- Brilho (1979)
- Massafeira Livre (1980)
- Ser feliz (1999)
Stelio Valle participou da coordenação musical do LP duplo Massafeira Livre, um marco na produção musical cearense.
Faleceu aos 57 anos, em decorrência de um AVC.
LP COMPLETO
Sobre a família Gurgel Carlos, os bairros de Otávio Bonfim e Cocó, em Fortaleza, as cidades de Acarape, Redenção e Senador Pompeu, no Estado do Ceará, a Faculdade de Medicina (UFC), minhas caminhadas e viagens, assuntos culturais e artísticos notadamente locais, memórias e fatos pitorescos.
Heitor Catunda Gondim nasceu em 5 de março de 1920, em Fortaleza-CE. Concluiu sua graduação pela Faculdade de Medicina da Universidade de Recife-PE. Aprendiz de pintor, poeta e compositor, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil, seção do Ceará. Biografado pelo WHO'S WHO.
No período de 1968 a 1971, classificou em festivais de música no Ceará diversas composições como "A Canção da Verdade", "Batuca que a noite é morena" e, em parceria com o violonista Aleardo Freitas, "É Primavera", que foi a canção vencedora do III Festival Nordestino de Música Popular.
Em 1980, Heitor classificou no Festival Crédimus da Canção, realizado em Fortaleza, a canção "Esquece essa dor", que ele compôs em parceria com Aleardo Freitas, um dos criadores do balanceio, um ritmo genuinamente cearense.A amora-silvestre (Rubus fruticosus L.) é como é conhecido o fruto poliaquênio (frutos agregados) de arbustos do gênero Rubus (amoreira-silvestre), vulgarmente designados como silvas. Os frutos são usados para a composição de sobremesas, compotas e, por vezes, vinho. As silvas apresentam longos caules curvos, com acúleos curtos levemente encurvados. Quando os caules contatam com o solo desenvolvem, frequentemente, raízes laterais, dando origem a um novo pé de silva (reprodução assexuada), tornando-se uma espécie persistente, colonizando vastas áreas por longos períodos. Tolera facilmente solos pobres, sendo uma das primeiras plantas a colonizar terrenos baldios. As suas flores, brancas ou rosadas, florescem de maio a agosto (no hemisfério norte), dando, após a frutificação, as amoras de uma cor vermelha e, depois, negra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amora-silvestre
http://blogdopg.blogspot.com/2021/08/arbustos-carnivoros.html
1
Quando eu cursava medicina na UFC, ouvia falarem de um aluno na Faculdade de Medicina que se destacava por seu talento de compositor. Chamava-se Belchior, mas não foi por termos sido contemporâneos na Faculdade que nos conhecemos.
Fui conhecê-lo no dia em que um amigo, Osternes Brandão (irmão do poeta e letrista de música Antônio José Brandão) me convidou para um sarau. A casa do meu amigo ficava na Parquelândia e levei comigo o violonista Claudio Costa. Nesse dia, além de Antonio Carlos Belchior, conheci também o Miguel da Flauta.
Era manhã e fez-se tarde. Quando alguém sugeriu que continuássemos a reunião no Bar do Anísio, na Beira-Mar. E fomos todos a esse local no carro do anfitrião Osternes.
Além de nos apresentar as canções que vinha compondo, pelas tantas Belchior passou a mostrar outras versatilidades, tais como 1) fazer repente e 2) contar causos.
Causo
Faziam os alunos da Medicina um semicírculo em torno do professor da disciplina de Proctologia. Com todos interessados em acompanhar, da melhor forma possível, os ensinamentos do mestre naquela aula prática. E, também, em ver os detalhes da lesão que ele, com a ajuda da mão enluvada e lubrificada, estava a lhes apontar... na região anal de um paciente.
Num dado momento, em seu afã de descrever a patologia, o mestre empregou uma expressão de duplo sentido: "na entrada". No jargão proctológico, esta expressão tem um sentido próprio. Mas não para o paciente que, em posição de prece maometana, tomou por desfeita o que acabara de ouvir. A ponto de retrucar peremptoriamente: "Alto lá, doutor, esse negócio aí nunca foi entrada. É só saída".
E sair com ar de ofendido.
2
Em 6 de junho de 1969, botei umas cervejas para gelar e encomendei umas bandejas de salgadinhos. Reuni em minha casa Francisco Dário, Osternes Brandão, Claudio Costa e o compositor Belchior, entre outros amigos. Por volta da meia-noite, encerramos a parte doméstica da noitada e fomos ao Pombo Cheio, onde nos encontramos com o Miguel da Flauta em seu retorno de um compromisso profissional.
Naquela data, eu estava completando 21 anos. Uma fita-cassete registrou aquelas maravilhosas canções que foram tocadas e cantadas durante o encontro. Uma delas, por exemplo, a canção "Paralelas", que Belchior originalmente cantava assim: "No Karmann-Ghia, sobre o trevo a cem por horas, meu amor", que ele mudou para: "Dentro do carro...". E que, na derradeira parte da canção, ele modificou de: "E as borboletas que eu fui pousam demais / por entre as flores do asfalto em que tu vais" para: "Como é perversa a juventude do meu coração / que só entende o que é cruel, o que é paixão".
No entanto, algo aconteceu com a fita-cassete da festa. Meu irmão Marcelo usou-a para gravar umas anotações que a nossa irmã Marta havia feito em caderno de uma aula de biologia do Prof. Hildemar. E, ao fazer o novo registro, o gravador (que era de fita única) apagou definitivamente o registro anterior.
3
Em 1972, com frequência eu me deslocava do centro do Rio para Copacabana, e vice-versa. Quando o ônibus passava por/sobre o viaduto do Botafogo, dava para ver que existia um pequeno teatro nas proximidades. Um belo dia, notei que aquele teatro estava com uma placa, onde se lia em letras garrafais: BELCHIOR. À noite, fui ver o show do conterrâneo. Pouca gente a prestigiá-lo. No repertório, Belchior incluía um clássico da "música de fossa" nacional, provavelmente do Lupicínio. Ao interpretá-la, foi que alguém acionou a estrondosa descarga de um vaso sanitário do teatro (risos, mas era tudo combinado). Findo o show, descemos ao aterro do Botafogo para conversar: Belchior, eu e uma terceira pessoa (Lauro Benevides? Pretestato Melo? Ah, não recordo). Quanto a Belchior, deduzi que a música o havia desencaminhado das lides acadêmicas. Como, em tempos mais remotos, aconteceu a Noel Rosa, um "monstro sagrado" da música popular brasileira.
4
Voltando a residir em Fortaleza, numa noite fui a um show do Gonzaguinha no teatro da Emcetur. Belchior chegou acompanhado do jornalista Odosvaldo Portugal Neiva, que cobria a pauta de música no Diário do Nordeste. E tivemos uma conversa rápida.
5
Em minhas andanças boêmias, uma vez resolvi baixar num restaurante novo (com algumas indicações a point). Não me recordo do nome do estabelecimento, apenas de que ele ficava próximo à Praça Portugal. Numa boca de noite, sentei-me a uma mesa e comecei a beber. Algumas horas após, já meio sonolento, paguei a conta para me retirar. Na calçada, alguém que acabava de chegar com amigos, abraçou-me e disse: "Professor, já está indo?" Era Belchior. Mudei de ideia e voltei ao bar. Como eu havia lido um texto de Belchior no Pasquim e do qual muito gostara, convidei-o para prefaciar um livro que eu vinha escrevendo. Não posso acusá-lo de haver faltado comigo, pois eu nunca concluí aquele livro.
6
Show do Belchior no Siará Hall. Fui (com Elba) ao Siará Hall, uma casa de eventos localizada na av. Washington Soares, em Fortaleza. Inaugurada em 2005, contava com uma infraestrutura que comportava mega-shows. Considerada a maior casa de espetáculos da cidade até seu fechamento em 2017, trouxe shows e espetáculos de níveis nacionais e internacionais. Bem, visitei-o no camarim, ora pois.
Conceito de teleférico. É um meio de transporte aéreo que utiliza cabos de aço para sustentar e tracionar cabines que transportam pessoas ou materiais. O teleférico é um meio de transporte popular em áreas montanhosas, pois proporciona uma vista panorâmica aos passageiros. O termo teleférico vem do francês téléphérique.
Outros teleféricos no Brasil:
🚠 Bondinho do Pão de Açúcar RJ 🚠 Teleférico Parque UniPraias SC 🚠 Teleférico de São Vicente SP 🚠 Teleférico do Parque Capivari, Campos do Jordão SP 🚠 Teleférico de Bonito PE
Criado em 9 de outubro de 2007, o Blog Linha do Tempo atingiu nesta quarta-feira (5) a marca de 1.000.000 de visualizações.
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CONVITE
Cerimônia religiosa e recepção de casamento (com a bênção de Deus e dos pais) de Ana Karolina e Humberto Neto na Praia de Morro Branco, em Beberibe - Ceará.
Quatro de janeiro de 2025, às 16 horas.
Postagem atualizada em 05/01/2025, com a inclusão da fotografia acima.
Minha esposa e eu fizemos reservas para "Ocas do Índio", uma pousada em Morro Branco perto do local do evento.