PROEZAS NÃO TENHO

Foto: Wikipédia
Um dia, ali pela década de 1960, telefonei para o poeta e jornalista Antonio Girão Barroso (foto), marcando um encontro com ele. Não o conhecia pessoalmente. O assunto: desejava mostrar ao poeta uma música que eu compusera para um de seus poemas.
Era um poema que tinha estes versos:
Proezas não tenho / minha vida é assim.
Antonio Girão morava no Centro, numa casa ao lado da Rádio Uirapuru. E, na hora combinada, estávamos eu e o violonista Cláudio Costa, a quem cabia me acompanhar (posto que eu ainda não tinha versatilidade para tanto) na apresentação da inédita canção ao poeta compelido a parceiro.
Finda a audiência, Antonio Girão disse que gostara muito da música. E autorizou-me, verbalmente, a fazer o uso que eu julgasse necessário à divulgação da mesma.
Quer dizer, nada. Pois essa canção, por desídia minha, é algo que hoje só vagamente sobrevive em minha cabeça.
À saída, o poeta me perguntou o que eu achava de Caetano Veloso.
Sem saber o que ele também achava do "antigo compositor baiano", eu lhe respondi que não era a favor nem contra, muito menos, pelo contrário.

BOAS LEITURAS

CONTRA A PERFEIÇÃO - Ética na era da engenharia genética. Ninguém é perfeito, e neste livro Michael J. Sandel argumenta de forma instrutiva e envolvente que ninguém deveria ser.
Um belo presente de Natal que recebi da amiga Maristane Macedo.
ANTOLOGIA POÉTICA - Prêmio Sarau Brasil 2013. O resultado de um processo seletivo que confirma a vitalidade da poesia no Brasil.
Um dos autores é Fernando Gurgel Filho, cearense radicado em Brasília e também colaborador de Linha do Tempo.
Meus agradecimentos a Maristane e Fernando.
PGCS

"MEIA-VOLTA, VOLVER!"

Médicos Contam Causos da Caserna
...  Por trás dos muros altos, das guaritas com sentinelas, do corpo da guarda das unidades militares, onde os pilares da hierarquia, disciplina e rigidez dos horários são levados ao fiel cumprimento de servir à Pátria pelos cidadãos fardados, Marcelo Gurgel mostra o lado engraçado do dia-a-dia de hospitais e quartéis, através de fatos narrados por médicos que, em sua ampla maioria, serviram ao Exército e à Aeronáutica.
... Aos leitores de "Meia-Volta, Volver!", a certeza de que terão momentos de leitura prazerosa de acontecimentos de uma instituição de credibilidade secular inabalável, que é o grupo formado pelas Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica).
Francisco Einstein do Nascimento
Tenente Coronel Farmacêutico do Exército Brasileiro
Autores (17)
– Ana Margarida Furtado A. Rosemberg
– Breitner Gomes Chaves
– Erik Frota Haguette
– Fernando Antônio Siqueira
– Francisco Jean Crispim Ribeiro
– Francisco José Costa Eleutério
– Francisco José P. de Andrade Reis
– Francisco Sérgio R. de Paula Pessoa
– José Adão Lopes
– José Luciano Sidney Marques
– José Ramon Porto Pinheiro
– Luiz Gonzaga Moura Jr.
– Luiz Gonzaga Porto Pinheiro
– Marcelo Gurgel Carlos da Silva (org.)
– Natanael Charles Monte Cruz
– Paulo Gurgel Carlos da Silva
– Walter Gomes de Miranda Filho
Ficha técnica
Capa: Isaac Furtado | Projeto e editoração: Gilberlânio Rios | Revisão: Marcelo Gurgel e Márcia Gurgel Adeodato | Tiragem: 500 exemplares | Gráfica: Expressão | Ano: 2013 | ISBN: 978-85-901655-7-6 | Lançamento: 09/12/2013, às 19h30, no Auditório do Edifício-Sede da Unimed Fortaleza

DIONÍSIA E A PRESENÇA DE ACOPIARA NA SIQUEIRA GURGEL

por JB Serra e Gurgel
(jornalista e escritor em Brasília)
João Francisco de Souza nasceu no Icó em 24 de junho de 1897, filho de Antonio Francisco de Souza e Ana do Rosário de Souza. Dionísia Gurgel Valente nasceu em Quixeramobim em 1900, filha de Henrique Gurgel do Amaral Valente e Joana Gondim, tendo como irmãos Francisco, Almerinda, Minervina, Mariinha, Francisca, Antonia, Lídia, Eduardo, Perpétua e Raimundo. Em 1908, Henrique, que fornecia secos e molhados para os trabalhadores da estrada ferro, em construção, chegou com a família a Afonso Pena, depois Acopiara. A estrada foi inaugurada em 1909.
No final da década de 1910, João de Souza chegou a Afonso Pena e, através de seu futuro sogro, Henrique, conseguiu emprego na prefeitura, sendo responsável pelo plantio de árvores e manutenção da praça Monsenhor Coelho, onde fica a igreja matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, principal referência de Acopiara. Nas horas vagas, era seresteiro festejado.
Em 6 de maio de 1972, João de Souza casou-se com Dionísia. O casal teve os seguintes filhos: Fernando, (*) nascido às 21 horas de 29 de janeiro de 23; Agenor, às 8 horas de 1º. de fevereiro de 24; Valmir, às 14 horas de 27 de julho de 25; Aldemir, às 21 horas de 30 de julho de 26; Terezinha, às 13 horas de 23 de dezembro de 29; Almir, às 19 horas de 23 de dezembro de 31; Henrique, às 4 horas de 23 de abril de 34; Maria Otília às 15 horas de 17 de dezembro de 35; Zélia, às 21 horas de 22 de dezembro de 37; Mariinha, às 2 horas de 18 fevereiro de 40; Nair, às 14 horas de 23 de outubro de 41 e Clarice, às 3 horas de 23 de agosto de 43.
João e Dionísia viveram modestamente em Acopiara até 1942, quando incentivados por Waldizar Brasil, então chefe da estação da EFB, depois RVC, cunhado de Dionísia, casado com sua irmã, Francisca, mudaram se para Fortaleza, em 27 de julho, obtendo emprego na Siqueira Gurgel, empresa fundada em 1925 por seu tio Theophilo, irmão de seu avô Henrique, com a família Diogo Siqueira. Waldizar trabalhava na RVC e foi chefe da estação de Acopiara, Senador Pompeu, Otávio Bonfim e Engenheiro João Felipe, em Fortaleza. João e Dionísia, inicialmente moraram na Bezerra de Menezes, 223, em casa que fora de Theophilo, indo mais tarde para a casa onde morou Afonso Carvalhedo, dentro da Siqueira Gurgel, na José Bastos.
Os filhos de Theophilo Gurgel, especialmente José Teófilo, com seu primo José Gurgel, filho de Maria, sua irmã e que casara com Odir Diogo, filha de Antonio Diogo de Siqueira, primos de Dionísia tocavam a empresa e foram acolhedores com os primos. João de Souza foi tudo no chão da fábrica, de chefe de pessoal a fiscal geral. Mesmo se aposentando pelo INPS, em 27 de fevereiro de 1962, trabalhou até 27 de julho de 1972, mais 10 anos. Os filhos por lá passaram, até encontrar seus caminhos: Fernando, casa de força, Agenor, setor de óleo e gordura vegetal, Valmir, produção, Aldemir, escritório, trabalhou até o fechamento da empresa, Almir, eletricista, Terezinha, Henrique, fresador, Maria Otilia, controladora de entrada e saída de mercadorias, Zelia a substituiu na mesma função. Uma irmã de Dionísia, Perpétua, foi acolhida, com seus filhos Rui e Ayrton, outros sobrinhos, como João, filho de Eduardo.
Na casa de Dionísia, hospedaram-se Janete, Rosemarie, Adelaide e Teó, filhos de Nenem e Janete, Alzemira e Maria Gurgel, filhos de Eduardo. Era reduto da "Gurgelândia", na busca de oportunidades em Fortaleza. A Siqueira Gurgel foi o primeiro emprego e a sobrevivência de muitos Gurgel que trocaram Acopiara por Fortaleza. Muitos ganharam casa na Vila Gurgel, construída por Theophilo para a família dos trabalhadores, no começo da Duque de Caxias, em frente ao Estádio Theophilo Gurgel, do Usina Ceará, clube de futebol da 1ª. Divisão do futebol cearense, junto com Ceará, Fortaleza e Ferroviário, Nacional, Calouros do Ar, América, Gentilândia e Maguary, e cuja sede social era na casa que foi de Theophilo, na Bezerra de Menezes ao lado da casa de Zequinha Gurgel, e cujo presidente eterno foi o Ademir Gurgel.
Tia Dionísia viveu para a família, não só os 12 filhos, que criou e buscaram outros caminhos.
Hoje são falecidos seus filhos Agenor e Fernando,que moraram em Brasília, cujos filhos cá estão, Henrique, que morou no Rio de Janeiro, Fortaleza e Juazeiro do Norte, Terezinha e Zélia, que criaram seus filhos, Mariinha e Nair, que tiveram poucos anos de vida. Em Fortaleza, vivem Valmir, que se aposentou como ex-combatente pela Marinha, Aldemir, Almir, Maria Otilia, e Clarice. Tocam a vida com dignidade. Os centenários de João de Souza, em 1997, e de Dionísia, em 2000, foram discretamente lembrados.
No fim dos anos 90, a Siqueira Gurgel foi vendida para o empresário Ernani Queiroz Viana e as instalações transferidas para Caucaia. Ele manteve a marca. O terreno do Otávio Bonfim foi vendido para os supermercados Bompreço, hoje Walmart. O progresso desfigurou tudo: a fabrica, o estádio, a vila. Os Gurgel de Acopiara migraram para outros quadrantes de Fortaleza.
Os produtos da Siqueira Gurgel foram populares entre os cearenses. Os nomes dos produtos fabricados, tais como: o sabonete Sigel, o óleo Pajeú, a gordura de coco Cariri e o famoso sabão Pavão. O sabão Pavão carregava na publicidade: Sabão Pavão, o melhor sabão do Brasil, ”uma mão lava a outra com perfeição, e as duas lavam a roupa com o sabão Pavão” Já a Neguinha do Pajeú, imagem de uma negra na embalagem amarela do óleo Pajeú, deu força de venda ao produto e se transformou-se em uma expressão muito usada pelos cearenses.
(*) Fernando Gurgel de Souza é pai de Fernando Gurgel Filho, colaborador dos blogs EntreMentes e Linha do Tempo.

VÍDEO. CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DA SOBRAMES CEARÁ

Local: Auditório do Edifício Sede da Unimed Fortaleza
Data e horário: 9 de dezembro de 2013 (segunda-feira), às 19h30

Videomaker: Dra. Ana Rosemberg
Programação
Abertura e formação da mesa
Discurso da Dra. Celina Côrte Pinheiro, presidente da Sobrames-CE
Apresentação do Coral da Unimed acompanhado do tecladista Tony Maranhão
Posse de 6 novos membros da Sobrames-CE
Lançamento da coletânea "Meia-Volta, Volver!" pelo Dr. Marcelo Gurgel, organizador do livro. Ver VÍDEO
Coquetel de encerramento

MEMÓRIA – USINA CEARÁ (2)

Fundado em 1º. de setembro de 1949.
O Usina Ceará tinha como função primordial o lazer entre os funcionários da Indústria Têxtil Siqueira Gurgel, situada em Otávio Bonfim. Mas os bons resultados nos primeiros torneios foram tão expressivos – venceu dois campeonatos suburbanos e a 2ª. divisão de futebol – que a diretoria da empresa resolveu encarar a formação do time como algo profissional, funcionando como ferramenta de divulgação da Siqueira Gurgel.
Participou de 12 edições do campeonato cearense de futebol (primeira divisão) de 1953 a 1964, sendo vice-campeão em quatro anos: 1956, 1957, 1961 e 1962.
1953 5
1954 8
1955 5
1956 VICE
1957 VICE
1958 5
1959 3
1960 7
1961 VICE
1962 VICE
1963 4
1964 4
O Usina Ceará não resistiu ao conturbado clima político nacional do regime militar. O dono da fábrica, deputado Moyses Pimentel, era opositor ao regime e, perseguido durante a ditadura, teve que encerrar as atividades do time.
Fontes
Ranking e Futebol
Bola Cultural - Usina Ceará, por Ciro Câmara
MEMÓRIA - USINA CEARÁ (1)
Comentários
1 - Caro Paulo,
O Edmar Gurgel, seu parente e meu colega de Banco do Brasil, jogou futebol por algum tempo no Usina Ceará. É possível que ele tenha alguma memória fotográfica da época, vou pesquisar.
Afrânio Bizarria
2 - Edmar,
Fiz um comentário no blog do Paulo Gurgel sobre você. Verifique se tem alguma contribuição para o assunto.
Afrânio Bizarria
3 - Homem,
Vão já descobrir minha idade, pois sou do tempo do Doca, Luís Garapa, Adonias, Vicente Trajano, Adir, Novíssimo e muitos outros.
Creio que tenho uma foto do "Torneio Início do Campeonato Cearense de 1956 ou 1957.
Vou procurar.
Edmar Gurgel
4 - Aldemir Gurgel, meu tio, foi presidente do Usina Ceará. Vou tentar entrar em contato com ele, para verificar se ele tem alguma foto ou lembrança histórica da época.
Fernando Gurgel Filho
5 - Li o material sobre o Usina 2.
Não achei o Usina 1, que deveria ter salvado à época. (V. TERCEIRO LINK ACIMA)
O pessoal de O POVO queria regatar a historia do Usina Ceará.
Estive em Fortaleza com o Aldemir Gurgel, filho de tia Dionísia, que foi presidente do Usina Ceará.
Assim como o procurei para fechar o artigo sobre tia Dionisia (A SER AQUI PUBLICADO AMANHÃ). Vou voltar a ele para falar sobre o Usina.
JB Serra e Gurgel

PENA DE ESCREVER (EM VERSOS E NUMA BANDEIRA)

O cirurgião plástico Dr.Isaac Furtado pôs a PENA DE ESCREVER em um poema autoral e no centro da bandeira que ele também criou para a Sobrames Ceará.
Faço pena clara, pena escura,
faço pena arrepiada, lisa,
pena fina ou dura.
Faço pena que faz traço,
silhueta a riscar no chão.
Faço poesia prima com a pena do gavião.
Faço pena preta da asa do Anum,
pena de Pomba branca, Pavão ou Jacu.
Só não tiro a pena maldita
do rabo do Urubu.
Faço pena alegre e bem faceira,
que dança com a serpente
a pairar bem rente
no meio da nossa bandeira.

A FESTA DE 30 ANOS DA TURMA DE MEDICINA DA UFC 83.1

Trinta fascinantes anos se passaram e os sonhos que construímos tornaram-se realidade. Nessa jornada, muito vivenciamos, confirmando vocações e especialmente amadurecimento. Formamos uma turma com potencial diferenciado, reconhecida por nossos esforços.
Amizades floresceram, amores desabrocharam, filhos e netos nasceram fazendo parte do nosso crescimento e lembraremos saudosos desse tempo, mas notadamente teremos um sentimento maior do dever cumprido. É com imensa felicidade que estamos aguardando sua presença (ELBA) para comemorar esse especial reencontro.
A COMISSÃO ORGANIZADORA
Período: 22 a 24/11/2013
Local: Hotel Vila Galé Cumbuco

24/11/2013 - Atualizando...
Ida: Caucaia ► Via Estruturante (Garrote) ► Cumbuco
22/11 - Check in | Jantar no Restaurante "Versátil" | Palestra interativa do Prof. Dalgimar Beserrra de Menezes com distribuição de um livro autoral, "Qvintvs", (no qual estão publicadas a "Aula da Saudade", de 6 de julho de 1983, e a "Aula da Celebração do Jubileu de Pérola", de 22 de novembro de 2013) | Encontro informal da Turma no lobby bar do Hotel para bate-papos e drinques.
23/11 - Caminhada matinal | Aldeia Nep (uma partida de pebolim do neto Matheus, fazendo dupla comigo, que terminou 4 a 4) | Piscina (drinques no bar molhado) | Almoço no Restaurante "Cajuína" (feijoada) com música ao vivo (roda de samba) | Lançamento do "Livro de Ouro da Turma de 83.1" | Jantar no Restaurante "Versátil" | Festa na boate do Hotel (Elba e eu não comparecemos).
24/11 - Caminhada matinal | Piscina | Passada no stand da "Sucesso Eventos" (Cássia Lago) para agradecimentos e recebimento de brindes | Check out
Volta: Cumbuco ► Icaraí ► Barra do Ceará ► Fortaleza
Observações: Hóspedes sem acesso à internet na maior parte do período devido à instabilidade no wireless do Hotel | O percurso da volta é mais curto e mostrou-se também muito mais rápido.

CONTO PREMIADO NO II CONCURSO DE CONTOS E CRÔNICAS DA AMB

Marcelo Gurgel teve o seu conto "Arrastão funesto" classificado em 1º. lugar na modalidade, no II Concurso de Contos e Crônicas da AMB, realizado pela Associação Médica Brasileira. O conto premiado será em breve publicado na coletânea dos trabalhos vencedores do Concurso, em São Paulo–SP.

RAIMUNDA CARLOS - 80 ANOS

Uma vida bem vivida merece ser comemorada.
Niná, Fátima, Divina, Celina, Valtinho
Messias , Solange, Eriberto, Gotardo e Verinha
convidam para comemorar juntos e com muita alegria o aniversário de 80 anos de sua mãe
Raimunda Carlos
com uma festa de volta ao passado.
Acarape - Ceará
Dia 23 de novembro de 2013
Às 20h30: Celebração Eucarística
Paróquia São João Batista
Às 22h: Recepção
Rua Padre Barros, 30

CONTRIBUIÇÕES AO LEVANTAMENTO DA HISTÓRIA DA SOBRAMES CEARÁ

Com vistas à médica e historiadora Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg em seu projeto de escrever sobre a história da Sobrames Ceará:
A SOBRAMES-CE NO NASCEDOURO
Texto e fotos postados pelo Dr. Emanuel Carvalho, primeiro Presidente da Sobrames-CE, em sua página no FACEBOOK, no dia 29 de outubro de 2013, e republicados no BLOG DA SOBRAMES-CE.
Paulo Gurgel e os primórdios da Sobrames-CE
Capítulo do livro PORTAL DE MEMÓRIAS, organizado por Marcelo Gurgel, no qual consta o depoimento acima do Dr. Emanuel Carvalho (páginas 37-40).
CRIAÇÕES
Postagem de 21/12/2007 no Preblog.
CAPA E ILUSTRAÇÕES
Postagem de 26/12/2007 no Preblog.
SOBRAMES, DO CEARÁ PARA O BRASIL
Postagem de 15/06/2010 no Blog do Marcelo Gurgel.
A INAUGURAÇÃO DA GALERIA. VÍDEO E OUTROS REGISTROS
Postagem no blog Linha do Tempo.

CASAMENTO DE MONIQUE E TICIANO

A cerimônia religiosa do casamento de Monique e Ticiano, filha de Francisco Moacir Pinto Filho e Maristane Fernandes Macêdo Pinto, e filho de Tiburcio Targino Bonfim e Simone Fontenele Bonfim, respectivamente, será celebrada hoje (9), às 20 horas, na Igreja da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo – Centro.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Iate Clube de Fortaleza, à Avenida da Abolição, 4813 – Mucuripe.
15/12/2013 - Atualizando postagem com inserção de foto
Monique e Ticiano

FOTOS DE ANTIGAS TURMAS DO COLÉGIO CEARENSE - 2

Grande Paulo,
Mais duas para a sua coleção de "animais domésticos".
Abraços,
Afrânio Bizarria
N. do E.
Estão sendo publicadas no Google Drive (como as fotos da remessa anterior).
Breve história de uma instituição centenária
Situado na Avenida Duque de Caxias, no Centro de Fortaleza, o prédio do antigo Colégio Marista Cearense abrigava desde 2004 a Faculdade Católica do Ceará, que vai encerrar suas atividades (ex-alunos do Colégio Marista pedem tombamento do prédio - DN) no dia 31 de dezembro deste ano.
Muito antes disso, em 1913 (há exatos cem anos), foi fundado o Colégio Cearense Sagrado Coração, pelos padres Misael Gomes, José Quinderé e Climério Chaves.
Três anos depois, a unidade foi assumida pelos Irmãos Maristas, movimento religioso que surgiu na França, em 1817, e veio para o Brasil em 1897.
A instituição educacional mudou então o nome para Colégio Marista Cearense, que teve suas atividades encerradas em 2007, após 91 anos.

A INAUGURAÇÃO DA GALERIA. VÍDEO E OUTROS REGISTROS

Local: Espaço Dra. Nilza Saraiva
Data: 30/10/13
Programa
– Formação da mesa
– Discurso da Dra. Celina Côrte, atual presidente da Seção do Ceará da Sociedade Brasileira de Médicos – Escritores (Sobrames Ceará), de abertura da solenidade - com agradecimento à Dra. Nilza Saraiva
– Discurso de agradecimento do Dr. Wellington Sousa (em nome dos homenageados)
– Inauguração da galeria de fotos dos ex-presidentes da  Sobrames Ceará
– Entrega aos ex-presidentes dos quadros com as suas caricaturas desenhadas pelo cirurgião plástico e artista plástico Dr. Isaac Furtado
– Conferência sobre o benemérito Dr. Albert Schweitzer pelo Dr. William Moffit Harris, médico domiciliado em Campinas - SP
– Coquetel e música ao vivo
Toda a festa foi registrada em fotografias pela Dra. Ana Margarida Arruda. Uma seleção delas foi postada pela colega da Sobrames neste vídeo:

Ex-presidentes
Dr. Emanuel Carvalho (1982–1984)
Dr. Paulo Gurgel (1984–1987)
Dr. Geraldo Bezerra (1987–1989)
Dr. Luiz Moura (1989–1991)
Dr. Pedro Henrique S. Leão (1991–1996)
Dr. Wellington Alves (1996–2002)
Dr. José Telles (2002–2006)
Dr. José Maria Chaves (2006–2010)
Dr. Flávio Leitão (2010–2012)
Mais informações sobre a solenidade
No Blog do Marcelo Gurgel. AQUI

INAUGURAÇÃO DA GALERIA DE FOTOS DOS EX-PRESIDENTES DA SOBRAMES CEARÁ

A Presidente da Sobrames-CE,
Dra. Celina Côrte Pinheiro tem a satisfação de convidar
para a Inauguração da Galeria de Fotos dos Ex-Presidentes,
a realizar-se às dezenove horas e trinta minutos
do dia trinta de outubro de dois mil e treze,
à Av. Rui Barbosa, nº 1880, esquina com Rua Bárbara de Alencar.
Após a cerimônia será servido um coquetel.
Traje: esporte fino
RSVP (85) 3244 3807/ (85) 8616 8781 – Srta. Luana
Convite publicado no BLOG DA SOBRAMES-CE em 24/10/2013

FERNANDO GURGEL DE SOUZA

Fernando Gurgel de Souza (foto) nasceu em 29/1/1923, no município cearense de Lajes. O município de Lajes, em 1933, mudou de nome para Afonso Pena e, mais tarde, em 1943, tornou-se Acopiara. Depois de muitas andanças por este Brasil imenso, Fernando fixou residência em Brasília, onde faleceu no dia 17/7/2003.
Quando solteiro, trabalhou um longo período em São Paulo, capital.
Ao retornar para Fortaleza, conheceu Maria Alzenir Soares e Sá, natural de Tauá, e se casaram.
O início de vida não foi fácil. Depois vieram os filhos, quatro no total – José Soares Gurgel, Fernando Gurgel Filho, Tarciso Soares Gurgel e Maria Cecília Soares Gurgel – e as dificuldades aumentaram. Em busca de trabalho, a família foi morar em Cedro, cidadezinha ao sul do Ceará. Apesar das dificuldades e da turbulência política na cidade, foi um período de relativa tranquilidade para a família.
Como a vida continuava cada dia mais difícil, Fernando Gurgel de Souza retornou para Fortaleza com a família. Foi quando, por volta de 1958, o padre Lauro Gurgel do Amaral que, à época, era pároco de Barra Bonita, no interior de São Paulo, resolveu ajudá-lo. O padre Lauro tanto se esforçou que obteve emprego para papai lá em Barra Bonita, em uma empresa que prestava serviços ao Grupo Ometto, dono da Usina da Barra.
Como era de praxe à época, Fernando Gurgel de Souza foi sozinho, de pau-de-arara, e depois mandou buscar a família. Esta embarcou em um navio, em Fortaleza, em viagem meio tumultuada, com parada no Rio de Janeiro e Santos, e daí, de trem, direto para Barra Bonita. Nesta bela cidade do interior de São Paulo, a vida parecia ter tomado um rumo melhor, mas demorou apenas cinco anos. Em 1963, por insistência de sua mãe, Dionísia, que dizia não aguentar de saudades do filho, Fernando Gurgel de Souza resolveu voltar para Fortaleza.
Seus irmãos Henrique Gurgel de Souza e Valmir Gurgel de Souza tinham um depósito de material de construção, o Depósito Araxá, e prometeram-lhe emprego em Fortaleza. Porém, em Fortaleza, não havia emprego nenhum e, após uma dolorosa temporada morando na casa dos seus pais, em uma das esquinas da Siqueira Gurgel, nova mudança de cidade teve que ser feita. Fernando Gurgel de Souza mudou-se para
Sobral, onde foi trabalhar na Cenorte, e, posteriormente, toda a família acompanhou-o. Ali, também, a família não demorou muito tempo. Por volta de 1968/69, voltou para Fortaleza.
Em Fortaleza, diante das dificuldades para obtenção de emprego, Fernando Gurgel de Souza e família tiveram uma época das mais tristes.
Dos quatro filhos apenas um trabalhava como caixa de supermercado no Mercantil São José, mas o dinheiro não dava para nada. Os outros dois, bem como a irmã mais nova, não trabalhavam e Fernando Gurgel de Souza ora estava empregado ganhando muito pouco, ora estava desempregado.
Maria Alzenir, sua esposa, então lembrou-se de seus sobrinhos que moravam em Brasília e escreveu para eles, contando os problemas que estavam enfrentando. E, em 1970, por intermédio de seus sobrinhos Dalmário, Maria do Carmo e Maria das Graças, tivemos a visita de um outro sobrinho dela, o Cleto Campelo Meireles, que, à época, era dono da Colmeia – Associação de Poupança e Empréstimo e da Construtora Ocidental Ltda., ambas com forte atuação no Distrito Federal.
Assim, Fernando Gurgel de Souza veio trabalhar em Brasília. Quando o Cleto conseguiu alojar toda a família em um apartamento na 403 Sul e garantiu emprego para todos, Maria Alzenir foi mandando os filhos como podia. José, o mais velho, veio em um caminhão de carga. Fernando Gurgel Filho e Tarciso, o irmão mais novo, de ônibus, com dinheiro tomado emprestado. Ela, minha tia e a minha irmã mais nova vieram depois.
Fernando Gurgel de Souza faleceu no dia 17/7/2003, Maria Alzenir Soares Gurgel, no dia 23/8/2011, ambos em Brasília, Distrito Federal. Mas conseguiram, com muito esforço e dedicação, dar dignidade e muito orgulho para toda a família que ainda mora nesta bela capital.
O lema contido no brasão da família Gurgel traduz muito bem o sentimento de todos seus filhos em relação ao casal: Non fuimos, non sumus, et qui nunquam obliti erimus. (Não fomos, não somos, e nunca seremos esquecidos). (FGF)
N. do E.
O perfilado é pai de Fernando Gurgel Filho (FGF), assíduo colaborador de nossos blogs. Fernando Gurgel de Souza foi um cearense que, ao lado de sua esposa Dona Alzenir, lutou contra as adversidades de seu tempo para criar de forma modelar a família, razão pela qual a Casa do Ceará em Brasília o homenageou recentemente – in memoriam. Esta homenagem resultou de uma proposta do jornalista João Bosco Serra e Gurgel, Diretor de Comunicação Social da Casa, de quem Fernando Gurgel Filho agradece o empenho.

O FIAR E O TECER

Encontro na internet este valioso documento:
O Fiar e o Tecer: 120 anos da indústria têxtil no Ceará /
Elizabeth Fiúza Aragão (coord.) [et. al.]. Fortaleza:
SINDITÊXTIL / FIEC, 2002.
000 P. i l.
I . Indústria têxtil - Ceará - 1882-2002 - história 2.
Economia - CE I. Aragão, Elizabeth Fiúza II. Título
CDU 677 (813.1) (091) "1882/2002"
Elaboração FIEC / CEDIP
A edição eletrônica de um livro que será de grande utilidade como fonte de pesquisa sobre a história da Usina Ceará. Fundada como uma empresa têxtil em 1916, tornou-se, a partir da década de 1950, a fábrica Siqueira Gurgel, conhecida produtora de sabão e óleos vegetais de Otávio Bonfim.

CASAMENTO DE INGRID E MARCOS

A cerimônia religiosa do casamento de Ingrid e Marcos, filha de Gaudêncio Gonçalves de Lucena e Márcia Maria Macedo e filho de Marcos Roberto Aragão Freire e Suzana Gilca Silveira, respectivamente, será celebrada hoje (12), às 20 horas, na Igreja da Paróquia do Cristo Rei.
Após o casamento religioso, os recém-casados receberão os cumprimentos no Salão Coliseu do la Maison.
16/10/2013 - Atualizando postagem com inserção de foto
Ingrid e Marcos. Foto: www.frontstage.com.br (Adriano)

MEMÓRIA. HOMENAGEM A DR. CARLOS STUDART EM 2006

No dia 18 de dezembro de 2006, em uma solenidade no Centro de Estudos do Hospital de Messejana, que contou com a presença do governador do Estado do Ceará, Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara, do secretário estadual de saúde, Dr. Jurandi Frutuoso Silva, e do diretor-geral do Hospital de Messejana, Dr. Petrônio de Vasconcelos Leitão, além de outras autoridades, de membros da família Studart Gomes e de funcionários do Hospital, foi mudado o nome deste para Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em homenagem àquele que, durante a sua longa gestão (1944–1983), dedicou todos os esforços para torná-lo uma instituição de saúde de referência e de alto conceito no Estado do Ceará.

CARLOS ALBERTO STUDART GOMES

por Regina Stella Vieira Studart Gomes
Nascido na cidade de Fortaleza, no dia 23 de setembro de 1917, filho de Godofredo Messias Philomeno Gomes e Maria (Balila) Studart Gomes, (1) Carlos Alberto Studart Gomes (fez seus estudos primários com Dona Corina Monteiro e o seu curso secundário no Colégio Castelo Branco, em Fortaleza.
Aos 17 anos, inspirado na admiração pelo médico da família – Dr. Adalberto Studart – seguiu para Salvador, Bahia, a fim de cursar a Faculdade de Medicina. (2) Por motivo de saúde, (3) transferiu-se para Belo Horizonte, onde concluiu a graduação médica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em dezembro de 1942. Foi interno do Hospital da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e oficial (2º. tenente) do Corpo de Saúde da Polícia Militar mineira.
Em 1943, ingressou no SEMTA (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia). (4) Retornando a Fortaleza, foi admitido como médico tisiologista do IPEC (Instituto de Previdência do Estado do Ceará). Nessa época, fez curso de pós-graduação no Sanatório Imaculada Conceição, da UFMG, sob a orientação do Prof. Mário Pires. No mesmo ano, casou-se com Regina Stella, filha de Guiomar Costa Lima Vieira e do Des. Pontes Vieira, e de cujo consórcio teve sete filhos. (5)
Em 1944, foi indicado pelo então presidente do IPEC, Dr. Mozart Catunda, para dirigir o Sanatório de Messejana, cargo que ocupou até a data de sua aposentadoria (1983). Nos 39 anos em que esteve à frente da instituição, (6) Carlos Alberto Studart Gomes (foto) transformou o pequeno sanatório de 20 leitos em um modelar hospital, com 200 leitos, para o tratamento e o diagnóstico das doenças torácicas .
(1) Descendente em linha direta de John William Studart, que deu início à família Studart no Ceará.
(2) Na Bahia, hospedou-se na pensão de Dona Dolores, juntamente com outros cearenses.Não podendo custear as despesas de casa e comida, procurou o pensionato mantido pelo Padre Torran para auxiliar os alunos pobres de curso superior.
(3) Adoeceu de tuberculose, curando-se no Sanatório Valois Souto, de Corrêas - RJ.
(4) Teve problemas com a superintendência do órgão por discordar do péssimo tratamento que era dado aos "soldados da borracha".
(5) João Carlos, Jorge Alberto (Beto), Thais Helena, Arnoldo,Sarah Rosita, Vera Lúcia e Flávio.
(6) Excluídos alguns meses em 1964, quando esteve arbitrariamente preso na 10ª. RM.
Títulos relevantes do currículo
Membro efetivo do Centro Médico Cearense, do qual foi presidente no ano de 1963.
De 1965 a 1968, foi presidente do Centro de Estudos Prof. Manuel de Abreu, do Hospital de Messejana.
Em 1969, foi convidado pela Direção Geral do INPS para estruturar e pôr em funcionamento o Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Em 1982, foi eleito membro titular da Academia Cearense de Medicina, ocupando a Cadeira cujo patrono é o Dr. Lineu de Queiroz Jucá.
Foi membro de diversas associações médicas, dentre as quais se destacam : Associação Internacional contra a Tuberculose, Sociedade Brasileira de Tisiologia, American College of Chest Physicians, American Trudeau Society, Sociedade Cearense de Patologia Respiratória, Sociedade Cearense de Radiologia  e muitas outras.
Apresentou em congressos e publicou em revistas numerosos trabalhos científicos na especialidade.
Autor do livro Sanatório de Messejana (1933–1983) – uma história a ser contada, publicado em 1998.
Fonte
O presente texto, escrito pela Sra.Regina Stella, viúva do Dr. Carlos Studart, e os respectivos aditamentos encontram-se no livro acima citado. PGCS
QUESTIONÁRIO-ENTREVISTA
29/09/2013 - Atualizando...
Amigo Paulo,
Muito obrigado por lembrar-se do papai, homem que também me inspirou, mostrando-me que o trabalho e o respeito às pessoas eram fundamentais para o crescimento e a consolidação de nossos propósitos.
Grande abraço e um bom domingo.
BETO STUDART

30 ANOS DE MEDICINA - O REENCONTRO DA TURMA 83.2 DA UFC

Acontecerá no Vila Galé, em Cumbuco, durante o período de 22 a 24 de novembro, o reencontro dos 30 anos de formados dos médicos da Turma de 1983.2 da Universidade Federal do Ceará.
A programação para o evento vem sendo cuidadosamente organizada pela colega Aglaís Gonçalves, assessorada pela empresa Sucessos Eventos (leia-se Cássia Lago).
Elba Maria Macedo Gurgel é uma das presenças confirmadas.

NO TEMPO DO QUARADOR

Antigamente, as roupas sujas eram molhadas, ensaboadas, esfregadas e expostas ao sol para branquear. Utilizando-se de uma expressão da época: para quarar. (1) Depois, elas eram sovadas, enxaguadas e colocadas no varal (não deste tipo) para que o sol e o vento se encarregassem de enxugá-las. Por fim, iam as roupas ao ferro de passar a brasa para o gran finale de todo o processo.
Caso se tratasse de uma roupa branca, de festa, ficava também algum tempo imersa numa solução de anil, o que conferia à roupa uma tonalidade levemente azulada.
O local em que as roupas eram quaradas era chamado de quaradouro. Comumente, um pedaço de chão cimentado no quintal, algum mato rasteiro ou grandes pedras à beira de um riacho.
Em nossa casa, na Justiniano de Serpa, a tampa de uma cacimba no quintal fazia as vezes do quarador.
O que mudou: hoje é o tempo do "lava, não quara, veste, dispara", como disse o blogueiro. (2) Por isso, quarar e quarador são termos fadados ao olvido (esquecimento). O blogueiro inclusive calcula que o verbo quarar só dure uns dez ou quinze anos mais. O tempo necessário para ser substituído por "vanishizar" ou "vanishizar com 02", sendo este uma subespécie daquele.
Afora a poesia e a música, o que mais poderá evitar que essas duas palavras se transformem em arcaísmos?

Saindo pro trabalho de manhã
o avô vestia o sol do quarador
tecido em goiabeiras, sabiás,
cigarras, vira-latas e um amor.
E o amor ia ao portão pra dar adeus
de pano na cabeça, espanador...
Os netos... o quintal... Vila Isabel...
Todo o Brasil era sol, quarador.
Hoje, acordei depois do meio-dia,
chovia, passei mal no elevador,
ouvi na rua as garras do Metrô.
O avô morreu.
Mudou Vila Isabel ou mudei eu?
Brasil!
Tá em falta o honesto sol do quarador.

MAIS UMA VEZ NÃO MORRI

por Geraldo Bezerra (*)
Fortaleza, 14 de agosto de 2013, 14,55 horas, Hospital Otoclínica
Outra vez, a Maldita quis, tentou bravamente, levar-me. Testou-me, porém, com a graça de Deus e da Irmã Dulce – que tomei para minha madrinha, mesmo sem saber se ela aceitou – eu, mais uma vez, fui reprovado no teste de morrer.
Em várias outras ocasiões, a Inimiga quis brincar de me matar, mas nos exames que fiz para morrer, não passei em nenhum. Se fosse como fazer vestibular para Medicina ou Letras, este GB tinha se lascado da primeira vez, mas morrer ainda não aprendi, com a graça de Deus.
A primeira vez em que não morri foi de AVC isquêmico. Bicho bruto, aquele. Uma dor de cabeça de estourar miolos me atacou e eu conheci que era a Megera a me visitar. Fiquei meio no desespero, mas dei ainda umas últimas instruções à esposa e filhos, que me acataram as ideias e assim fui salvo no Instituto Dr. José Frota. Fosse um desses GBs metidos a besta, talvez tivesse conseguido morrer em hospital de luxo, mas no Frotão, emergência é emergência mesmo e, pela primeira vez, não passei no teste de morrer. Não me arrependo, podem crer.
Depois de mais de uma semana, esse amigo de vocês estava outra vez no conforto do seu lar, um pouco vivente, um pouco sobrevivente. Tinha mais duas semanas para ficar deitado e fui pensando na vida. Concluí que morrer é fácil demais. Eu é que fui um morredor incompetente. Bem, já que o contrário de morrer é viver, decidi viver bem feliz. Garanti, palavra de GB, que no primeiro dia em que pudesse sair de casa, ia diretinho comprar um relógio de algibeira, aqueles com correntinha, dos tempos que não voltam mais. Era um sonho de consumo nunca realizado. Nunca, até o dia em que pisei calçada de rua. Com a firme decisão de um homem que passou pela morte e não morreu, fui direto ao comércio principal da cidade e comprei um bonito relógio como eu queria. Pronto, já não morreria sem ser proprietário de um relógio de algibeira. Hoje, olho o bichão ali na minha gaveta, não para me inteirar das horas, mas para namorar o troféu que conquistei por não ter sabido morrer.
A segunda vez em que não morri, estava em Senador Pompeu, casa dos filhos Michelle e George. Amanheci dizendo besteiras, conversa de doido e Michelle entrou em pânico porque presenciara o primeiro episódio. Enfiaram o candidato a defunto no automóvel da família e “voaram” para Fortaleza. E vinham numa velocidade tão desesperada que a Inimiga não teve pernas para acompanhá-los. Também pudera! O carro novo e a Danada cortando cabeças desde o episódio Caim e Abel, não é?
Levaram-me para o Frotão e depois HGF. Outra semana internado, mais uma vez, reprovado no vestibular de falecer.
O terceiro momento de não morrer, foi numa festa de Réveillon. Era o final do ano e quase coincide com o final deste GB. Saí de casa para o plantão das treze horas do HGF. Retornaria ao lar depois das dezenove e iria curtir a entrada do ano com a família. Retornei, sim, mas no dia 16 de janeiro. Saí de casa quase bom. Um certo mal-estar que não haveria de impedir um GB deste de tirar seis horas de sala de parto. Pois sim! Fui retirar uns trocados no caixa do banco, já no hospital e, segundo Dulce, uma auxiliar de enfermagem que colaborava conosco no serviço de botar meninos no mundo, viu-me cai-não-cai, agarrado com o caixa eletrônico. De imediato, colocou-me na cadeira de rodas e arrastou-me para o socorro. Fui salvo e olha o nome da ajuda, Dulce, o mesmo da madrinha que tenho no Céu, Irmã Dulce. Passei a noite em condições que não recomendo. Na manhã seguinte, a família me transferiu para um hospital particular, onde poderiam me assistir na vida e na morte, conforme fosse a vontade de Deus.
Durante duas semanas, a peleja do GB contra a morte conheceu existência, promoveu lágrimas, risos, esperanças, desesperos, exigiu rezas, simpatias... Mais uma vez, não passei no teste e recusei morrer. Venci a tal peleja e aqui estou contando a história.
A quarta vez em que não morri, teria sido uma morte mais bonita. Iria chegar a Fortaleza no bagageiro de um avião, gente esperando com roupas pretas, óculos escuros nas caras, coisa bem pomposa. Pois aconteceu de encontrar-me em terras pernambucanas. Ensaiei morrer no Recife, mas, outra vez, Deus teve a generosidade de me considerar reprovado. Um bruto edema agudo de pulmão proporcionou-me mudar de cor, tornando-me roxo e me fez compreender o verdadeiro significado da expressão popular “mais ruim do que falta de fôlego”. Mas já cheguei ao pronto socorro deitando ordens médicas: e que me enfiassem na veia duas ampolas de Furosemida de 40 mg; e que metessem um tubo de oxigênio nas minhas ventas e corressem a chamar o plantonista. Acertei na conduta terapêutica; a mocinha errou ao medicar sem ordem médica oficial – eu me identifiquei como médico, mas não estava ali médico e sim paciente – porém, a soma do meu acerto e seu erro evitou que o GB conhecesse o Paraíso. Ainda sou um habitante deste planeta, graças a Deus.
Logo que saí da dispneia terrível, quando puxei o fôlego e vi que era, outra vez, um homem que respirava, agradeci a Deus não ter passado de mais um ensaio, ainda sem estreia prevista. Foi aí que uma doutora, muito jovem e competente, cometeu a incoerência de me anunciar transferido para a UTI. Quando ela falou UTI, sem saber, estava me dando alta hospitalar. Como eu não tinha morrido, tinha a obrigação de viver e fui viver, sim, fazer compras no Recife, andando entre feirantes. Dia seguinte, peguei um avião para Fortaleza e – aí, sim – fui ao cardiologista. Meu amigo, grande poeta, Sérgio Macedo, deu-me a notícia de que eu tinha tido era um enfarte. Mandou-me ao cateterismo e aí, de verdade, eu temi pela estreia de tantos ensaios de morte.
Foi tudo muito tranquilo e o Dr. Aluísio Cruz, meu dileto colega no curso de Italiano, garantiu-me que meu coração estava ainda capaz. E eu acrescento: capaz de amar tudo e tantos que me faz ir sendo reprovado nestas insistentes tentativas da Maldita. Mas eu tenho um Deus maior que a Morte e tinha a minha madrinha Irmã Dulce, capaz de me fazer sempre incapaz no ofício de morrer.
Depois de tantas tentativas da Megera, depois de tantas resistências minhas, pensei que a Maldita haveria de desistir. Passarem-se alguns tempos de calmaria. Dei de frequentar consultório do endocrinologista Dr. Iran Barros. Segui suas instruções, tomei os remédios, mas o demônio da Gula queria mesmo era fazer o gol contra. Não perdi peso.
Em abril de 2013, ouvindo mais uma vez os rogos da família pedindo-me cuidados comigo mesmo, resolvi atendê-los. Creio que os meus anseios, finalmente, entraram em sintonia com os seus. Comecei uma radical mudança no comportamento alimentar e passei a fazer caminhadas. Certo é que, em apenas quatro meses, encontrei-me no meu melhor estado, desde que deixei de ter saúde. Perdi quinze quilos, trouxe a glicemia de mais de 300 para menos de 120; a pressão arterial chegou aos louváveis dez por seis, índices somente atingidos quando eu corria atrás de bola; deixei de tomar metade dos medicamentos, isto por decisão do médico; estava caminhando três quilômetros por dia. Pensei que tinha, enfim, escapado. Qual o quê?
Na manhã do Dia dos Pais, talvez para ser maior o drama, eis que me surge, não se sabe de onde, a Violenta. E foi logo pulando na minha frente, como a dizer “É hoje!” Botou foi para acabar com os ensaios. Aquele seria o dia da estreia. Comecei a tremer, fiquei preto e “desliguei”. A família me levou, às carreiras, ao hospital mais próximo, pois escolher tem as horas.
Dei entrada quase morto, um bruto choque séptico, originado de uma pielonefrite que se fez septicemia. Enfiaram-me na UTI – e desta vez, não pude ser contra – e hoje, quarto dia da ocorrência, estou meio zonzo ainda, mas contando a história.
Já me considero um veterano na arte de brincar com a morte. De hoje em diante, eu vou é brigar e, se a Maldita der sopa, eu é que vou matá-la qualquer dia, com a graça de Deus e da minha madrinha Irmã Dulce.
(*) GB é médico obstetra, escritor e membro atuante da Sobrames - CE.

FOTOS DE ANTIGAS TURMAS DO COLÉGIO CEARENSE

Meu caro Paulo Gurgel,
Meu irmão, José Hamilton de Oliveira Bizarria, é leitor do seu Blog e viu algumas fotos do colégio Cearense e comentários sobre uma foto que enviei.
Ele também estudou no Colégio Cearense e guarda estas duas fotos que digitalizei e estou anexando-as, uma delas contendo a sua figura.
José Hamilton está marcado com um círculo, à caneta.
Penso que pode aproveitar e tentar identificar os colegas. O Hamilton ainda identifica muitos deles. Podem vocês até marcar um encontro, se for o caso. Ele retorna para Brasília na quarta-feira (14), mas me autorizou a lhe emprestar as fotos, se quiser fazer cópias de melhor qualidade.
Afrânio Bizarria
N. do E.
Para não reduzir a qualidade das fotos, já um tanto afetadas pelo tempo (afinal já se vão uns cinquenta anos), optei por publicá-las no Google Drive.
PG

MENSAGEM DE SAUDADE A TIA ELZA

Elzinha,
Teus irmãos e irmãs, cunhados e cunhadas, sobrinhos e sobrinhas e amigos devem ter muito a lembrar e falar do privilégio de tua convivência.
Quiçá, as opiniões de todos coincidam com as lembranças de um sorriso puro, gestos simples e conversa agradável que foram características marcantes dos teus 84 anos.
Características que, acrescidas de muitas outras, estiveram harmoniosamente dosadas na tua esperança e confiança nas pessoas e em dias melhores e, principalmente, na tua fé em Deus.
Fé esta tão viva e tão forte que, muitas vezes, nos passava a sensação de como somos pequenos frente às dificuldades e provações da vida.
Embora muito tempo sofrendo com a doença, cuidaste com zelo da nossa querida Almerindinha, realizaste teus trabalhos na Siqueira Gurgel por 30 anos e, semanalmente, dedicaste às atividades de catequese, da Ordem Terceira, dos Grupos de Evangelização, além de coroações de Nossa Senhora, novenas e trezenas e celebrações natalinas.
Recordamos e comprovamos a tua fortaleza nas consultas, exames, tratamentos e cirurgias.
Apesar das debilidades físicas que retiravam as tuas energias, continuavas, sempre otimista, acreditando que em algum momento vencerias a crueldade da doença.
E, realmente, venceste! Venceste, a tua maneira!
E, assim, nos prestigiaste com o teu exemplo de vida, de amor e respeito a Deus e ao próximo.
E, hoje, todos que te amam, te dizemos até breve, até nosso reencontro com o Pai.
Eternas saudades.
Mensagem de sua sobrinha Mirna Gurgel, lida por esta após a missa de sétimo dia, celebrada em sufrágio da alma de Elza Gurgel Coelho, ontem, dia 24/08/2013, na Igreja Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza.

ESTÓRIAS ESCULAPIANAS


Ontem (23), aconteceu no Restaurante Dallas Grill, em Fortaleza, a concorrida noite de autógrafos de “Estórias Esculapianas”, do médico e economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva, uma obra literária premiada pelo VIII Edital de Incentivo às Artes, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
A Unicred Fortaleza e a Academia Cearense de Medicina apoiaram o lançamento do livro, cuja renda foi revertida para as ações beneficentes e evangelizadoras da Sociedade Médica São Lucas.
O livro e o autor foram apresentados pela Profa. Giselda Medeiros, integrante das Academias Cearense e Fortalezense de Letras.
A seguir, um trecho dessa apresentação pela Acad. Giselda:
"O autor sabe manejar, tão bem, a linguagem, os diálogos de suas personagens que pensamos ter em mão uma fotografia, a nos mostrar o poder que nele se manifesta, para dar a esses personagens de papel, um sopro de vida. Desse modo, em sua vivência, o médico busca aproximar medicina e literatura, porque esta o leva a imergir em águas mais profundas, de onde vem à tona mais humano, mais livre e revigorado."
VÍDEO por Ana Margarida Arruda

ELZA GURGEL COELHO

 25/06/1929, Senador Pompeu - CE
 17/08/2013 - Fortaleza - CE
Com grande pesar, registro aqui o falecimento de ELZA GURGEL COELHO.
O óbito aconteceu hoje (17), às 4 horas, na Uniclinic, o hospital em que ela esteve internada nas últimas semanas.
Era filha de Almerinda Gurgel e Paulo Pimenta Coelho, sendo minha tia pelo lado materno.
Não casou-se nem deixou descendentes. Morou em Otávio Bonfim até mudar-se para a Parquelândia, algum tempo após a morte de Almerinda, a quem Elza cuidava com dedicação e carinho.
Apesar de ser portadora de uma doença crônica, progressiva e invalidante, ela trabalhou com afinco na Siqueira Gurgel, aposentando-se por tempo de serviço.
Católica praticante, participou dos trabalhos evangélicos e pastorais da Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Otávio Bonfim, enquanto suas condições físicas lhe permitiram.
O seu sepultamento será hoje, às 16h30, no Parque da Paz. Antes, haverá a celebração de uma missa de corpo presente na capela do cemitério.
Tia Elza será lembrada sempre por seu otimismo, amor à família e pelo extraordinário exemplo de vida que nos deu.
Descanse em paz, tia Elza.

A NOVA RECEITA PARA UMA VIDA SAUDÁVEL

Miguel fora convocado para prestar o serviço militar como oficial médico (tenente R2) de um hospital regional do Exército. Quando acadêmico de medicina, ele granjeou a fama de gozador, liderando as molecagens e as brincadeiras dentro da turma. Mas tudo indicava que, com a obtenção do diploma de médico, uma drástica metamorfose havia-se operado nele, deixando-o sisudo e responsável (o que inclusive provocava estranheza entre os ex-colegas de faculdade).
Na caserna, ele era um “caxias”, mais vibrador do que muitos oficiais de carreira. Achava que, com os seus 45 dias do estágio de adaptação e serviço, assimilara mais conhecimentos específicos do que os militares das armas em quatro anos de AMAN.
Agora, estava sob seu "comando” uma grande enfermaria de soldados em que Miguel, ao menor indício de quebra de disciplina, não hesitaria em aplicar os rigores do Regime Disciplinar do Exército. O RDE - com tolerância zero, portanto.
Um dia, chamado para prestar uma informação na direção do hospital, Miguel precisou afastar-se da enfermaria, por um breve período. Ao voltar, verificou que uma maçã, que deixara sobre o seu birô de trabalho havia sumido.
Aquela maçã era a sua merenda daquela manhã. E, provavelmente, já estava a sofrer a ação do suco gástrico de algum soldado faminto e esperto.
Fez de tudo para descobrir o responsável: Quem foi? Quem não foi? Mas, ninguém assumia a autoria do delito. E, o que era pior, ninguém dedurava o companheiro de enfermaria.
Miguel decidiu aplacar a crescente ira, impingindo uma penalidade grupal. Para isso, concedeu uma autorização especial de saída a todos os soldados baixados à enfermaria. A fim de que fossem a um supermercado próximo comprar maçãs, evidentemente com os recursos de seus próprios soldos.
No retorno, cada praça depositou uma maçã sobre a mesa do médico. Eram tantas, que ele, se desejasse, poderia levá-las para a casa, onde a sua afetuosa mãezinha poderia preparar uma apfelstrudel.
Foi aí que Miguel lembrou-se de si próprio em seus bons tempos de universitário, quando ele estava sempre a pegar peças nos colegas. E... se ele fosse um daqueles soldados, envolvidos na punição coletiva, o que faria ao ser assim apenado? No mínimo, só entregaria a maçã depois que ela estivesse muito bem lavada em... um jato miccional!
Pensando em tal hipótese, Miguel devolveu as maçãs aos soldados para que eles, em sua presença, as consumissem.
É, parece que um velho aforismo médico tem mesmo que ser atualizado. NÃO comer uma maçã diariamente é a novareceita para uma vida saudável.
Bônus
Junte-se a nós nesta Viagem ao Centro de uma Maçã.

BENJAMIN CONSTANT E TABATINGA. BREVE HISTÓRIA DE DOIS HOSPITAIS

O Hospital de Guarnição de Tabatinga foi criado pelo Decreto nº 66.510, de 28 de abril de 1970, no município de Benjamin Constant, tendo iniciado suas atividades em 1º de julho do mesmo ano. De 1970 a 1982, o Hospital funcionou na sede do município, no prédio da Unidade Mista de Benjamin Constant, da FSESP, com o trabalho conjunto de médicos do Exército e de funcionários da Unidade Mista. Administrado pelo Comando de Fronteira do Solimões (CFSol), sediado em Tabatinga, distrito de Benjamin Constant, continuou a atender principalmente a população civil (como nos tempos da FSESP).
Em 10 de julho de 1982, o HGuT foi transferido para a cidade de Tabatinga-AM (ex-distrito de Benjamin Constant). A sua autonomia administrativa foi obtida em 1º de janeiro de 1987. Hoje, aos 43 anos de existência, além de atender a comunidade militar do Alto Solimões, constitui uma importante unidade hospitalar de referência para a região, particularmente para a cidade de Tabatinga, fronteiriça entre Brasil, Peru e Colômbia, banhada pelo rio Solimões e localizada junto à cidade colombiana de Letícia.
Quanto ao prédio anterior do HGuT, em Benjamin Constant, é atualmente a sede do Hospital Geral de Benjamin Constant Dr. Melvino de Jesus, um hospital público de 34 leitos (V. ficha do estabelecimento no CNES), sob gestão municipal.
Causos da Amazônia
RECEBENDO A CARGA
O PAI DO VENTO
PIUM E CARAPANÃ

NASCIMENTO DO LUCAS

Campinas - SP, 2 de agosto de 2013
Lucas chegou hoje e é a carinha do Rafael quando nasceu. Ele e a Melissa estão bem e deixam a maternidade no próximo domingo. Só temos a agradecer a Deus por ele ser uma criança saudável. É o caçulinha da família. Por enquanto, até que as noivinhas de dezembro e junho (Marcela, Vanessa e Natália) entrem na fila.
Abraços a todos.
Nando e Márcia
(mensagem enviada por e-mail)
N. do T.
O nome e o mês/dia do nascimento do Lucas já foram colocados em Aniversários, no front page do Linha do Tempo.

RECEBENDO A CARGA

O fato aconteceu no Hospital de Guarnição de Tabatinga (HGuT), na sede do município de Benjamin Constant, Estado do Amazonas  No hospital em que, inicialmente, funcionou a Unidade Mista de Benjamin Constante, da FSESP, o qual, por estar situada em área estratégica de fronteira, em 1970, o governo federal decidiu passá-lo à administração militar.
O ano era 1974, e para lá eu fora transferido, deixando para trás o Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro.
À época, o meu posto era o de primeiro tenente médico. Mas, ao chegar ao HGuT, por ser o oficial médico mais antigo da unidade, tive então de assumir a direção do hospital, recebendo-a de um colega gaúcho, o cirurgião Antonio Bonilha.
Na condição de novo diretor, coube-me também a obrigação de receber a carga do hospital. Para quem não conhece o jargão da caserna, o termo carga equivale ao tombamento dos bens de uma instituição civil.
Com essa obrigação, por vários dias, eu cumpri uma verdadeira maratona, acompanhando o ex-diretor nas tarefas da passagem de carga. Significando isso: conferir a existência e o estado do material hospitalar em conformidade com as fichas de registro.
Nunca, eu imaginara que aprenderia, num único lapso de tempo, tanta nomenclatura medico-hospitalar. Tantos nomes de objetos que eu até então ignorava, principalmente quando percorri o Centro Cirúrgico e o Gabinete Odontológico. Para mim, por exemplo, mocho seria o quê? Uma coruja. Mas, na carga do hospital, era aquele banco redondo e giratório, sem encosto, no qual o dentista se senta.
No HGuT, o bem de maior valor era um equipamento de RX fixo, considerado como sendo de última geração. Mas não fazia parte da carga que eu estava a receber, justamente por não ter sido comprado pelo Exército (tinha sido uma doação do FUNRURAL).
No entanto, faziam parte da carga oficial do nosocômio inúmeros pequenos objetos, como um crucifixo "da marca INRI”.
Nessa altura do trabalho, eu já me dera conta de que a coisa toda fora longe demais. Mas a gota d’água, que fez transbordar minha paciência, foi quando o cirurgião Bonilha me apresentou um certo... "espeto para fixar papéis". Nada mais, nada menos do que um pedacinho de arame enferrujado.
"Essa, não!" - pensei em voz alta. E, de imediato, relacionei para a descarga o inservível objeto. O que tanto podia ser excluí-lo da carga quanto descarregá-lo no sistema hidrossanitário do hospital.

PESAR POR PROFª. ELSIE STUDART GURGEL DE OLIVEIRA

É com profundo pesar que registro aqui o falecimento na tarde de ontem, 25 de julho de 2013, da Sra. ELSIE STUDART GURGEL DE OLIVEIRA, professora, escritora, funcionária aposentada do DNOCS e prestigiada colaboradora do Instituto do Câncer do Ceará (ICC).
Pessoa de invejável cultura, cultora das letras, detentora de uma memória prodigiosa, exibia o dom da escrita, com inegável primor e aguçada sensibilidade, com incursões em diferentes gêneros literários.
Dividiu com Marcelo Gurgel a autoria de vários livros. E Marcelo, que foi também editor de livros de Elsie Studart, ainda tem sob custódia trabalhos da escritora (a serem divulgados em caráter póstumo).
Sou-lhe especialmente grato por ter sido a grande colaboradora da publicação de "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras".
Consternado, apresento meus sentimentos ao seu esposo Adbeel Gees de Oliveira e aos seus filhos Adbeel Filho, Alexandre, Adriano, Angelina e Igor.
P.S.: O corpo da Sra. Elsie Studart Gurgel de Oliveira está sendo velado no Cemitério Jardim Metropolitano, onde será sepultado às 10 horas de hoje (26/07/13).

ANIVERSÁRIO DE CELINA. VÍDEO EM HOMENAGEM

Para homenagear a médica Celina Côrte Pinheiro, que aniversaria hoje (24/07/13), a médica, historiadora e viodeomaker Ana Margaria Arruda preparou este vídeo alusivo à data.
Foi publicado originalmente em seu blog Memórias.

Parabéns, Celina, por seu aniversário natalício. E por sua proficiente gestão na presidência da Sobrames Ceará.
10/08/2013 - Resposta de Celina através do blog Memórias
Obrigada, Paulo, por seu afeto.
Foi o meu aniversario mais simples e o mais bonito! Perdemos algo por um lado e somos recompensados de outras formas através dos filhos, netos e amigos.
Este vídeo rendeu tantas alegrias que, ainda ontem, recebi comentários sobre o meu aniversario e o afetuoso e bem feito trabalho da Ana Margarida.
Muito bom conviver com gente talentosa!

O MANIFESTO DO GRUPO SIRIARÁ DE LITERATURA

O Grupo Siriará de Literatura, que eclodiu no final da década de 1970, além de um manifesto e de uma revista que morreu com o primeiro número, não deixou uma contribuição significativa, enquanto movimento de renovação estética e literária. "Foi uma atitude", segundo o crítico literário Dimas Macedo, "com a disposição de aglutinar uma proposta concreta de ação ou coisa que o valha. Mas é indiscutível, também, que provém do Siriará alguns dos melhores escritores cearenses da década de 1980, com raízes num período bem anterior, que remonta à criação da revista "O Saco", uma das mais originais publicações brasileiras".
Manifesto
Em 14 de julho de 1979, o Grupo lançava o seu manifesto. Aqui o transcrevo na íntegra:
1) Contra a ritualística de um passado que formal e conteudisticamente não mais representa a realidade nordestina do momento. Viva Graciliano, José Américo, Zé Lins do Rego, O Quinze de Rachel, João Cabral, Grupo Clã... Viva. Como lição, roteiro, experiência. Superação, não supressão. A seca e o sonho continuam. A favor de um texto terra (conteúdo); de um texto mestiço (forma); de um texto Siriará (intenção e linguagem).
2) Contra o colonialismo interno do sul e a condenação regionalista da literatura nordestina. A favor de uma literatura sem vassalagem, nordestinagem, inferioridade. Pensar e sentir o Nordeste e ter o direito de perguntar pelo Brasil. E não somente o Nordeste, território à parte.
3) Contra modelos e formas de pensar e escrever importados – impostados, impostos – pastagem alienante da culturália tupiniquim mal pensante. A favor de uma literatura brasileira brasílica. Autóctone. Sem totens nem tabus. Sem “fervor reverencial” à cultura da solene mamãe Europa e adjacências e/ou do executivo caubói do Arizona. O universo situado a partir de um discurso e uma linguagem crítica que reflitam a nossa própria situação/condição histórica. Pensar e sentir o Brasil no mundo. E o mundo no Brasil. A favor de uma escritura nordestina/brasileira, brasileira/planetária. Força centrípeta e centrífuga da linguagem. Da literatura. Da História. Da sabedoria cosmo-nativa.
4) Contra toda forma de opressão, de repressão política e/ou cultural. Fora, fuuu – a máscara policialesca da moral e dos bons costumes (literários). Fora a censura planaltina. Fora, fuuu – todas as patrulhas. E todos os pulhas ideológicos e literários. Queremos a verdade e a sinceridade. Ainda que tarde. Pra tudo rimar com Liberdade. A favor de uma literatura de combate, de questionamento, de indagação. De si mesma. Do indivíduo. Da sociedade. Do Brasil D. R. isto é, Depois de Rosa. Aqui e sempre. AVE, PALAVRA.”
Assinaram este manifesto os seguintes escritores: Adriano Spínola, Airton Monte, Antonio Rodrigues de Sousa, Batista de Lima, Carlos Emílio Correa Lima, Eugênio Leandro, Fernanda Teixeira Gurgel do Amaral, Floriano Martins, Geraldo Markan Ferreira, Jackson Sampaio, Joyce Cavalcante, Lydia Teles, Márcio Catunda, Maryse Sales Silveira, Marly Vasconcelos, Natalício Barroso Filho, Nilto Maciel, Nirton Venâncio, Oswald Barroso, Paulo Barbosa, Paulo Véras, Rogaciano Leite Filho, Rosemberg Cariry e Sílvio Barreira.
Referências
A revista O Saco e o Grupo Siriará por Nilto Maciel, Literatura sem fronteiras
O Grupo Siriará de Literatura por Batista de Lima, Cronópios
O Manifesto Siriará por Batista de Lima, Caderno 3 - Diário do Nordeste
Literatura e escritores cearenses por Dimas Macedo, bric-à-brac
Literatura cearense - Memória viva, Caderno 3 - Diário do Nordeste (26/04/2008)

MISSA PARA VLADIMIR MORAIS - 5 ANOS DE SAUDADES

Ontem, 15 de julho de 2013, às 19 horas, na Capela do Hospital Geral de Fortaleza (do Exército) foi celebrada uma missa em honra e homenagem ao inesquecível MANOEL VLADIMIR CABRAL DE MORAIS.
São cinco anos de saudades do amigo e colega Vladimir, um dos filhos do saudoso jornalista Morais Né. A Lúcia Bessa, viúva de Vladimir, um grande abraço de estima, solidariedade e recordações.
Vladimir Morais, Recordando Vladimir e Missa para Vladimir Morais (de 3 anos)

A FESTA EM 2013 DOS MÉDICOS FORMADOS EM 1971 PELA UFC - 2

Face à impossibilidade de realizar em Natal a comemoração dos nossos 42 ANOS DE FORMADOS EM MEDICINA, este evento está sendo programado para o município de Aquiraz - CE.
O local escolhido é o Hotel Dom Pedro Laguna, na Praia da Marambaia. O período do evento continua sendo o de 15 (feriado) a 17 de novembro.
Estão organizando a programação os colegas José Luna, Roberto Marques e Sônia Lobo.
Para mais informações e inscrição no evento, o colega deverá contatar com o Sr. Willy Schlachter (99533814 e 32617455).
25/01/2014 - Atualizando a postagem com publicação dos nomes dos colegas que participaram do evento
FRANCISCO JOSE BATISTA DA SILVA c/ MARIA LUCIA
OTAVIANO BENEVIDES DE ALENCAR ARARIPE c/ SILVÂNIA
NOELMA DE MAGALHÃES SALES
MARIA ALICE DE MAGALHÃES SCARANELLO
JOSE LEITE GONDIM CAVALCANTE c/ MARIA
JOSE ROOSEVELT NORÕES LUNA c/ ZÉLIA
ROBERTO BARRETO MARQUES c/ MARIA SOCORRO
LUCIANO ALVES FAÇANHA
ROBERTO MISICI c/ VEULENA
CLÓVIS RODRIGUES VIANA FILHO c/ MARIADNE
CESAR AUGUSTO DE LIMA E FORTI c/ MARIA SIRLIANE
ANTONIO NEWTON SOARES TIMBO c/ SONIA
ERCÍLIO GUIMARÃES DO NASCIMENTO c/ ACOMPANHANTE
MARIA AUXILIADORA BARROSO c/ ALCÍRIO
MARIA LENI DO MONTE c/ LUIS BENEDITO
MARIA DE FÁTIMA MONTE c/ VICENTE
JOSE LUIZ DA PAZ c/ CECELIA
GETULIO NUNES DO REGO c/ MARIA SALETE
ROBERTO BRUNO FILHO c/ SHIRLEY KELLY
JOSE NILO DOURADO c/ VANIA KELLY
HUGO ALVES DE MENDONÇA JR c/ ACOMPANHANTE
CARLOS ALBERTO SOARES c/ ACOMPANHANTE
ARTUR PEREIRA E SILVA c/ LIA
SÔNIA MARIA CARNEIRO DE MESQUITA LÔBO
REGINA ALICE FREIRE COUTINHO
JUCIONOU COELHO SILVA c/ ACOMPANHANTE
ANTONIO LAGES ALVES c/ TEREZINHA DE JESUS
Fonte: weltur@yahoo.com.br

RAFINHA 4.0

Rafael Adeodato Vieira, filho de Melissa e Fernando, comemora hoje (06/07) o seu quarto aniversário.
A festa acontecerá no buffet Arrelia Rock II, em Campinas - SP, a cidade em que Rafinha mora, no horário das 19 às 23 horas.
Parabéns para hoje, felicidades para sempre!
São os nossos votos.
Matheus (primo), Érico, Natália, Elba e Paulo

CASAMENTO RELIGIOSO DE NATÁLIA E RODRIGO

A cerimônia religiosa do casamento de Natália e Rodrigo, filhos de Paulo Gurgel Carlos da Silva e Elba Maria Macedo Gurgel e de Marcos Henrique Siqueira Soares e Maria Eveline de Almeida Soares, respectivamente, será celebrada hoje (29), às 19h30, na Igreja da Paróquia Nossa Senhora do Líbano, à Rua República do Líbano, 15 - Meireles.
Após a cerimônia, os convidados serão recepcionados no Lulla's Buffet, à Rua Coronel Linhares, 291 - Meireles.
02/07/2013 - Atualizando postagem com inserção de foto
Rodrigo e Natália

O POMBO CHEIO

Posso dizer, com conhecimento de causa, que, na década de 1960, bares e restaurantes não existiam em Otávio Bonfim. O bairro tinha, quando muito, algumas mercearias como a do Seu Edmundo e a do Seu Júlio, onde bebedores contumazes encostavam-se nos balcões para dar suas bicadas.
(É possível que tenham apreciado a "Uiscana" e a "Esportiva", marcas de aguardentes engarrafadas por Luiz Carlos da Silva, pai deste escriba.)
Havia também a Cantina Glória, na Juvenal Galeno (atual Bezerra de Menezes), para aqueles que estavam a fim de forrar o estômago com uma abacatada, uma bananada ou uma canja acompanhada por fatias de pão.
Em seu quilômetro quadrado de área, Otávio Bonfim era desprovido de bares e restaurantes. E os boêmios, em suas ânsias etílicas, tinham de recorrer aos bairros vizinhos.
A partir de 1966, com o "passe livre" concedido pela Faculdade de Medicina e reconhecido pela autoridade paterna, eu passei a frequentar os bares. Dois deles, especialmente: o Pombo Cheio, no Parque Araxá, e o Real Drinks, em Monte Castelo.
O Pombo Cheio ficava a um quarteirão da Jovita Feitosa, logo após o cruzamento desta artéria com os trilhos da RFFSA. Era um ponto de esquina, com mesas e cadeiras ao ar livre e com frondosas castanholeiras. Bem, o nome em questão servia para lembrar o tira-gosto (único) da casa: o pombo recheado com farofa e miúdos. Más línguas diziam que os pombos, quando escassos, eram substituído por pintos crescidos.
O seu proprietário era um boa-praça, o Zé Maria.
A caminho, eu passava na casa do violonista Cláudio Costa para convencê-lo a ir comigo ao Pombo Cheio. Não requeria um grande esforço. E logo estávamos no bar, em uma roda de amigos, a nos deliciar com os solos, harmonias e improvisos de um violão.
Outros músicos da região também apareciam por lá. Tio Edmar, certa vez, encantou-se com um trio musical, de passagem pelo bar. Um deles se chamava Fred, e eles cantavam à perfeição o "Help", dos Beatles, e uma música do Carlos Gonzaga, meio tolinha, que falava em "Ô Iraci, ai como eu amo a ti...". Apresentou-nos depois e, sob a aclamação geral, foram convocados para uma de nossas serenatas.
Sim, era de lá que partíamos para as serenatas com a programação anotada em papelucho. Ou, então, para o segundo tempo de boemia no Real Drinks, que ficava aberto até o dia amanhecer.
Em 6 de junho de 1969, botei umas cervejas para gelar e encomendei umas bandejas de salgadinhos. Reuni em casa Francisco Dário, Osternes Brandão, Claudio Costa e o compositor Belchior, entre outros. Por volta da meia-noite, encerramos a parte doméstica  da noitada e fomos ao Pombo Cheio, onde nos encontraríamos com o Miguel da Flauta em seu retorno de um compromisso profissional.
Naquela data, eu estava completando 21 anos. Uma fita-cassete registrou aquelas maravilhosas canções que foram tocadas e cantadas durante o encontro. Uma delas, por exemplo, era sua canção "Paralelas", que inicialmente Belchior cantava assim: "No Karmann-Ghia, sobre o trevo a cem por horas, meu amor". Adiante, foi modificada para: "Dentro do carro..."
Sabe o que aconteceu com essa fita-cassete da festa dos meus 21 anos? O meu irmão Marcelo usou-a para gravar umas aulas na Faculdade de Medicina. Como se sabe, duas gravações não ocupam o mesmo lugar no espaço. Et pour cause...
Alguns anos depois, Zé Maria mudou o seu Pombo Cheio para a Parquelândia. Em seu novo endereço comercial só fui visitá-lo uma vez.
PGCS
Corrigenda
Caro Paulo,
Quanto ao crime de lesa-pátria musical, no que concerne à minha ativa autoria, comporta correção e atenuante.
Em 1969, eu estava no primeiro ano científico no Colégio Júlia Jorge, e não na Faculdade de Medicina, sendo o que gravei foi a leitura que fiz a partir das cuidadosas anotações de uma aula de biologia do Prof. Hildemar, registradas no caderno da nossa irmã Marta.
O gravador em tela não admitia fita cassete, tendo fita única, e, como tal, qualquer gravação implicava apagar a existente, sobreposta pela nova.
Marcelo Gurgel

BAILE DA ESMERALDA

Marina,
Que a alegria de seu baile de formatura fique para sempre em você, para que a felicidade também contagie aqueles que de sua profissão se beneficiarem. Nossos parabéns!
Marina Cavalcante Gurgel Carlos, filha de Elsa e Luciano, é uma dos formandos da Turma de Medicina de 2013 da Universidade Federal do Ceará.
Hoje (22), a partir das 22 horas, no La Maison Dunas - Coliseu, acontecerá o Baile da Esmeralda desta nova turma de esculápios.

CASAMENTO DE VANESSA E ORLANDO

A cerimônia religiosa do casamento de Vanessa e Orlando, filhos de Fernando Adeodato Junior e Márcia Gurgel Carlos Adeodato e de José Orlando da Costa (in memoriam) e Sílvia Helena Chagas Maia e Costa, respectivamente, será celebrada hoje (15), às 19h30, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Seminário da Prainha), na Avenida Dom Manuel.
Em seguida, os recém-casados receberão os cumprimentos no Buffet Ilmar Gourmet, à Rua Luiza Miranda Coelho, 1111, no bairro Luciano Cavalcante.
15/07/2013 - Atualizando postagem com inserção de foto
Orlando e Vanessa

LIVROS QUE FALAM DO BAIRRO OTÁVIO BONFIM COM SEUS FRANCISCANOS FRADES E A FAMÍLIA GURGEL-CARLOS

11/06/2013
MORAES, V. P. F. Anos Dourados em Otávio Bonfim: À memória de Frei Teodoro. Fortaleza: Edições Iuris, 1998. 320p.
OLIVEIRA, E.S.G. Sacoletras: um sacolão de consoantes, vogais, pontos, vírgulas e ... . Fortaleza: Expressão, 2010. 220p.
SILVA, M.G.C. da; OLIVEIRA, E.S.G. de (org.). Frei Lauro Schwarte e os anos iluminados do Otávio Bonfim. Fortaleza: Expressão, 2004. 164p.
SILVA, M.G.C. da; ADEODATO, M.G.C. (org.). Dos canaviais aos tribunais: a vida de Luiz Carlos da Silva. Fortaleza: Edições UECE, 2008. 192p.
SILVA, M.G.C. da. Otávio Bonfim, das dores e dos amores: sob o olhar de uma família. Fortaleza: Edições UECE, 2008. 144p.
SILVA, M.G.C. da (org.). Tempos de guerra e de paz: ensaios da vida. Fortaleza: Editora da UECE, 2010. 160p.
SILVA, M.G.C. da (org.). Portal de memórias: Paulo Gurgel, um médico de letras. Fortaleza: Edição do Autor, 2011. 200p.
SILVA, M.G.C. da. Refazendo o caminho: passado e presente de uma família. Fortaleza: Edição do Autor, 2012. 144p.
SILVA, M.G.C. da (org.). Frei Lauro Schwarte: apóstolo da juventude do Otávio Bonfim. Fortaleza: Edição do Autor, 2015. 120p.
25/08/2017 - Atualizando ...
MORAES, V. P. F. Anos Dourados em Otávio Bonfim: À memória de Frei Teodoro (2ª edição). Fortaleza: Edições Iuris, 2017. 320p.
04/02/2018 - Atualizando ...
SILVA, M.G.C. da; SILVA, P.G.C. (org.). Luiz, mais Luiz!: centenário de nascimento de Luiz Carlos da Silva. Fortaleza: Edição do Autor, 2018. 136p.

A INAUGURAÇÃO DA ENERGIA DE PAULO AFONSO EM FORTALEZA

A chegada da energia de Paulo Afonso ao Ceará ocorreu em 28 de dezembro de 1961, com festa realizada na Praça do Socorro, em Juazeiro do Norte. Em 1965, aconteceu a chegada da energia a Fortaleza.
"Foram feitos extraordinários dos técnicos da Chesf e da engenharia elétrica brasileira", como lembra o ex-diretor da Coelce Cláudio Nogueira.
Diário do Nordeste, edição de 30/12/2010
E o blog Fortaleza em Fotos e Fatos, de Fátima Garcia, regata parte dessa história:
"As comemorações oficiais tiveram lugar na Praça de Otávio Bonfim, no dia 1º. de fevereiro de 1965, com um público estimado em 50 mil pessoas. Enquanto aguardava a presença das autoridades, o público assistiu a shows de artistas como o do rei do baião, Luiz Gonzaga, e de Paulo Cirino e suas pastoras,dentre outros.
Às 20 horas, o governador do Ceará Virgílio Távora convidou o Presidente Castello Branco para acionar a chave que iluminou a Praça de Otávio Bonfim, dando-se por inaugurada a energia de Paulo Afonso em Fortaleza."

A RENDA DE BILROS

A renda de bilros é feita sobre uma almofada cilíndrica de pano grosso, enchida com palha, serragem ou algodão, e coberta por um saco de tecido mais fino.
Essa almofada, cujas dimensões dependem do tamanho das peças a serem produzidas, repousa sobre um suporte de madeira, ajustável, de modo a ficar em uma altura apropriada ao trabalho da rendeira.
Nela, é colocado um cartão perfurado, o pique, com o esquema do desenho da renda. E, nos furos da zona do desenho, a rendeira espeta alfinetes (ou espinhos de mandacaru), que seguram os fios e são deslocados à medida que o trabalho progride.
Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. Uma das extremidades do bilro tem a forma de pera ou esfera. Na outra, é onde está enrolado o fio.
Os bilros são manejados aos pares pela rendeira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes.
O número de bilros utilizado no trabalho varia conforme a complexidade do desenho.
Em seu livro "A Praia da Pipa do tempo dos meus avós"(ISBN 978-85-908458-1-2), em que descreve personagens que se destacaram naquela região por suas peculiaridades, o historiador Ormuz Barbalho Simonetti fala de um tal Deda, cujo nome de batismo era José de Melo Andrade, o qual, tendo sofrido uma queda que o deixou com sequelas, passou a desenvolver habilidades domésticas. Dentre elas, aprendeu a fazer rendas de bilro. Era a única pessoa do sexo masculino que, naquelas redondezas, sabia manusear com maestria os bilros numa almofada.
Deixemos que o historiador conte o que um dia sucedeu a Deda:
(Deda) foi convidado por minha prima Veneide Barbalho, ainda muito jovem, para lhe ensinar a arte das rendas de bilros. Chegou ele, bem cedinho, na casa de tio Venício e, depois de acomodar sua almofada no alpendre, com voz sibilante, disparou com ares de professor: "Vamos iniciar pelos pontos mais fáceis! Com o tempo, vou lhe ensinando os outros que são mais difíceis". E, totalmente compenetrado na aula, prosseguiu: "Para fazer esse bico, usamos apenas quatro pares de bilro e, por ter esse formato redondinho, chama-se cu de pinto". Naquele instante fez-se silêncio total... Alguns segundos depois, tio Venício, pai da aluna, que, com óculos descansados na ponta do nariz, junto com alguns espectadores assistia atentamente a todas as explicações do mestre, arregalou os olhos e exclamou: "Para! Para! Para!... A aula está terminada! Minha filha não vai aprender rendas com esses nomes imorais. Se o primeiro já foi esse, imagine o que vem por aí..." E assim a aula foi finalizada, antes mesmo de ter começado.

(a aula que Deda não deu)

BOAS-VINDAS À NATÁLIA NA OAB-CE

Da mihi factum dabo tibi jus.
Dá-me o fato, dar-te-ei o direito.
Na manhã de ontem (20), a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Ceará, promoveu uma sessão solene no auditório da FIC para dar as boas-vindas a 74 novos advogados.
Dentre estes, à jovem Natália de Macedo Gurgel Soares, vista na fotografia (abaixo), no momento em que recebia das mãos do Dr. Valdetário Monteiro, presidente da OAB-CE, a carteira da Ordem .
Da esq. para a dir.: Elba, Natália, Valdetário Monteiro e Paulo

CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE FRANCISCA CARLOS DA SILVA

Jornalista Márcia Gurgel
(em 15 de maio de 2013)
Menos de dois anos se passaram da ida de nossa tia Fransquinha para a casa do Pai, e já estamos celebrando o centenário de seu nascimento. Foram 98 anos de bondade, despreendimento e de amor ao próximo. A nossa Tatinha – era assim que nós, os seus sobrinhos, a chamávamos, seguindo o exemplo do Paulo, o mais velho entre dezenas de sobrinhos - semeou o bem na Terra e conquistou um lugar especial na Pátria Celestial.
Estamos hoje, aqui, reunidos na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, para agradecer a Deus a longa permanência dela entre nós. Nesta igreja pequenina, ela e suas irmãs Eugênia, Maria e Rita rezaram e ensinaram tantos e tantos outros, como catequistas e professoras que eram. Ajudaram a manter viva a fé do povo católico. Era na casa delas, na Rua Aprendizes Marinheiros um misto de escola e residência, que os livros da Paróquia eram guardados e sempre que alguém precisava do batistério para contrair núpcias, eram nossas tias que preparavam o documento. E confessando um segredinho: nós, mesmo crianças, disputávamos o direito de participar, seja anotando o nome do batizado, a data provável do batismo, dos pais e dos padrinhos, ou procurando o registro nos livros de batistério, tão grandes que nem podíamos com eles. Não raro, a pesquisa demandava horas porque os interessados mal informavam o próprio nome.
Ainda lembramos, com carinho e saudades, de quando se avizinhava a festa de primeira eucaristia das crianças da paróquia. A Tatinha, formada pela Escola Doméstica São Rafael e professora da Escola de Nutrição Agnes June Leight, comandava a feitura dos bolos, biscoitos e docinhos que seriam colocados nas sacolinhas dos neocomungandos, que iam para a Missa especial em jejum. No salão paroquial São Francisco de Assis, onde tia Rita lecionava, uma grande mesa era preparada para os familiares dos que haviam recebido a Eucaristia pela primeira vez. Tudo bancado pelas tias Carlos da Silva, que não esqueciam as rosas do altar, compradas no Jardim São José, no bairro de Otávio Bonfim. E com que alegria também ajudávamos na feitura das hóstias. Não sendo bentas, permitiam que ficássemos com as “aparas”. Com o mesmo empenho, tia Maria decorava a igreja para os casamentos que ela sequer conhecia os noivos.
Nossa querida Tatinha abriu mão de seu próprio casamento para cuidar dos irmãos mais novos em Fortaleza, enquanto os pais permaneciam no sítio em Acarape. Graças a ela, todos puderam estudar na capital. Depois, abrigou na mesma casa os sobrinhos, filhos do Walter, para que eles também estudassem em Fortaleza. A eles nós, os demais, nos reuníamos nas férias escolares, com direito a brincadeiras e até “curtir” juntos as doenças da primeira infância. Não tivemos Papai Noel, e sim, Titia Noel. Eram elas, Tatinha, Dadá (nome carinhoso da tia Maria) e tia Rita que não deixavam passar em branco as noites de 24 de dezembro. Todos ganhavam presentes. Eugênia, a nossa tia Niná, pouco tempo depois da morte de seu pai José Carlos da Silva, tornou-se religiosa e recebeu o nome de soror Margarida Maria, da ordem das irmãs visitandinas, observando a clausura em terras distantes de seu torrão.
Fransquinha, Maria e Rita uniram-se aos irmãos Luiz Carlos, Zezinho, Walter, Eugênia e aos pais José Carlos e Valdevina. E nós, que aqui ficamos, deles temos as melhores lembranças, de pessoas que só viveram para fazer o bem. Não havia no bairro quem não os conhecessem. Não havia na família quem não os amassem. Para a nossa tia, nascida no município de Pereiro, mas criada entre as terras do Sítio Pau Branco e depois no simpático bairro de Jacarecanga, deixamos aqui registrado um sentimento de gratidão eterna.
Paz e Bem.
De seus sobrinhos.