MENSAGEM DE SAUDADE A TIA ELZA

Elzinha,
Teus irmãos e irmãs, cunhados e cunhadas, sobrinhos e sobrinhas e amigos devem ter muito a lembrar e falar do privilégio de tua convivência.
Quiçá, as opiniões de todos coincidam com as lembranças de um sorriso puro, gestos simples e conversa agradável que foram características marcantes dos teus 84 anos.
Características que, acrescidas de muitas outras, estiveram harmoniosamente dosadas na tua esperança e confiança nas pessoas e em dias melhores e, principalmente, na tua fé em Deus.
Fé esta tão viva e tão forte que, muitas vezes, nos passava a sensação de como somos pequenos frente às dificuldades e provações da vida.
Embora muito tempo sofrendo com a doença, cuidaste com zelo da nossa querida Almerindinha, realizaste teus trabalhos na Siqueira Gurgel por 30 anos e, semanalmente, dedicaste às atividades de catequese, da Ordem Terceira, dos Grupos de Evangelização, além de coroações de Nossa Senhora, novenas e trezenas e celebrações natalinas.
Recordamos e comprovamos a tua fortaleza nas consultas, exames, tratamentos e cirurgias.
Apesar das debilidades físicas que retiravam as tuas energias, continuavas, sempre otimista, acreditando que em algum momento vencerias a crueldade da doença.
E, realmente, venceste! Venceste, a tua maneira!
E, assim, nos prestigiaste com o teu exemplo de vida, de amor e respeito a Deus e ao próximo.
E, hoje, todos que te amam, te dizemos até breve, até nosso reencontro com o Pai.
Eternas saudades.
Mensagem de sua sobrinha Mirna Gurgel, lida por esta após a missa de sétimo dia, celebrada em sufrágio da alma de Elza Gurgel Coelho, ontem, dia 24/08/2013, na Igreja Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza.

ESTÓRIAS ESCULAPIANAS


Ontem (23), aconteceu no Restaurante Dallas Grill, em Fortaleza, a concorrida noite de autógrafos de “Estórias Esculapianas”, do médico e economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva, uma obra literária premiada pelo VIII Edital de Incentivo às Artes, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
A Unicred Fortaleza e a Academia Cearense de Medicina apoiaram o lançamento do livro, cuja renda foi revertida para as ações beneficentes e evangelizadoras da Sociedade Médica São Lucas.
O livro e o autor foram apresentados pela Profa. Giselda Medeiros, integrante das Academias Cearense e Fortalezense de Letras.
A seguir, um trecho dessa apresentação pela Acad. Giselda:
"O autor sabe manejar, tão bem, a linguagem, os diálogos de suas personagens que pensamos ter em mão uma fotografia, a nos mostrar o poder que nele se manifesta, para dar a esses personagens de papel, um sopro de vida. Desse modo, em sua vivência, o médico busca aproximar medicina e literatura, porque esta o leva a imergir em águas mais profundas, de onde vem à tona mais humano, mais livre e revigorado."
VÍDEO por Ana Margarida Arruda

ELZA GURGEL COELHO

 25/06/1929, Senador Pompeu - CE
 17/08/2013 - Fortaleza - CE
Com grande pesar, registro aqui o falecimento de ELZA GURGEL COELHO.
O óbito aconteceu hoje (17), às 4 horas, na Uniclinic, o hospital em que ela esteve internada nas últimas semanas.
Era filha de Almerinda Gurgel e Paulo Pimenta Coelho, sendo minha tia pelo lado materno.
Não casou-se nem deixou descendentes. Morou em Otávio Bonfim até mudar-se para a Parquelândia, algum tempo após a morte de Almerinda, a quem Elza cuidava com dedicação e carinho.
Apesar de ser portadora de uma doença crônica, progressiva e invalidante, ela trabalhou com afinco na Siqueira Gurgel, aposentando-se por tempo de serviço.
Católica praticante, participou dos trabalhos evangélicos e pastorais da Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Otávio Bonfim, enquanto suas condições físicas lhe permitiram.
O seu sepultamento será hoje, às 16h30, no Parque da Paz. Antes, haverá a celebração de uma missa de corpo presente na capela do cemitério.
Tia Elza será lembrada sempre por seu otimismo, amor à família e pelo extraordinário exemplo de vida que nos deu.
Descanse em paz, tia Elza.

A NOVA RECEITA PARA UMA VIDA SAUDÁVEL

Miguel fora convocado para prestar o serviço militar como oficial médico (tenente R2) de um hospital regional do Exército. Quando acadêmico de medicina, ele granjeou a fama de gozador, liderando as molecagens e as brincadeiras dentro da turma. Mas tudo indicava que, com a obtenção do diploma de médico, uma drástica metamorfose havia-se operado nele, deixando-o sisudo e responsável (o que inclusive provocava estranheza entre os ex-colegas de faculdade).
Na caserna, ele era um “caxias”, mais vibrador do que muitos oficiais de carreira. Achava que, com os seus 45 dias do estágio de adaptação e serviço, assimilara mais conhecimentos específicos do que os militares das armas em quatro anos de AMAN.
Agora, estava sob seu "comando” uma grande enfermaria de soldados em que Miguel, ao menor indício de quebra de disciplina, não hesitaria em aplicar os rigores do Regime Disciplinar do Exército. O RDE - com tolerância zero, portanto.
Um dia, chamado para prestar uma informação na direção do hospital, Miguel precisou afastar-se da enfermaria, por um breve período. Ao voltar, verificou que uma maçã, que deixara sobre o seu birô de trabalho havia sumido.
Aquela maçã era a sua merenda daquela manhã. E, provavelmente, já estava a sofrer a ação do suco gástrico de algum soldado faminto e esperto.
Fez de tudo para descobrir o responsável: Quem foi? Quem não foi? Mas, ninguém assumia a autoria do delito. E, o que era pior, ninguém dedurava o companheiro de enfermaria.
Miguel decidiu aplacar a crescente ira, impingindo uma penalidade grupal. Para isso, concedeu uma autorização especial de saída a todos os soldados baixados à enfermaria. A fim de que fossem a um supermercado próximo comprar maçãs, evidentemente com os recursos de seus próprios soldos.
No retorno, cada praça depositou uma maçã sobre a mesa do médico. Eram tantas, que ele, se desejasse, poderia levá-las para a casa, onde a sua afetuosa mãezinha poderia preparar uma apfelstrudel.
Foi aí que Miguel lembrou-se de si próprio em seus bons tempos de universitário, quando ele estava sempre a pegar peças nos colegas. E... se ele fosse um daqueles soldados, envolvidos na punição coletiva, o que faria ao ser assim apenado? No mínimo, só entregaria a maçã depois que ela estivesse muito bem lavada em... um jato miccional!
Pensando em tal hipótese, Miguel devolveu as maçãs aos soldados para que eles, em sua presença, as consumissem.
É, parece que um velho aforismo médico tem mesmo que ser atualizado. NÃO comer uma maçã diariamente é a novareceita para uma vida saudável.
Bônus
Junte-se a nós nesta Viagem ao Centro de uma Maçã.

BENJAMIN CONSTANT E TABATINGA. BREVE HISTÓRIA DE DOIS HOSPITAIS

O Hospital de Guarnição de Tabatinga foi criado pelo Decreto nº 66.510, de 28 de abril de 1970, no município de Benjamin Constant, tendo iniciado suas atividades em 1º de julho do mesmo ano. De 1970 a 1982, o Hospital funcionou na sede do município, no prédio da Unidade Mista de Benjamin Constant, da FSESP, com o trabalho conjunto de médicos do Exército e de funcionários da Unidade Mista. Administrado pelo Comando de Fronteira do Solimões (CFSol), sediado em Tabatinga, distrito de Benjamin Constant, continuou a atender principalmente a população civil (como nos tempos da FSESP).
Em 10 de julho de 1982, o HGuT foi transferido para a cidade de Tabatinga-AM (ex-distrito de Benjamin Constant). A sua autonomia administrativa foi obtida em 1º de janeiro de 1987. Hoje, aos 43 anos de existência, além de atender a comunidade militar do Alto Solimões, constitui uma importante unidade hospitalar de referência para a região, particularmente para a cidade de Tabatinga, fronteiriça entre Brasil, Peru e Colômbia, banhada pelo rio Solimões e localizada junto à cidade colombiana de Letícia.
Quanto ao prédio anterior do HGuT, em Benjamin Constant, é atualmente a sede do Hospital Geral de Benjamin Constant Dr. Melvino de Jesus, um hospital público de 34 leitos (V. ficha do estabelecimento no CNES), sob gestão municipal.
Causos da Amazônia
RECEBENDO A CARGA
O PAI DO VENTO
PIUM E CARAPANÃ

NASCIMENTO DO LUCAS

Campinas - SP, 2 de agosto de 2013
Lucas chegou hoje e é a carinha do Rafael quando nasceu. Ele e a Melissa estão bem e deixam a maternidade no próximo domingo. Só temos a agradecer a Deus por ele ser uma criança saudável. É o caçulinha da família. Por enquanto, até que as noivinhas de dezembro e junho (Marcela, Vanessa e Natália) entrem na fila.
Abraços a todos.
Nando e Márcia
(mensagem enviada por e-mail)
N. do T.
O nome e o mês/dia do nascimento do Lucas já foram colocados em Aniversários, no front page do Linha do Tempo.

RECEBENDO A CARGA

O fato aconteceu no Hospital de Guarnição de Tabatinga (HGuT), na sede do município de Benjamin Constant, Estado do Amazonas  No hospital em que, inicialmente, funcionou a Unidade Mista de Benjamin Constante, da FSESP, o qual, por estar situada em área estratégica de fronteira, em 1970, o governo federal decidiu passá-lo à administração militar.
O ano era 1974, e para lá eu fora transferido, deixando para trás o Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro.
À época, o meu posto era o de primeiro tenente médico. Mas, ao chegar ao HGuT, por ser o oficial médico mais antigo da unidade, tive então de assumir a direção do hospital, recebendo-a de um colega gaúcho, o cirurgião Antonio Bonilha.
Na condição de novo diretor, coube-me também a obrigação de receber a carga do hospital. Para quem não conhece o jargão da caserna, o termo carga equivale ao tombamento dos bens de uma instituição civil.
Com essa obrigação, por vários dias, eu cumpri uma verdadeira maratona, acompanhando o ex-diretor nas tarefas da passagem de carga. Significando isso: conferir a existência e o estado do material hospitalar em conformidade com as fichas de registro.
Nunca, eu imaginara que aprenderia, num único lapso de tempo, tanta nomenclatura medico-hospitalar. Tantos nomes de objetos que eu até então ignorava, principalmente quando percorri o Centro Cirúrgico e o Gabinete Odontológico. Para mim, por exemplo, mocho seria o quê? Uma coruja. Mas, na carga do hospital, era aquele banco redondo e giratório, sem encosto, no qual o dentista se senta.
No HGuT, o bem de maior valor era um equipamento de RX fixo, considerado como sendo de última geração. Mas não fazia parte da carga que eu estava a receber, justamente por não ter sido comprado pelo Exército (tinha sido uma doação do FUNRURAL).
No entanto, faziam parte da carga oficial do nosocômio inúmeros pequenos objetos, como um crucifixo "da marca INRI”.
Nessa altura do trabalho, eu já me dera conta de que a coisa toda fora longe demais. Mas a gota d’água, que fez transbordar minha paciência, foi quando o cirurgião Bonilha me apresentou um certo... "espeto para fixar papéis". Nada mais, nada menos do que um pedacinho de arame enferrujado.
"Essa, não!" - pensei em voz alta. E, de imediato, relacionei para a descarga o inservível objeto. O que tanto podia ser excluí-lo da carga quanto descarregá-lo no sistema hidrossanitário do hospital.