O CÃO QUE CHUPA MANGA E O QUE COME MARIOLA

Ao Sr. Luciano Hortencio:
Cão que chupa manga não é capeta!
A origem da expressão "cão chupando manga" não tem nada a ver com alusões ao demônio. É bem mais curiosa, na verdade. Contam os da geração de meu pai, nascido ainda em 1929, que a expressão surgiu entre os estudantes do ensino fundamental por conta de um cachorro, personagem dos livros didáticos usados naquela época. O cão fazia de tudo no livro, desde o trivial como comer, correr, dormir, até fatos inusitados como chupar manga. A expressão, aqui em Pernambuco, significa alguém capaz de tudo, tão habilidoso quanto o cão do livro do segundo ano, capaz até de chupar manga. Note-se a forma específica do gerúndio, pois no livro, o cão estava chupando uma manga, não tinha chupado nem ia chupar, daí que se diz que Fulano "é o cão chupando manga". Igual ao do livro. Outra expressão menos conhecida, mas relacionada, é "Beltrano é o cão do terceiro livro" que sugeria que se o do segundo livro era tão prendado, avalie-se o cão do terceiro livro do ensino primário. A associação com o demo ocorreu com o tempo, já que o termo cão como sinônimo de diabo é bem mais conhecido do que o personagem do livro didático da primeira metade do século XX.
Silvio Campello
Caro Silvio Campello!
Cão que chupa manga não é capeta nem, muito menos, inusitado.
Eu tinha uma casinha no distrito chamado Campestre, no município de Trairi - Ceará. Antes de ser murado todo o terreno, os cachorros da vizinhança livravam-se do sol da tarde no grande terraço que circundava a casa.
Pois bem. Em época de manga, a gente via praticamente todos os cães levando mangas para saboreá-las no terraço e só a soltavam quando o caroço estava totalmente descarnado.
Era a época em que os cães da localidade ficavam bem mais gordos, lustrosos e felizes.
Luciano Hortencio
Ao cearensólogo Luciano Hortencio:
Esse cão chupando manga guarda alguma relação com o cão comendo mariola?
Paulo Gurgel
Caro Paulo Gurgel!
Fizeste-me vir água à boca e olha que eu nem sou o capiroto. Saudade enorme das antigas mariolas, enroladinhas na palha da bananeira e que vez por outra a gente encontrava um fragmento "mei durim" nela... Seria "preda"?
Sei lá! Só sei que morro de saudade de comer pelo menos uma dúzia de mariolas das "das antigas". Queria também beber três copázios do Pega Pinto do Mundico, pra acompanhar um cabelouro bem cozido. Aliás, diga-se de passagem que fiquei bonito desse jeito às custas de comer cabelouro atrás da porta da sala de jantar.. rsrsrs
Grande abraço do teu conterrâneo,
PS: Não achei sequer uma foto das mariolinhas enroladas na palha da bananeira... Só industrializadas!
Luciano Hortencio
Caro Luciano Hortencio!
O cabelouro cozido e comido atrás de uma porta, enquanto o feioso se concentra na fisionomia de uma pessoa bonita – com a qual quer ficar parecido –, é uma receita acreditada. Mas tem uma dificuldade quase intransponível: ninguém consegue cortar a dentadas esse duro ligamento da nuca do boi. Talvez você já fosse um cabeça-chata apolíneo – muito antes de mascar o seu primeiro cabelouro.
Paulo Gurgel
Ao Paulo Gurgel:
O cabelouro realmente é duro pra dedéu, porém a textura do ligamento da nuca do boi, chamado cabelouro, a gente não consegue cortar a dentadas e sim no puxavante. É só ir separando as tirinhas e comer inteirinhas mesmo. Só que não se pode esquecer que tem que comê-lo detrás de uma porta!
Valeu a pena o sacrifício... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Luciano Hortencio
Ao Sr. Luciano Hortencio:
Duas mariolas...
Taturanous

"Tocar na banda / Pra ganhar o quê? / Duas mariolas /E um cigarro Yolanda."

Onde o fórum acima aconteceu:
http://jornalggn.com.br/blog/lucianohortencio/to-com-a-macaca-me-deixa-pular-por-jns-e-luciano-hortencio

DOS ANOS DOURADOS AOS ANOS ILUMINADOS DO OTÁVIO BONFIM

CONVITE
Com prazer, convidamos os amigos e conhecidos, para o encontro de congraçamento dos que passaram sua juventude no Otávio Bonfim, compreendendo o período dos Anos Dourados aos Anos Iluminados, sob a benfazeja inspiração seráfica, que vai do Frei Teodoro ao Frei Lauro.
O encontro acontecerá às 19h, do dia 17/09/2015, no Salão de Santo Antônio, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, local escolhido por preservar, em seu recinto, um clima de saudade, permeado das mais caras lembranças.
O evento contará com projeção de slides e de vídeos e abrirá espaço para alguns depoimentos de representantes das diferentes gerações, de jovens das décadas de cinquenta a oitenta, como um indicativo da afeição ao bairro que abrigou tantas pessoas dignas e honestas.
A Comissão Organizadora
Crédito da imagem
Igreja de Nossa Senhora das Dores, do Otávio Bonfim, em dia de Procissão de São Francisco de Assis. Reprodução de uma pintura em óleo sobre tela, de Tarcísio Garcia, notável e prestigiado pintor cearense, com fortes raízes nesse bairro de Fortaleza. Esta imagem ilustrou a capa do livro "OTÁVIO BONFIM, DAS DORES E DOS AMORES - Sob o olhar de uma família", de autoria de Marcelo Gurgel.
18/09/2015 - Atualizando ...
O evento, que teve como mestre de cerimônia o jornalista Tom Bastos, constou de palestras, projeção de slides e vídeo, galeria de pôsteres, entrega de placas de homenagem e discursos de agradecimento, e encerrou-se com um coquetel à base de refrigerantes e salgadinhos para os convidados. Parabéns à Comissão Organizadora formada por Edmar Gurgel, Vicente Moraes e Marcelo Gurgel que tudo planejou para garantir o sucesso do Encontro.

AS REZADEIRAS DOS SERTÕES

Diogo Fontenelle

Ó piedosas rezadeiras dos sertões dos desvalidos!
Mulheres iluminadas, desposadas pelo Mais Além
A benzer as criancinhas e os enfermos combalidos...
Livrai-nos, Nosso Senhor, do mau olhado, amém!

Venham ramos benzidos de arruda e manjericão,
Massagens com sebo de porco caititu e carneiro,
Chás de erva cidreira, malva, camomila, e agrião,
Escapulário no peito com a gravura do padroeiro...

Rezadeiras dos sertões, madrinhas dos pecadores,
Orai pelos sertanejos penitentes entre desalentos,
Orai por todos nós, pequenos e singelos pastores,
Perdidos pelo caminho a mercê dos maus ventos...
xilografia de Marcelo Soares

A PRIMEIRA PLANTA DA CIDADE DE FORTALEZA

WIKIPÉDIA
Primeira representação de Fortaleza, de 1726, no período de instalação da Vila de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção do Siará Grande. No desenho, são notáveis os principais símbolos de poder da vila colonial: o forte, o pelourinho, a casa de câmara e cadeia, a igreja e a forca.

MEMÓRIAS DA CIDADE: REPRESENTAÇÕES DE FORTALEZA NO MUSEU DO CEARÁ
por Natália Maia Sousa
Vê-se, na figura acima, a primeira planta da cidade – desenho atribuído ao capitão-mor Manuel Francês –, oriunda de 1726, coincidindo com a instalação da Vila de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Os traços do desenho da vila, sem a qualidade técnica que denota o trabalho de um profissional, apontam, entretanto, as construções mais importantes da época. Mostram-se, dentre outros elementos, as edificações destinadas a usos religiosos e político-administrativos, localizadas nas imediações do Forte de Nossa Senhora da Assunção, evidenciando a influência da edificação militar na disposição dos prédios e no crescimento urbano. No entorno do Forte estão localizadas, por exemplo: a igreja matriz, o pelourinho, a casa de câmara e cadeia, a forca etc.
A primeira planta da cidade aparece como importante representação simbólica do núcleo urbano, pois expressa de forma direta, a partir da disposição dos edifícios e equipamentos da época, os lugares do
poder militar, político, administrativo e religioso, mostrando como o controle colonial se impunha diante da vila. Sobre isso, é importante ressaltar que, contrariamente a diversas outras vilas do Ceará, a vila de Nossa Senhora da Assunção não nasceu de uma missão religiosa e sim a partir de uma função estratégico-militar, com a fixação de um forte para proteção e defesa do território.
Assim, pode-se ver como a ordem urbana era fixada pela metrópole, por meio de marcos no espaço físico. No entorno do forte, estavam o local da ideologia cristã, representada pela igreja matriz, a sede do poder político local, representada pela casa de câmara e cadeia, a autoridade local materializada na violência e força, representada pela forca, e o símbolo da emancipação local, representada pelo pelourinho. Assim, as principais instituições públicas da época concentravam-se ao redor do forte, configurando um núcleo que definia os lugares de exercício do poder, além de assegurar a ordem urbana.
Extraído de: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/6376/1/2011-DIS-NMSOUSA.pdf

FAZENDINHA DO JOÃO VICTOR

As porteiras da minha fazendinha estarão abertas para comemorarmos meu 1º aninho!
João Victor
23/08/2015, às 18 horas
Golden Kids Buffet
Rua Gilberto Studart, 280 - Cocó
Meu sobrinho-neto João Victor é filho dos médicos José Orlando da Costa Filho e Vanessa Gurgel Adeodato.

PESAR POR VITÓRIA HOLANDA GURGEL COELHO (19/01/1997–13/08/2015)

"Quero tua risada mais gostosa / Esse teu jeito de achar /Que a vida pode ser maravilhosa / Que a vida pode ser maravilhosa..."
("Vitoriosa", de Ivan Lins e Vítor Martins)
Faleceu na quinta-feira passada (13), em Mossoró-RN, a jovem VITÓRIA HOLANDA GURGEL COELHO. Era filha de Maria Tereza Vieira Holanda e Sílvio Gurgel Coelho.
Hoje (20) foi celebrada a missa de sétimo dia, na igreja da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Fortaleza, pela alma de Vitória.
"Obrigada, filha, por nos fazer seus pais e por nos fazer mais humanos, mais crédulos de que o Amor tem a profunda capacidade e transformar e de nos fazer vitoriosos. E muito obrigada por você ter vindo, nossa filha, e nos confiar essa missão de investir em você e de lhe fazer uma grande Vitória.
Um beijo muito grande em seu coração e nunca esqueça do nosso amor e e de que você sempre foi a luz de nossos caminhos e de que vai continuar sendo, só que agora como um anjo e um Ser de luz."
(trecho final da mensagem a Vitória escrita por seus pais, Maria Tereza e Silvio)

A CANECA DENTADA

Na visita que fiz ao Museu Municipal de Uberlândia este objeto em exposição me prendeu a atenção por alguns minutos. Tratava-se de uma caneca de flandres com dentes nas bordas. Para que, diabos, serviriam aqueles dentes, por sinal bem pontiagudos, num utensílio doméstico em geral utilizado para matar a sede de alguém. Uma placa por perto dava toda a explicação. Aquela caneca era para ser usada apenas para tirar a água de um pote, quando precisava transferi-la para uma quartinha, por exemplo. Quem quisesse beber daquela água (boa e fresca do pote de barro) sem ferir os lábios que fosse apanhar outra caneca para esse fim.
Como o púcaro, por exemplo. O púcaro era uma caneca de alça comprida, tipo concha, para tirar água do pote. Uma modalidade de caneca menos agressiva, por assim dizer.
Procurei na internet alguma imagem de caneca dentada para ilustrar esta nota, mas em vão. De maneira que lanço mão de uma foto de péssima  qualidade que eu tirei na ocasião.
Para finalizar, transcrevo do site Malagueta um artigo de Raul Lody, que é antropólogo, museólogo, pesquisador na área de alimentação com diversos livros publicados e, entre outras atividades, idealizador do Museu de Gastronomia Baiana.
Água de pote, água de beber
A boa água é essencialmente limpa, e quando fresca melhor ainda. São muitos os imaginários sobre a água, e a esses imaginários integram-se os cenários culturais e sociais que ritualizam esse tão precioso líquido.
Água de pote é uma categoria regional, uma tipologia de "lugar" para a água na casa. É a água guardada em potes de barro com várias características estéticas. Geralmente um pote de barro pode comportar de dez a vinte litros de água.
Além de ser um utensílio, o pote é também um objeto fundamental por preservar a água de beber; ele exibe e comunica: "temos água, água boa porque está no pote".
Quase sempre os potes têm tampas de madeira que são feitas especialmente para o uso doméstico. Ainda, é comum que a boca do pote esteja protegida por uma toalha de pano, pano alvíssimo, como se atestasse uma qualidade de limpeza, assim, a água ali guardada é tão limpa, tão pura, quanto a brancura do pano.
Normalmente, o pote está na cozinha ou, como ocorre em muitas casas do Nordeste, ou em ambiente único da casa. O pote quase sempre, nesse contexto, ocupa um tipo de mobília chamada de banca de pote, que é "entronizado" com destaque na casa.
Geralmente no entorno do pote estão às fotografias da família, os quadros de santos, ou outras informações visuais importantes que são concentradas e exibidas próximas ao espaço da água; assim, como os copos, as canecas, as cuias, e as meias cabaças, que são para se beber a água, e também os utensílios para se retirar a água dos recipientes.
Vê-se o aproveitamento do coco seco para se fazer o "coco d’água" – tipo de caneca especial para se retirar a água do pote. Há outro tipo de utensílio para se retirar água do pote que é feito de flandres, e apresenta as bordas dentadas, justamente para evitar que se coloque na boca, e assim se mantém a água limpa e boa para o consumo.
Sem dúvida, o pote participa do processo de decantação das impurezas da água, pois as águas chegam de muitos e diferentes lugares.
O pote confere à água odor e sabor especial que vem do barro. Essa água é comparada à “água de quartinha”, que é outro tipo de recipiente de barro, só que de uso individual, para conter e servir água.
Há a tradição de se dizer que: "água de quartinha e água de pote são mais gostosas". Atribui-se por isso uma qualidade especial a esse tipo de armazenagem.
Esses recipientes mostram as possibilidades de preservação da pureza desse tão preciosos líquido para o consumo humano. Esse é um processo tradicional de filtragem. Como ainda acontecem com os tradicionais filtros de barro, alguns artesanais e outros industrializados.
Beber água de pote é um componente da construção do paladar, é a inclusão de um novo sabor que também está na comida preparada com esta água de sabor especial e peculiar.
O pote na maioria dos casos é a única opção de se ter água "potável" em casa. São milhares de casas no Nordeste, na região amazônica, e em outras regiões que utilizam esse utensílio como sendo a única maneira possível de acondicionar água.
A água de pote é um forte retrato da vida de milhares de brasileiros que ainda recorrem a esse costume para se ter certa qualidade na água que é destinada ao consumo na casa. Água para se beber e para se fazer comida.
Em outros cenários é crescente o cuidado gastronômico no consumo da água, inclusive numa valorização que requer até os serviços de um "sommelier" especializado para água.

VÍDEOS. FAMÍLIA GURGEL DO AMARAL VALENTE, DE ACOPIARA-CE


Parte 1

Parte 2

(vídeos lembrados por Fernando Gurgel Filho, de Brasília)

RECORDANDO MEU PAI

Celina Côrte Pinheiro
celinacps@yahoo.com
médica e filha do sr. Cândido Côrte

Confesso, sem pejo, minha especial admiração por meu pai. Simples, elegante no vestir, simpático, bem-humorado, profissional comprometido, dinâmico, era querido e respeitado em Ribeirão Preto, sua cidade por adoção. De segunda a sexta-feira, eu era obrigada a manter minha vida escolar em dia a fim de me dedicar ao lazer, sem qualquer culpa, nos fins de semana.
O sábado e o domingo eram destinados ao Clube de Regatas, onde aprendi a pescar, colocar minhoca no anzol sem sentir nojo, remar, nadar, jogar bocha etc. Acordava cedo para acompanhá-lo ao clube e, se meu sono ultrapassasse 8 horas da manhã, ouvia ruídos insistentes de meu pai batendo em uma lata, segundo ele, para atrair as andorinhas. Uma mentirinha saudável, pois o que ele queria mesmo era me acordar. Minhas primeiras aulas de disciplina pessoal!
Sempre o admirei por seus diferentes saberes, não obtidos através da educação formal, mas de sua inteligência e autodidatismo. Era um homem bom e cultivava valores como a honestidade, a pontualidade, a sinceridade... Não era religioso, mas cioso de seus deveres para com os outros. Um cristão, na verdadeira acepção da palavra!
Aos 18 anos, saíra de uma cidadezinha escondida no mapa para seu primeiro emprego na megalópole São Paulo. Foi o único entre 12 irmãos a ter a coragem de enfrentar novos e inquietantes desafios. E venceu! Ensinou-me também a ter essa coragem e força para enfrentar o que meu próprio enredo reservava, ensinando-me intuitivamente a identificar pessoas. Uma grande e útil lição!
As regras em nossa casa eram claras. Às refeições, não permitia brigas ou conversas em demasia. Apreciava o silêncio. O abandono de restos de alimento no prato era proibido e ele exemplificava com a própria vida na pobreza da Itália. Ensinou-me a não ter “olho grande” para a comida e a colocar no prato apenas o suficiente para me alimentar. Se quisesse mais, poderia repetir, sem desperdiçar.
Tolerância zero para desperdícios em geral.
Nunca me estimulou a namoros precoces. Eram vedados e, quando os namoricos adolescentes aconteceram, não lhe eram revelados. Mas ele percebia a mudança de meu comportamento e me olhava diferente. Eu sorria meio desconcertada, pois não apreciava trair-lhe a confiança.
O tempo se encarregou de lhe impor limites e sua vida se transformou em um incômodo fardo. Não se preparara para isto, reagia contra sua incapacidade e o dever de aceitá-la, sabe-se lá por quanto tempo. Tinha pressa, mas a vida não foi feita para atender nossos caprichos, mas nossos merecimentos.
Na madrugada de um dia, acordou, sentou-se à borda do leito, pediu água, bebeu-a e se calou. Realizou sua última queda livre na própria cama. Minha mãe pensou tratar-se de mais uma de suas brincadeiras. Não era... Desligou-se do fio da vida com a mesma pressa de sempre. Não se prendeu ao leito, nem deu trabalho aos familiares. Fez-se pássaro e voou célere para outra dimensão.
Artigo publicado em 08/08/15, no Jornal de Hoje, O POVO on line

BRINCADEIRA TEM HORA

Coronel médico R1 Dr. Sidney Marques
In: "Humor na Caserna"
Em 1998, a seleção de Quixeramobim classificou-se para a final do XXV Campeonato Cearense Intermunicipal de Futebol, tendo como adversário a seleção de Boa Viagem.
Um grupo de abnegados dirigentes procurou-me no Hospital Regional dr. Pontes Neto, solicitando ajuda para hospedar a seleção em Fortaleza. No mesmo instante, liguei para o comandante do 23º Batalhão de Caçadores que, de pronto, atendeu a solicitação.
Para tornar o apoio ainda mais significativo, designei a psicóloga do Hospital Militar, tenente Isoletina, para fazer uma palestra motivacional para o grupo.
Acertados os detalhes com os dirigentes da seleção, fui tirar o meu plantão de final de semana naquela cidade do sertão central.
A delegação chegou a Fortaleza sábado à tarde e, após a palestra, todos saíram para jantar nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Ao retornarem ao quartel, um gaiato, em vez de entrar pelo portão das armas, resolver pular o muro próximo à guarita, que fica vizinha à residência dos oficiais.
Ilustração: Benes
O insolente por pouco não levou um tiro do soldado sentinela e ainda conseguiu criar um incidente de grandes proporções, com o envolvimento do oficial de dia e de toda a guarda do batalhão. Até mesmo o comandante teve que se deslocar ao quartel para resolver o imbróglio. Por muito pouco, não foram desalojados do 23º BC.

LANÇAMENTO DO LIVRO "HUMOR NA CASERNA"

Noite de autógrafos de Humor na Caserna, de José Luciano Sidney Marques
Apresentação: Paulo Gurgel Carlos da Silva
"O coronel médico Sidney Marques brinda a todos com o seu livro Humor na Caserna, contendo uma centena de histórias reais, marcadamente hilárias, em sua maior parte, por ele vivenciadas no decorrer de sua jornada verde-oliva. Estou certo de que a presente obra, robustecida por tantas situações engraçadas, conduzirá os leitores a um momento de descontração, regando de forma bem-humorada, a seriedade e a aridez do nosso viver." ~ Marcelo Gurgel
"No livro Humor na Caserna, Sidney Marques retrata, com muita sensibilidade, uma centena de "causos" ocorridos no ambiente austero das unidades militares onde serviu. Da maioria deles foi protagonista, em outros, coadjuvante ou mero espectador." ~ Saraiva  Junior
Ficha técnica
Título: Humor na Caserna | Autor: José Luciano Sidney Marques | Revisão gramatical: Prof.ª Tereza Lucia Fontele | Capa: Audifax Rios | Ilustrações: Benes | Projeto gráfico: Sidney Marques e Brenno Araújo | Diagramação: Alexssandro Lima | Gráfica: Expressão | Ano: 2015 | 140p. :il. | ISBN: 978-85-420-0608-7
Serviço
Dia e hora: 31/07 (sexta-feira), às 19h
Local: Parque Recreio - Salão de Eventos
Endereço: Avenida Rui Barbosa, 2727 - Fortaleza-CE
Traje: esporte fino
01/08/2015 - Atualizando a postagem com a inserção de uma fotografia
Paulo Gurgel (eu) fazendo a apresentação de "Humor na Caserna"

O BAR DO CHAGAS FECHA AS PORTAS

Caros biriteiros,
Mais uma triste notícia para os velhos boêmios. Depois da tragédia do Buraco do Reitor, que incendiou no ano passado, agora foi a vez do Chaguinha fechar as portas. E assim vamos assistindo resignados o fim de uma época de alegrias e brincadeiras saudáveis e porres homéricos. Como dizia a letra impagável do samba-canção "Farrapo Humano", na voz canora do insubstituível Nelson Gonçalves: para minimizar essa dor "só encontro um lenitivo no balcão de um botequim". Só mesmo tomando umas e outras e mais outras para suportar tamanha angustia. Estou tentando escrever uma crônica sobre essas tragédias e, logo consiga, eu repasso para os amigos lerem e, entre umas e outras, relembrarem-se dos velhos tempos. Saúde!!!
Obs.:
Segue abaixo o link para acessar a matéria sobre a "tragédia", publicada hoje (25/07) no jornal Diário do Nordeste. Não deixem de ver.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/frequentadores-se-despedem-do-bar-do-chaguinha-1.1347986
"Manchetes" do Miami Herald: BAR DO CHAGAS FECHA. 
CACHACEIROS SE DESESPERAM. INDÚSTRIA DE BEBIDAS EM PÂNICO
N. do E.
Este necrológio do bar me foi repassado por meu irmão Germano. Pelo estilo e também pela referência que faz ao Buraco do Reitor, desconfio que tenha sido escrito por Carlos José Holanda Gurgel.
Como não fui frequentador do Chaguinha, sofrerei, mas não exageradamente, com essa tragédia. Pior foi quando fui velar a morte anunciada da Taberna da Glória para dar espaço à construção da Estação Glória do Metrô do Rio. Foi numa das mesas da Taberna que, em parceria com Vadico, o genial Noel Rosa criou o seu inesquecível Conversa de Botequim.

O GOL DE MÃO DE HONORATO

Campeonato Cearense de Futebol de 1957.
O América conquistou o Torneio Início em 26 de março. O Ceará e o Usina Ceará, vencedores dos dois turnos, partem para uma melhor de 3, com o Ceará vencendo a 1ª.
Na semana que antecede o 2º jogo, o Ceará pede o adiamento da partida, alegando que 9 atletas haviam pegado a famosa (na época) gripe asiática. Na verdade, o interesse do Ceará era ganhar tempo para recuperar 3 atletas que estavam contundidos
Com a negativa da Federação Cearense de Desportos (FCD), que levou em consideração os boatos que circulavam, o Ceará teve que entrar em campo sem os "asiáticos", contando inclusive com o Bira e o goleiro Ivan, com este escalado como atacante. Resultado: Usina 1x0 Ceará.
Na 3ª e decisiva partida, vence o Ceará com o famoso gol de mão de Honorato.
Correspondência
Caro Paulo,
Atualizei-me com sua Linha do Tempo hoje, com seus escritos, com os do Marcelo, c= os do Fernando e de tantos outros.
As histórias do Usina Ceará acolho-as com atenção.
Explico porquê:
Em Fortaleza, só torci pelo Usina Ceará.
Não tenho nenhuma afeição pelo Ceará e pelo Fortaleza, clubes das multidões cearenses.
Não gosto da forma como o futebol é conduzido pelos cearenses.
Técnicos e jogadores não têm nenhuma identidade com os dois clubes, daí a agonia que estes padecem nos campeonatos nacionais.
Além do que geralmente param nos clubes de Fortaleza técnicos vencidos (no prazo, no tempo, sem história, sem ter bagagem) e jogadores rodados que acabam se envolvendo com cachaça e rapariga, dois infortúnios dos jogadores de futebol.
No passado, tinha o campeonato de seleções e eu torcia pela seleção do Ceará.
Há 52 anos fora do Ceará, só torço pelo América, do Rio de Janeiro, clube das pequenas multidões, que tem o melhor hino de autoria do Lamartine Babo, que também escreveu hinos de outros clubes.
O do América é o mais bonito.
Sofro muito por ser americano, clube sempre roubado pela corja de apitadores do futebol inclusive ***  que é torcedor fanático do Fluminense e que já roubou o América em diversas partidas.
Gosto das histórias de Otávio Bonfim, hoje muito mudado.
Na minha próxima visita a Fortaleza, irei ao vosso encontro.
Abraço.
JB Serra e Gurgel

CALDAS NOVAS-GO E BRASÍLIA

Período: 25 a 28/07/15
Dia 26 (sexta-feira)
Partindo de Uberlândia, cheguei a Caldas Novas aproximadamente às 10 horas. Fiquei na rodoviária da cidade esperando por Elba, que chegaria de Brasília duas horas após. Ela trazia a notícia da cirurgia (não realizada) em Maninha
Hospedamo-nos no Morada do Sol, situado na região central da cidade. Este hotel dispõe de um parque aquático com águas quentes captadas através de poços artesianos.
Numa caminhada pelo comércio de Caldas Novas, Elba logo se espantou com o que poderia comprar na cidade. Muitos itens de vestuário a preços convidativos.
O Hotel Morada do Sol estava lotado por grupos de excursão da terceira idade. À noite, após o rodízio de sopas oferecido aos hóspedes, muitos destes se reuniram no pátio interno para ouvir um cantor-tecladista de músicas sertanejas.
foto 1
O município de Caldas Novas, no estado de Goiás, encontra-se às margens do lago da represa de Corumbá e ao lado da Serra de Caldas. Do seu solo brotam águas com temperaturas que variam de 43° a 70°.  De acordo com estimativas de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a sua população é de 79 705 habitantes E o município  tem como principal fonte de renda o turismo. Na alta temporada, Caldas Novas chega a comportar mais de 500 mil turistas. Todos os anos, mais de 3 milhões de turistas visitam a cidade. Com suas piscinas de águas quentes em seus clubes e hotéis, Caldas Novas é considerada a maior estância hidrotermal do mundo.
Dia 27 (sábado)
Na tarde do dia anterior, tínhamos passado algum tempo nas piscinas do hotel. Como deixaríamos o Morada do Sol ao meio-dia, para nos hospedarmos em outro sem parque aquático, aproveitamos a manhã para nos relaxarmos nas piscinas de águas quentes deste hotel.
Do Morada do Sol nos transferimos para o Hotel Santa Clara. Um hotel menor, com ares de pousada e muito aconchegante.
Almoçamos num restaurante da esquina, o Cozinha Goiana, a meio caminho entre os dois hotéis.
foto 2
Elba soube que "trenzinhos" faziam um city tour muito procurado pelos turistas.
E lá fomos nós para um passeio de "trenzinho", animado e ciceroneado pelo mágico Will.
Locais visitados: a Cachaçaria Empório, onde Elba posou com uma garrafa de cachaça nas mãos, dentro de uma adega, aliás, no interior de um grande barril (foto 2); uma sorveteria no centro de Caldas Novas, na qual tomamos um "sorvete ao forno", (cuja receita está aqui, a cargo da blogueira Tania Gusman); e também um centro comercial com lojas de doces, chocolates e, last but not the least, o quiosque do mágico Will.
Ao falar sobre este último, o mágico-guia Will disse-nos que as rendas de seu quiosque se destinavam exclusivamente ao Lar das Crianças (das crianças dele, Will). E Elba, para ajudar a causa, comprou um conjunto com 20 mágicas e um DVD em que Will explica como fazê-las. Um presente para o nosso neto Matheus, um futuro mágico no pedaço.
Anualmente, a cidade é sede do MagiCaldas, o Festival de Mágicas de Caldas Novas. Reunindo mágicos e ilusionistas de todo o Brasil e do exterior, o festival realizou em abril deste ano sua quarta edição. Shows, conferências e workshops compõem a programação do MagiCaldas. 
Face do MagiCaldas
Duração do passeio: 2 horas (a que se seguiu uma segunda caminhada de Elba pelas ruas do comércio).
À noite, cansados da programação do dia, não saímos mais. E, com a anuência do recepcionista do Santa Clara, pedimos uma pizza com entrega em suíte de hotel.
As águas termais de Caldas Novas não têm origem vulcânica e, por conseguinte, não são sulfurosas. São águas acumuladas pela infiltração da água da chuva na Serra de Caldas, aquecidas pelo calor de camadas profundas do interior da Terra. Foram descobertas em 1722, pelo sertanista Bartolomeu Bueno da Silva, filho do bandeirante Anhanguera. Eles estavam em busca de ouro e pedras preciosas, mas acabaram descobrindo as fontes termais com maior vazão no mundo. No Rio Quente e na Lagoa Quente do Pirapitinga, essas águas afloram naturalmente. Nos clubes e hotéis de Caldas Novas, são em geral captadas por poços artesianos. 
Fontes: Will e CaldasWeb.
Dia 28 (domingo)
Retornamos pela Alfa Luz a Brasília, onde fomos recebidos por Henrique e Maninha com uma primorosa feijoada. Uma sonolência pós-prandial me fez dormir à beça no período da tarde. E, à noite, embarcamos no voo de volta para Fortaleza.
Agradecimentos
A Henrique Klein e Lúcia Macedo (Maninha), pela hospitalidade de sempre.
Ao Sr. Francisco Geová, supervisor da Infraero no Aeroporto Pinto Martins, por ter localizado e cuidadosamente guardado a minha agenda que, por descuido, havia deixado no saguão do aeroporto.
Ao Fernando Gurgel Filho, cearense radicado em Brasília, pela presteza em restabelecer uma comunicação interrompida entre Uberlândia e Brasília.
(termina)

BRASÍLIA E UBERLÂNDIA-MG

Período: 23 a 25/06/2015
Dia 23 (terça-feira)
Viagem aérea de Fortaleza a Brasília, com chegada à Capital Federal por volta das 9 horas e meia. Henrique e Maninha, irmã de Elba, nos levam do aeroporto ao apartamento em que moram, com a filha Jéssica, na Asa Norte. Foram mais uma vez nossos anfitriões em Brasília. O brigadeiro Pinto e sua esposa Eliane vieram nos visitar. E o dia livre foi uma oportunidade para Macedos e agregados colocarem os assuntos em dia.
Dia 24 (quarta-feira)
Henrique me leva cedo à Rodoviária, onde pego um ônibus da Real Expresso para Uberlândia, a principal cidade do Triângulo Mineiro. Elba ficou em Brasília para acompanhar uma cirurgia em Maninha. O percurso, de 422 quilômetros até Uberlândia, em sua maior extensão atravessou municípios de Goiás: Valparaíso. Luziânia, Cristalina e Catalão. O Cerrado é soja! Em Valparaíso, onde meu cunhado Moacir Pinto possui um cemitério, existe uma réplica da Estátua da Liberdade, coisa da Havan. Em Catalão, próximo à divisa de Goiás com Minas Gerais, a "parada técnica" para o almoço, E, depois de passar por Araguari, em território mineiro, cheguei a Uberlândia onde desembaequei. Duração total da viagem: 6 horas e 45 minutos.
Hospedo-me no Universo Palace, no centro da cidade. Ao fim da tarde, saio para caminhar na Praça Tubal Vilena, onde há um busto de Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, Como há também (em outros locais da cidade) um teatro, uma rua e uma escola – em homenagem a esse dileto filho de Uberlândia.
Jantei no restaurante do hotel.
Dia 25 (quinta-feira)
Passeio pelo centro de Uberlândia. Na Praça Clarimundo Carneiro, no bairro Fundinho, visitei o Palácio dos Leões que já foi a sede da Câmara e da Prefeitura da cidade. Atualmente, o palácio abriga o Museu Municipal (foto 1), que apresenta um acervo de documentos históricos, utensílios antigos, um painel de garrafas (com objetos curiosos no interior), rodas de carros de bois e uma maquete de São Pedro de Uberabinha (a vila que deu origem à Uberlândia), entre outras peças. Ao percorrer a sala que exibia uma cozinha rústica, eu tive a atenção voltada para uma caneca dentada, da qual explico depois a serventia. E havia ainda um coreto na praça, muito bonito, uai.
foto 1
Prosseguindo a caminhada, visitei o Museu Universitário de Arte, o MUnA, que abrigava exposições simultâneas. A principal delas era a "Doce de Santo", uma mistura de fotos e desenhos acondicionados em frascos. Outra, era uma série de quadros do pintor cearense Aldemir Martins. seu estilo é inconfundível.
Aproveitei para deixar um exemplar do Portal de Memórias na Biblioteca Municipal Juscelino Kubitschek, ao lado do Museu Universitário.
O Mercado Municipal distava um pouco do local em que eu me encontrava. Apesar de uma incômoda dor num tornozelo, arrastei-me até lá. É muito limpo, organizado e tem seu ponto alto na venda de queijos, doces e bebidas, além de muitas peças do artesanato da região. Alguns restaurantes e lanchonetes completam os atrativos do Mercado.
Na entrada de uma cafeteria, li esta curiosa placa:
Café - 3,00.
Café com "por favor" - 2,90
Café com "bom dia" e "por favor" - 2,80.
Ao meio dia, a fome apertava e parei para almoçar no "Fogão de Lenha". Um restaurante popular com comida boa e barata.
Após um período de descanso no hotel, saí para outro caminhada no centro. Na Praça Adolfo Fonseca. fotografei um poema do Marçal Costa. Em seguida, tirei algumas "selfies" tendo ao fundo o restaurante Sibipiruna (foto 2), do qual cuidei de memorizar o endereço para retornar à noite. O restaurante tem este nome por causa de uma frondosa sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) que existe em sua calçada. Uma placa, ao lado da árvore, avisa que, por força de um decreto municipal. ela é "imune ao corte".
foto 2
Julho de 1918. Uma muda de árvore de poucos centímetros foi plantada pelo comerciante Oscar Miranda no meio da avenida João Pinheiro, ainda sem asfalto, no centro de Uberlândia. Seus arredores se modificaram enquanto a cidade crescia. Ela ganhou porte, conquistou os moradores e se tornou patrimônio histórico-cultural da cidade. O que acreditava-se ser um pau-brasil, tornou-se a sibipiruna frondosa da praça Adolfo Fonseca, antiga praça Dom Pedro, que neste mês comemora 93 anos.
Nestas mais de nove décadas, a árvore resistiu – mesmo que com algumas sequelas – a tempestades, ameaças de corte, fungos e à modernidade. Foi tema de escritores que eternizaram a história da cidade. Entre tantos relatos, um se destaca. Foi no fim dos anos 60, quando o então prefeito Renato de Freitas resolveu asfaltar a avenida João Pinheiro e retirar a sibipiruna que “atrapalhava o trânsito”. “Meu pai disse que ficou em frente à árvore com uma arma e não deixou cortar.
Depois, muitas pessoas convenceram o prefeito a desistir”, disse Maurício Miranda, 82 anos, filho de Oscar Miranda.
Em 1984, o então prefeito Zaire Rezende publicou um decreto declarando que a sibipiruna fosse protegida legalmente. Hoje, a árvore é sustentada por concreto que foi depositado dentro do tronco, que ficou oco após ser atacado por fungos. “Naquele tempo, nunca imaginava que Uberlândia seria como é hoje. Fico honrado por meu pai ter plantado esta árvore e tenho medo que ela não complete 100 anos”, afirmou Maurício Miranda.
foto 3
A seguir, tomei um táxi para o Parque do Sabiá. No percurso, em boa parte feito pela larga Avenida Rondon Pacheco, veem-se hotéis e prédios residenciais, shopping centers, restaurantes (como o "Carro de Boi") e o Centro Administrativo (da Prefeitura). O táxi deve ter rodado uns sete quilômetros até chegar ao parque.
O Parque (ou Recanto) do Sabiá vale bem a visita (foto 3). Não é á toa que o Trip Advisor o coloca como a atração #1 de Uberlândia.
Localizado na Zona Leste de Uberlândia, entre os bairros Tibery e Santa Mônica e com portarias de acesso por ambas as regiõeso Parque do Sabiá ocupa uma área de 1,8 milhão de metros quadrados. Tem uma represa, pier para a atracação de pequenas embarcações e pedalinhos, bosque, zoológico, trilhas, pistas de caminhada, restaurantes, quiosques e equipamentos de lazer, e recebe uma média de 10 mil visitantes por dia. Aos sábados e domingos, a média chega a 25 mil frequentadores por dia.
Voltando (no sentido físico) ao Sibipiruna. O restaurante, bem entendido. Ele fica a uns 500 metros do Universo Palace, dividindo a rua dos fundos do hotel com outras casas noturnas de boa aparência. À noite, conforme a mim prometera, abanquei-me naquele restaurante para tomar uns chopes e comer uns petiscos. No palco, um conjunto se apresentava tendo como cantor "uma versão branca do Tim Maia". Assim comparado por causa do repertório e do corpanzil.
Não me demorei muito no Sibipiruna. Afinal, na manhã seguinte, teria de me encontrar com Elba em Caldas Novas.
(continua)

TENHO EU QUE CANTAR

Diogo Fontenelle
"Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando.
Se esse pobre canta,
Por que blasfemas, tu que possuis tão doce lembrança da vida?"
(poeta chinês Tu Fu, 612-770 d.C.)
Cantar minha mãe, meu mar,
Cantar a Infância, meu pomar,
Cantar a vida feito louro luar,
Cantar a vida em azul sonhar.

Cantar a poesia do servir,
Cantar o silêncio do partir,
Cantar a solidão do dormir,
Cantar o verde do reflorir.

Cantar as afeições do amanhecer,
Cantar a floração do enternecer,
Cantar as saudades do anoitecer,
Cantar o Bem-querer do meu ser.

MEU AVÔ JOÃO DE SOUZA

por Fernando Gurgel Filho
Hoje, dia 24 de junho, era comemorado o aniversário de meu avô. Apesar de ser um pé de valsa - na foto, dançando com vovó - que dançava como se estivesse flutuando, gostava mesmo era do São João, seu aniversário, que era comemorado com um arraiá badaladíssimo entre os amigos e familiares.
Para mim, apesar de morar algum tempo em casa dele, meu avô era tão distante dos netos quanto o Nepal do Ceará. Inacessível, misterioso, silencioso... Uma figura quase mítica e que irradiava muita firmeza naquela personalidade temperada na aridez do sertão. Firme, correto, fonte de apoio e consulta para todos os que precisavam ouvir uma palavra sábia e confortadora.
Entretanto, parecia não se enternecer com nada. Era durão. Toda a família tinha-lhe um respeito muito grande. Beirava o medo. Um medo respeitoso, mais de admiração do que de intimidação. Mas parece que todos aprenderam a amá-lo. Inclusive os netos.
Meu pai sempre contava uma história sobre o velho que me deixava fascinado. Dizia que, um belo dia de sol, estava sentado com o pai dele – meu avô – ao pé de uma árvore, quando viram um gavião voar para cima de uma perdiz. Esta, na pressa da fuga, aterrizou e correu, como fazem as perdizes, e se aninhou entre as pernas do avô que, rápido, segurou-a e ficou a afagar-lhe as penas, tranquilizando-a.
Meu pai, contente com a captura da perdiz, exclamou: "Oba, essa tá no papo." Ao que vovô, ainda acariciando as penas da ave, falou sério: "Esta não, meu filho. Ela veio pedir socorro para mim e vai ser socorrida." Esperou o gavião voar para longe e soltou-a.
Meu pai disse que ficou entre chateado e feliz com o ocorrido, passando a respeitar ainda mais o velho.

PALESTRA E LANÇAMENTO DE LIVRO SOBRE O INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ

Hoje (22/06), às 15 horas, sessão solene no Instituto do Ceará, em comemoração aos 70 anos do ICC, com a palestra "Instituto do Câncer do Ceará - 70 anos de conquistas" e o lançamento do livro de mesmo título a cargo do Dr. Marcelo Gurgel.

CLAUDEMIR DE MEDEIROS COMARU (1942-2015)

Fátima Marques Comaru, filha de Rafael Dias Marques, enviou-me há tempos um e-mail. Por oportuno, transcrevo-o a seguir:
Paulo,
Hoje eu descobri, por acaso, esta reportagem (sobre Ana Maria Comaru).
Sou a Fátima, a filha mais velha do Sr. Rapahel, e sou casada com Claudemir Comaru (irmão da Ana Maria Comaru, como foi falado). Moro no Rio de Janeiro.
Minha mãe ainda vive e com muita saúde. Está com 87 anos. Mora com o Fábio em um sítio na serra de Maranguape.
Obrigada pela reportagem. Adorei.
Abraços carinhosos,
Fátima Marques Comaru
31/05/2015 - N. do E.
Faleceu em 11 maio de 2015 Claudemir de Medeiros Comaru.
Nascido a 7 de julho de 1942, era um dos nove irmãos da família Medeiros Comaru, a qual residia na Vila Ferroviária, em Otávio Bonfim.
Iniciou sua carreira profissional no BNB, em 1957, como aluno do Curso de Aprendizagem Bancária (CAB).
Os cabistas, como eram conhecidos, formavam no Banco do Nordeste uma verdadeira legião de líderes institucionais, notabilizando-se principalmente por sua identificação com os objetivos e missão empresariais, fruto do aprendizado sobre o Banco e sobre a Região. A partir 1957, o BNB passou a selecionar, por meio de concurso público, jovens entre 14 e 16 anos incompletos, que tivessem concluído o 2º Grau para participarem do então chamado - CAB - Curso de Aprendizagem Bancária. Os selecionados eram submetidos a um processo de aprendizado em período integral, que se dividia em aplicação de conteúdos teóricos e em trabalhos práticos. Com isto, o aprendiz durante o primeiro período do dia recebia aulas de disciplinas que visavam complementar o conteúdo escolar (como Matemática e Português), introduzir conhecimentos na atividade bancária (Contabilidade, Crédito, Elaboração e Análise de Projetos), alargar a visão sobre a Região Nordeste (Economia do Nordeste, Geografia do Polígono das Secas), além daquelas que contemplavam a sua formação como profissional e cidadão (Ética Profissional, Direitos e Deveres), dentre outras. No período vespertino, o aprendiz estagiava em diversos órgãos da Direção Geral e em agências do Banco, vivenciado a prática dos trabalhos executados pela Instituição. Fonte: AGENDA GENEALÓGICA AZ
Antes de aposentar-se, Claudemir exercia o cargo 1010 - Técnico.bancário I, na lotação 64 - Rio de Janeiro.
missa de sétimo dia em sufrágio de sua alma foi oficiada em 18/05 na Igreja de São Vicente (Fortaleza).

DOZINHO DA GIA

Em 1965, José Ferreira das Chagas, o Dozinho, inaugurou um restaurante no bairro Rodolfo Teófilo. Por estar situado em frente ao Hospital de Clínicas da UFC, o ponto passou a ser muito frequentado pelos alunos e professores da Faculdade de Medicina,
Eram as gias (criadas por Dozinho e, conforme a demanda, sacrificadas em óleo fervente) o principal tira-gostos desse restaurante, tão apropriadamente chamado de "Dozinho da Gia".
Por vezes, principalmente depois de alguma prova na Faculdade, eu me distraía por lá esvaziando  algumas cervejas. Embora os tira-gostos fossem outros, pois não me apeteciam as rãs.
Num fim de tarde, Cláudio Costa, seu inseparável violão, e eu estávamos no ¨Dozinho", quando apareceu um cantor. Nilo, acho que era o nome dele, um bom cantor, por sinal. Ele tirou a capa do pandeiro que trazia consigo e pediu a Claudio que o acompanhassse. Na música "Eu e a Brisa". de Johny Alf, e indicou um tom bastante complicado. Um desafio que o meu amigo violonista tirou de letra.
Lembro-me de que o restaurante teve um de seus grandes momentos (meninos, eu vi) em uma noite com serestas. Contando como atração principal a excelente cantora Terezinha Silveira, Não faltaria ao acontecimento o jornalista Carvalho Nogueira, esposo e fã # 1 da cantora.
Tempos depois, eles abririam no Eusébio o seu restaurante, o "Chão de Estrelas", mas aqui já é outra história.
Um dia, Dozinho deixou o ponto de origem para se instalar em Pacatuba, no distrito de Pavuna, às margens da CE-060. Isso aconteceu há 36 anos, e desde então não o vi mais.
Soube, através de seu filho Gerson, que Dozinho morreu há quatro anos. É Gerson que, atualmente, administra o Dozinho da Gia, em sua versão pacatubense.
O restaurante é dedicado a comidas típicas da região (tripa de porco, língua de boi etc), e há noites em que Gerson organiza por lá um forró pé de serra.

NATÁLIA E RODRIGO NA EUROPA

Período; 28/05 a 07/06
A advogada Natália de Macedo Gurgel e seu esposo Rodrigo Almeida, analista do Tribunal de Contas do Pará, fazem uma viagem por países da Europa.
A eurotrip, com duração de 10 dias, inicia-se por Madri e Oviedo. Nesta segunda cidade (foto), capital das Astúrias, na Espanha, Rodrigo residiu alguns anos atrás por motivo de estudo.
A seguir, o casal visita a França e a República Checa.
01/06/15 - Atualizando...
Natália e Rodrigo em Paris. Ao fundo, a famosa Tour Eiffel
04/06/15 - Atualizando...
Rodrigo, Natália, Bárbara e Marcos (irmão de Rodrigo) 
Tomando cerveja no Beer Museum. Praga
06/06/15 - Aniversários duplos
Natália, parabéns.
Que você tenha o melhor aniversário de sua vida!
São os votos de Elba, Érico, Matheus e de seu pai que também está completando anos.
A propósito:
A página principal do Google no Brasil vem hoje com imagens de bolos, rocamboles e cupcakes. E com a mensagem: "Feliz aniversário, Paulo!".
Mas eu desconfio que essa comemoração toda só acontece no meu computador.
Abraços para Rodrigo, Marcos e Bárbara.
06/06/15 - Alles Gute zum Geburtstag
Paulo e Natália,
que o eterno aniversário duplo seja sempre ocasião para comemorar a saúde, a alegria, os sonhos realizados e renovar desejos de vidas cada vez melhor.
Felizes aniversários.
Abraços, Andreas e Mirna.
Karlsruhe, 6. Juni 2015
Acompanha um cartão de saudação virtual. Para vê-lo cliquem no seguinte link: seu cartão Kisseo E.
Resposta: Wir danken Ihnen.

MEMÓRIA - USINA CEARÁ (3)

De 1953 a 1964, nas 12 edições do campeonato cearense de futebol (primeira divisão) de que o Usina Ceará Atlético Club participou, o time sagrou-se vice-campeão em quatro anos: 1956, 1957, 1961 e 1962.
No mesmo período, o time também foi Campeão do Torneio Início (1954) e Campeão do Torneio Quadrangular (1955). E, em 1956, o jogador Luis Martins, do Usina, foi o artilheiro do campeonato cearense com 10 gols.
Fundado em 1949, antes de chegar à primeira divisão, outros títulos já tinham sido conquistados pelo "Time Fabril": Campeão da Copa Suburbana (1950), Campeão da Torneio Companhia Johnson (1951) e Campeão da 2ª Divisão (1951).
Equipe titular do Usina do Ceará no ano de 1957. 
Crédito da imagem: blog História do Futebol.
No período de 1953 a 1964, oito clubes disputavam o campeonato cearense de futebol: Ceará, Fortaleza, Ferroviário-CE, Usina Ceará, Gentilândia, Calouros do Ar, América-CE e Nacional-CE. Destes times, ainda existem: o Ceará e o Fortaleza, na Série A, o Ferroviário e o América, na Série B, e o Calouros do Ar, na Série C. Usina, Gentilândia e Nacional são clubes considerados inativos pela Federação Cearense de Futebol.
Notar que o Ferroviário (RVC), o Nacional (Correios), o Calouros do Ar (Base Aérea) e o Usina (Fábrica Siqueira Gurgel) foram clubes ligados a corporações.
Data da publicação: 29/05/2015 | Data da última atualização: 12/06/2015
Fontes
Ceará Championship, "História do Campeonato Cerense de Futebol", de Nirez de Azevedo.
http://www.futebolnacional.com.br/
Bola Cultural, O POVO online
Federação Cearense de Futebol

NOTA SOBRE O FALECIMENTO DE LOUIZIANE MARIA ALMEIDA GURGEL

Faleceu hoje (25), no Hospital Regional da Unimed, aos 50 anos recém-completados, a médica veterinária Louiziane Gurgel.
Era a terceira filha do casal Espedito Gurgel Coelho (Til) e Lúcia Maria de Almeida,
Casada com o empresário José Francisco Monteiro da Cunha, Louiziane e o esposo geraram três filhos: Camila, Bernardo e Amanda.
É com grande pesar que comunico o falecimento da estimada prima.
O velório acontecerá na Funerária Ternura, com missa de exéquias às 15h30, e com o sepultamento do corpo a ser realizado às 17h30, no Cemitério Parque da Paz.

MEMÓRIA. VIAGENS PELO NORDESTE

Esta nota agrega as postagens do blog EntreMentes em que relato minhas viagens de lazer pelo Nordeste, referentes ao período de 2007 a 2012.
23/01/2007, Tibau, RN e Martins, RN - Passeio completo - 1, EM
24/01/2007, Martins, RN - Passeio completo - 2, EM
10/09/2007, Jaguaribe e Oeste Paraibano (roteiro da excursão) - Região do Jaguaribe e Oeste Paraibano, EM
11/09/2007, Nova Jaguaribara e Castanhão, CE - Nova Jaguaribara e Castanhão, EM
12/09/2007, São João do Rio do Peixe, PB - Estância Termal de Brejo das Freiras, EM
13/09/2007, Sousa, PB - Vale dos Dinossauros, EM
14/09/2007, Icó, CE - Icó histórico, EM
17/12/2007, Guaramiranga, CE - Pássaro Vermelho - 1, EM
18/12/2007, Guaramiranga, CE - Pássaro Vermelho - 2, EM
22/04/2008, São Luís, MA - São Luís do Maranhão, EM
27/01/2012, Quixadá, CE - Quixadá, EM
11/06/2012, Canindé, CE - Canindé, EM

LANÇAMENTO DO LIVRO "CONFISSÕES DE AMOR"

Ana Margarida Arruda Furtado Rosemberg e José Rosemberg (in memoriam)
têm a imensa satisfação de convidá-los para o lançamento do livro
"Confissões de Amor – Margô e Rose".
A obra será apresentada por Marcelo Gurgel, membro da Academia Cearense de Medicina, da Sobrames–CE e do Instituto do Ceará.
Serviço
Data e hora: 17/05/2015 (domingo), às 17h
Local: Iluminato Buffet
Rua José Vilar, 3151, Dionísio Torres, Fortaleza–CE
A renda do lançamento será revertida para o Museu Comendador Ananias Arruda.
18/05/2015 - Atualizando...
Mais de uma centena de amigos e familiares de Ana Margarida participaram ontem do lançamento do livro "Confissões de Amor – Margô e Rose". Acesse Memórias, o blog da escritora, e o Blog do Marcelo Gurgel para ver a cobertura do evento.

GOLFINHO DE PARACURU

Um lindo haicai do amigo e colega Winston Graça, adestrador do blog Saco de Gato:

PESAR POR JOÃO EVANGELISTA CUNHA PIRES

Faleceu ontem à tarde, aos 67 anos, João Evangelista Cunha Pires (27/12/1947–10/05/2015).
Era graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Ceará, tendo feito mestrado em Engenharia Nuclear pelo Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro.
Fez a carreira profissional na Petrobrás. Ao aposentar-se nessa empresa, estando já graduado em Direito, passou a dedicar-se à advocacia em Fortaleza. Em seus primeiros passos nesta profissão, João contou com a orientação de meu pai, o advogado trabalhista Luiz Carlos da Silva.
Sua morte, de forma abrupta e inesperada, deixa desolada a nossa família. João Evangelista era viúvo de Marta Gurgel Carlos da Silva, tendo gerado de sua união com minha irmã Marta o estimado sobrinho Leonardo Gurgel Carlos Pires, promotor do Ministério Público do Ceará.
Guardo imorredouras recordações de meu convívio com João, principalmente dos anos (1972-73) em que dividi com ele, recém-casado com Marta, a habitação de um modesto apartamento na Glória, Rio de Janeiro.
Descanse em paz meu bom amigo.
Velório, missa de corpo presente (16h30) e  sepultamento: hoje, dia 11, no cemitério Parque da Paz.

LANÇAMENTO DO LIVRO "ORDINÁRIO, MARCHE!"

Em 5 de maio, aconteceu no auditório da Unimed-Fortaleza o lançamento de "ORDINÁRIO, MARCHE! - Médicos contam causos da caserna", um livro organizado pelo colega Marcelo Gurgel.
A obra, que reúne textos de 16 médicos escritores, tem o prefácio escrito pela Dra. Celina Côrte Pinheiro – presidente da Sobrames-CE, e o posfácio, pelo Cel. Fernando Furlani – coronel do Corpo de Bombeiros, advogado e sociólogo.
O Coral da Unimed abrilhantou o evento.
Autores (16)
– Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
– Fernando Antônio Siqueira Pinheiro
– Fernando Cavalcanti
– Francisco José Costa Eleutério
– Francisco Sérgio Rangel de Paula Pessoa
– Helano Neiva de Castro
– José Luciano Sidney Marques
– José Maria Chaves
– José Ramon Porto Pinheiro
– Lucimar Castro de Sousa Filho
– Luiz Gonzaga Moura Jr.
– Luiz Gonzaga Porto Pinheiro
– Marcelo Gurgel Carlos da Silva (org.)
– Paulo Gurgel Carlos da Silva
– Vladimir Távora Fontoura Cruz
– Walter Gomes de Miranda Filho
Ficha técnica
Capa: Isaac Furtado | Projeto e editoração: Alexssandro Lima | Revisão: Marcelo Gurgel e Márcia Gurgel Adeodato | Ilustrações: Benes | Tiragem: 500 exemplares | Gráfica: Expressão | Ano: 2015 | ISBN: 978-85-420-0549-3 | Lançamento: 05/05/2015, às 19h30, no Auditório do Edifício-Sede da Unimed Fortaleza
O capítulo ÍNDIOS NO EXÉRCITO BRASILEIRO, que figura na presente coletânea, é de minha autoria.

O MUCUNZÁ DE DONA LILI

O mucunzá ou mugunzá é uma iguaria doce feita de grãos de milho-branco, cozidos em um caldo contendo leite de coco ou de vaca, açúcar, canela em pó, cravo-da-índia etc.
O prato faz parte da culinária nordestina, onde é apreciado durante todo o ano, diferentemente de outras iguarias de milho, que são comidas predominantemente no período junino.
Etimologicamente, a palavra mucunzá é de origem africana e provém do quimbundo mu'kunza, que em português se traduz por «milho cozido». Em Angola, o mu'kunza é um alimento ritualístico servido em velórios.
No Sudeste do Brasil, o mucunzá é chamado de canjica. E a canjica propriamente dita (do Nordeste do Brasil), de curau.
Em minha casa, fazia-se amiúde uma versão simplificada do mucunzá – com milho, leite de vaca e açúcar. E, não poucas vezes, era o prato principal do jantar da família. Ah, como eu detestava a tal pièce de résistance!
Tampouco mudei de opinião quando experimentei a versão salgada do mucunzá. Ela existe em nossa cozinha regional e leva todos os ingredientes de uma feijoada.
O mucunzá só saiu mesmo do meu conceito de prato sensaborão quando eu provei da versão que dona Lili prepara.
Proprietária de um quiosque na Praça de Santa Luzia, em Baturité, Lili abre o ponto ao entardecer para atender a numerosa freguesia do seu mucunzá.
O prato vem fumegando. Seus ingredientes são facilmente identificáveis: milho, fava branca, chuchu ou batata, carne cozida, alho, cheiro verde e pimenta, muita pimenta do reino ralada. É esta que confere ao prato um sabor meio picante. A carne cozida, aliás, não é transferida para meu prato. Fica (a meu pedido) na panela de pressão da dona Lili, dando gosto ao cozido.
Lili traz de casa o mucunzá já pronto naquela panela de pressão. No quiosque, reaquece-o por algum tempo em fogo baixo.
Uma vez lhe perguntei:
– Lili, quando o mucunzá acaba você vai buscar mais?
– Não, meu doutor. Atendo o freguês amanhã.

O VAVÁ DO CINE NAZARÉ

Diogo Fontenelle
Vem da Infância, o vulto azul-distância do Vavá.
Ele era o operador dos filmes do Cinema Nazaré,
Pra mim, era o domador de leão do Parque Araxá,
Leão da Metro a rugir enquanto eu comia picolé.
Filmes da Metro-Goldwyn-Mayer em doce inglês,
Tudo era doce magia pelo escurinho do cinema!
Vó Lídia, do meu lado, pedia silêncio com sisudez,
E o filme desaguava num final feliz feito poema...
Vinha o letreiro "The End" feito penoso Adeus...
Leão e Vavá me deram Adeus para Nunca Mais,
Primeiro Adeus de tantos outros. Ó meu Deus!
O Leão da Metro comeu minha Infância fugaz?

Vá para o Vavá em Linha do Tempo:
NO ESCURINHO DO CINEMA
SEU VAVÁ E O ACERVO DO CINE NAZARÉ
MUDOU O NAZARÉ OU MUDOU VAVÁ?
O MURO DAS FORNICAÇÕES - 2

A GURGEL MOTORES S/A (1969–1994 )

A Gurgel Motores S/A foi a fabricante brasileira dos automóveis desenvolvidos pelo engenheiro e empresário João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Com a proposta de produzir veículos 100% nacionais, João Gurgel montou em 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo a fábrica de carros que levava o seu nome (mudou sua sede para Rio Claro, em 1975). A montadora produziu aproximadamente 30 mil veículos genuinamente brasileiros durante seus 26 anos de existência.
Curiosidades
  • Ele começou a produzir seus veículos com apenas 4 funcionários e U$10.000 de capital. Devido às exportações que sua empresa passou a fazer com o sucesso dos produtos, ele sempre dizia que sua fábrica não era uma multinacional, e sim "muitonacional". O capital era 100% brasileiro.
  • Conta-se que, na fábrica, existia um taco de beisebol para que os visitantes batessem forte sobre a carroceria para testar a resistência. Não amassava, mas logicamente o teste pouco comum era feito antes de o carro receber pintura.
  • O "selectration" do jipe Xavante - Tratava-se de um sistema movido por alavancas, ao lado do freio de estacionamento, para frear uma das rodas traseiras. Representava uma simples e barata, porém útil alternativa a um bloqueio de diferencial. Era muito útil em atoleiros, pois freando uma das rodas que estivesse girando em falso - característica de todo diferencial - a força era transmitida à outra, facilitando a saída do barro. Com este sistema o carro ficava mais leve e econômico do que se tivesse tração nas quatro rodas e a eficiência era quase tão boa quanto, embora não a substituindo.
  • Inicialmente, a única forma de compra do utilitário BR-800, um marco na história da empresa, era através da aquisição de ações da Gurgel Motores S/A. Sob a campanha "Se Henry Ford o convidasse para ser seu sócio, você não aceitaria?", a montadora coseguiu a adesão de 8.000 sócios para o modelo.
Fonte: WIKIPÉDIA
O MICROCARRO GURGEL

CARUARU E GRAVATÁ

04/04/2015 (sábado)
Pela BR-232, o ônibus expresso da Caruaruense em duas horas nos levou de Recife a Caruaru. Nesta cidade, o trânsito encontrava-se muito congestionado por ser o último dia da temporada de apresentação da "Paixão de Cristo", em Nova Jerusalém. Para driblar a lentidão do trânsito, descemos do ônibus em uma parada que nos foi indicada.
Afinal, já estávamos mesmo nas proximidades da famosa "Feira de Caruaru", o foco principal de nossa visita a esta cidade do Agreste Pernambucano.
Logo na entrada da Feira, destaca-se uma estátua erigida em homenagem a Onildo Almeida. Saberíamos depois, por informação de um taxista local, ter sido Onildo (que ainda vive em Caruaru) o autor da canção "A Feira de Caruaru", imortalizada na voz de Luiz Gonzaga.
"A Feira de Caruaru,
Faz gosto a gente vê.
De tudo que há no mundo,
Nela tem pra vendê,"
Radialista, poeta e músico, Onildo Almeida nasceu a 13 de agosto de 1928, na Rua dos Guararapes, em Caruaru. Segundo o Dicionário Cravo Albin, Onildo compôs 38 canções que foram gravadas por Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino e outros. Com a mais famosa delas, "A Feira de Caruaru", o Rei do Baião conquistou o primeiro Disco de Ouro de sua carreira.
O baião de Onildo Almeida é um fiel resumo da Feira de Caruaru na década de 1950. De lá para cá, evidentemente, muitos produtos saíram do "catálogo" da Feira. E tantos outros passaram a figurar nele, de modo a preencher os novos requisitos da modernidade e da globalização. Peguei-me com essa reflexão ao circular por entre aquelas barracas que venderam/ainda vendem "de tudo que há no mundo".
No pavilhão da Feira, acontecia um interessante desfile de moda regional. Ao som de uma banda que incluía instrumentos típicos da região como pífanos e zabumba. Funcionando principalmente aos sábados, a Feira de Caruaru movimenta a cidade ao longo da semana.
A 134 km de distância de Recife, Caruaru é o polo médico-hospitalar, acadêmico, cultural e turístico da Mesorregião do Agreste Pernambucano. Segundo a contagem do IBGE, em 2010 o município possuía 314 912 habitantes. Além de ter uma das maiores feiras ao ar livre do mundo (tombada como patrimônio imaterial do país pelo IPHAN), Caruaru também realiza a maior festa junina do mundo, segundo o registro do Guinness World Records. E seu artesanato com barro ficou internacionalmente conhecido a partir dos trabalhos de Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino,
Na viagem de retorno a Recife, faríamos uma escala em Gravatá. Tendo abreviado o tempo de espera na rodoviária de Caruaru, com a decisão de pegarmos uma Doblò de saída para Gravatá. A viagem pela Doblò foi muito rápida. Em cerca de 40 minutos percorremos os 54 km da estrada entre as duas cidades.
Pela janela do carro, deu para ver como a região está sofrendo os efeitos de uma estiagem prolongada.
Muitos anos atrás Elba e eu estivemos em Gravatá. Numa viagem de férias em que íamos de Campina Grande para Garanhuns. Naquela ocasião, levávamos as crianças e passamos pouco tempo na cidade.
Voltando à narrativa atual. Na caminhada, vimos um grande ajuntamento de pessoas no Mercado Público de Gravatá. Estava a acontecer uma festa da galera jovem. Muitos rapazes e moças, possivelmente estudantes universitários, bebiam e comiam nos balcões do Mercado. No palco, uma banda tocava uma música que não conseguia se destacar em meio ao barulho que todos faziam.
Pensem na dificuldade que nós enfrentamos para sair do Mercado. A maior quantidade de pessoas por metro quadrado que um dia meus cotovelos já abriram passagem.
Felizmente, estávamos no centro de Gravatá, Acossados pela fome, uma salada tropical com filés foram os nossos pratos no Bebelu. No segundo piso do restaurante, onde almoçávamos, podíamos desfrutar de uma visão privilegiada da praça principal da cidade. Nesta, os espaços estavam sendo disputados entre um grupo que jogava capoeira e outro que promovia uma peça de teatro em cartaz. Findo o almoço, aproveitamos para tirar algumas fotos na praça. Depois disso, um táxi nos transportou até a rodoviária da cidade, e de lá um ônibus de carreira nos levou - mui lentamente - a Recife.
O município de Gravatá (83.450 mil habitantes) encontra-se a 84 km da capital pernambucana. Por estar localizada no Planalto da Borborema, a uma altitude média de 447 metros acima do nível do mar, a cidade apresenta um clima ameno, o que a faz ser muito procurada pelos turistas. Gravatá tem como pontos fortes: a arquitetura secular dos casarios, a rede hoteleira, as lojas de móveis e artesanatos, o comércio de flores e a gastronomia diversificada que vai dos requintados restaurantes de culinária internacional à tradicional comida de boteco.

SEMANA SANTA EM RECIFE

Período: 2 a 5/4/2015 | Roteiro: Recife, Caruaru e Gravatá | Visitantes: Paulo e Elba (esposa)
Dia 2 (quinta-feira) - Ida a Recife em ônibus da Politur, partindo da Rodoviária de Fortaleza, às 19h30, com paradas intermediárias em Mossoró, Natal e João Pessoa, e chegando ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP), em Jaboatão dos Guarapes – PE, na manhã do dia seguinte.
Dia 3 (sexta-feira) - Embarque na Estação Rodoviária da "linha laranja" do metrô de superfície e desembarque na Estação Joana Bezerra, a segunda mais próxima do centro de Recife. A viagem nesse trecho do metrô dura cerca de 20 minutos. Na Estação Joana Bezerra, pegamos um táxi para o Recife Monte Hotel, na Boa Viagem.
À tarde, fizemos o tour "Rio Capibaribe e Suas Pontes". Um passeio de catamarã pelas águas do rio Capibaribe, margeando as três ilhas do Centro de Recife (Santo Antonio, Recife Antigo e Boa Vista), e passando por baixo de cinco pontes (12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, tem-se a oportunidade de contemplar a paisagem urbana de Recife e vários de seus pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo do catamarã, uma guia relata histórias e curiosidades do Recife.
Elba e eu no rio Capibaribe
O ponto de onde partem os catamarãs fica ao lado do Forte Cinco Pontas e o pacote do passeio custa 65,00 por pessoa, o que inclui a parte terrestre do passeio em um ônibus de turismo.
Ao lado do Recife Monte Hotel funciona um restaurante de propriedade do hotel, o Marruá, onde jantamos depois do city tour uma saborosa peixada pernambucana.
Dia 4 (sábado) - Após o café da manhã, fomos a pé conhecer a Praça de Boa Viagem, Esse logradouro, a cerca de 300 metros do hotel em que estávamos, é uma das referências do bairro. Lá tomaríamos um ônibus, conhecido por "vermelhinho", que nos levaria à estação Joana Bezerra, de onde tomaríamos o metrô até a Estação Rodoviária, e desta embarcaríamos em um ônibus interurbano que nos levaria a Caruaru e Gravatá.
Esta linha de ônibus faz o percurso Praça de Boa Viagem - Conselheiro Aguiar - Estação Joana Bezerra (metrô) - Domingos Ferreira - Praça de Boa Viagem e funciona em sistema de integração com o metrô. Ou seja, paga-se apenas a passagem de ônibus e faz-se o transbordo gratuitamente para a Estação Joana Bezerra.
O passeio que fizemos a Caruaru e Gravatá será descrito na próxima postagem. Na volta do passeio, descemos do "vermelhinho" na Praça de Boa Viagem que fervilhava de gente. Havia pessoas que assistiam a um show de forró, algumas que olhavam as bijuterias expostas por artesãos e muitas que consumiam os produtos daquele fast food regional. Numa das barracas da praça, nos detivemos para experimentar um caldo de cana acompanhado de camarões empanados. Uma missa em andamento na igreja da praça completava o burburinho do logradouro.
Dia 5 (domingo) - Depois do café da manhã, saímos para uma longa caminhada na Avenida de Boa Viagem. Descendo pela rua lateral do hotel, e percorrendo duas quadras, logo estávamos no calçadão da praia. Tivemos o cuidado de marcar a referência para o nosso retorno ao hotel (para que não se repetisse o que aconteceu na véspera, quando tivemos dificuldades para localizar o estabelecimento). O ponto de referência seria o Edifício Castelinho (por sinal, em nossa memória desde um passeio anterior em Recife). Observado isto, então tocamos a andar no rumo de Piedade.
O Castelinho é um edifício em cuja frente a construtora preservou uma casa antiga existente no local (a mesma solução arquitetônica que seria também dada a uma mansão no Edifício Casa Rosa, em Fortaleza). No Castelinho, como soubemos depois, essa casa em forma de castelo funciona como o salão de festas do condomínio.
Num certo momento da caminhada, surpreendemo-nos com uma espécie de oasis em meio ao paredão de edifícios de Boa Viagem. Atravessando a avenida, vimos se tratar do Parque Dona Lindu. O local, além da visita, nos rendeu algumas fotografias.
Elba no Dona Lindu. Ao lado do monumento que retrata uma família de retirantes nordestinos.
O Parque Dona Lindu foi construído pela Prefeitura de Recife em um terreno cedido pelo Governo Federal. O nome do parque foi dado em homenagem a Eurídice Ferreira de Melo (mãe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), em um resgate afetivo das mulheres nordestinas que precisaram emigrar com a família em busca de novas oportunidades no sul do Brasil. Projetado pelo grande arquiteto Oscar Niemeyer, o parque ocupa uma área de 27.000 m² (sendo 60 por cento de área verde) e conta com teatro, pavilhão para exposições, quadra poliesportiva, playground, pistas para cooper e skate, equipamentos de ginástica etc.
A caminhada nos levou até depois do Clube de Aeronáutica de Recife. Retornamos e, nas imediações do Castelinho, demo-la por encerrada. Uma caminhada que se alongara por quase duas horas tinha nos deixado com muita sede. E, num dos quiosques da praia, buscamos o alívio na água bem gelada dos cocos.
À tarde, fomos ainda ao Shopping Recife. Deixando Elba em seu meio natural, procurei me informar onde ficava o Espaço Cliente daquele centro comercial. Seria o meu endereço nas próximas horas para recarregar a bateria do notebook (e, ao mesmo tempo, navegar na internet). Reencontramo-nos no meio da tarde, conforme havíamos combinado, num dos restaurantes do shopping. No Apicucos, para uma comida diversificada e saborosa, arrematada com um delicioso chá de abacaxi. Depois do almoço, Elba pensou em ir de táxi ao Riomar. Pensou, mas ficou nisso.
Anoitecia quando chegamos ao Aeroporto Internacional dos Guararapes. Em Natal, por pouco não perdemos a conexão para o voo seguinte. Demora na liberação dos passageiros para o desembarque, falta de informações no trajeto para o reembarque, configuração meio atrapalhada do aeroporto etc. Fomos convocados pelo sistema de som do aeroporto e entramos esbaforidos no avião. Mas... chegamos a nossa residência em Fortaleza até um pouco antes da melhor das previsões.
Tudo está bem quando termina bem, não é mesmo?

COMEMORAÇÃO DOS 45 ANOS DE FUNDAÇÃO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ DE DOENÇAS INFECCIOSAS

SESSÃO SOLENE NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Dia: 27/03/2015
Hora: 15:00
Local: Plenário 13 de Maio
SOLICITANTE
Dep. Roberto Mesquita
COMPOSIÇÃO DA MESA
Dep. FERNANDA PESSOA
Presidente da Frente Parlamentar das Mulheres
Dr. ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO
Diretor do HSJ
Dra. TÂNIA MARA COELHO
Diretora Médica do HSJ
Sra. FÁTIMA MARIA MONTEIRO CARVALHO
Diretora Administrativa do HSJ
Ten. Cel. LEANDRO SILVA NOGUEIRA
Representando Sr. TÚLIO STUDART, Chefe da Casa Militar
Dr. PAULO GURGEL CARLOS DA SILVA
Médico pioneiro do HSJ
Sra. MIRTES BRÍGIDO MACHADO
Membro do Grupo Girassol
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ORADORES
Dep. Fernanda Pessoa, Dr. Roberto da Justa, Sra. Mirtes Brígida, Dep. Fed. Raimundo Gomes e Dep Renato Rosendo
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