Nas próprias armas dessas duas profissões, percebe-se o quanto elas estão imbricadas. Em ambas, está presente a cobra. Nas armas da Farmácia, uma serpente se enrosca no cálice, dando a impressão de que o veneno que mata é também o que salva. Dependendo só da forma e da dose em que é usado. No que se refere à Medicina, a simbologia é mais complexa. Um destes símbolos, o mais comumente retratado, é uma cobra que se enrola no bastão de Asclépio. Em outra variante, que se confunde com o caduceu de Mercúrio, são duas cobras geminadas, entrelaçadas, que parecem estar diante de um espelho, tão iguais elas se mostram, movendo-se em torno do bastão, dando vez à compreensão de que não basta tratar. Curar também é preciso.
E assim vão as duas profissões, seguindo lado a lado, irmanadas por objetivos até certo ponto comuns, uma e outra revelando afinidades que extrapolam o fazer profissional."
Extraído do discurso de posse do médico Marcelo Gurgel como Acadêmico Honorário da Academia Cearense de Farmácia, o qual foi proferido em sessão solene no Ideal Clube, em 17 de dezembro de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário