SÁBADO EM PARAIPABA E PARACURU

Havia um convite pendente de Luciano para que o acompanhasse num passeio em Paraipaba e Paracuru. Aos sábados, este meu irmão tem como rotina levar uma de suas filhas, a médica ginecologista Marina, a estas duas cidades onde ela realiza atendimentos. No dia 21, com o nosso irmão petroleiro (Germano, que é gêmeo de Luciano) incorporado ao grupo, o passeio finalmente aconteceu.
Partindo bem cedo de Fortaleza, acessamos a CE-085, também conhecida como Via Estruturante, e passamos por Garrote (distrito de Caucaia), Pecém (distrito de São Gonçalo do Amarante), área rural de Paracuru até chegarmos a Paraipaba, onde Luciano parou o veículo para Marina comprar um queijo defumado no "Vaca na Rede". A partir desse estabelecimento, pegamos outra rodovia, a CE-162, pela qual chegamos à sede de Paraipaba.
Vimos muitos coqueirais pelo caminho. Luciano comentou que Paracuru e Paraipaba eram os principais fornecedores de cocos para as barracas de praias de Fortaleza.
Após deixarmos Marina numa UBS em Paraipaba, fomos a um quiosque na praça principal da cidade para um desjejum à base de caldo de carne, tapiocas om queijo e café. Conhecida por ser um lugar aconchegante e propício ao descanso, Paraipaba costuma receber um bom número de visitantes que aproveitam para conhecer suas belezas naturais. Dentre elas, estão as praias de Capim Açu e da Lagoinha e a Lagoa das Almécegas.
Pela rota de Camboas, demos uma passada na praia de Capim Açu. Praia deserta, naquela manhã de sábado de uma alta temporada. Conversamos com um nativo que vigiava um casebre para que o madeirame não continuasse sendo surrupiado por ladrões. Quanto à Lagoa das Almécegas, não foi consenso do grupo ir conhecê-la apesar dos encantos descritos.
Com seus restaurantes, bares, pousadas e hotéis (em número de quatro, segundo o irmão cicerone) é Lagoinha a praia mais procurada de Paraipaba.  Uma obra em seu calçadão, recém executada pelo governo do Estado do Ceará, tornou-a ainda mais visitada. Nossa horas seguintes foram passadas no restaurante Lajedo, que tem a opção de servir na praia. O atendimento é bom, os preços são justos e a casa prioriza a MPB. Almoçamos pargo frito, com baião de dois e macaxeiras.
Por volta das 13 horas, fomos com Luciano buscar a filha em Paraipaba.
Luciano, Paulo e Germano. Caminhando contra o sol
Nas tardes de sábado, minha sobrinha dá consultas em uma clínica popular no centro de Paracuru, na qual fomos deixá-la. Com a temperatura em ascensão, interrompemos a caminhada para refrescar a boca com sorvetes.
Paracuru é o município que deu origem a Paraipaba. Numa comparação entre eles, tem-se uma melhor impressão do município-mãe, e aqui vai uma curiosidade. Dos vinte municípios cearenses banhados pelo Oceano Atlântico, só dois apresentam a sede no litoral: Fortaleza e Paracuru. Camocim, quase. Camocim tem sua avenida Beira-Mar, mas esta fica na foz do Rio Coreaú.
Dentre as praias de Paracuru, destaco a Ronco do Mar e a Quebra Mar.
Pequena e movimentada, a Praia do Ronco do Mar fica na sede de Paracuru e conta com um bom número de barracas para atender aos banhistas. Suas ondas são boas para o surfe, o que a torna muito procurada pelos surfistas inclusive para a realização de campeonatos. Já a Praia Quebra Mar é o ponto de encontro dos praticantes do kitesurf. Nela está localizada a barraca Quebramar, que oferece a estrutura necessária para o aprendizado e a prática deste tipo de esporte. Esta barraca foi o cenário de nossa conversa ao entardecer plenamente regada a água de coco.
http://www.portalparacuru.com.br/praias_paracuru.html

9.ª EDIÇÃO DO DICIONARIO DE GÍRIA, DE JB SERRA E GURGEL

Foto: DN
A 9.ª edição do Dicionário de Gíria contem 34.268 verbetes contra 33.000, da 8.ª edição,  de todos os estados brasileiros, além de 1.171 gírias de Portugal, do passado e do presente, 247 de Angola e 211 de Moçambique, com gírias de todas as tribos ou grupos, sendo a maioria do Rio de Janeiro com 2.613. Pela 1.ª vez, o prof. JB Serra e Gurgel (foto) incluiu gírias das redes sociais, muitas em inglês, ressaltando que desde 1912, quando se publicou o primeiro Dicionário de Gíria, do Brasil – Gíria dos Gatunos Cariocas, de Elysio de Carvalho, foram incorporadas gírias de argentinos, italianos e espanhóis.
Há muita discussão sobre efeitos das gírias das redes sociais língua portuguesa, mas o prof. JB Serra e Gurgel descarta que produzam efeitos nefastos sobre a língua. O que está acontecendo é outra coisa, afirmou: "cada vez mais os brasileiros leem menos e isto contribui para redução do seu equipamento linguístico. Este processo está se agravando dia a dia e nada, rigorosamente nada, é feito pelos que teriam obrigação de defender a língua portuguesa, seja no Brasil ou em Portugal. As redes sociais tendem a simplificar, a racionalizar e a efetivar uma intensa transplantação cultural. Há muito tempo que observamos esta transmigração que, com as redes sociais, foi intensificada levando alguns especialistas a inferir que teremos uma degradação da língua no curto prazo".
A língua portuguesa continua muito rica, seja a viva ou a morta, com um patrimônio de mais de 500 mil verbetes. Os Dicionários da língua viva beiram os 250 mil verbetes.
A gíria, neste processo, atua como modismo linguístico, gerando novas palavras que vão se incorporando à língua falada e, mais tarde, à língua escrita. O modismo agrupa as expressões usadas por grupos fechados ou abertos. No Brasil, é muito densa as contribuições do regionalismo, que segue forte, vindo a seguir os modismos dos grupos abertos – malandros, sambistas, grafiteiros, surfistas, punkeiros, rappers, funkeiros etc e, nos nossos dias, os modismos das redes sociais, os universais em inglês, e as reduções, contrações e aglutinações etc.
O Dicionário tem 2.613 verbetes do Rio de Janeiro, 656 do Ceará, 403 de São Paulo, 252 do Distrito Federal, 206 de Minas Gerais, 206 da Bahia, 191 do Amazonas, 110 de Paraná, 109 do Pará, 103 de Goiás, 55 do Maranhão, 46 de Rondônia, 39 de Pernambuco, 37 do Espirito Santo, 32 da Paraíba, Roraima 7 , Amapá, 5 de Alagoas e 5 do Acre. Há ressaltar que muitas das expressões do Ceará são comuns no Nordeste
Entre os verbetes mais fortes estão os relativos a mulheres – 1645; mulheres bonitas – 125; mulheres feias – 122; malandros – 1.265; mané – 156; vagabundo – 222; dinheiro - 755; futebol – 556; corrupção – 1.201; propina – 44; corrupto – 84; ladrão – 194; corno – 479; chifre – 132; marido traído – 184; homens – 422;, morro – 148; policias – 177; bandidos – 163; prisão – 29; traidor – 25; delator – 66; bêbado – 263; bebum - 40; sogra – 28; safado – 71; cheques – 169; funk – 222; rapper – 91; surfista 82; redes sociais – 185 e homossexual – 329.
O prof. JB Serra e Gurgel revela que "o politicamente correto" não influi no processo de dicionarização, que está bem acima de contexto restrito, com viés de censura. No tempo da Inquisição, em Portugal, um sem número de expressões foram banidas da língua portuguesa e viraram as "Infermidades" ou enfermidades da língua. “O politicamente correto está neste mesmo plano de censura, processo inaceitável para quem trabalha com linguística, patrimônio imaterial de povos e nações. Não é sem razão que o Dicionário contém muitas expressões "pesadas e palavrões ou, como se diz em Portugal, muitos calões".
JB Serra e Gurgel nasceu em Acopiara/CE, estudou no Crato, no Seminário, e em Fortaleza, no Colégio Lourenço Filho e no Liceu, foi para o Rio de Janeiro e graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em Fortaleza, fez jornalismo na Gazeta de Notícias, em O Estado e na Radio Dragão do Mar. No Rio, trabalhou na Ultima Hora, na sucursal do Diário de São Paulo, com Ibrahim Sued em O Globo e na TV Globo. Trabalhou no IBC, na EMBRATUR e no INSS antes de entrar para o Ministério da Previdência e Assistência Social. Em Brasília, foi professor de Comunicação da UNB e assessor de 15 ministros de Estado e trabalhou com dois Presidentes da República no Palácio do Planalto. Começou a elaborar o Dicionário de Gíria em 1990 e não parou mais.
Serviço
O Dicionário, com 820 paginas, pode ser adquirido por e-mail:
serraegurgel@gmail.com ou gurgel@cruiser.com.br
Custo R$ 75,00 com frete incluso, informando por e-mail depósito ou transferência e endereço do comprador.

DICIONÁRIO DE GÍRIA. LANÇAMENTO DA 9ª EDIÇÃO

Local: Livraria da Travessa
Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 572 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ, 22410-002
Dia e horário: 19 de julho, às 19 horas
Telefone: (21) 3205-9002

RODOLFO TEÓFILO, UM SANTO DE CASA

Rodolfo Teófilo nasceu em Salvador, em 6 de maio de 1853, e faleceu em Fortaleza, em 2 de julho de 1932.
Misto de cientista, escritor, industrial e divulgador científico, Rodolfo Teófilo veio para o Ceará com apenas 15 dias de idade. Cedo ficou órfão, tendo de trabalhar como caixeiro para sobreviver.
Rodolfo Teófilo formou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia. Depois de retornar ao Ceará, empreendeu uma batalha pessoal contra a varíola, lutando contra o medo da vacina, sem recursos, em tempo de seca, fome, da migração em massa e das péssimas condições de higiene no Estado. Em 1862, a cólera vitimou quase um terço dos seis mil habitantes de Maranguape – cidade nas cercanias de Fortaleza. Em 1878, a varíola mataria um quinto da população da capital cearense.
Rodolfo Teófilo combateu praticamente sozinho a varíola em Fortaleza, no final do século XIX e início do século XX. Sem apoio do poder público, montado em seu cavalo, cuidou sozinho da vacinação em massa pelos bairros pobres de Fortaleza durante os três primeiros anos do século XX. Só em 1902 vacinou 1940 pessoas, não sendo registrado nenhum caso de varíola na capital cearense naquele ano.
Obstinado ainda encontrou tempo para escrever 28 livros, aderir à causa abolicionista e participar da Padaria Espiritual – espécie de agremiação literária que, pelo comportamento irreverente de seus membros, antecipa o modernismo no Brasil. Como se não bastasse, foi o inventor da cajuína – não só do produto, como também do nome.
Texto: Os Cientistas na Terra da Luz, SEARA DA CIÊNCIA
http://www.searadaciencia.ufc.br/imortais/imortaismap.html
http://blogdomarcelogurgel.blogspot.com.br/2017/12/cearense-por-opcao.html
https://gurgel-carlos.blogspot.com.br/2018/04/casa-de-rodolfo-teofilo-na-pajucara.html
Imagem: Rodolfo Teófilo, um dos 22 cientistas do mural do cartunista Valber
Vídeo: RODOLFO TEÓFILO
Primeiro volume da coleção "Santo de Casa", produzida pela Seara da Ciência, órgão de divulgação científica da Universidade Federal do Ceará. Neste vídeo, o legado de Rodolfo Teófilo é apresentado por Lira Neto, jornalista, escritor e seu biógrafo.

Ver também: Documentário "Rodolpho Teóphilo - O legado de um pioneiro"
https://youtu.be/es1ps-xz1lg

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - 70 ANOS DE FUNDAÇÃO

Prof.ª Valéria Goes Ferreira Pinheiro
Diretora da Faculdade de Medicina da UFC
Nos idos de 1930, a sociedade cearense iniciou movimento liderado pelo Dr. Jurandir Picanço para dotar o estado de uma Faculdade de Medicina e assim melhorar a saúde de nossa gente, sonho finalmente realizado em 12 de maio de 1948 com a conferência proferida pelo prof. Alfredo Alberto Monteiro, então diretor da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro). Depois, por iniciativa do governo federal, a Faculdade de Medicina (FAMED) passou a compor em dezembro de 1954, juntamente  com a Faculdade de Direito, a Escola de Agronomia e as Faculdades de Farmácia e de Odontologia, a recém criada "Universidade do Ceará". [...]
Tendo funcionado inicialmente num casarão vizinho ao Theatro José de Alencar, a FAMED se instalou definitivamente em 1957 no Porangabussu, onde foi construído o Hospital das Clínicas e, depois, a Maternidade Escola Assis Chateaubriand. O Complexo Universitário Walter Cantídio é hoje no Ceará o principal polo de formação médica especializada ao nível de residência médica, onde um total de 264 residentes recebem treinamento e prestam assistência médica à população em 46 áreas distintas.
Nas imediações da FAMED, situam-se o Instituto do Câncer do Ceará (ICC), o HEMOCE e o Hospital São José de Doenças Infecciosas, com as quais mantém ampla interação acadêmica.
Com imenso orgulho, registramos ter formado, ao longo desses 70 anos, mais de 8.100 médicos, 1.558 mestres e 478 doutores que têm contribuído de forma notável na melhoria da saúde e no desenvolvimento científico do Ceará.
(extraído do Jornal do CREMEC, n.º 128, de março/abril de 2018)