FREI FRANCISCO ANTONIO DE SOBRAL

Em 2009, Belchior sumiu. Foi quando o jornalista Jotabê Medeiros deu partida à pesquisa para um livro sobre o artista. Durante anos, ele fez dezenas de entrevistas com parceiros musicais, amigos de infância, familiares e produtores de seus discos. Quando se preparava para viajar para Santa Cruz do Sul – cidade próxima a Porto Alegre, onde Belchior vivia anonimamente –, Medeiros soube da morte do cantor.
O artigo O claustro, no site piauí, foi extraído do primeiro capítulo do livro, a ser publicado em setembro pela editora Todavia. Trata de um período pouco conhecido na vida de Belchior: os três anos que passou como interno no Mosteiro de Guaramiranga, na região serrana do Ceará, durante a adolescência. Foi ali que o artista travou seu primeiro contato com a literatura e a filosofia e habituou-se ao silêncio e à introspecção que marcariam sua trajetória singular até o fim da vida.
Belchior (terceiro da esquerda para a direita) e sua turma na Ordem Menor dos Capuchinhos recebem a visita do presidente Castelo Branco. Foto do arquivo pessoal de Jotabê
Nota
Rebatizados, os frades capuchinhos brasileiros costumavam carregar no novo nome o carimbo de suas origens: o noviço Antonio Carlos Belchior, caso não houvesse desistido da vida religiosa, passaria a se chamar Frei Francisco Antonio de Sobral.

Um comentário:

Paulo Gurgel disse...

De: Hugo Mendonça, Miami
Para: mim (por e-mail)
I really enjoyed this issue. Congratulations!!
On Sun, Jun 11, 2017 at 7:07 AM