É uma revista de música, poesia, contos, crônicas e artes visuais de publicação trimestral e distribuição gratuita (on-line).
Pode ser lida no site: http://www.resistenciamandacaru.com/revista-sarau
Obs. Clicando sobre o título dos textos no sumário o leitor tem acesso direto à página do texto.
EDITORIAL
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Fernando Gurgel*
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"Era uma vez um homem e o seu tempo". Assim anunciava, numa de suas composições, Antônio Carlos Belchior que, ao mesmo tempo, vociferava: “Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!” Certo é que o bardo sobralense, com sua arte, com suas letras, tornou-se uma voz de seu tempo, de seu povo e não só do nordeste, mas uma voz nacional, enfim.
A arte, sabe-se, acompanha a humanidade desde as mais remotas eras. Ela é a voz e o registro de um tempo, de um povo, de uma civilização. A arte é também libertária. Desse modo, o homem, a quem ela humaniza e harmoniza, também a persegue em tempos de tirania. Nesse sentido, vivemos tempos difíceis, em que o obscurantismo emerge e o autoritarismo avança e ameaça manifestações literárias e artísticas em geral. Ao mesmo tempo, porém, vemos aqueles outrora relegados ao apagamento ressurgirem e retomarem espaços. É o caso de Maria Firmina dos Reis e do crescente surto de valorização da nordestinidade sob as mais diversificadas formas.
É nesse contexto que surge a Revista Sarau, cujo intuito é a partir das diferentes vozes de seus colaboradores, através de suas contribuições com artes visuais, contos, crônicas e poemas, constituir um espaço para a difusão e valorização da arte e da literatura produzidas na região Nordeste. Nesta primeira edição, homenageamos o já mencionado Belchior, que foi poeta, músico, artista plástico, intelectual e um dos maiores compositores que nosso país produziu.
Caro(a) leitor(a), desejamos-lhe uma boa leitura e que, ao final desta, você possa dizer-se como o fez nosso homenageado:
"Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
A arte, sabe-se, acompanha a humanidade desde as mais remotas eras. Ela é a voz e o registro de um tempo, de um povo, de uma civilização. A arte é também libertária. Desse modo, o homem, a quem ela humaniza e harmoniza, também a persegue em tempos de tirania. Nesse sentido, vivemos tempos difíceis, em que o obscurantismo emerge e o autoritarismo avança e ameaça manifestações literárias e artísticas em geral. Ao mesmo tempo, porém, vemos aqueles outrora relegados ao apagamento ressurgirem e retomarem espaços. É o caso de Maria Firmina dos Reis e do crescente surto de valorização da nordestinidade sob as mais diversificadas formas.
É nesse contexto que surge a Revista Sarau, cujo intuito é a partir das diferentes vozes de seus colaboradores, através de suas contribuições com artes visuais, contos, crônicas e poemas, constituir um espaço para a difusão e valorização da arte e da literatura produzidas na região Nordeste. Nesta primeira edição, homenageamos o já mencionado Belchior, que foi poeta, músico, artista plástico, intelectual e um dos maiores compositores que nosso país produziu.
Caro(a) leitor(a), desejamos-lhe uma boa leitura e que, ao final desta, você possa dizer-se como o fez nosso homenageado:
"Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
Não sou das nações dos condenados!
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem: Conheço o meu lugar!"
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem: Conheço o meu lugar!"
* Neste número Fernando Gurgel colabora com o texto "Autoridades" (p.46)
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