SOVACO DE COBRA

"Ora, ofídios não possuem braços. Não tendo, portanto, sovacos (axilas). Por essa razão, a expressão sovaco de cobra pode significar uma coisa inexistente; um local extremamente distante (o cu do mundo)."
(Blog da Confraria Gastronômica)
Na década de 1970, Fortaleza já teve um bar com esse nome. Situado no Mucuripe, era um bar modesto, com poucas mesas e classificável como luar-dependente (devido à econômica iluminação artificial).
Dentre as mesas disponíveis, uma delas se destinava a Maciel e os músicos.
Esse era o ponto: o Maciel, além de proprietário, era a grande atração da casa com seu imenso repertório de chistes, canções fesceninas e paródias obscenas. Uma destas, "José meu mano", era uma releitura de "Cortando pano", do repertório de Luiz Gonzaga:
JOSÉ MEU MANO
Comprei pinico pra José meu mano
Mas devolvi porque houve engano
Eu não sabia que José meu mano
Tinha o cu tão grande feito americano.
- Ai, ai, que boca estreita que o penico tem!
Quando ele caga, o pau fica de fora
Quando ele mija, o cu fica também. (bis) 
Ritmando um instrumento de percussão, ele se punha a cantar, e o entretenimento estava garantido. Além do repertório habitual, havia as canções do main stream com que Maciel fazia a gente rir ao dedicá-las a segmentos especiais do público.
Não. Não pesquisem por Sovaco de Cobra no Google, pois vocês não o encontrarão. Aliás, vão encontrar um outro, o Suvaco de Cobra, localizado na avenida Gomes de Matos, no Montese, e que não guarda relação com o bar do Mucuripe.
No restaurante que o Google informa, você poderá ter mais opções de bebidas, um cardápio maior de petiscos e até shows programados de diversos artistas, mas não estará nele o bom e, se ainda estiver vivo, o velho Maciel, com sua verve e seu bumbo divertindo a todos.

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